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CONTRA RAZÕES A RECURSO ORDINÁRIO Peça processual – Contra-Razões a Recurso Ordinário Partes – recorrente e recorrido Previsão legal – 900 da CLT Prazo - 8 dias Hipótese de cabimento É a manifestação que se faz aos argumentos do recorrente, onde prestigia a sentença ou o acórdão apresentando argumentos contrários aos utilizados no apelo da parte contrária. É peça facultativa Não esquecer: Não se pede a reforma da sentença mas a manutenção do julgado nos pontos que são objetos do recurso contra arrazoado. Pedir improvimento do recurso Não tem preparo Verificar se tem preliminar, capaz de provocar o não conhecimento do recurso (deserção, intempestividade, inadequação na medida) Efeito – devolutivo - Não suspende a execução da sentença – pode ser extraída carta de sentença provisória Não comporta agravo de instrumento nem recurso adesivo Juízo a quo - Interposição - Vara do trabalho ou TRT ou TST dependendo do recurso ao qual se contra arrazoa Juízo ad quem - TRT ou TST Problema O empregador, ao comparecer pessoalmente�, sem advogado, à audiência de uma ação em que é cobrado o pagamento de adicional de insalubridade�, em grau máximo, sobre o salário efetivamente pago ao empregado�, aduz simplesmente nada dever. Encerrada a instrução processual, sem produção de outras provas sob a alegação de falta de contestação específica dos fatos, é proferida sentença de acolhimento do pedido, com a condenação do empregador ao pagamento do adicional de insalubridade, em grau máximo, calculado, porém, sobre o salário mínimo. O empregador, intimado da sentença, embora com ela não concorde, não a impugna�. O empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando a incidência do adicional de insalubridade sobre o salário que efetivamente recebia. Questão: como advogado contratado pelo empregador, no momento em que é recebida a intimação para oferecer sua resposta�, tomar a providência processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do reclamando�. Ficha síntese: PEÇA PROCESSUAL: Contra razões ao Recurso Ordinário PREVISÃO LEGAL: art. 900, da CLT TESES E FUNDAMENTOS: que a sentença não deve ser reformada no que tange aos argumentos da recorrente, na medida em que utilizou corretamente a base de cálculo do adicio192 CLT E Súmula 307, do STF PEDIDOS: que a sentença seja mantida no objeto do RO do trabalhador. 1ª Peça: de interposição: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ______ª DA VARA DO TRABALHO DE____________. Autos nº_________ “EMPREGADOR”, já qualificado nos autos em epígrafe onde litiga com “EMPREGADO”, por seu advogado e procurador, vem respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 900, da CLT, apresentar suas CONTRA RAZÕES A RECURSO ORDINÁRIO conforme as razões anexas. Requer seja acolhido e remetido ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ª Região. Nestes termos, pede deferimento. Local – data Advogado – nº OAB 2ª Peça: Razões CONTRA RAZÕES A RECURSO ORDINÁRIO Recorrente: “empregado” Recorrido: “empregador” Origem: ___ª Vara do Trabalho de ________ Autos: Nº_______ Egrégio Tribunal, Nobres Julgadores. A respeitável sentença proferida nos autos da reclamatória epigrafada culminou com a procedência parcial do pedido, contra o que se insurge o recorrente. Entendeu o juízo de primeira instância em desconsiderar a defesa ofertada em audiência, encerrar a audiência e deferir ao recorrente o adicional de insalubridade em grau máximo, enquanto a sua pretensão na inicial era de ver o adicional calculado sobre o seu salário nominal. Adicional de insalubridade – base de cálculo O juízo deferiu o adicional, fixando como base de cálculo o salário-mínimo nacionalmente unificado, indeferindo parcialmente o pleito do recorrente, que pretendia que o cálculo ocorresse em relação ao salário efetivamente pago. Contudo, em que pese a recorrida não concordar com a conclusão da respeitável sentença, o apelo do trabalhador não merece de forma alguma prosperar em relação ao cálculo, na medida em que sua Excelência observou estritamente o art.192 da CLT, que assegura a base de cálculo do adicional de insalubridade, qual seja, o salário mínimo, e não o salário nominal. De fato, a base de cálculo do adicional de insalubridade deve ser o salário-mínimo, tal como também entende o STF, por meio da Súmula nº307, sedimentou a conclusão de que a base de cálculo do adicional de insalubridade deve ser o salário-mínimo e não o salário do trabalhador. De outro modo, a Súmula Vinculante nº 4 do I, STF, estabelece que o cálculo seja efetuado pelo salário básico, porém, a sua aplicação depende de Lei específica e, portanto, não tem aplicação imediata. Dessa maneira, a respeitável sentença não merece ser reformada no que tange ao pedido formulado em grau de recurso ordinário pelo trabalhador, uma vez está em consonância com o que dispõem a lei e a jurisprudência acerca da base de cálculo. CONCLUSÃO Diante do exposto, aguarda-se a criteriosa decisão de Vossas Excelências, que, por certo, negarão provimento ao recurso ordinário interposto pela recorrente mantendo a respeitável sentença de primeira instância como medida de justiça. Local – data Advogado – nº OAB � É perfeitamente possível apresentar reclamação trabalhista pessoalmente, como tbém responder sem adv. Constituído – jus postulandi (791, CLT) � É necessário a produção de prova técnica � A lei determina o salário mínimo e a jurisprudência sobre o salário profissional, isso se existir previsão legal. � Não interpõe recurso ordinário � As contra razões ao RO interposto pelo trabalhador � Duas posições foram adotadas: o empregador não recorreu, por entender que a condenação é justa, se calculada sobre o salário mínimo, conforme diz a lei; o empregado pretende, somente nesse momento, recorrer contra a totalidade da sentença, sendo possível, então o recurso adesivo
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