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Planejamento Cont. Tributario Apostila Completa

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Planejamento
Contábil Tributário
Professor conteudista: Rubens Pardini
Sumário
Planejamento Contábil Tributário
Unidade I
1 OBJETIVO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................................................................................1
2 SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESÁRIA ......................................................................................................4
2.1 As sociedades simples ............................................................................................................................5
2.2 As sociedades organizadas como empresárias ............................................................................6
3 O ENQUADRAMENTO FISCAL DAS EMPRESAS .......................................................................................6
3.1 As microempresas e as empresas de pequeno porte ................................................................6
3.1.1 Microempresa - ME ...................................................................................................................................7
3.1.2 Empresa de Pequeno Porte - EPP ........................................................................................................7
3.2 Recolhimento Unificado de Tributos ...............................................................................................7
3.3 Impedimentos a optar pelo Simples Nacional ............................................................................8
3.4 Não impedidas a optar pelo Simples Nacional .........................................................................11
3.5 Opção pelo Simples Nacional .......................................................................................................... 12
3.6 Alíquotas .................................................................................................................................................. 12
Unidade II
4 EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO PRESUMIDO ......................................................................... 22
4.1 A tributação pelo lucro presumido .............................................................................................. 22
4.2 Opção pelo regime de lucro presumido ...................................................................................... 22
4.3 Necessidade de escrituração contábil .......................................................................................... 22
4.4 Determinação do lucro presumido ............................................................................................... 23
4.5 Base de cálculo para apuração do Imposto de Renda sobre o lucro presumido ....... 24
4.6 Determinação da base de cálculo da contribuição social ................................................... 25
4.7 Período de apuração ........................................................................................................................... 27
4.8 Alíquotas de Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro .............................. 27
4.9 A Tributação do PIS e da Cofins para empresas optantes pelo lucro presumido ....... 29
5 EMPRESAS TRIBUTADAS COM BASE NO LUCRO REAL .................................................................... 30
5.1 O lucro real .............................................................................................................................................. 30
5.2 Adições ao lucro contábil .................................................................................................................. 31
5.3 Pessoas jurídicas obrigadas à tributação do lucro real ......................................................... 34
5.4 Forma de pagamento e apuração ................................................................................................ 36
5.5 Contribuição Social sobre o lucro líquido .................................................................................. 43
5.6 Regra geral de dedutibilidade ......................................................................................................... 43
5.7 Pagamento mensal com base na receita bruta e acréscimos ............................................ 44
5.7.1 Conceito de receita bruta .................................................................................................................... 44
6 INCENTIVOS FISCAIS ..................................................................................................................................... 47
6.1 Incentivos Fiscais de redução ou isenção ................................................................................... 47
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1 OBJETIVO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
“O planejamento tributário é uma conjunto de sistemas 
legais com o objetivo de diminuir o pagamento dos 
tributos.” (Julio César Zanluca, 100 ideias práticas de 
economia tributária, s.d.)
O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio 
de tal forma que deva procurar minimizar os custos gerais e 
entres eles procurar minimizar o impacto da carga tributária. 
Sua intenção deve ser ganhar cada vez mais competitividade, 
principalmente quando da formação de seus preços de vendas e 
de seus bens e serviços. 
Além dos diversos itens que compõem o custo dos produtos e 
serviços, um principal componente são os diversos impostos que 
incidem sobre os preços de vendas, ainda que em nosso sistema 
tributário nacional os impostos recaiam sobre o consumidor 
final.
O princípio constitucional não deixa dúvidas de que, dentro 
da lei, o contribuinte pode agir segundo o seu interesse. Planejar 
tributos é um direito tão essencial quanto planejar o fluxo de 
caixa, fazer investimentos etc. A forma legal de planejamento 
tributário é chamada elisão.
Tipos de Elisão 
Há duas espécies de elisão fiscal: 
• Decorrente da própria lei. 
No caso da elisão decorrente da lei, o próprio dispositivo 
legal permite ou, até mesmo, induz a economia de tributos. 
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Existe uma vontade clara e consciente do legislador de dar 
ao contribuinte determinados benefícios fiscais. Os incentivos 
fiscais são exemplos típicos de elisão induzida por lei, uma 
vez que os próprios textos legais dão aos seus destinatários 
determinados benefícios. É o caso, por exemplo, dos Incentivos à 
Inovação Tecnológica, conforme a Lei 11.196/2005, que concede 
incentivos fiscais de IPI, como a redução de 50% do Imposto sobre 
Produtos Industrializados (o IPI incidente sobre equipamentos, 
máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como sobre acessórios 
sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, 
destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico).
 A partir de 18 de setembro de 2008, com a conversão 
da MP 428/2008 na Lei 11.774/2008, poderá ser utilizada 
a depreciação integral, no próprio ano da aquisição, de 
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, 
destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica 
e desenvolvimento de inovação tecnológica, para efeito de 
apuração do IRPJ e também da CSLL.
Já a segunda espécie, contempla a hipótese em que o 
contribuinte opta por configurar seus negócios de tal forma 
que se harmonizem com um menor ônus tributário, utilizando-
se de elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar 
o fato gerador de determinado tributo com elementos da 
próprialei. 
• Que resulta de lacunas e brechas existentes na própria 
lei. 
É o caso, por exemplo, de uma empresa de serviços que 
decide mudar sua sede para determinado município, visando 
a pagar o ISS com uma alíquota mais baixa. A lei não proíbe 
que os estabelecimentos escolham o lugar onde exercerão 
atividades, pois os contribuintes possuem liberdade de optar por 
aqueles mais convenientes a si mesmos, se a definição do local 
for exclusivamente com objetivos de planejamento fiscal.
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• Diferença entre sonegação fiscal e elisão fiscal.
A fraude ou sonegação fiscal consiste em utilizar 
procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o 
regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente perdoável porque, 
além de ser flagrante, o contribuinte se opõe conscientemente à 
lei. Os juristas a consideram como repreensível. 
Já no planejamento tributário, sem ter relação com a fraude 
propriamente dita, se admite que os contribuintes tenham o 
direito de recorrer aos seus procedimentos preferidos, autorizados 
ou não proibidos pela lei, mesmo quando este comportamento 
prejudica o Tesouro. 
• Finalidades do planejamento tributário.
O planejamento tributário objetiva a diminuição legal da 
quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos 
(impostos, taxas e contribuições) representam uma grande 
parcela dos custos das empresas, se não for a maior delas. Com a 
globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência 
empresarial a correta administração do ônus tributário. 
Em média, 33% do faturamento empresarial são dirigidos 
ao pagamento de tributos. Do que corresponde ao lucro, 34% 
vão para o governo. Mais da metade do valor do somatório dos 
custos e despesas é representado pelos tributos. Assim, se torna 
imprescindível a adoção de um sistema de economia legal. 
Finalidades do planejamento tributário
Três são as finalidades do planejamento tributário:
• Evitar a incidência do fato gerador do tributo. 
Exemplo: substituir a maior parte do valor do pró-labore dos 
sócios de uma empresa por distribuição de lucros, pois a partir 
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de janeiro de 1996 eles não sofrem incidência do IR nem na 
fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do 
INSS (20%) e do IR na Fonte (27,5%) sobre o valor retirado dos 
lucros em substituição do pró-labore. 
• Retardar o pagamento do tributo, postergando o seu 
pagamento, sem a ocorrência da multa. 
Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 ou 
31 para o 1º dia do mês subsequente. Com isto, ganha-se trinta 
dias adicionais para o pagamento dos impostos. 
• O planejamento tributário é previsto na própria Lei das 
Sociedades Anônimas, em seu artigo 153. 
 “O administrador da companhia deve empregar, no 
exercício de suas funções, o cuidado e a diligência 
que todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração dos seus próprios negócios”. 
2 SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESÁRIA
De acordo com o novo Código Civil, as empresas podem ser 
constituídas como sociedades simples e sociedades empresárias. 
Quanto à natureza jurídica, elas podem constituir-se em 
sociedades simples limitada, sociedade empresária limitada 
e sociedade anônima. Existem, ainda, as sociedades em nome 
coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade em 
comandita por ações, estas, em razão da complexidade e 
atribuição de maior responsabilidade aos seus sócios, estão em 
extinção. Há também a Sociedade em Conta de Participação 
(SCP) e sua constituição não está sujeita às formalidades legais 
prescritas para as demais sociedades, não sendo necessário o 
registro de seu contrato social na Junta Comercial.
Normalmente as sociedades em nome coletivo são 
constituídas por um prazo limitado, no objetivo de explorar 
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um determinado projeto. Após o cumprimento do objetivo, a 
sociedade se desfaz e a sua formação pode ocorrer quando 
duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, se 
reúnem, sem firma social, para obter lucro comum, em uma ou 
mais operações de comércio determinadas, trabalhando um, 
alguns ou todos em seu nome individual para o fim social, em 
que a associação assume o nome de sociedade em conta de 
participação, sendo regulada, a partir do Novo Código Civil, 
pelos artigos 991 a 996 do referido código (Lei 10.406/2002).
2.1 As sociedades simples
As sociedades simples são um tipo societário introduzido 
pelo Código Civil de 2002, vindo, de certa forma, a substituir 
a antiga sociedade civil. Com a vigência do atual diploma civil, 
que diminuiu a flexibilidade da sociedade limitada, observou-se 
uma crescente adoção da forma típica de sociedade simples nos 
pequenos negócios. 
A sociedade simples, caracterizada como personificada e 
não empresária, quer dizer que é constituída como uma pessoa 
jurídica, com fins econômicos, e o termo “não empresária” 
identifica que as sociedades simples são de caráter pessoal, ou 
seja, existe uma estreita relação entre as atividades desenvolvidas 
e a especialidade de seus sócios. Nessa condição estão as 
sociedades de dentistas, médicos, advogados, engenheiros etc. 
Os objetivos sociais são realizados pelo atrelamento e pela 
supervisão de seus sócios. É importante, ainda, mencionar que o 
surgimento da sociedade simples reduziu a flexibilidade quando 
a mesma se organizava no antigo conceito de sociedade civil 
limitada, pois agora a responsabilidade de seus sócios podem 
se caracterizar como “responsabilidade ilimitada”, ou seja, os 
sócios podem responder ilimitadamente pelo saldo devedor na 
proporção de suas participações. 
O registro da sociedade simples é feito no Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas. 
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2.2 As sociedades organizadas como 
empresárias
Determinam que o caráter econômico ou o objetivo social 
é impessoal, ou seja, as atividades que são desenvolvidas estão 
apartadas da figura dos seus sócios. A sociedade empresária 
adquire vida própria independentemente de seus sócios. 
Nessa condição, estão as empresas comerciais, cujos registros 
constitutivos são feitos nas Juntas Comerciais dos seus 
respectivos estados. 
3 O ENQUADRAMENTO FISCAL DAS EMPRESAS
De acordo com os objetivos sociais, as empresas podem 
enquadrar-se para fins tributários em microempresas, empresas 
de pequeno porte e empresas que podem ser tributadas pelo 
lucro presumido e lucro real.
3.1 As microempresas e as empresas de 
pequeno porte
Podem aderir ao Simples Nacional, que é um regime 
tributário diferenciado, simplificado, favorecido e previsto na 
Lei Complementar nº 123 de 14/12/2006 e aplicável a partir de 
01 de julho de 2007.
Por ser uma lei complementar, abrange e estabelece 
normas gerais paras as microempresase empresas de pequeno 
porte no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios. Abrangendo, não somente o regime tributário 
diferenciado e denominado Simples Nacional, como, também, os 
aspectos relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, 
ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à 
justiça, dentre outros. 
Existe, ainda, um Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), 
instituído pelo Decreto nº 6.038, de 07 de fevereiro de 2007, 
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que está vinculado ao Ministério da Fazenda, e é composto por 
representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios. 
3.1.1 Microempresa - ME
Considera-se microempresa, para efeito do Simples Nacional, 
a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00.
3.1.2 Empresa de Pequeno Porte - EPP
Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, o 
empresário ou a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, 
em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 
e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.
3.2 Recolhimento Unificado de Tributos
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, dos seguintes tributos:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
(COFINS)
• Contribuição para o PIS/Pasep
• Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal)
• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
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1. O recolhimento na forma do Simples Nacional não exclui 
a incidência de outros tributos não listados acima. 
2. Mesmo para os tributos listados acima, há situações 
em que o recolhimento dar-se-á à parte do Simples 
Nacional. 
3.3 Impedimentos a optar pelo Simples Nacional
Nos casos de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno 
Porte (EPP): 
• que tenham auferido, no ano-calendário imediatamente 
anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00; 
• de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
• que sejam filial, sucursal, agência ou representação no 
País, de pessoa jurídica, com sede no exterior; 
• de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita 
como empresário ou seja sócia de outra empresa que 
receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da 
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, 
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 
2.400.000,00; 
• cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital 
de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar 
nº 123, de 14 de dezembro de 2006, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 
• cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de 
outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 
• quando constituídas sob a forma de cooperativas, salvo as 
de consumo; 
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• que participem do capital de outra pessoa jurídica; 
• que exerçam atividade de banco comercial, de 
investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, 
de sociedade de crédito, financiamento e investimento 
ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora 
de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa 
de arrendamento mercantil, de seguros privados e de 
capitalização ou de previdência complementar; 
• quando resultantes ou remanescentes de cisão ou qualquer 
outra forma de desmembramento de pessoa jurídica, 
que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário 
anteriores; 
• quando constituídas sob a forma de sociedade por ações; 
• que explorem atividade de prestação cumulativa e 
contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão 
de crédito, seleção e riscos, administração de contas 
a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset 
management), compras de direitos creditórios resultantes 
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços 
(factoring); 
• que tenham sócio domiciliado no exterior; 
• de cujo capital participe alguma entidade da 
administração pública, direta ou indireta, federal, estadual 
ou municipal; 
• para os fatos geradores até 31 de dezembro de 2008, que 
preste serviço de comunicação; 
• que possuam débito com o Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual 
ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; 
• que prestem serviço de transporte intermunicipal e 
interestadual de passageiros; 
• que sejam geradoras, transmissoras, distribuidoras ou 
comercializadoras de energia elétrica; 
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• que exerçam atividade de importação ou fabricação de 
automóveis e motocicletas; 
• que exerçam atividade de importação de combustíveis; 
• que exerçam atividade de produção ou venda no atacado 
de cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas 
de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, 
além das bebidas a seguir descritas: 
– alcoólicas; 
– refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; 
– preparações compostas, não alcoólicas (extratos 
concentrados ou sabores concentrados), para 
elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de 
diluição de até dez partes da bebida para cada parte do 
concentrado; cervejas sem álcool; 
• que tenham por finalidade a prestação de serviços 
decorrentes do exercício de: atividade intelectual, de 
natureza técnica, científica, desportiva, artística ou 
cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, 
bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, 
de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de 
negócios; 
• que realizem cessão ou locação de mão de obra; 
• que realizem atividade de consultoria; 
• que se dediquem ao loteamento e à incorporação de 
imóveis; 
• que realizem atividade de locação de imóveis próprios, 
exceto quando se referir a prestação de serviços tributados 
pelo ISS. 
(lista atualizada em função da Lei Complementar nº 128, 
de 19 de dezembro de 2008).
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3.4 Não impedidas a optar pelo SimplesNacional
• creche, pré-escola e estabelecimento de Ensino 
Fundamental, escolas técnicas, profissionais e de Ensino 
Médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos 
de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e 
escolas livres; 
• agência terceirizada de correios; 
• agência de viagem e turismo; 
• centro de formação de condutores de veículos automotores 
de transporte terrestre de passageiros e de carga; 
• agência lotérica; 
• serviços de instalação, de reparos e de manutenção 
em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e 
revestimento em metais; 
• construção de imóveis e obras de engenharia em geral, 
inclusive sob a forma de subempreitada, execução de 
projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração 
de interiores; 
• transporte municipal de passageiros; 
• empresas montadoras de estandes para feiras; 
• produção cultural e artística; 
• produção cinematográfica e de artes cênicas; 
• cumulativamente administração e locação de imóveis de 
terceiros; 
• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes 
marciais; 
• academias de atividades físicas, desportivas, de natação e 
escolas de esportes; 
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• elaboração de programas de computadores, inclusive jogos 
eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento 
do optante; 
• licenciamento ou cessão de direito de uso de programas 
de computação; 
• planejamento, confecção, manutenção e atualização 
de páginas eletrônicas, desde que realizados em 
estabelecimento do optante; 
• escritórios de serviços contábeis; 
• serviço de vigilância, limpeza ou conservação; 
• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; 
• serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, 
registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância 
magnética; 
• serviços de prótese em geral. 
3.5 Opção pelo Simples Nacional
A opção pelo Simples Nacional poderá ser realizada, 
exclusivamente, por meio da Internet, no Portal do Simples 
Nacional, sendo irretratável para todo o ano-calendário e 
somente no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo 
efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção.
3.6 Alíquotas
A determinação das alíquotas ou percentuais aplicáveis sobre 
a receita bruta mensal a ser tributada no Simples Nacional são 
determinadas tendo como base as tabelas específicas por ramo 
de atividades, contidas nos Anexos de I a V, conforme segue 
abaixo:
Anexo I – Comércio
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Anexo II – Indústria 
Anexo III – Serviços com inclusão da Contribuição Patronal 
Previdenciária – CCP, conforme listagem a seguir:
a) Creche, pré-escola e estabelecimento de Ensino 
Fundamental, escola técnicas, profissionais e de Ensino 
Médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos 
de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e 
escolas livres.
Outros serviços, tais como, academias de dança, de 
capoeira, de ioga e de artes marciais; academias de 
atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de 
esportes serão tributadas pela tabela do Anexo V.
b) Agência terceirizada de correios;
c) Agência de viagem e turismo;
d) Centro de formação de condutores de veículos automotores 
de transporte terrestre de passageiros e de carga;
e) Agência lotérica;
f) Serviços de instalação, reparos e de manutenção em geral, 
bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento 
em metais;
g) Transporte municipal de passageiros; 
h) Escritório de serviços contábeis.
Anexo IV – Serviços sem inclusão da Contribuição Patronal 
Previdenciária – CCP, conforme segue abaixo:
a) Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, 
inclusive, sob a forma de subempreitada, execução de 
projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração 
de interiores;
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b) Serviço de vigilância, limpeza ou conservação.
Anexo V – Serviços com inclusão da Contribuição Patronal 
Previdenciária – CCP, conforme segue abaixo:
a) Administração e locação de imóveis de terceiros;
b) Academia de dança, capoeira, de ioga e de artes marciais;
c) Academia de atividades físicas, desportivas, de natação e 
escolas de esportes;
d) Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos 
eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento 
do optante;
e) Planejamento, confecção, manutenção e atualização 
de páginas eletrônicas, desde que realizados em 
estabelecimento do optante;
f) Empresas montadoras de estandes para feiras;
g) Produção cultural e artística;
h) Produção cinematográfica e de artes cênicas;
i) Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
j) Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, 
registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância 
magnética;
k) Serviços de prótese geral.
As tabelas por ramo de atividades referem-se à receita bruta 
acumulada dos últimos doze meses, obedecendo ao regime de 
competência ou à receita bruta dos últimos doze meses pelo 
regime de caixa. Somente é permitida a aplicação do regime de 
caixa a partir do exercício de 2009.
Quando uma empresa tiver o início de suas atividades para 
efeito de determinação da receita bruta nos últimos doze meses, 
a empresa deverá tomar como receita acumulada a do mês de 
início de suas atividades, multiplicadas por meses. 
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Exemplificando: uma microempresa comercial, no mês de 
janeiro de 2010, obteve a receita de vendas de mercadorias 
no valor de R$ 10.000,00. Para determinação da alíquota que 
deverá ser aplicada sobre a base de cálculo de R$ 50.000,00, 
deverá obter a sua receita acumulada dos últimos doze meses. 
Assumindo que a receita acumulada dos últimos doze meses, ou 
seja, de janeiro de 2009 a dezembro de 2009, é de R$ 120.000,00, 
a alíquota aplicável é a contida no Anexo I – Partilha do Simples 
Nacional - Comércio, e para a faixa de receita acumulada até 
R$ 120.000,00, o percentual aplicável é de 4%.
Quanto às tabelas do Simples Nacional por ramo de atividades, 
as mesmas, atualmente, encontram-se na Resolução nº 51 do Comitê 
Gestor do Simples Nacional de 22 de dezembro de 2008.
Algumas complexidades de cálculo devem ser levadas em 
consideração em relação às empresas que se enquadram no 
Anexo V, e que se referem aos serviços de:
a) Administração e locação de imóveis de terceiros;
b) Academia de dança, capoeira, de ioga e de artes marciais;
c) Academia de atividades físicas, desportivas, de natação e 
escolas de esportes;
d) Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos 
eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento 
do optante;
e) Planejamento, confecção, manutenção e atualização 
de páginas eletrônicas,desde que realizados em 
estabelecimento do optante;
f) Empresas montadoras de estandes para feiras;
g) Produção cultural e artística;
h) Produção cinematográfica e de artes cênicas;
i) Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
j) Serviços de tomografia, diagnóstico médicos por imagem, 
registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância 
magnética;
k) Serviços de prótese geral.
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Essas empresas, que se classificam no Anexo V, devem 
estabelecer um cálculo percentual, denominado Fator “r”, que é 
apurado pela divisão da folha de salários, incluídos os encargos 
(em doze meses) pela receita bruta de doze meses. 
Determinar o Fator “r” torna-se necessário para comparação 
com a tabela do Anexo V, na qual se encontram as diversas 
faixas de receitas brutas que determinarão a alíquota a ser 
aplicada sobre a base de cálculo mensal. Além desse percentual 
encontrado na tabela do Anexo V, a empresa ainda acrescentará 
o percentual relativo ao ISS devido, cuja alíquota deverá ser 
obtida na tabela do Anexo IV, que se refere a outros serviços.
Exemplificando: determinada empresa de serviços de prótese 
em geral tem as seguintes informações:
a) Receita do mês de janeiro de 2010 no valor de R$ 
15.000,00.
b) Receita bruta acumulada, nos doze meses anteriores (de 
janeiro a dezembro de 2009), de R$ 130.000,00.
c) Folha de salário dos últimos doze meses no valor de R$ 
40.000,00.
Cálculo do Fator “r” 
 Folha de salário dos últimos 12 meses 
 Fator “r = -----------------------------------------------
Folha de salário dos últimos 12 meses
Receita bruta acumulada dos últimos 12 meses
Fator “r” = 40.000/ 130.000 = 0,31 
De acordo com a tabela do Anexo V, a alíquota é de 10,72%, 
que serão aplicados sobre a base de cálculo do mês de janeiro 
de 2010, no valor de R$ 15.000,00 = R$ 1.608,00, acrescido de 
2,79% a título de ISS - Imposto Sobre Serviços, obtido na tabela 
anexo IV, para a faixa de receita bruta de R$ 120.000,00 até 
R$ 240.000,00. Portanto, o recolhimento total será de:
13,51% (10,72% + 2,79%) x R$ 15.000, 00 = R$ 2.026,00
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Veja, a seguir, a tabela do Anexo IV até a faixa de receita 
bruta de R$ 240.000,00, na qual enquadra-se a empresa de 
prótese em geral, cuja receita bruta nos últimos doze meses 
correspondem a R$ 150.000,00.
Trecho retirado do Anexo IV – Partilha do Simples Nacional 
– Serviços.
 Receita bruta total em 12 
meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS
Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%
Outra situação especial que existe no Simples Nacional é o 
estabelecimento de “sublimites” para fins de recolhimento do 
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
De acordo com a Lei Complementar 123/06, existe a 
possibilidade de os estados, os municípios e o Distrito Federal 
adotarem todas as faixas de receitas previstas nos Anexos de I a 
V, ou a possibilidade de aplicarem, para efeito de recolhimento 
do ICMS em seus respectivos territórios, as faixas de receita bruta 
de até R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), cujo 
estado tenha participação de até 1% no PIB – Produto Interno 
Bruto.
Para os estados cuja participação no PIB – Produto Interno 
Bruto – seja de mais de 1% e até 5%, a faixa de receita bruta é 
até R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais).
Para os estados cuja participação no PIB seja superior a 5%, 
ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita bruta. 
O Conselho Gestor do Simples Nacional, por meio de 
resoluções, lista em todos os anos a participação dos estados no 
PIB – Produto Interno Bruto. Isto significa que para os estados 
cuja participação no PIB seja de até 1%, e a empresa cuja receita 
bruta dos últimos doze meses seja superior a R$ 1.200.000,00 
(um milhão e duzentos mil reais), a alíquota de ICMS será aquela 
estabelecida para esse limite, ou seja, de 3,10% (vide as tabelas 
dos Anexos I e II). 
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Igualmente, para os estados cujo PIB esteja situado acima de 
1% e abaixo de 5%, a receita bruta será até R$ 1.800.000,00 (um 
milhão e oitocentos mil reais) para determinação do percentual 
de ICMS, que é de 3,82%. 
Ainda quanto à aplicação das tabelas dos Anexos de I a 
V, deve ser verificada a condição da empresa participante do 
Simples Nacional, se a mesma está na condição ou não de 
substituição tributária, que pode ocorrer de acordo com o seu 
ramo de atividade, em qualquer modalidade de tributo, ou seja, 
substituição tributária do IPI, ICMS, PIS, COFINS, ISS e outros 
tributos. Existem aproximadamente 59 tabelas aplicáveis a todas 
as possibilidades de tributação. 
Ainda com relação aos créditos do ICMS (Impostos sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços), as empresas que adquirem 
mercadorias de empresas optantes pelo Simples Nacional 
podem creditar-se do ICMS calculado na operação, observada 
a seguinte situação:
Lei Complementar 123/06 – Artigo 23
a) As pessoas jurídicas e aquelas equiparadas pela legislação 
tributária não optante do Simples Nacional terão direito 
a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as 
suas aquisições de mercadorias de microempresas ou de 
empresas de pequeno porte optante do Simples Nacional. 
As alíquotas aplicáveis são aquelas representadas nos 
Anexos I e II e devem estar destacadas no documento 
fiscal pela microempresa ou empresa de pequeno porte.
Exceções são feitas com relação ao aproveitamento de 
créditos do ICMS, entre as quais destacamos apenas duas:
1) Não poderá ser aproveitado crédito de ICMS quando a 
empresa submetida ao Simples Nacional for tributada 
pelo ICMS por valores fixos mensais.
Nota: os estados e municípios, no âmbito de suas 
respectivas competências, poderão, independentemente 
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da receita bruta auferida no mês pelo contribuinte, adotar 
valores fixos mensais, inclusive por meio de regime de 
estimativa fiscal ou arbitramento, para o recolhimento 
do ICMS e do ISS devido por Microempresa (ME) que 
aufira receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 
120.000,00, ficando a ME sujeita a esses valores durante 
todo o ano-calendário.
2) Não poderá ser aproveitado o crédito de ICMS quando a 
empresa enquadrada no Simples Nacional não informar a 
alíquota de ICMS relativa ao mês anterior, no documento 
fiscal.
Outros aspectos relevantes em relação às empresas 
participantes do Simples Nacional são aqueles relativos a 
retenções ou não de diversos impostos. 
Artigo 21 § 4º da Lei Complementar 128/08:
A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das 
empresas de pequeno porte optantes pelo SimplesNacional somente será permitida se observado o disposto 
no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 
2003, e deverá observar as seguintes normas: 
I – a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá 
ser informada no documento fiscal e corresponderá ao 
percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V desta 
Lei Complementar para a faixa de receita bruta a que a 
microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver 
sujeita no mês anterior ao da prestação; 
II – na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser 
prestado no mês de início de atividades da microempresa 
ou empresa de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo 
tomador a alíquota correspondente ao percentual de ISS 
referente à menor alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V 
desta Lei Complementar; 
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III – na hipótese do inciso II deste parágrafo, constatando-se 
que houve diferença entre a alíquota utilizada e a 
efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa 
de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o 
recolhimento dessa diferença no mês subsequente ao do 
início de atividade em guia própria do município; 
IV – na hipótese de a microempresa ou empresa de 
pequeno porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples 
Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção 
a que se refere o caput deste parágrafo; 
V – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno 
porte não informar a alíquota de que tratam os incisos I 
e II, deste parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-á a 
alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à 
maior alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V desta Lei 
Complementar; 
VI – não será eximida a responsabilidade do prestador 
de serviços quando a alíquota do ISS informada no 
documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que 
o recolhimento dessa diferença será realizado em guia 
própria do município;
VII – o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, 
não sendo objeto de partilha com os municípios, e sobre 
a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção 
não haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples 
Nacional. 
§ 4º - A. Na hipótese de que tratam os incisos I e II 
do § 4º, a falsidade na prestação dessas informações 
sujeitará o responsável, o titular, os sócios ou os 
administradores da microempresa e da empresa de 
pequeno porte, juntamente com as demais pessoas 
que para ela concorrerem, às penalidades previstas na 
legislação criminal e tributária.
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Resumindo: uma das exceções é a relativa aos serviços 
prestados de conserto de máquinas e equipamentos, em que 
o recolhimento do ISS corresponde ao município no qual está 
estabelecido o prestador de serviço, ainda que o prestador 
execute o serviço em município diverso, ou seja, se o tomador 
estiver localizado em outro município, não poderá pagar os 
serviços prestados com a retenção do ISS.
Nas demais situações previstas a retenção pela fonte 
pagadora observará os contidos nos itens de I a VII acima 
mencionados. 
PIS, COFINS e CSLL
Com relação aos tributos federais PIS (Programa de 
Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento 
da Seguridade Social) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido) as empresas participantes do Simples Nacional não 
retêm e não são retidas dessas contribuições federais.
INSS
A pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, que prestar 
serviço mediante cessão de mão de obra ou empreitada, está 
sujeita à retenção de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal, 
da fatura, ou do recibo de prestação de serviços (segundo a 
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil 761/07).
IRRF
A Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 
765/2007 dispensou a retenção do imposto de renda na fonte 
sobre as importância pagas ou creditadas à pessoa jurídica 
inscrita no Simples Nacional.
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4 EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO 
PRESUMIDO
4.1 A tributação pelo lucro presumido 
É uma modalidade optativa que apura o lucro e, 
consequentemente, o Imposto de Renda das pessoas jurídicas 
que, observando determinados limites e condições, dispensam a 
escrituração contábil, exceto a do livro de registro de inventário 
e do livro-caixa, que está baseada em valores globais da receita 
para presumir o lucro a ser tributado.
4.2 Opção pelo regime de lucro presumido
a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a 
R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-
calendário anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro milhões de 
reais) multiplicados pelo número de meses em atividade no ano-
calendário anterior (Lei nº 10.637, art. 46, de 2002);
b) que não esteja obrigada à tributação pelo lucro real em 
função da atividade exercida ou da sua constituição societária 
ou natureza jurídica. 
4.3 Necessidade de escrituração contábil
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de 
tributação do lucro presumido deverá manter escrituração 
contábil nos termos da legislação comercial. Poderá, também, 
ficar dispensada da escrituração contábil desde que escriture o 
livro-caixa.
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4.4 Determinação do lucro presumido
A base de cálculo do imposto e do adicional no regime do 
lucro presumido será o montante determinado pela soma das 
seguintes parcelas: 
• valor resultante da aplicação dos percentuais de 
presunção de lucro (variáveis conforme o tipo de atividade 
operacional exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita 
bruta auferida nos trimestres encerrados em 31 de março, 
30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada 
ano-calendário (RIR/1999, art. 518 e §§ 1º ao 6º do art. 
519); 
• ao resultado obtido na forma do item anterior, deverão 
ser acrescidos: 
- os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos 
auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e 
variável); 
- as variações monetárias ativas; 
- todos os demais resultados positivos obtidos pela 
pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como 
remuneração do capital próprio, descontos financeiros 
obtidos e os juros ativos não decorrentes de aplicações, 
e outros como: 
- os rendimentos auferidos nas operações de mútuo 
realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, 
controladas, coligadas ou interligadas; 
- os ganhos auferidos em operações de cobertura 
(hedge) realizadas em bolsas de valores, de 
mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
- a receita de locação de imóvel, quando não for este 
o objeto social da pessoa jurídica; 
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- os juros equivalentes à Taxa Selic, para títulos federais, 
acumulada mensalmente, relativos a impostos e 
contribuições a serem restituídos ou compensados; 
- o valor correspondente ao lucro inflacionário realizado 
no período em conformidade com o disposto no art. 
36 da IN SRF nº 93, de 1997, sobre realização do 
lucro inflacionário, multas e outras vantagens por 
rescisão contratual; 
- os valores recuperados correspondentes a custos e 
despesas, inclusive com perdas no recebimento de 
créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os 
ter deduzido em período anterior no qual tenha se 
submetido à tributação com base no lucro real, ou 
que tais valores se refiram ao período a que tenha 
se submetido ao lucro presumido ou arbitrado 
(RIR/1999, art. 521, § 3o); 
- a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor 
dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, 
a título de devolução de patrimônio, e o valor em 
dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido 
entregue para a formação do referido patrimônio. 
4.5 Base de cálculo para apuração do Imposto 
de Renda sobre o lucro presumido
Segue abaixo a tabela aplicável conforme o ramo de atividade 
para determinação da Base de Cálculo para apuração do Imposto 
de Renda sobre o lucro presumido.
Atividades Percentuais (%)
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8,0
Revenda de combustíveis 1,6
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0
Serviços de transporte de cargas 8,0
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0
Serviços hospitalares 8,0
Intermediação de negócios 32,0
Administração, locação ou cessão de bens e direitos de 
qualquer natureza (inclusive imóveis) 32,0
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As pessoas jurídicas, exclusivamente, prestadoras de 
serviços, exceto as que prestam serviços hospitalares e 
as sociedades civis de prestação de serviços de profissão 
legalmente regulamentada, cuja receita bruta anual não 
ultrapassar R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), terão o 
percentual considerado na apuração do lucro presumido de 
16% sobre a receita bruta de cada trimestre (RIR/1999, art. 
519, § 4º). 
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual reduzido, 
cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-
calendário exceder o limite de R$120.000,00 ficará sujeita ao 
pagamento da diferença do imposto, apurada em relação a 
cada mês transcorrido, até o último dia útil do mês subsequente 
aquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos (RIR/1999, art. 
519, §§ 6o e 7o).
O exercício de profissões legalmente regulamentadas, como 
as escolas, inclusive as creches, mesmo com receita bruta anual 
de até R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), não podem 
aplicar o percentual de 16% sobre a receita bruta para fins de 
determinação do lucro presumido, devendo, portanto, aplicar o 
percentual de 32% (ADN Cosit no 22, de 2000).
4.6 Determinação da base de cálculo da 
contribuição social
A base de cálculo da contribuição social corresponderá à 
soma dos seguintes valores:
I – 12% da receita bruta auferida no trimestre; 
• ao resultado obtido na forma do item anterior, deverão 
ser acrescidos: 
- os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos 
auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e 
variável); 
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- as variações monetárias ativas; 
- todos os demais resultados positivos obtidos pela 
pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como 
remuneração do capital próprio, descontos financeiros 
obtidos e os juros ativos não decorrentes de aplicações, 
e outros como: 
- os rendimentos auferidos nas operações de mútuo 
realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, 
controladas, coligadas ou interligadas; 
- os ganhos auferidos em operações de cobertura 
(hedge) realizadas em bolsas de valores, de 
mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
 - a receita de locação de imóvel, quando não for este 
o objeto social da pessoa jurídica; 
 - os juros equivalentes à Taxa Selic, para títulos federais, 
acumulada mensalmente, relativos a impostos e 
contribuições a serem restituídos ou compensados; 
- o valor correspondente ao lucro inflacionário 
realizado no período em conformidade com o 
disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997, sobre 
realização do lucro inflacionário, multas e outras 
vantagens por rescisão contratual; 
- os valores recuperados correspondentes a custos e 
despesas, inclusive com perdas no recebimento de 
créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os 
ter deduzido em período anterior no qual tenha se 
submetido à tributação com base no lucro real, ou 
que tais valores se refiram ao período a que tenha 
se submetido ao lucro presumido ou arbitrado 
(RIR/1999, art. 521, § 3o); 
- a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor 
dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, 
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a título de devolução de patrimônio, e o valor em 
dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido 
entregue para a formação do referido patrimônio. 
4.7 Período de apuração
O regime de apuração do Lucro Presumido é trimestral.
4.8 Alíquotas de Imposto de Renda e 
contribuição social sobre o lucro
As alíquotas do Imposto de Renda e contribuição social sobre 
o lucro presumido são:
• 15% de Imposto de Renda sobre o lucro presumido 
trimestral;
• 10% de adicional de Imposto de Renda sobre o lucro 
presumido trimestral que ultrapassar R$ 60.000;
• 9 % de contribuição social sobre o lucro presumido 
trimestral.
Exemplos:
Dados relativos ao trimestre 
Dados Reais
Receita bruta - revenda de mercadorias 3.000.000,00
Prestação de serviços em geral 600.000,00
Total 3.600.000,00
Rendimentos de aplicações financeiras 50.000,00
Juros ativos 20.000,00
Total 3.670.000.00
Cálculos:
a) Contribuição social sobre o lucro presumido.
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b) Imposto de Renda sobre o lucro presumido.
d) PIS e Cofins — regime cumulativo.
Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Vendas de mercadorias (12%) sobre R$ 3.000.000,00.............. R$ 360.000,00 
Serviços (32%) sobre R$ 600.000,00 (32%).................................. R$ 192.000,00 
Outras receitas........................................................................................... R$ 70.000,00
Base de cálculo.......................................................................................... R$ 592.000,00
Contribuição devida de 9% sobre R$ 592.000,00......................... R$ 53.280,00
Cálculo do Imposto de Renda sobre o lucro presumido
Vendas de mercadorias (8%) sobre R$ 3.000.000,00...................R$240.000,00 
Serviços (32%) sobre R$ 600.000,00 (32%).....................................R$ 192.000,00 
Outras receitas..............................................................................................R$ 70.000,00
Base de cálculo........................................................................................... R$ 502.000,00
Calculo do Imposto devido
15% sobre R$ 502.000,00..................................................................... R$ 75.300,00
Adicional de 10% que ultrapassar R$ 60.000,00 no trimestre
10% sobre (502.000,00 – 60.000,00) = 442.000,00..................... R$ 44.200,00
Total do Imposto de Renda devido.................................................... R$ 119.500,00
 Há, ainda, a incidência do PIS e da Cofins sobre o 
faturamento ou a receita bruta apurada no trimestre:
PIS de 0,65% sobre R$ 502.000,00...........................R$ 3.263,00
Cofins de 3% sobre R$ 502.000,00.........................R$ 15.060,00
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4.9 A Tributação do PIS e da Cofins para 
empresas optantes pelo lucro presumido
Conforme a Lei 10.637/2002 e a Lei 10.833/2003, que 
regem o assunto de tributação do PIS e da Cofins, as pessoas 
jurídicas optantes pela tributação sobre o lucro presumido 
ficam sujeitas ao regime cumulativo, cujas alíquotas são de 
0,65% para o PIS (Programa de Integração Social) e 3% para 
a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade 
Social).
Nesse regime são vedados os créditos decorrentes de custos, 
despesas e encargos vinculados às receitas.
Da base de cálculo das contribuições devidas na modalidade 
cumulativa serão excluídos, entre outros:
• O IPI nas empresas contribuintes do imposto.
• As vendas canceladas e os descontos concedidos 
incondicionalmente.
• O ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens 
ou prestador de serviços na condição de substituto 
tributário.
• As reversões de provisões e recuperações de créditos 
baixados como perda, que não representam ingresso 
de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de 
investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros 
e dividendos derivando de investimentos avaliados pelo 
custo de aquisição, que tenham sido computados como 
receita.
• Receita decorrente da venda de ativo permanente 
(imobilizado).
• Receitas decorrentes dos recursos recebidos a título 
de repasse, oriundos do Orçamento Geral da União, 
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dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, pelas 
empresas públicas e sociedades de economia mista.
• As receitas da exportação de mercadorias para o exterior.
• As receitas dos serviços prestados à pessoa física 
ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo 
pagamento represente ingresso de divisas.
• As receitas de fornecimento de mercadorias ou serviços 
para uso ou consumo de bordo em embarcações e 
aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento 
for efetuado em moeda conversível.
• As receitas auferidas por estaleiros navais brasileiros nas 
atividades de construção, conservação, modernização, 
conversão e reparo de embarcações pré-registradas no 
Registro Especial Brasileiro.
• As receitas de fretes de mercadorias importadas entre o 
País e o exterior pelas embarcações registradas no Registro 
Especial Brasileiro.
• As receitas de vendas realizadas pelo produtor-vendedor 
às empresas comerciais exportadoras.
• As receitas de vendas, com o fim específico de exportação 
para o exterior, a empresas exportadoras, registradas 
na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
5 EMPRESAS TRIBUTADAS COM BASE NO 
LUCRO REAL
5.1 O lucro real
O lucro real é o resultado (lucro ou prejuízo contábil) 
do período de apuração, ajustado pelas adições, exclusões 
e compensações prescritas ou autorizadas pela Legislação 
Tributária ou do Imposto de Renda.
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Verifica-se que, pela definição, o lucro ou o prejuízo é 
aquele apurado na escrituração comercial, em que as pessoas 
jurídicas tributadas pelo lucro real são obrigadas a manter-
se em boa ordem e guarda, com estrita observância das leis 
comerciais e fiscais e dos princípios contábeis geralmente 
aceitos. 
5.2 Adições ao lucro contábil
Sabemos que as empresas, em geral, contabilizam uma 
série de receitas de despesas que fazem parte do seu sistema 
de informação contábil, econômico e financeiro, porém a 
legislação fiscal restringe, principalmente, a contabilização de 
determinadas despesas, ou seja, não aceita a sua dedução do 
lucro contábil para fins de cálculo do Imposto de Renda e da 
Contribuição Social sobre o lucro.
Dessa limitação existem as diferenças permanentes e as 
diferenças temporárias.
Diferenças permanentes são as despesas e receitas que não 
são dedutíveis atualmente e jamais serão. Da mesma forma, 
existem as receitas que não são tributáveis atualmente e também 
não serão no futuro. 
 Exemplos: 
• Receita de dividendos recebidos de outras sociedades.
• Multas por infração de trânsito.
Diferenças temporárias são as despesas e as receitas que não 
são dedutíveis atualmente, porém serão no futuro, desde que 
cumpridos os ordenamentos legais. Da mesma forma, existem 
as receitas que não são tributáveis atualmente, mas serão no 
futuro. 
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 Exemplos: 
• Receita da venda de imóveis (para empresas do ramo 
imobiliário), ainda que tenha contabilizado o lucro pelo 
regime de competência o lucro pelo recebimento (regime 
de caixa) poderá ser tributado;
• Despesas de amortização de ágio na aquisição de 
investimentos avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial. Não é dedutível na data da contabilização, 
porém será quando da venda ou baixa do investimento. 
Nesse sentido, foi criado, pela legislação fiscal e tributária, o 
livro LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real).
 O LALUR é constituído pela parte A e pela parte B (sendo 
a primeira subdivida em duas outras partes) e é escriturado 
a partir do lucro contábil antes da constituição da provisão 
para o Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o 
lucro.
Parte A: A primeira parte é denominada Adições ao Lucro, 
em que são copiados ou adicionados os lançamentos de 
despesas que não são dedutíveis. 
A segunda parte é denominada Exclusões ao Lucro, em que 
são copiados ou excluídos os lançamentos de receitas que não 
são tributáveis. 
 Lucro líquido antes do IR......... 
 + Adições.............................................
 (-) Exclusões.......................................
 + Lucro Real......................................
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Exemplo 1: 
Lucro líquido antes do Imposto de Renda.................... 300.000 
Adições 
Multas de trânsito.................................................................... 20.000
Exclusões 
Dividendos recebidos................................................................ 50.000
Lucro Real.................................................................................... 270.000
Imposto devido
IR 15 % sobre 270.000 =......................................................... 40.500
Adicional IR 10% sobre o excesso de 240.000 anuais = 3.000
Contribuição Social sem lucro
% sobre 270.000......................................................................... 24.300
Total de Imposto devido.......................................................... 67.800
Exemplo 2: 
Lucro antes do Imposto de Renda.................................... 300.000 
Adições 
Multas de trânsito..................................................................... 20.000
Exclusões 
Dividendos recebidos................................................................ 50.000
Lucro Real antes das compensações................................ 270.000
* (-) Compensações de prejuízos
 30% do Lucro de 270.000...................................................... 81.000
 Lucro real................................................................................... 189.000
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• Os prejuízos fiscais de períodos anteriores podem ser 
compensados com lucro real dos períodos seguintes à razão 
de 30% sobre o lucro real do período. Admitindo-se, nesse 
exemplo, que a empresa possua prejuízos acumulados 
de anos anteriores de R$ 500.000,00, então é possível 
para a empresa compensar 30% sobre o lucro real de R$ 
270.000, igual a R$ 81.000 e, então, o saldo de prejuízos 
a compensar para os períodos seguintes corresponderá a 
R$ 419.000,00 (R$ 500.000,00 (–) R$ 81.000,00).
As alíquotas de Imposto de Renda e adicionais são 
as mesmas do lucro presumido, a exceção é feita sobre a 
Contribuição Social, cuja alíquota é de 9% sobre o lucro real, 
enquanto que no lucro presumido a alíquota é de 12%. 
5.3 Pessoas jurídicas obrigadas à tributação 
do lucro real
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro 
real, em cada ano-calendário, as pessoas jurídicas:
I – que tiverem receita bruta total, no ano-calendário 
anterior, superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões 
de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) 
multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a doze meses (limite fixado 
pela Lei 10.637/2002); 
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, 
bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, 
distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de 
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas 
de seguros privados e de capitalização e entidades de 
previdência privada aberta;
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III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital 
oriundos do exterior; 
Notas: com base no Ato Declaratório Interpretativo 5/2001 
SRF:
1) Não confundir rendimentos ou ganhos de capital 
oriundos do exterior com receitas de exportação. As 
exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido, desde 
que não estejam nas hipóteses de vedação. A restrição 
deste item alcança aquelas empresas que tenham lucros 
gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais 
controladas e coligadas no exterior etc.).
2) A prestação direta de serviços no exterior (sem a 
utilização de filiais, sucursais, agências, representações, 
coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas 
da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas) não 
obriga à tributação do lucro real. 
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de 
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
Nota: alguns exemplos de benefícios fiscais foram: o 
programa BEFIEX (isenção do lucro de exportação), redução 
do IR pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, projetos 
incentivados pela SUDENE e SUDAM etc. 
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado 
pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 
2 da Lei 9.430/1996;
Nota: o regime de estimativa é a opção de pagamento 
mensal, estimado, do Imposto de Renda, para fins de apuração 
do Lucro Real em Balanço Anual. 
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VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa 
e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, 
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a 
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes 
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços 
(factoring).
Também estão obrigadas ao lucro real as empresas 
imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias 
para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/1999). O 
custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos 
futuros de conclusão de obras.
5.4 Forma de pagamento e apuração 
A apuração e o recolhimento do Imposto de Renda e da 
Contribuição Social sobre o lucro é trimestral, ou seja, o imposto 
apurado e devido no trimestre, é pago até o último dia do mês 
subsequente ao trimestre encerrado. A legislação ainda permite 
que o imposto devido no trimestre encerrado seja pago em 
três parcelas ou quotas mensais iguais e sucessivas, vencíveis 
no último dia dos três meses subsequentes ao encerramento 
do trimestre. Nenhuma dessas quotas podem ser inferior a R$ 
1.000,00 e, caso o imposto apurado no trimestre seja inferior a 
R$ 2.000, deverá ser pago de uma única vez ou em uma única 
quota.
De acordo com a legislação tributária, as quotas serão 
acrescidas de juros correspondentes: a) à taxa referencial do 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia para títulos federais 
(Taxa SELIC), acumulada mensalmente, calculada a partir do 
primeiro dia do segundo mês subsequente ao encerramento 
do período de apuração até o último dia do mês anterior ao 
pagamento; b) a 1% no mês de pagamento.
Tomando um exemplo do Livro Curso prático de Imposto 
de Renda de pessoa jurídica e tributos conexos, de Silveiro das 
Neves, Paulo E. Vioeconti e Francisco Aguiar, temos:
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Lucro apurado no 1º trimestre.............................. $ 40.000,00
Imposto de Renda de 15%....................................$6.000,00
Parcelamento em 3 quotas de...............................$ 2.000,00
Taxa Selic
Vencimento Juros
Abril 1,75%
maio 1,70%
junho 1,65%
Cotas Vencimento Juros Principal e Juros
1ª 30 abril Não há 2.000,00
2ª 31 maio 1,0% 2.020,00
3ª 30 junho 2,7% 2.054,00
Total 6.074,00
Os 2,7% correspondem a 1,7% da Selic de maio mais 1 %. 
• Alternativamente à apuração trimestral a empresa 
tributada pelo lucro real poderá optar pelo pagamento 
do imposto mensal por estimativa e determinar o lucro 
real somente em 31 de dezembro do ano-calendário. A 
diferença entre o imposto devido apurado de forma anual 
e o pago pelas importâncias estimadas será:
a) Havendo diferença ao recolher, a mesma deverá ser 
efetuada até o último dia do mês de março, em uma única 
quota, acrecida de juros equivalentes à soma:
1) Taxa Selic a partir de 1º de fevereiro até o último dia do 
mês anterior ao pagamento. 
2) 1% no mês do pagamento.
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b) Havendo recolhimento, o maior entre o valor do imposto 
sobre o lucro real apurado e o pago por estimativa, o 
mesmo poderá ser compensado a partir de janeiro do 
ano-calendário seguinte.
De acordo com o artigo 858 do Decreto 3.000/99 
(Regulamento do Imposto de Renda), estabeleceu-se 
que a compensação será feita a partir de abril do ano 
subsequente ao do período de apuração, entretanto a 
Secretaria da Receita Federal editou o Ato Declaratório 
Normativo nº 3 de 7 de janeiro de 2000, estabelecendo 
que a compensação ou a restituição possa ser feita a 
partir do mês de janeiro do ano-calendário subsequente 
ao período de apuração.
• A opção por estimativa é apurada com base nos 
balancetes mensais a partir do mês de janeiro ou do 
início da atividade, sendo a opção feita durante o ano 
calendário irretratável. A pessoa jurídica não pode alterar 
para o regime de apuração trimestral. Entretanto, pode 
suspender ou reduzir o recolhimento por estimativa, caso 
os valores recolhidos demonstrem ou excedam o valor do 
imposto devido. 
O balancete deverá ser levantado em observância das leis 
comerciais e fiscais, transcrito no livro-diário. O resultado 
contábil do período será ajustado pelas adições, exclusões 
e compensações admitidas pela legislação do Imposto 
de Renda, chegando-se, assim, ao lucro real ou ao lucro 
tributável. 
• Registro no livro de apuração do lucro real: o livro 
de apuração do lucro real deverá ser escriturado 
mensalmente, determinando a cada período ou mês um 
novo lucro real e considerando sempre os resultados 
acumulados.
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Exemplo:
Janeiro
Lucro Contábil......................................................................100.000,00
Ajustes 
Adições
Despesas não dedutíveis.....................................................10.000,00
Exclusões
Ganho na equivalência patrimonial...........................(60.000,00)
Lucro real................................................................................. 50.000,00
março
Lucro contábil (janeiro a março)................................. 250.000,00
Ajustes 
Adições
Despesas não dedutíveis (janeiro a março)................15.000,00
Exclusões
Ganho na equivalência patrimonial 
(janeiro a março).......................................................................(90.000,00)
Lucro real.............................................................................. 175.000,00
Com relação à apuração do lucro real mensal, os resultados 
decorrentes de investimentos no exterior em filiais, sucursais, 
coligadas ou controladas devem ser considerados no balancete 
do mês de dezembro de cada ano-calendário (Artigo 7º da 
Instrução Normativa SRF 213 de 07 de outubro de 2002). Isto 
quer dizer que as exclusões ou inclusões, confome as disposições 
da legislação tributária, devem ser aplicadas ao balancete do 
mês de dezembro.
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Exemplificando:
A empresa tem por hábito, e em observância ao regime 
de competência, contabilizar o resultado da equivalência 
patrimonial mensalmente.
Dados:
Quadro 1
Data
31/12/X8 Investimento em US$ 100.000,00
31/12/X8 Taxa de câmbio 1,20
31/12/X8 Investimento em reais 120.000,00
Taxa de câmbio vigente em:
Data
31/01/X9 1,25
30/06/X9 1,50
31/12/X9 2,00
Lucros acumulados no período em dólar:
Data US$
31/01/X9 15.000,00
30/06/X9 22.000,00
31/12/X9 30.000,00
Contabilização controladora no Brasil em:
31/01/X9 
Data Histórico Reais
Saldo em 31/12/X8 100.000 US$ a 1,20 120.000,00
31/01/X9 100.000 US$ a 1,25 125.000,00
31/01/X9 Variação cambial ativa 5.000,00
31/01/X9 Lucro de US$ 15.000 a 1,25 18.750,00
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Conta de investimentos
Data Histórico Reais
Saldo em 31/12/X8 Saldo inicial 120.000,00
31/01/X9 Variação cambial ativa 5.000,00
31/01/X9 Equivalência patrimonial 18.750,00
31/01/X9 Saldo final 143.750,00
Os R$ 143.750,00 correspondem aos US$ 115.000,00 em 
31/01X09 com taxa de 1,25.
Data Histórico Reais
Saldo em 31/12/X8 100.000 US$ a 1,20 120.000,00
30/06/X9 100.000 US$ a 1,50 150.000,00
30/06/X9 Variação cambial ativa 30.000,00
30/06/X9 Lucro de US$ 22.000 a 1,50 33.000,00
Conta de investimentos
Data Histórico Reais
Saldo em 31/12/X8 Saldo inicial 120.000,00
30/06/X9 Variação cambial ativa 30.000,00
30/06/X9 Equivalência patrimonial 33.000,00
31/01/X9 Saldo final 183.000,00
Os R$ 183.000,00 correspondem aos US$ 122.000 com taxa 
de 1,50. 
Nesse exemplo os resultados parciais de janeiro e junho não 
devem ser considerados na apuração do lucro real dos respectivos 
meses, mas somente no final do ano, em dezembro/X9.
Data Histórico Reais
Saldo em 31/12/X8 100.000 US$ a 1,20 120.000,00
31/12/X9 100.000 US$ a 2,00 100.000,00
31/12/X9 Variação cambial ativa 80.000,00
31/12/X9 Lucro de US$ 30.000 a 2.00 60.000,00
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Conta de investimentos
Data Histórico Reais
Saldo em 31/12/X8 Saldo inicial 120.000,00
31/12/X9 Variação cambial ativa 80.000,00
31/12/X9 Equivalência patrimonial 60.000,00
31/12/X9 Saldo final 260.000,00
Os R$ 260.000,00 correspondem aos US$ 130.000 com taxa 
de 2,00.
Observar que, de acordo com os dispositivos legais da 
medida provisória 243 de 31 de março de 2005, somente são 
acrescidos ao lucro real ou ao LALUR o ganho na equivalência 
patrimonial de R$ 60.000,00. Se a atualização cambial for 
positiva terá isenção de tributação, se for negativa não terá 
dedução. Por ausência

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