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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS FRATURAS DO TERÇO MÉDIO O objetivo é restaurar o paciente na função dele e na forma, sendo a estética sempre secundaria. Como tratar o trauma facial? - ATLS – ADVANCED TRAUMA LIFE SUPORT AVALIAÇÃO PRIMARIA RAPIDA; RESSUSCITAÇÕES DE FUNÇÕES VITAIS; AVALIAÇÃO SECUNDARIA DETALHADA; INICIO DO TRATAMENTO DEFINITIVO. OBSERVAÇÃO: A etiologia do trauma vai depender sempre da região, do local e da condição socioeconômica. FERIDAS FACIAIS: Fazer sutura, prevenir infecções, avaliar se tem trauma, fazer avaliação neurológica. O paciente pode ir a óbito no momento do trauma (ex: obstrução das vias aéreas; choque hipovolêmico), ou tardiamente (ex: infecção, tétano). Feridas na face tem alto risco de contaminação por tétano. A B C D E AIRWAY- vias aéreas e controle da coluna cervical; BRATHING – Respiração com ventilação; CIRCULATION – Circulação e controle da hemorragia; DISABILITY – Incapacidade; estado neurológico; EXPOSURE ENVIROMMENT- Exposição com controle da temperatura. O cirurgião dentista trabalha basicamente com A e C. A – VIAS ÁEREAS: Obstrução por: Sangramento intra-bucal, nasal e coágulos. Fratura de dentes, próteses e mandíbula cominutida; Queda da língua e palato mole; Edema e vômitos Desobstrução por: Limpeza de sangue, muco, dentes avulsionados e próteses e próteses. Amarrias dentarias, barra de ERICH e redução das fraturas. Posicionamento da cabeça: saída de secreções pela boca e pelo nariz. A fratura de mandíbula parasinfisaria bilateral: por tração muscular o segmento vai para região posterior (musculo gênio-glosso, gênio-hiodeo) e a língua obstrui a via aérea. VIA ÁEREA DEFINITIVA: - Intubação endotraqueal; - Perda de consciência; - Lesões faciais extensas; - Fraturas múltiplas: cabeça, face e tórax; - Três tentativas de intubação endotraqueal. PROCEDIMENTOS DE EMERGENCIA: A traqueostomia não pode ser feita em emergência, é eletiva; Cricotireoidostomia: (via área cirúrgica) polpa a proeminência laríngea, e primeiro faz uma incisão vertical para conseguir ver a cartilagem cricoide e a cartilagem tireoide. Entre essas duas cartilagens está a membrana cricotireoide, é feita incisão horizontal nessa membrana (porque a fibra da membrana é horizontal) abre com uma pinça hemostática e passa uma cânula. C - CIRCULAÇÃO E CONTROLE DE HEMORRAGIA - Sistema circulatório - Volume sanguíneo Hipotensão/pulso CHOQUE HIPOVOLÊMICO Sudorese/palidez Baixo nível de consciência A face é muito vascularizada, o que costuma sangrar mais é o nariz, pois tem um plexo arterial na região posterior da cavidade nasal. Primeiro método usado: tamponamento. Rinorragia: sangramento nasal por trauma; Epistaxe: sangramento nasal e espontâneo; Para o controle da hemorragia e rompimento de vasos: pinçar, ligar e comprimir. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: Tratamento das lesões de tecidos moles; Diagnostico e estabilização das fraturas; Avaliação oftalmológica; Tratamento definitivo da fratura; TRATAMENTO DAS FRATURAS DO TERÇO MÉDIO: - Terço superior: osso frontal; - Terço médio: maxila, zigoma, orbita e nariz; - Terço inferior: mandíbula PILARES VERTICAIS - PILAR CANINO OU NASO MAXILAR; - PILAR ZIGOMATICO OU ZIGOMATICO MAXILAR; - PILAR PTERIOGOIDEO LINHAS DE RESISTÊNCIA DA FACE: (OU PILARES) HORIZONTAIS ARCO SUPRA-ORBITAL ARCO INFRA-ORBITAL ARCO INFRA-NASAL SÃO AREAS QUE DISTRIBUEM AS FORÇAS DURANTE O IMPACTO. FRATURAS MAXILARES: LE FORT I: ( ou fratura de guerín): É a fratura a nível dentário de maxila, é um impacto mais baixo, mais na região infra-nasal. Corre soltando a maxila do zigoma. - 2 maxilas - 2 palatinas - 2 processos zigomático Também é o tipo de osteotomia para tratar uma deformidade esquelética; usada na ortognatica. LE FORT II: O impacto é um pouco mais alto e mais central. Rompe os pilares até a região naso frontal. É chamada de fratura piramidal. Corre na região naso frontal, passa pelo rebordo infraorbitário, pelo zigomático e termina no processo pterigoideo. - 2 maxilas - 2 palatinas - 2 processo pterigoideo - 2 ossos nasais - 2 ossos lacrimais - Etmoide LE FORT III: O impacto é muito grande; solta a face inteira do crânio. É chamada de disjunção crânio facial. Não corre a nível dentário, corre mais alto, soltando por dentro da orbita (toda a região) até a região do zigomático. - 2 maxilar - 2 palatinas - 2 processo pterigoideo - 2 ossos nasais - 2 ossos lacrimais - Etmoide Normalmente só é encontra a LE FORT I. As outras são considerados como fraturas complexas OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: -FRATURA DE HUET: vai pegar um segmento em bloco da maxila até o rebordo infraorbitário, mais ou menos na região de lateral a pré-molar. -FRATURA DE BESERAU: é como se fosse uma LE FORT II, só que ela não termina atrás do processo pterigoideo, só terminar no pilar nasomaxilar. -FRATURA DE LANNELONGUE: é uma fratura que envolve a região do palato; fratura chamada de para-sagital-mediano. Não é na linha média do palato. -FRATURA DE WALTHER -FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS CZM Fraturas do complexo zigomático Fraturas da órbita interna Fratura do arco zigomático Fraturas do Complexo zigomático Tipo I não deslocada ou minimamente deslocada Tipo II segmentada do rebordo infraorbital Tipo III corpo fraturado em bloco Tipo IV fragmentadas ou cominuídas DIAGNÓSTICO: Deve ser procurar sinais e sintomas antes de tentar ver exame para tentar ver a fratura. A fratura é “vista” com a mão. Indicador: feridas faciais, feridas contusas. - Sinal do guaxinim: típico de fraturas de LE FORT III e fraturas da base do crânio. Equinose periórbitaria bilateral. - Rosto alongado: sinal de fratura da maxila; “horse face” - Hemorragia subconjuntiva - Face achatada/ face côncava – fratura da maxila - Alteração da oclusão - Mordida aberta anterior – na fratura de maxila a tendência é que a maxila gire para posterior, tendo toque dos molares e mordida aberta anterior. Também pode caracterizar uma fratura de côndilo bilateral. Nas fraturas de LE FORT III há envolvimento até quase a base do crânio, então a região do etmoide está em contato com a orbita, com a base central, e é fratura na LE FORT III, muitas vezes o impacto pode ir até o crânio e fraturar a lamina cribiforme ou crivosa, que contém forames cribiformes. O nervo oftálmico passa por esses forames, e as vezes o paciente fica com anosmia (não sente cheiro). A fratura também pode ir até o cérebro e romper as meninges, gerando extravasamento do liquor descendo até o nariz. Ocorre uma comunicação com o meio externo com o meio intracraniano, podendo gerar meningite.
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