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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
INSTITUTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA - IET
Adriane Abreu Cadar
Barbará Alves Oliveira 
Carolina Cristiano 
Carolina Gonçalves Bessa
Viviane de Fatima 
PLACAS TECTONICAS: Geologia do Havaí
BELO HORIZONTE
Outubro– 2013�
Adriane Abreu Cadar
Barbará Alves Oliveira 
Carolina Cristino 
Carolina Gonçalves Bessa
Viviane de Fatima 
 
PLACAS TECTONICAS: Geologia do Havaí
 
 
BELO HORIZONTE 
Outubro - 2013
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SUMÁRIO
1SUMÁRIO	�
91. INTRODUÇÃO	�
102.1. GEOLOGIA RESUMIDA DA ÁREA	�
112.2. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE FEIÇÃO GEOLÓGICA DO HAVAÍ	�
122.2.1. HAVAÍ- FEIÇÕES ENCONTRADAS	�
132.3. PROBLEMAS AMBIENTAIS/SOCIAIS DECORRENTES DOS FENOMENOS ENVOLVIDOS	�
155. CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
16REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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1. INTRODUÇÃO 
O Havaí é um dos cinquenta estados que compõem os Estados Unidos da América, localiza-se em um Arquipélago localizado no Oceano Pacifico com um pouco mais de 28 mil quilômetros quadrados. O arquipélago possui 132 ilhas que se estendem por 2 450 km. Porém, a maior parte do estado concentra-se no sudeste do arquipélago, onde estão as oito maiores ilhas do Havaí: Niihau,Kauai, Oahu, Molokai, Maui,Lanai, Kahoolawe e Havai, essas são as únicas ilhas habitadas do Estado.
A formação geológica do Havaí ocorre de uma maneira diferente, isso porque a grande maioria dos sismos e das erupções vulcânicas ocorre nas fronteiras de placas. No entanto, há exceções, como é o caso do vulcanismo  no Havaí que está associado a pontos quentes (Hot Spot). Os alinhamentos de ilhas vulcânicas não associadas a fronteiras de placas são explicados pela existência de zonas relativamente pequenas, persistentes e excepcionalmente quentes que existem sob a litosfera, e que por isso foram designadas por “Hot Spot”. São estes pontos quentes a fonte de calor e de vulcanismo continuo da região
2.1. GEOLOGIA RESUMIDA DA ÁREA
O arquipélago havaiano, por ser produto da atividade de um hot spot, possui um terreno composto basicamente por rochas basálticas, derivadas do arrefecimento e solidificação do magma que extravasa de seus vulcões ou fissuras. O basalto é um tipo de rocha ígnea extrusiva máfica afanítica, apresentando, principalmente, os minerais olivina e piroxêno em sua estrutura, ou seja, rico em ferro, magnésio e cálcio, e pobre em sílica. As erupções do tipo de lava basáltica raramente são explosivas por ser uma lava mais fluida, devido à sua alta temperatura e baixo teor de sílica. Essa lava pode percorrer grandes distâncias, escorrendo rapidamente, chegando até a 100km/h. Nas erupções basálticas os gases conseguem escapar facilmente para a superfície. Quando essa lava se solidifica apresenta geralmente uma coloração preta ou cinza-escuro. As condições de resfriamento dessa lava provocam variações em seus derrames, em que na superfície terrestre solidifica-se como pahoehoe ou como aa, e abaixo d’água solidifica-se como pillow (GROTZINGER, J. et al, 2013).
A lava pahoehoe ocorre quando um magma muito fluido espalha-se rapidamente e forma uma fina camada vítrea em sua superfície durante o resfriamento. A lava líquida continua a fluir por baixo da superfície arrastando essa camada vítrea, formando dobras justapostas na superfície. A lava do tipo aa é formada quando a lava perde seus gases, movendo-se mais lentamente, permitindo a formação de uma camada endurecida, mais espessa se forme na superfície. A lava continua a fluir e essa camada se quebra em blocos angulosos, que se empilham de forma íngreme. A lava do tipo pillow forma-se no contato da lava com a água do oceano, solidificando sua parte mais externa rapidamente, formando uma textura afanítica e um envoltório resistente, e a lava presente no interior desse envoltório resfria-se mais lentamente, com tempo suficiente de formar uma textura cristalina, fanerítica (GROTZINGER, J. et al, 2013).
Algumas praias do Havaí possuem areias de colorações diferentes, devido aos minerais presentes nas rochas formadas pela solidificação da lava. Essas areias são formadas, geralmente, por processos erosivos causados pelo intemperismo nas rochas, e também podem ser formadas através da solidificação da lava em certas condições. Algumas praias de areia preta podem ser encontradas no sul do Havaí, no qual areia é formada quando a lava basáltica entra em contato com a água fria do oceano em certas condições e, quando isso ocorre, a explosão de lava forma grãos de areia pretos de grandes dimensões, geralmente muito fortes. Essa areia pode desaparecer na parte sul do Havaí, quando é coberta por novos derrames de lava. Apesar não serem formadas somente quando a lava entra em contato com a água fria do mar, na porção norte da região há presença de areias pretas formadas por processos de erosão da rocha vulcânica máfica. . Essa rocha é erodida pelo rio, transportando seus sedimentos em direção ao oceano (ANDERSON, 2003). 
 As praias de areias verde podem ser encontradas no Havaí e, segundo Anderson (2013), essa coloração esverdeada ocorre devido à presença de olivina (mineral formado a altas temperaturas, no manto superior terrestre, rico em ferro e magnésio) nas rochas basálticas.Como é formado a altíssimas temperaturas, é um mineral pouco resistente à ação do intemperismo, formando normalmente cristais pequenos, formando uma areia de cristais puros (COOK, 2004).
O Havaí possui praias de areia branca com origem biológica. Os sedimentos são os fragmentos das conchas e corais dos organismos marinhos (ANDERSON, 2003).
2.2. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE FEIÇÃO GEOLÓGICA DO HAVAÍ
Algumas regiões na Terra no qual a intensa atividade vulcânica não está relacionada aos limites convergentes, como é o caso da formação da Ilha de Galápagos, do Parque Nacional do Yellowstone e a região de estudo da pesquisa, o arquipélago do Havaí,são anômalas .Região esta, originada há 80 milhões de anos atrás, localizada no centro da placa do Pacífico .Em que na década de 60 o cientista J. Tuzo Wilson propôs uma teoria sobre a formação das cadeias vulcânicas nessas regiões: todos eram originados a partir de um ponto quente, denominado Hot Spot, partindo do estudo da região percebendo que as áreas mais verdes, com uma espessa e densa floresta, eram as regiões mais antigas. Fato que mais tarde, pôde ser comprovado através da datação de rochas de cada ilha da cadeia, sendo assim o Hot Spot um ponto estacionário sobre onde à placa se movimenta (CHANNEL, 2008). Entretanto, Wilson não conseguiu comprovar o que causava o Hot Spot.
Uma década mais tarde, através de análises das rochas encontradas nas superfícies, foi descoberto a presença do mineral olivina, onde este é formado em regiões muito profundas (manto-núcleo), relacionando a sua origem com a local de formação do ponto quente. Ou seja, abaixo do Hot Spot ascende uma pluma em direção a litosfera, ao atingi-la esta anomalia forma uma estrutura aparente ao de um cogumelo sobre onde se localiza o ponto quente chamado de pluma mantélica.
Através de pesquisas realizadas com o sonar na região evidenciou-se a existência de montanhas submersas que cobriam muito mais além do que era possível visualizar das ilhas. O fenômeno ocorrido na ilha de Molakai caracterizado pelo cisalhamento da borda transcorrente, no qual um bloco de massa rochosa muda a orientação em relação ao outro, resultando em feições como dobras ou o afastamento dos blocos, gerou um grande desabamento de terra, aonde a força do oceano impulsionou estes a percorrerem a direção opostas do bloco de origem e conseqüentemente um enorme tsunami atingiu a região. (CHANNEL, 2008).
Assim como Molakai, toda a Grande Ilha (mais recente) poderá vim a ter um grande desabamento de terra, pois é possível, hoje, na região calcular o quanto um bloco de massa rochosa se afastam entre si. Estudos relatam que no instante em que tal fenômeno ocorrer será gerado um terremotode magnitude sete na escala Richter e um tsunami que destruirá toda ilha. De acordo com U.S.Geology Survey (2013) a ilha Kauai (mais antiga) está sob o efeito de agentes do intemperismo. Cientistas analisaram o clima da região, com altos índices pluviométricos, e a formação do Grande Cânion Waimea, com 16 km de extensão e 900m de profundidade apresentando uma mistura de cores entre o vermelho e verde. No qual sua formação é devido ao surgimento da depressão por onde desciam os fluxos de lava do vulcão e também pela incidência de chuvas extremas, intensificando o processo de erosão. Desse modo,a cor vermelha está relacionada com a oxidação do minério de ferro, e também a fragilidade dessa rocha quando comparada a Grande Ilha do Havaí. 
2.2.1. HAVAÍ- FEIÇÕES ENCONTRADAS 
 As ilhas havaianas são de origem vulcânica, cada ilha é composta de, pelo menos, por um vulcão primário, embora muitas ilhas são compostas por mais de um. A Ilha Grande, por exemplo, é construído de cinco grandes vulcões: Kilauea, Mauna Loa, Mauna Kea, Hualalai e Kohala . Mauna Loa é o maior vulcão ativo na Terra. Kilauea é atualmente um dos vulcões mais produtivos da Terra. Os vulcões em cada uma das ilhas são conhecidos como um escudo vulcânico, que são montanhas levemente inclinadas produzidos a partir de um grande número de fluxos de lava geralmente muito fluidos.
Segundo o HCV,Hawaii Center for Vulcanology,(2013) a idade dos vulcões do Havaí são determinadas partir da posição atual do hot spot, no qual se compara a distância ao longo da cadeia de ilhas vulcânicas com o vulcão Kilauea que é o mais novo . Em geral, ao mover-se ao longo da cadeia de ilhas do sudeste (Havai) para noroeste, (Kure), os vulcões se tornam cada vez mais velhos. Além Kure a cadeia havaiana continua como uma série de antigas ilhas, agora submersas conhecidas coletivamente como os “Montes Submarinos Imperador”. Os dois vulcões principais que compõem Oahu (Honolulu, onde é) não entrou em erupção há mais de um milhão de anos.
O Oceano Pacífico é em grande parte formado por uma única placa tectônica que se move sobre a camada na Terra conhecido como astenosférico. Estes movimentos levam-lo para o noroeste em comparação com as camadas abaixo dela, a uma taxa de 5 a 10 cm / ano. A placa se move sobre um hot spot, um novo vulcão pode perfurar a medida que a placa se move para longe criando assim uma nova ilha (HCV, 2013). Com o tempo, os vulcões continuam à deriva para o oeste e ficando mais velho em relação ao um vulcão ativo que está sobre o ponto quente. À medida que envelhece, a crosta sobre a qual se assentam esfria e desaparece. Isto, combinado com a erosão das ilhas uma vez paradas vulcanismo ativo, leva a uma diminuição das ilhas com a idade e sua eventual submersão abaixo da superfície do oceano. O Loihi, que entrou em erupção em 1996 estudos desse vulcão submerso revelam um avanço para a compreensão da formação da ilhas. 
	
2.3. PROBLEMAS AMBIENTAIS/SOCIAIS DECORRENTES DOS FENOMENOS ENVOLVIDOS 
Nas ilhas havaianas a lava é tipicamente basáltica (baixo teor de sílica), tem baixa viscosidade e podem atingir velocidades de até 100 km/h dependendo do seu tipo (Aa e Pahoehoe), sendo raras as erupções do tipo explosivas. No entanto existem impactos e estes estão relacionados à emissão de gases tóxicos, principalmente quando a lava entra em contato com o magma e a destruição de áreas domésticas e terras produtivas, pois estas escorrem para essas regiões destruindo os bens de consumo da população. 
No Kilauea, assim como em outras erupções basálticas fissurais é comum a formação de fontes de lava, essas são caracterizadas por jatos contínuos de gás que levam coágulos fundidos de lava, no qual a maior parte da lava extrudida dessa fonte é fluida e cai em um terreno formando reservatórios. (CARAVACA, G. 2009). Além disso, são vários os gases tóxicos expelidos por um vulcão durante uma erupção, porém, alguns oferecem um perigo mais elevado para a vida, indústria e agricultura, em que dentre eles se destacam o dióxido de enxofre, dióxido de carbono e acido fluorídrico.
O dióxido de enxofre no organismo faz com que as reações químicas sejam aceleradas e podem levar a produção de ácidos afetando o sistema respiratório e os brônquios. O dióxido de carbono faz com que a pessoa tenha perda excessiva de massa muscular, causa inconsciência, parada respiratória e pode levar a morte. Já o acido fluorídrico em grandes volumes pode causar deformações e mortes em animais e pessoas, chuva ácida e levar o rebaixamento da temperatura média global, intensificando assim a destruição da camada de ozônio. Os três associados a outros gases provocam a chuva ácida, chuva onde o pH é reduzido para algo entre 2,2 e 5 causando a diminuição do pH dos lagos, danificação da estrutura das plantas e a acidificação do solo tornando-o improdutivo e mais suscetível à erosão. Ainda podem também dificultar a visibilidade no espaço aéreo, pois as cinzas vulcânicas são compostas por partículas de rochas e minerais que ficam suspensas em uma nuvem de vapor d’agua e vários outros gases que, quando associados se tornam ácidos com alto poder corrosivo (IDIARTE, M. 2011). 
Além de todos os impactos citados, a alta carga peso dos vulcões, está fazendo com que as ilhas afundem de acordo com os ajustes isostáticos, em que devido às altas taxas de submersão, tornam-se difíceis o crescimento de recifes de corais ao longo de suas encostas. Enquanto que nas ilhas de baixo decaimento, como Maui e Oahu, recifes orgânicos florescem nas águas mornas da região (HAMBLIN, K.W.; CHRISTIANSEN, E.H., 2004).
E como a região não se encontra no limite de placas tectônicas, os terremotos presentes são de uma pequena escala e causados pelo movimento do magma ou deslizamentos em falhas relacionadas às fraturas. Segundo Hamblim e Christiansen (2004), o maior e mais recente terremoto ocorreu em 1973 com magnitude 6.2 na Grande Ilha do Havaí, ferindo onze pessoas e um dano de seis milhões de dólares. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As principais ilhas havaianas são os topos dos gigantes vulcões submarinos que formaram formados pelo 	 hotspot havaiano, que está atualmente sob a porção sudeste da Ilha Grande do Havaí. O Havai possui oito principais ilhas que compõem o estado do Havaí (Havaí, Maui, Oahu, Kahoolawe, Lanai , Molokai , Kauai e Niihau ) . Há uma pequena ilha adicional (Kaala) perto Niihau que é muitas vezes esquecido. 
Os vulcões oferecem um espeáculo por vezes trágico, mas deslumbrante e com interesse par o conhecimento do interior do nosso planeta. Embora alguns vulcões possam ser muito destrutivos, as suas vertentes são escolhidas por muitas pessoas para aí habitarem. Umas das razões desta escolha são os solos férteis originados pelos depósitos vulcânicos, excelentes como campos de cultivo. Em algumas partes do mundo, materiais valiosos como o ouro, o ferro, o enxofre e os diamantes têm origem na atividade vulcânica, levando ao aparecimento de aglomerados populacionais nesses lugares. No caso do Havaí a formação do arquipélago oferece um espetáculo por vezes trágico, mas deslumbrante e constituem verdadeiros “laboratórios” para as ciências da Terra
   
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rubin, K. (4 de Abril de 2005). Hawaii Center for Vulcanology . Acesso em 6 de Outubro de 2013, disponível em The Formation of the Hawaiian : http://www.soest.hawaii.edu/GG/HCV/haw_formation.html
HCV 2013. Hawaii Center for Vulcanology . [Online] School of Ocean and Earth Science and Techonology , Janeiro de 03 de 2013. [Citado em: 14 de Setembro de 2013.] http://www.soest.hawaii.edu/GG/HCV/.
Disponível em http://www.vulcanoticias.com.br/portal/vulcanologia/fluxos-de-lavas. Acesso em 22 de outubro de 2013.
anderson, g. (2003). hawwai: geology, plate tectonics/hot spot. Acesso em 25 de outubro de 2013, disponível em marine science: http://www.marinebio.net/marinescience/02ocean/hwgeo.htm
cook, d. (2004). types of lava. Acesso em 25 de outubro de 2013, disponível em instant hawaii: http://www.instanthawaii.com/cgi-bin/hi?Volcano.typesjohn grotzinger, t. j. (2013). para entender a terra. bookman.
Hawaii: Geology, Plate Tectonics/Hot Spot
Disponível em http://www.jcnunes.uac.pt/Tese/capitulos/6.htm. Acesso em 24 de outubro de2013.
Disponível em http://www.geopor.pt/gne/prog/vulcan.pdf. Acesso em 23 de outubro de2013
Disponível em http://www.outorga.com.br/pdf/Artigo%20229%20-%20Vulcanismo%20e%20seus%20Efeitos%20no%20Meio%20Ambiente.pdf. Acesso em 24 de outubro de2013.
Disponível em http://revistaforum.com.br/idelberavelar/2011/06/10/o-problema-das-cinzas-vulcanicas-por-marcelo-idiarte/.Acesso em 24 de outubro de2013.
 
 
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