Buscar

TCC LITERATURA FACED

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Paula Cristiane Justino.
LITERATURA INFANTIL: ELEMENTO FUNDAMENTAL CONTRA PRECONCEITO RACIAL
APUCARANA
2012
Paula Cristiane Justino.
LITERATURA INFANTIL: ELEMENTO FUNDAMENTAL CONTRA PRECONCEITO RACIAL
Monografia apresentada à disciplina Metodologia da Pesquisa no Curso de Graduação em letras português/ espanhol - FACED – Faculdade Apucarana Cidade Educação, como requisito parcial para conclusão do curso.
Orientador: Professor Eugênio
DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
 
 
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................
CAPÍTULO 1
HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL.....................................................
 1.2 História da Literatura infantil brasileira.....................................................
CAPÍTULO II
Funções da literatura infantil................................................................
RESUMO
INTRODUÇÃO:
 Desde a última década o preconceito racial tem sido fortemente discutido nas mais diversas áreas, mas principalmente entre os psicólogos e demais profissionais da educação. O crescimento de pesquisas sobre o assunto, principalmente nas escolas entre as crianças e os adolescentes pode ser justificado pela alteração da maneira de analisar as atitudes preconceituosas que sempre existiram, mas que até então eram ignoradas e negligenciadas. Pesquisadores passaram a encará-las não mais como um fenômeno corriqueiro, normal e ino​fensivo, mas como um processo que merece ser cuidadosamente observado e investigado, pois implica graves conseqüências emocionais e cognitivas para os envolvidos.
 O contexto social de maior prevalência de preconceitos é o ambiente escolar, o que não significa que o fenômeno não ocorra em outros contextos. A maioria dos episódios de preconceituosos é identificada na escola, talvez porque esse é o principal espaço em que se dão as interações entre pares. Faz-se conveniente salientar que o preconceito racial não se restringe a um determinado nível socioeconômico, tam​pouco a uma faixa etária específica ou gênero.
 No entanto, grande parte das pesquisas restringe-se ao contexto escolar e entre os estudantes de diversas faixas etárias, inclusive entre alunos de educação infantil. Por isso, o objetivo deste trabalho é mostrar como a literatura infantil pode se tornar um elemento indispensável contra os diversos preconceitos existentes em nossa sociedade, dando grande ênfase ao preconceito racial.
 A partir de inúmeras pesquisas, podemos perceber que a literatura tem o poder de ajudar as crianças a entenderem que não se pode julgar uma pessoa pela tom de sua pele,raça ou classe social.
 É durante o trabalho com literatura (histórias) que as crianças constroem o mundo das idéias abstratas, vivenciam experiências que enriquecem o seu conhecimento real e povoam a sua imaginação como elementos da fantasia. Quando possibilitamos às crianças um contato agradável com os livros infantis, estamos ampliando seu leque de idéias e conhecimento, fazendo fluir sua criatividade e promovendo a formulação de idéias próprias, estimulando a atenção, a observação, a memória, a reflexão e o desenvolvimento das linguagens. Através da literatura poderá se ampliar e permitir que as crianças conheçam cada vez mais as diversidades culturais e sociais, aproximando as situações do mundo imaginário do mundo real.
 O principal objetivo deste trabalho é utilizar a literatura como um instrumento na luta contra o preconceito racial. Assunto este que tem trazido muita preocupação para pais e professores dentro da comunidade escolar principalmente.
 Será realizado neste trabalho analises de dois livros literários que tratam em especial sobre o racismo: O Menino marrom (Ziraldo) e A menina bonita do Laço de Fita.
 Ao trabalhar com literaturas que tratam em especial deste tema, o professor poderá criar situações para explorar este tema dentro da sala de aula, através de rodas de conversas, teatros, realizando um trabalho de conscientização com alunos, despertando –lhes uma reflexão sobre como seriam se fossem vitimas de preconceito racial.
 È de grande importância trabalhar sobre o tema preconceito, pelo motivo de muitos alunos já terem sofrido e grande parte deles ainda sofrerem, com este tipo de comportamento por parte de colegas de sala de aula, ou da escola. A partir deste trabalho dando grande destaque ao uso da literatura como um instrumento para romper com o preconceito, queremos ajudar os educandos a repensarem e elaborarem seus conceitos sobre esta problemática que esta inserida infelizmente em nossa sociedade. Assim como, poder ajudar os educadores a partir de propostas com a utilização da literatura para a construção de novas relações, nas quais a diversidade seja foco de reflexão e de respeito. Percebemos que o preconceito racial esta mais perto do que imaginamos, inclusive na faixa etária dos educandos da educação infantil. Em pleno século XXI, as crianças pequenas estão entrando para as escolas , com este mal, que é o preconceito racial inseridas em seu ser. Baseado no exposto formula-se a seguinte pergunta: De que a forma a literatura seria um instrumento na luta contra o preconceito racial?
CAPÍTULO I
1- HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL
A literatura surgiu com a tradição oral.Suas fontes estão no folclore, com suas lendas, mitos e narrativas exemplares. Mais tarde, a partir do século XIX, com a valorização social da criança, essas narrativas passaram a ser contadas para as crianças, com o intuito formativo.
 Na verdade, o principal responsável pelo surgimento da Literatura Infantil é o próprio homem que, ao sentir necessidade de transmitir idéias e acontecimentos, buscou na ficção uma maneira de transmitir a herança cultural, acumulada pela humanidade ao longo do tempo. Há, portanto, um forte elo entre a literatura e a oralidade.
 A princípio, a literatura surgiu com fins moralizadores, pois a criança era vista como um projeto de adulto, ou seja, ela deveria ser educada conforme os objetivos traçados pelos adultos, sem se preocupar com as capacidades e anseios próprios da infância
 São desse período remoto as primeiras fábulas com animais, representando virtudes e defeitos humanos. A mais antiga coletânea vem do Oriente e intitula-se Calila e Dimna. São 14 livros, provavelmente escritos por um fabulista indiano: Bidpai ou Pilpay. Mais tarde, foi sendo traduzido para o persa e para uma versão árabe, até ser traduzido para o castelhano, no século XIII,exercendo fortíssima influência sobre narrativas ocidentais.
 Dessa tradição vêm as fábulas de Esopo, um escravo grego, cujos textos atravessam os séculos e permanecem na cultura até hoje, com raposas, corvos, bois, cães, lobos e cordeiros fazendo o papel de humanos e com a finalidade moral explícita.
 As mudanças sociais, ao longo da História, acabaram determinando alterações também na literatura Infantil. Nas sociedades primitivas, as crianças eram criadas para aprender somente o que seus pais passavam para elas; a menina assemelhava-se a mãe e o menino ao pai. Na época Clássica (Grécia e Roma) as crianças eram educadas para servir ao Estado ou a sociedade;em geral, os meninos tornavam-se grandes guerreiros.
 No período medieval, enquanto as crianças nobres liam autores consagrados pela tradição, orientados por seus receptores, as das classes desfavorecidas, em geral, liam ou ouviam as históriasde cavalarias,de aventuras e as narrativas picarescas de heróis espertos, usando recursos pouco usuais e nascidos do povo. Nessa época a literatura popular tem grande importância,reunindo lendas e contos folclóricos.
 Da Idade Média e do Renascimento ( séculos XV a XVII aproximdamente) datam os primeiros livros considerados LITERATURA INFANTIL, são os catecismos, criados pelos padres jesuítas para pregar o cristianismo as crianças.Mas já circulavam , no período, as fábulas com animais, os livros com narrativas de comportamento exemplares e os bestiários. São exemplos do período, Raimundo Lúlio, com o Livro das Maravilhas e o Livro dos Animais ( século XIII);O romance da Raposa, uma epopéia animal do século X; o Livro de Petrônio ou o Conde Lucanor, escrito por D.Juan Manuel, em 1335, repleto de narraativas moralizadoras e exemplares.
 Também são conhecidas e muito populares as novelas de cavalarias com os ciclos do rei Artur e do imperador Carlos Magno, narrando as aventuras de cavaleiros medievais em luta pela afirmação da fé religiosa cristãs e torneios e batalhas, em defesa do amor, da religião e do rei.Essas narrativas atravessam o Oceano Atlântico e vem encontrar espaços nas narrativas populares de cordel do Nordeste brasileiro.
 Em aproximadamente 1600, o italiano Giambatista Basile escreve o Conto dos Contos ou Pentameron, reunindo algumas histórias fabulosas, na linha dos contos de fadas.Algumas delas farão parte da antologia de Charles Perrault. Seguindo o modelo das fábulas grego latinas de Esopo e Fedro, surge na França a obra de Jean de La Fontaine, Fábulas, em que o escritor renova o gênero e usa de maneira comunicativa o verso, para dar novo impulso a esse tipo de texto literário.
 No século XVII, mais precisamente em 1697, surgiu a obra do famoso francês Charles Perrault, que ao trazer histórias da tradição oral, como a Bela Adormecida, a Gata Borralheira, Chapeuzinho Vermelho, O pequeno polegar e Pele de Asno,entre outros conseguiu resgatar esse repertório e aplicá-lo criticamente aos vários tipos humanos da sociedade da época, acentuando nas narrativas a forma mágica, própria das crianças, de encarar as situações; tal fato fez com que esses contos de fadas ainda estejam presentes na cultura de todo o mundo civilizado.
 O famoso livro As Mil e uma Noite, de origem árabe, foi revelado em 1704,por meio da tradução para o francês por Galland, embora suas narrativas tenham sido completada no finaal do século XV. Com ele, a cultura oriental tornou-se mais conhecida, além de mostrar a do conhecimento e da liberdade na vida das pessoas, já que Sherazade, a protagonista, teve que usar de sua inteligência para conquistar a atenção do rei.São narrativas encadeadas umas as outras, entre elas, podem ser destacadas, O Mercador e o Gênio, Aladim e a lâmpada maravilhosa, Alli- Babá e os quarenta ladrões e Simbad, o marinheiro.
 No século XIX, surgem os famosos Contos de Grimm entre 1812-1815, foram reunidos pelos pesquisadores e folcloristas alemães Jacob e Wilhelm Carl Grimm. São narrativas de fundo popular, com influência de mitologias nórdicas. Entre elas, as mais conhecidas são: A Branca de Neve e os sete anões; João e Maria e os Músicos de Bremen, entre outras, servem de apoio para várias adaptações surgidas no mundo inteiro e, que tem como público alvo AS CRIANÇAS.
 O dinamarquês Hans Christian Andersen, com a coleção Eventyr ( contos de fadas) escritos entre 1835 e 1872, apresentou animais e objetos como seres dotados de comunicação e sentimentos;seus contos como o Patinho Feio e o Soldadinho de Chumbo ainda fazem parte do universo infantil. Mas, também escreveu novas histórias com fadas e duendes, em que a preocupação social e o anti- preconceito estiverem presentes. È um escritor de forte cunho poético e autor de inegáveis méritos literários.
1.2HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL NO BRSIL
 A literatura infantil brasileira surgiu muito tempo depois do início da européia. Com a implantação da Imprensa Régia, em 1808, começam a ser publicados livros para crianças no Brasil.Essas publicações segundo as autoras Marisa Lajolo e Regina Zilberman, eram esporádicas e insuficientes para caracterizar uma produção literária brasileira, regular, para a infância. Porém, os livros, a partir dessa data, deixam de ser objetos tão raros no país. A falta de uma literatura infantil e o privilégio de uma pequena elite econômica capacitada para ler fizeram com que predominasse por muitos anos a literatura oral. Não foram encontrados registros históricos de literatura escrita, voltada para crianças nas primeiras décadas do Brasil colônia, mas sim, nos foi trazido pelos colonizadores, acervos de contos orais populares. 
Foi por volta de 1575, somente, que histórias infantis foram publicadas em Portugal e chegaram ao Brasil nesta mesma época, mas literaturas de nossa terra, com escritores brasileiros, demoraram a nascer por aqui. No séc. XIX foram resgatados contos populares franceses e com os irmãos Grimm, na Alemanha, tais histórias começaram a ser difundidas no Brasil. Portanto é no final do séc. XIX que surge a literatura infantilI no Brasil. Esta literatura, porém, ainda não surgiria com ideais de criança, como um ser de desejos e pensamentos próprios.Segundo Oliveira (2008, p. 57) “A Literatura infantil era considerada um excelente meio para induzir o leitor à obediência das normas consagradas.” 
Eram literaturas voltadas para o publico infantil, porém sem nenhuma atratividade para o publico infantil, porém sem nenhuma atratividade para as crianças, sem cativar e atrair o interesse de seu público, portanto, sem oportunizar uma leitura atrativa e prazerosa para as crianças.
 Considerado o maior autor da literatura infantil, Monteiro Lobato criou um universo diferente para as crianças. Este era o nome que marcaria o surgimento da Literatura infantil é o do Monteiro Lobato, com a publicação de Narizinho arrebitado. Esta publicação acontece em 1921. Representando um apelo a imaginação, movimentação dos diálogos, enredo, linguagem visual e humor. Com uma literatura alicerçada em uma nova concepção de infância, que visualiza uma criança que sente medo, que tem conflitos, afetos, contradições, que faz perguntas, que descobre as coisas, ele é o primeiro escritor brasileiro a acreditar na inteligência da criança, pois possibilita a ela, estabelecer uma relação prazerosa com o texto literário, tanto no sentido lúdico como no afetivo.
 O espaço do sítio do Pica Pau Amarelo constitui sempre o ponto de entrada de todas as narrativas Reinações de narizinho (1931),nome novo para Narizinho arrebitadeo, obra que dá início a etapa mais fértil da ficção brasileira, com personagens representando seres humanos, como Pedrinho,dona Benta,tia Anastácia, entre outros. Além dos personagens que apresentam a mesma textura das personagens inventadas como a boneca Emília, sabugo Visconde de Sabugosa, o pequeno polegar.
 Monteiro Lobato, devido a sua liberdade criadora e a liberdade de pensamento que defendiam suas personagens, ele foi considerado subversivo, nos anos 40.
 Na década de 50, com o fim da era getulista, prosseguem os debates acerca das reformas e reestruturação no campo do ensino, mas, apesar das discussões, quase nada muda nas condições da educação.Nessa década, instala-se a crise da leitura. Há, ainda, o surgimento das histórias em quadrinhos, que eram acusadas de ser uma das causas da falta de interesse pela leitura.
 Nos anos 60 e 70,ocorre uma fomentação e discussão da Literatura infantil. Nascem instituições preocupadas com a leitura e o livro infantil, como a Fundação nacional do Livro Infantil e há toda uma mobilização do Estado apoiando e agilizando o envolvimento com a leitura, investimentos capitais para inovar a veiculação e aumentar o númeroe o ritmo de lançamento de títulos novos.
 Nos anos 70, muitos autores destacando entre eles: Ana Maria Machado,Sylvia Orthoff, Ary Quintana, marina Colasanti, Ruth Rocha, manifestam com clare3za a ficção moderna, que envereda pela temática urbana, focalizando o Brasil atual, seus impasses e suas crises.
 A literatura infantil converte-se numa das responsáveis diretas pela configuração de um horizonte de expectativas na criança e é assim que deve ser, por isso, a literatura infantil é necessariamente formadora e cabe-lhe uma formação especial, que antes de tudo, interrogue a circunstância social de onde provém o destinatário e seu lugar dentro dela. 
CAPÍTULO II
2 – Funções da literatura infantil
 A leitura rápida e compreensiva de um texto é um automatismo a ser desenvolvido, também pela literatura.
 A leitura reflexiva, a aquisição do vocabulário, a aquisição de conceitos, assim como as preferências, o gosto pela leitura, a escolha de valores são adquiridos através, da literatura. Suas funções são, portanto, amplas.
 O ideal da literatura infantil é fazer com que as crianças unam o entretenimento e a instrução ao prazer da leitura.Esta vem para educar a sensibilidade,a reunindo beleza das palavras e imagens.A partir do contato diário com a literatura as crianças podem desenvolver suas capacidades de emoção, admiração, compreensão do ser humano e do mundo, entendimento dos problemas alheios e dos seus próprios, respeito pelos outros; enriquecendo, principalmente, as suas experiências escolares, cidadãs e pessoais.Através da literatura, as crianças estarão formando suas capacidades intelectuais e sociais visto que, elas ainda estão num processo de formação de experiências reais.Numa época em que o acesso á internet, a televisão, ao rádio e ao cinema são tão freqüentes,expressando valores de uma sociedade capitalista e utilitarista, fazendo-se necessário o uso da literatura como fonte de valores para uma sociedade, que devido ao capitalismo,onde toda a família necessita estar no mercado de trabalho, as famílias não conseguem mostrar diversos valores importantes para a formação de seus filhos.
 Sabemos que a literatura nada mais é do que uma fonte saudável de alimentação á imaginação infantil. A palavra tem sua beleza própria, mas somente reconhece quem sabe usá-la.
 [...] identificação, pelo prazer que toda leitura com pretensões a ser de algum proveito deve provocar na alma da criança, para além de qualquer simplismo de expressão, ou do puro retrato físico de uma modalidade de ser e de sentir, que a criança permanentemente luta por transceder. (JESUALDO,1978,p.30)
 
Com o trabalho, ou melhor, com a leitura de histórias infantis, estas auxiliam na formação moral, social e literária, mantendo um laço com o seu mundo imaginário, este que todas as crianças apresentam em seus momentos particulares, e a transposição de real.
 "Para Cândido, há um certo tipo de função psicológica,quando se pensa no papel da literatura,pois a produção e fruição desta se baseiam numa espécie de necessidade universal de ficção e de fantasia."
Entendemos que a fantasia é algo que ocorre na vida das pessoas, indiferente de sua classe social.Esta faz parte da vida do ser humano em algum estágio de sua vida,podendo ser na infância ou na vida adulta.
 A literatura propriamente dita é uma das modalidades que funcionam como resposta a essa necessidade universal, cujas formas mais humildes e espontâneas, de satisfação talvez sejam coisas como a anedota, a adivinha, o trocadilho, o rifão. Portanto, por via oral ou visual;sob formas curtas e elementares,ou sob complexas formas extensas, a necessidade de literatura se manisfesta a cada instante; aliás, ninguém pode passar um dia sem consumi-la, ainda que sob a forma de devaneio, construção ideal ou anedota. E assim se justifica o interesse pela função dessas formas de sistematizar a fantasia, de que a literatura é uma das modalidades mais ricas.
 (CÂNDIDO,1972.p.805) 
 
 Apreciar a Literatura Infantil no cotidiano escolar é permitir à criança divertimento e possibilidade de viajar em um mundo mágico” para novas descobertas e aventuras, adquirindo experiências populares nas diversas linguagens. A partir do contato com histórias é que se pode sentir emoções importantes, como a tristeza, a raiva, o bem-estar, o medo, a alegria e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam a quem as ouve, com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma dela faz ou não brotar.
 Analisando a realidade da vida corrida das famílias, percebemos que o único contato que muitas crianças irão ter com livros será apenas na escola.Esta passa então a ser escola uma instância privilegiada para adquirir instrumentos necessários para a aprendizagem significativa. Quando aguçamos na criança possibilidades e habilidades de expressar seus sentimentos, pensamentos, dúvidas, criatividade, contribuímos com a formação da cidadania, pois a criança além de adquirir conhecimentos específicos nas mais diferentes áreas do conhecimento humano desenvolverá habilidades que a instrumentalizará com as mais amplas condições culturais, políticas e sociais para sua interação com o mundo sempre e potencialmente melhor.
 Dentre inúmeras funções da literatura, esta é de transmitir aos leitores sentimentos de respeito, dignidade pela pessoa humana e como isso em nossos dias é fundamental mostrar as crianças obras literárias que venham mostrar valores sociais como: justiça, paz, liberdade. Igualdade e solidariedade. Valores estes que estão se perdendo em nossa sociedade .
 Cândido, afirma que: 
[...] as criações ficcionais e poéticas podem atuar de modo sub-consciente e inconsciente, operando uma espécie de inculcamento que não percebemos.Quero dizer que as camadas profundas da nossa personalidade podem sofrer um bombardeio poderoso das obras que lemos e que atuam de maneira que não podemos avaliar.Talvez os contos populares,histórias, romances,estas atuem tanto quanto a escola e a família na formação de uma criança e de um adolescente.
 (CÂNDIDO,1972.p.806) 
 
 Dessa forma,notamos como a literatura de uma forma implícita pode conseguir realizar mudanças, fazer diferenças na vida de seus leitores. Esta acaba correspondendo de alguma forma ao anseio do leitor que acaba se identificando com a obra literária .A literatura nada mais é que uma arte,que consegue atuar na vida de um leitor inconscientemente. Podemos dizer, que ela humaniza,ela faz viver. Ao analisarmos profundamente as funções da literarura, notamos que ela proporciona um conhecimento sobre os seres e o mundo, ao mesmo tempo em que satisfaz as suas necessidades quanto a imaginação e a fantasia.
 Segundo Carvalho:
 a função social da literatura se baseia no príncipio de que ela deve representar a ponte que vai integrar o ser em formação ao mundo real dos adultos.No entanto,o público que ainda esta em formação cognitiva, afetiva e social prescinde de obras que lhe mostrem a realidade, mas é preciso que essa realidade lhe seja apresentada esteticamente, para que não signifique apenas a transmissão de verdades instituídas ideologicamente. (p.61)
A partir daí, que a literatura infantil é vista como uma nova concepção de infância e adolescência , muitos autores começaram escrever suas obras de uma maneira mais critica, sendo ao mesmo tempo de uma forma que desperte atenção do leitor,ou, melhor, de uma forma lúdica, sendo uma categoria descompromissada com o principio pedagógico. 
 Carvalho, destaca que leitor muitas vezes, necessita dar vazão aos seus anseios e carências internas, e só uma literatura destituída de ensinamentos vai conseguir suprir verdadeiramenteessa necessidade.
Notamos, que a literatura não pode ser vista apenas como um objeto de cunho pedagógico, e sim como arte, como aquela que realmente consegue mexer com os sentimentos de seus leitores mesmo que seja de uma forma implícita.E através daí,transformar em visão nova e modificar a realidade do mesmo. Infelizmente, muitos professores acabam classificando a literatura como sendo utilitária. Não valorizando que esta é muito mais, ou seja, ela é uma arte que necessita ser trabalhada com os educandos de uma forma que valorize a sua função.
 Segundo Carvalho no gênero para a infância e juventude, o literário pede passagem ao utilitário para poder se constituir em arte.
2.1 Por que trabalhar com a literatura infantil ?
	Já falamos bastante sobre a importância que a literatura infantil exerce na formação da criança, não só como leitora, mas também no que compete à formação moral, necessária para a vida. Mas talvez ainda não seja o suficiente para entender sua importância no processo de ensino. 
	Será que as historinhas infantis auxiliam o processo de formação de valores?
Para isso, tomemos como referência os dizeres de Fanny Abramovich, que nos explica o porquê de os contos de fadas causarem tanto encantamento:
 Por quê? Porque os contos de fadas estão envolvidos no maravilhoso, um universo que denota fantasia, partindo sempre duma situação real concreta, lidando com emoções que qualquer criança já viveu... Porque se passam num lugar que é apenas esboçado, fora dos limites do tempo e do espaço, mas onde qualquer um pode caminhar... [...] Porque todo esse processo é vivido através da fantasia, do imaginário, com intervenção de entidades fantásticas (bruxas, fadas, duendes, animais falantes, plantas sábias. (ABRAMOVICH, 1995, p.120)
	Como visto acima, mais uma vez entendemos aqui que a importância dos contos para a criança está diretamente ligada ao fato de que os pequenos ainda estão construindo suas idealizações, a luta entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, o que lhe é narrado nos contos, faz com que se sintam encorajados a entender aquilo que se passa dentro de si próprios. Quando estes alunos estiverem no processo de alfabetização ,não digo apenas no ano em que deverá ser alfabetizada, mas durante o processo que vem acompanhando-a desde os primeiros anos de vida - está lidando com situações reais no seu cotidiano, com a família, em sua casa, na escola, com seus colegas e professores. Os conflitos reais que a criança passa no seu cotidiano, acarretam algumas consequências no seu processo de ensino. Estas necessitam conseguir resolver esses determinados conflitos e com a utilização da literatura em sala de aula, esses alunos terão esta, como uma ferramenta para ajuda-los diante destes conflitos internos.
 Diante deste trabalho, queremos deixar claro a importância de se trabalhar com a literatura infantil em sala de aula, percebemos que esta é de suma importância na formação dos educandos, na busca de suas próprias identidades. Embasados nisto, diante deste grande problema que a sociedade vive nos dias que é preconceito racial, queremos através da literatura infantil ,mostrar aos pequenos que todas as pessoas são importantes na sociedade, indiferentes de sua cor, raça, condição sócio-economica.Todos merecem e devem ser respeitados. Com a utilização de histórias que tratam deste tema, onde as personagens são valorizadas por sua cor,podemos estar mostrando e podemos dizer ʺquebrando ʺeste paradigma de que apenas personagens com tons de pele clara são as mais bonitas, ou as que realizam as boas ações.
 Diante do já dito neste, a literatura infantil por ser arte, ela com sua utilização especialmente em sala de aula, consegue proporcionar inúmeros benefícios aos educandos, principalmente se o educador esmiuçar toda a obra literária, explorando principalmente os valores que estas trazem em seu interior.
 Tudo isso é possível porque a literatura trata de assuntos e temas humanos – sentimentos, afetos, temores, desejos e vivências. Ainda que os personagens que figurem nessas histórias sejam representados por animais ou até mesmo seres inanimados, esses sempre estão interpretando ou vivenciando uma condição humana [...] Além disso, também por meio dessas histórias elas formam conceitos de valores - análise do bem e do mal. Quando adentram no universo fantasioso do conto de fadas, brincam com os mistérios da vida, sem aprovações ou reprovações. (SPERANDIO, 2011, p.21)
Uma vez que a Literatura Infantil informa, instrui e orienta o indivíduo ao mesmo tempo em que supri as necessidades de fantasia, ampliando assim a visão de mundo que a criança constrói, expandindo e moldando os conhecimentos adquiridos previamente por ela, podemos dizer que a Literatura infantil é capaz de transformar o indivíduo em sujeito crítico quanto aos vários aspectos da sociedade, cumprindo assim sua função formadora.
Um certo tipo de função psicológica é talvez a primeira coisa que nos ocorre quando pensamos no papel da literatura. A produção e fruição desta se baseiam numa espécie de necessidade universal de ficção e fantasia. [...] E isto ocorre no primitivo e no civilizado, na criança e no adulto, no instruído e no analfabeto. (CÂNDIDO, 1972,p.804). 
 Entendemos que a fantasia é algo que ocorre na vida das pessoas indiferente de sua classe social.Esta faz parte da vida do ser humano em algum estágio de sua vida,podendo ser na infância ou na vida adulta.
CAPÍTULO III
3..PRECONCEITO 
Segundo o dicionário, a palavra preconceito está definida como ʺqualquer opinião ou sentimento, favorável ou desfavorável, concebido sem exame crítico, conhecimento ou razão ʺ.Podemos dizer que é algo pensado, raciocínio elaborado, restrito, aos adultos...está totalmente errado , pois infelizmente, nem as crianças pequenas estão imunes as múltiplas formas de discriminação racial presentes em nossa sociedade. Em pleno século XXI, vemos que este mal, ainda continua impregnado nas pessoas.Podemos dizer que o mais triste, é ver que muitas crianças da educação infantil, passam por discriminação racial dentro de sua própria sala de aula.è muito importante que o combate a todas as formas de preconceito deva ser prioridade desde os primeiros anos da educação infantil. Em pesquisas realizadas, no Brasil, as estatísticas refletem que 45,5% da população são negros, e estes possuem nível de escolaridade menor que os brancos.Além disso, puderam comprovar que um tratamento diferenciado dentro da sala de aula,é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças negras.
 Segundo a revista Nova Escola, “muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não apresentam propostas pedagógicas para se contrapor a essas situações.”
 Percebemos como é importante, a escola tentar o combate a discriminação em sala de aula, pois os alunos quando estão inseridos em um ambiente que estimula o respeito a diversidade, conseguirá formar alunos mais respeitadores e mais educados .Por isso, enfatizamos como é importante dentro da educação infantil trabalhar este tema com as crianças. Como conhecemos e já mencionamos anteriormente, acreditamos que através da literatura infantil estaremos estimulando os pequenos a respeitar, a valorizar os nossos semelhantes, sabendo lidar com a s diferenças., ou seja , formando cidadãos preocupados com a coletividade.
3.1 COMO TUDO COMEÇOU: BREVE HISTÓRICO SOBRE O PRECONCEITO RACIAL (RACISMO)
 Muitos historiadores acreditam que esta prática surgiu na Europa por volta do século XV, desde então só veio a aumentar no decorrer dos tempos, vitimizando milhões de pessoas que passam ou já passaram por uma discriminação racial em sua vida.
 Segundo Sant’Ana “o racismo é a pior forma de discriminação, porque o discriminado não pode mudar as características raciais que a natureza lhe deu.” Ou seja, a pessoa tem que conviver com algo que lhe foi imposto, onde muitas pessoas que sãototalmente preconceituosas, acabam vendo a cor de pele de seu semelhante como algo inferior a eles que possuem , digamos a cor branca.
 O racismo é fruto de um longo processo, na história já temos conhecimento da exploração de muitos países que foram colonizados e que passaram por muitos exploração dos colonizadores, pois se gerava riqueza e poder para digamos os donos da situação.
 Ao mencionarmos sobre racismo, esta podemos dizer que esteja ligada a escravidão. Pois se tornavam escravos, quem eram , os menos favorecidos pela sorteou como já citado os que foram dominados por determinados grupos.
 Muitas pesquisas foram realizadas com o intuito de explicar a origem da escravidão, partindo da teoria da evolução das espécies. Muitos pesquisadores citaram em seus trabalhos que a escravidão era desconhecida nas primeiras sociedades humanas, pois as tarefas sociais para serem cumpridas eram poucas, e as mulheres eram responsáveis por elas. Entendemos aqui, que nesta época as mulheres já eram consideradas como escravas, mas por terem nascido mulheres não tinham valor a sociedade.
 Com o crescimento das cidades, com a expansão marítima, os homens por dominação e ambição começaram a usar os homens menos favorecidos como escravos.
 Muitos filósofos do século XIII acreditavam num progresso indefinido, com a condenação da escravidão ao longo prazo. Alguns preferiam utilizar esta idéia de evolução em prol do cristianismo.
 Muitas t teorias foram abordadas sobre este tema, tendo cada uma seus adeptos.
 Para Grenouilleau:
 [... ] tudo isso mostra , claramente, que a história da escravidão não pode ser explicada por uma visão simplista de um progresso contínuo da civilização, que supostamente induz a erradicação proporcional da exploração do homem pelo homem. 
 ( GRENOUILLEAU,p.61) 
 
 
OBSERVAÇÃO: professor neste itens do preconceito , pretendo adicionar mais informações. Assim como sobre a história do racismo, estou procurando mais informações para acrescentar.

Outros materiais