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“Balanço de Quantidade de Movimento no Escoamento de Fluidos Newtonianos em Situações Simples” Aula 05 - Filme líquido um tubo horizontal Prof. Dr. William James Nogueira Lima E-mail: william@ica.ufmg.br Hipóteses: • Escoamento em baixa velocidade em um tubo de pequeno diâmetro (escoamento laminar); • Regime permanente (características do escoamento são independentes do tempo); • Fluido Newtoniano (fluido que segue a lei de Newton da viscosidade); • Fluido é um meio contínuo; • Propriedades físicas constantes ( e ρ são constantes, fluido é incompressível); • Não há deslizamento na interface fluido-sólido (superfície da parede sólida) hipótese do não-deslizamento; • Efeitos de entrada e saída da tubulação horizontal, os quais perturbam o escoamento laminar, devem ser desprezados. 2° Caso: Escoamento no interior de tubos horizontais. Selecionamos: Volume de controle tipo capa cilíndrica (há simetria cilíndrica, logo usa-se coordenadas cilíndricas) Espessura Δr e comprimento L Realizamos o balanço de quantidade de movimento na direção axial x (direção do escoamentos 2° Caso: Escoamento no interior de tubos horizontais. Balanço da Quantidade de Movimento Taxa de Q. M. que entra junto com o escoamento na superfície anular x = 0 Taxa de Q. M. que sai junto com o escoamento na superfície anular em x = L Taxa de Q. M. que entra via atrito viscoso através da superfície cilíndrica em r Taxa de Q.M. que sai via atrito viscoso através da superfície cilíndrica em r + Δr 0 .2 xx ρ.Vrr..π rrrx τLr ...2 Δrrrrx τLr ...2 Lxx ρ.Vrr..π .2 Balanço da Quantidade de Movimento Força devido à pressão na superfície anular x = 0 Força exercida pelo fluido situado em x 0 sobre o fluido situado em x 0. Força devido à pressão na superfície anular x = L Força exercida pelo fluido situado em x L sobre o fluido situado em x L. 0x Prr ...2 Lx Prr ...2 Balanço da Quantidade de Movimento Escoamento em regime permanente de fluido incompressível 00 PP x 0...2...2 ...2.....2.....2 0 0 Lrrrrx rrrxLxxxx PPrrLr LrVrrVrr Dividir por 2..L.Δr = ΔVol r L PP r rr Lrrrxrrrrx . .. 0 22 0 rrr Lxx rrr xx rVrV LLx PP Balanço da Quantidade de Movimento Equação diferencial para o fluxo de quantidade de movimento τrx por atrito viscoso. Esta é a definição da 1ª derivada de τrx com relação a r. r L PP r dr d L rx .. 0 r L PP r r Lrrrxrrrrx r . . lim 0 0 Balanço da Quantidade de Movimento Perfil do fluxo de quantidade de movimento ou da tensão de cisalhamento. Condição de contorno: Em r = 0 (centro do tubo), τrx tem um valor finito. Neste caso, C1 = 0, pois para qualquer valor de C1 0, C1 /r assumiria valor infinito. drr L PP rd Lrx .. 0 1 2 0 2 .. C r L PP r Lrx r Cr L PP L rx 10 2 . Se o fluido é Newtoniano: dr dVx rx r L PP dr dV Lx .2 0 drr L PP dV Lx .. ..2 0 2 20 . ..4 Cr L PP V Lx Alguns resultados que podem ser obtidos a partir da equação anterior: 1) Velocidade Vx mínima ocorre para r = R. → Vx,min = 0. L RPP V Lmáxx ..4 . 20 , 2) Velocidade Vx máxima ocorre para r = 0. → 2 0 0 2 0 0 R R x x rdrd drdrV V Soma de todo o volume líquido que atravessa a área R2 por unidade de tempo. Área de seção transversal por onde o líquido escoa = R2 3) Velocidade média ao longo de toda a seção transversal do tubo (área R2). Alguns resultados que podem ser obtidos a partir da equação anterior: max, 2 0 2 1 8 x L x V L RPP V 4) Vazão volumétrica: L RPP rdrdVV L R x 8 )( 40 2 0 0 Velocidade média Vazão volumétrica = Área de seção transversal x Velocidade média Lei de Hagen- Poiseuille L RPP L RPPR V LL 8 )( 8 )( 40 2 0 2 Comentários sobre as hipóteses adotadas: • Escoamento laminar: no interior do tubo, o número de Reynolds é definido como: = Densidade do fluido = Velocidade média de escoamento D = Diâmetro interno do tubo µ = Viscosidade do fluido 2° Caso: Escoamento no interior de tubos horizontais. DVxRe 3m kg xV s mxV mD m.s kg Re ≤ 2100 → Escoamento laminar 2100 ≤ Re ≤ 10000 → Transição Re ≥ 10000 → Escoamento turbulento 2° Caso: Escoamento no interior de tubos horizontais. al Adimension . Re 3 sm kg m s m m kg viscosasForças inerciais Forças Re Hipóteses: • Propriedade Físicas Constantes: µ é função da temperatura e da composição; no caso de fluido a temperatura constrante e composição uniforme µ é constante. é função da temperatura, pressão e da composição; no caso de líquidos homogêneos e com pouca variação de temperatura constrante é sempre uma boa hipótese (fluidos incompreensíveis); no caso de gases ou vapores é necessário que a pressão seja baixa e varie pouco (fluidos compressíveis). • Efeitos de entrada e saída da tubulação horizontal, os quais perturbam o escoamento laminar, devem ser desprezados. Os resultados se aplicam após um comprimento de entrada Le = 0,035.D.Re, o qual garante perfil parabólico perfeitamente desenvolvido; • Não há deslizamento na interface fluido-sólido (superfície da parede sólida) hipótese do não-deslizamento; • Fluido é um meio contínuo; Escoamentos em filme de interesse industrial Evaporadores de película (ou filme) descendente o fluido a ser concentrado por evaporação escoa descendentemente em um filme de espessura fina formado sobre a superfície interna de tubos verticais. Se <<< R, pode-se desprezar o efeito de curvatura da geometria cilíndrica. Neste caso as equações anteriores são válidas com cos() = 1, pois os tubos são verticais.
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