Buscar

DIREITO_DO_TRABALHO_APLICADO_EMBARGOS_A_EXECUCAO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EMBARGOS À EXECUÇÃO
A liquidação do julgado tem início com a apuração do débito pela própria justiça ou pelo executado (art. 879, § 1º-B da CLT) com apuração, inclusive, dos valores das contribuições sociais do INSS e do IRRF.
Em seguida concede vista à parte contrária para impugnação dos valores e em caso de discordância, deverá apresentar eventual impugnação fundamentada (art. 879, §2º da CLT)
Havendo divergência substancial, caberá ao magistrado determinar a apuração por meio de perícia contábil.
Depois das discussões quanto aos valores apurados, o juiz profere decisão homologatória fixando o quantum devido pelo executado e mandando expedir mandado de citação, penhora e avaliação.
A decisão que homologa o valor da execução não é recorrível de imediato, mas somente de garantido o juízo.
Após garantida a execução pela penhora ou feito o depósito da condenação, o executado poderá apresentar embargos no prazo de 5 dias (art. 884 CLT) a contar da data da intimação da penhora pelo oficial de justiça (art. 774 da CLT) ou da data em que foi efetuado o depósito para a garantia da execução. 
Somente nos embargos o executado pode impugnar a sentença de liquidação, se o juiz não tiver aberto vista dos autos para se falar sobre as contas de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.
Quando aberto vista dos autos pelo juiz e a parte não se manifestar sobre a conta de liquidação, ocorre a preclusão.
Os embargos e a impugnação à liquidação serão julgados na mesma sentença (§§ 3º e 4§ do art. 884 da CLT).
Quem tem direito de opor embargos é o executado. A impugnação pode ser ofertada pelo exeqüente.
Não discutir nos embargos matéria anterior ao transito em julgado da decisão, nem inovar esta.
A matéria a ser discutida nos embargos está adstrita ao cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida ( § 1º do art. 884 da CLT)
A quitação a ser alegada é a posterior à sentença do processo de conhecimento.
A decisão será proferida em cinco dias julgando subsistente ou insubsistente a penhora (art. 885 da CLT), caso não tenha necessidade de prova. Havendo necessidade de instrução a audiência será marcada em cinco dias (§ 2º do art. 884 da CLT).
Na execução por carta os embargos do devedor serão decididos no juízo deprecante, salvo se versarem sobre vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação de bens
Da decisão as partes serão notificadas pelo correio, com AR, aplicando-se a regra do § 1º do art. 886 da CLT. Do recebimento corre o prazo de 8 dias para agravo de petição.
Embargos protelatórios multa ao embargante em valor não superior a 20% do valor da execução.
FICHA – SÍNTESE
Peça processual: Embargos à Execução
Partes: Embargante e Embargado
Previsão legal: Art.884, caput, da CLT
Prazo: 5 (cinco) dias a contar do ato da penhora. 
Efeito: não terão efeito suspensivo (art. 739-A do CPC). Se relevante o juiz poderá atribuir efeito suspensivo
Hipóteses de cabimento: É a peça de defesa, ofertada pela executada, que visa discutir atos da execução.
Preparo: Não tem preparo, mas existem custas ao final, a cargo do executado.
Apresentada perante a Vara, TRT ou TST, dependendo onde tramita o processo de execução.
Não suspende a execução da sentença da parte incontroversa.
Manifestação do embargado (contraminuta) em 5 (cinco) dias.
Não cabe recurso adesivo.
Não cabe agravo de instrumento.
Pedir a desconstituição da Penhora ou nulidade dos atos da execução.
Do julgamento cabe agravo de petição.
PROBLEMA:
Em reclamação trabalhista movida por Jezebel de Cervantes, julgada parcialmente procedente, foi o Banco XYZ S/A condenado ao pagamento de 2 (duas) horas extras diárias, com adicional de 50% e seus reflexos, com juros e correção monetária. Determinou o Juízo que os descontos fiscais e previdenciários seriam devidos na forma da lei. Negado provimento ao recurso do reclamado, e tendo o acórdão transitado em julgado, a reclamante apresentou cálculos de liquidação, aplicando índices de correção monetária a partir de cada mês da prestação de serviços. Não apurou as verbas devidas à Previdência, por entender que a lei determina que esta seja suportada somente pelo empregador quando decorrer de condenação judicial. O reclamado não foi intimado para se manifestar, e os cálculos foram homologados pelo Juízo de primeiro grau, que determinou a citação do reclamado para pagamento. O reclamado efetuou o depósito do valor apurado para garantia da execução.
QUESTÃO: Como advogado do reclamado avie a medida judicial cabível em defesa dos interesses da parte prejudicada.
PEÇA PROCESSUAL: Embargos à Execução PREVISÃO LEGAL: art.884, caput, CLT
TESES E FUNDAMENTOS: 
apresentar a peça processual, perante a Vara do Trabalho;
sustentar que o juízo está garantido com a penhora (art.884, caput, da CLT)
sustentar a tempestividade dos embargos (art.884, caput, da CLT);
sustentar que as custas processuais serão pagas ao final (art.789, A, V e caput, da CLT);
sustentar que o índice de correção monetária utilizado está incorreto (art.459 da CLT e Súmula nº381 do TST);
sustentar que o INSS deve ser suportado pelo trabalhador (art.879, §1º-B, da CLT e Súmula nº368, III, TST);
PEDIDOS: O acolhimento dos embargos, com a desconstituição da sentença de liquidação e que novos cálculos sejam feitos com redução do valor da condenação. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO DE ______ 
(10 linhas)
Autos nº
BANCO XYZ S/A, já qualificado nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, onde litiga com JEZEBEL DE CERVANTES, por seu advogado e procurador, vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art.884, caput, da CLT, apresentar
EMBARGOS À EXECUÇÃO
e o faz pelos seguintes motivos:
I. GARANTIA DO JUÍZO
A embargante foi citada para pagar ou garantir esse juízo, tendo efetuado o depósito da importância homologada, no importe de R$_____________, conforme revela o documento juntado aos autos a fls._____. Portanto, a presente medida é perfeitamente adequada ao momento processual (art. 884, caput, da CLT).
II. TEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS
O deposito judicial da importância fixada na sentença de liquidação foi integralmente depositada, conforme faz prova o doc._____, o que foi feito no dia _____.
Dessa data é que tem inicio a contagem do prazo para oferecimento dos presentes embargos, que se encerra no dia _____.
Portanto, os presentes embargos são absolutamente tempestivos, vez que formulados no prazo legal.
III. CUSTAS PROCESSUAIS
Esclarece a embargante que as custas processuais fixadas em consonância com o art. 789-A, V, da CLT no importe de R$ 44,26 serão recolhidas ao final, conforme autorizado pelo art. 789-A, caput, da CLT.
IV. CORREÇÃO MONETÁRIA.
Ao apresentar sua conta de liquidação, o embargado aplicou os índices de correção utilizados a variável do período do próprio mês da prestação dos serviços, enquanto o correto seria utilizar o índice do mês seguinte ao labor.
De fato, Excelência, o art. 459 da CLT assegura o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado. Então, eventual correção monetária só é aplicável a partir do vencimento da obrigação. Aplicando índice do mês da prestação dos serviços, evidente que os cálculos superam o que realmente deve a embargante.
Na verdade, a questão esta pacificada no âmbito da Justiça do Trabalho, tal como asseverado pela Sumula n.º 381 do TST.
Dessa Maneira, os cálculos ofertados e homologados por esse respeitável juízo devem ser refeitos, levando em conta índices a partir do mês seguinte à prestação dos serviços.
V. DESCONTOS DO INSS
A respeitável sentença determinou que sobre o crédito do embargado deveriam ser descontadas as parcelas referentes à contribuição ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Ocorre, todavia, que o embargadodeixou de efetuar os cálculos e, por conseguinte, os descontos, por entender que seriam de responsabilidade exclusiva da embargante.
Sobre eventuais créditos oriundos de sentença judicial trabalhista, são devidas as contribuições sociais, tanto da parte do credor como do devedor.
Assim, sobre os valores apurados em favor do embargado, deveriam ser efetuados os descontos, segundo a tabela mensal de contribuições, apuração que deixou de ser feita pelo embargado.
A embargante não pode impugnar as contas do embargado, porque não houve abertura de “vista” para tanto.
O art. 879, § 1º-B, da CLT determina que as contas de liquidação incluam as importâncias devidas à previdência social, fato ignorado pelo embargado em sua planilha.
No mesmo sentido é a posição adotada pelo C. TST, através da Súmula n.º 368, III, razão pela qual os cálculos devem ser refeitos, observando-se a lei e a jurisprudência.
VI. CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer a embargante se digne Vossa Excelência julgar procedentes os presentes embargos, desconstituindo a respeitável sentença homologatória dos cálculos, e determinando uma nova apresentação de novos cálculos.
Que apresentados os novos cálculos, Vossa Excelência defira a abertura de “vista” à embargante para manifestação.
Que, uma vez julgados procedentes os embargos ora postos, seja desconstituída a penhora, liberando o numerário para a embargante.
VII. PROVAS
A embargante provará o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente por perícia técnica, sem exclusão de nenhuma outra.
Termos em que,
pede deferimento.
Local – data
Advogado – nº OAB
�PAGE �
�PAGE �2�

Continue navegando