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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Disciplina: Noções de Arquitetura e Planejamento Urbano Prof.: Arquiteto e Urbanista Anderson Ricardo dos Anjos História da Arquitetura Aula 02 POVOS PRÉ-COLOMBIANOS MAIAS, ASTECAS E INCAS MAIAS - período clássico (250 d.C. a 900 d.C.) • Entre as contribuições dos maias, estão os templos e palácios. • A arquitetura é variada. • A arquitetura está intimamente ligada à cosmovisão do povo maia. • A altura dos edifícios depende da sua importância, por isso, os palácios são mais baixos do que os templos. As ruínas de Palenque Acrópolis Norte, em Tikal, na Guatemala • Os edifícios são de pedra, de cal ou estuco. • Construções foram feitas em um conjunto que dá unidade ao todo, e as escadas são estreitas e altas, tornam-se um elemento importante. • Templos Maias mais antigos e interessantes como importantes centros cerimoniais são: Tikal, Bonampak, Palenque, Chichen Itza, Copan e Mayapan. • Principais cidades: Chichén Itzá, Cobá, Copán, Calakmul, Comalcalco, Palenque, Tikal, Uxmal, Palesto • Essas cidades se comunicavam entre si, um sinal de harmonia entre eles. MAIAS - período clássico (250 d.C. a 900 d.C.) Pirâmide de Kukulcán, em Chichén Itzá • Astronomia desenvolvida (observatórios). • Avanços na matemática. • Arquitetura: pirâmides e sepúlcros. • Metalurgia do cobre e ouro. • Pedra polida: armas e utensílios. • A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. • Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano. • Dualismo: bem/mal e deificação da natureza. • Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes. • Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero. MAIAS - período clássico (250 d.C. a 900 d.C.) Povo guerreiro, habitaram parte da região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. Origens: Migração do sudoeste dos EUA; Fusão com toltecas; Formação de uma confederação entre as cidades de Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopán. ASTECAS (1325 até 1521 d.C.) Tenochtitlán no auge de seu esplendor Numa carta, Bernál Diaz de Castillo, soldado de Hernán Cortés, relata que Tenochtitlán era abastecida por um sistema de água potável que provinha de aquedutos localizados nas montanhas. A cidade era ligada a regiões próximas por estradas de linhas retas; Tenochtitlán possuía canais labirínticos, palácios e templos, e a disposição dos bairros residenciais refletia a estratificação social. Tenochtitlán vista de oeste. Pintura mural no Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México. • Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. • Os templos astecas tinham bases quase quadrangulares que, expostas, davam forma as pirâmides , que em seu topo tinham uma plataforma, com uma pedra de sacrifícios. A decoração, com figuras de animais simbólicos, completava o quadro. • Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes. ASTECAS (1325 até 1521 d.C.) Teotihuacan, vista da via de entrada dos mortos a partir da pirâmide da Lua. PRÉ-INCAS:Tiwanaku • precursora do império Inca • Assentamento a partir de 1500 a.C. Tiwanaku: centro ceremonial Pirâmide de Akapana PRÉ-INCAS:Tiwanaku Ruínas de Puma Punku PRÉ-INCAS: Civilização de Nazca • Cultura pré-incaica que se desenvolveu no sul do Peru entre 300 AC e 800 DC. • muito conhecida pelos gigantescos geoglifos que produziu nos desérticos altiplanos próximos a atual cidade de Nazca. • Outra produção notável desta civilização são os aquedutos subterrâneos extremamente engenhosos, e a magnifica cerâmica policromada, normalmente de motivo zoomórfico. PRÉ-INCAS: Civilização de Nazca INCAS (séc. XIII d.C) • Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. • Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. • Foram dominados pelos espanhóis em 1532. Machu Picchu. • Os Incas possuíam uma organização econômico social bastante complexa. • A ela se vinculava uma arte monumental, que merece ser conhecida especialmente pela capacidade que tiveram de superar as dificuldades impostas pelo relevo. • Construções de grande porte, resistiram muito bem a fortes abalos (terremotos). • Obras as de irrigação em direção aos vales desertos, a construção de pontes pênseis, entre grandes precipícios, e de aterros em pântanos atestam altos níveis de conhecimentos técnicos. • Para construir estradas em terrenos com grandes declives usavam do desenho em zigue- zague facilitando a circulação ou, se necessário, escadas. • Construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como de templos, casas e palácios. INCAS (séc. XIII d.C) Ruínas de Ingapirca, no Equador, na província de Cañar. Parede do centro cerimonial de Tampu Machay ou Banho do Inca, Cuzco Ilha de Páscoa • A Ilha de Páscoa em rapanui é denominada Rapa Nui ("Ilha Grande"), Te Pito O Te Henúa ("Umbigo Do Mundo") e Mata Ki Te Rangi ("Olhos Fixos No Céu") é uma ilha da Polinésia oriental, localizada no sul do Oceano Pacífico. Está situada a 3 700 km de distância da costa oeste do Chile e constitui a província chilena de Ilha de Páscoa. Sua população em 2002 era de 3 791 habitantes, 3 304 dos quais viviam na capital Hanga Roa. • Colonização feita pelos Polinésios em cerca de 300 a 400 D.C. • Chegada Européia em 1.722. • Os Moais são estátuas esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku, dispostas em diversos santuários que tinham em média 5 estátuas. O maior deles, Paro, tem 23 metros e está inacabado. Ilha de Páscoa ARQUITETURA BIZANTINA • Enquanto no Ocidente as invasões bárbaras interromperam a continuidade da arte romana, no Oriente o Império Romano se mantém até 1453 com sua capital em Bizâncio, depois Constantinopla. • Arquitetura se baseia na revitalização do mundo helenístico (Grécia) e das velhas culturas orientais. • O modelo dos templos romanos de planta circular, sobretudo o panteão, foi aqui continuado e aperfeiçoado utilizando leveza e elegância no lugar de peso e volume. • Local: Constantinopla e norte da Itália. • Período: 330 – 1453 d.C. • Principal forma de construção: Igrejas. • Planta: Em cruz encimada por cúpulas. • Suporte: Pendentes e pilares. • Marca: Cúpula. • Decoração: Rica internamente, simples externamente; mosaicos. • Efeito: Misterioso. • Inspiração: Céu. • Objetivo: Provocar emoção, transportar. CHINA • o Vale do Rio Amarelo era habitado por agricultores e artesãos desde 3.000 a.C. • Cultivavam milho e criavam animais, como cães, porcos e cabras. • Sabiam fundir o bronze para fabricar armas e outros utensí-lios. • A arquitetura da China é tão antiga quanto a civilização chinesa. Ao longo da vasta área do território chinês ao japonês, da Manchúria à metade norte da Indochina francesa, o mesmo sistema de construção é predominante, e esta foi a área de influência cultural chinesa. • estilo arquitetônico da civilização chinesa antiga surge de caracterí-sticasregionais, modos de produção econômica, crenças religiosas, hábitos cotidianos e padrões culturais. • Os chineses usaram a madeira como o principal material de construção por milhares de anos. Algumas caracterí-sticas arquitetônicas especiais resultaram do seu uso: a determinação do espaçoo interior pela armação estrutural de madeira dando profundidade e largura, o desenvolvimento da técnica de aplicar vernizes à estrutura para preservá-la -- Estes em cores fortes e brilhantes, tornando-se caracterí-stica chave da tradicional arquitetura chinesa -- e a técnica de construir uma plataforma para prevenir danos devido à umidade. • A pedra foi o material escolhido para a construção de grandes obras de arquitetura e engenharia tanto de caráter civil como militar. Entre elas, A Grande Muralha e os templos rupestres budistas onde câmaras e capelas de culto budistas, celas e outras dependências para a vida dos monges, foram escavadas em rocha viva. • Gruta Yungang – 494 d.C • A muralha mais antiga é do Reino Chu (688-292, antes de Cristo) da Dinastia Zhou do Oeste. Foram construídos no total mais de 50 mil quilômetros da muralha da china, mas atualmente só existem 8.851,8 quilômetros de extensão, 7,5 metros de altura e em torno de 3,7 de largura. Sua construção teve inicio no ano 220 A.C. e conclusão somente no século XVI, na dinastia Ming. • Exército de terracota, Guerreiros de Xian ou ainda Exército do imperador Qin, é uma coleção de mais de oito mil figuras de guerreiros e cavalos em terracota em tamanho natural, encontradas próximas do mausoléu do primeiro imperador da China. Foram descobertas em 1974, próximas de Xian. As imagens em terracota foram enterradas junto ao mausoléu do primeiro imperador, Qin Shihuang em c. 259-210 a.C. e foram descobertas em março de 1974 por agricultores locais que escavavam um poço de água a leste do monte Lishan, uma elevação de terra feita por mãos humanas e que contém a necrópole do primeiro imperador da dinastia Qin. Civilizações Perdidas • Yonaguni, no Japão, cerca de 10.000 anos Civilizações Perdidas ARQUITETURA BIZANTINA Basílica de Santa Sofia (532 a 537 d.C) O edifício proclama a glória de Deus. A atmosfera e a luz criam condições para se chegar ao conhecimento de Deus. Trompa: pequena abóboda que serve para sustentar uma cúpula. Cúpula com trompa Pechina: pequenos triângulos curvos sobre os que se sustentam uma cúpula. Cúpula com pechina ISLAM (632–732) • O império islâmico se extendeu entre o Indo e a península Ibérica. • Sua base é a religião monoteísta fundada na Arabia por Maomé. • Os muçulmanos fundaram poucas cidades, se assentaram nas já existentes, porém as marcaram construíndo mesquitas • A mesquita é o edifício muçulmano de culto (o culto islâmico consiste na oração, sendo especialmente importante a das sextas-feiras). ISLAM (632–732) • As mesquitas respondem a diferentes tipologias contudo está generalizada a existência de um patio descoberto, shan, e um espaço, coberto, de oração, haram. • No pátio fica a torre minarete da qual os fiéis são chamados à oração, e uma fonte para as abluções antes da oração. • Os crentes devem rezar voltados para Meca, cada mesquita tem uma parede (qibla) com tal orientação. • Entre os edifícios importantes estão os palácios califais (ou emirales) ao lado da mesquita, pois o califa é tanto chefe político e religioso da comunidade de crentes. Vista do Palacio Califal Topkapi Sarai. (Estambul). ISLAM (632–732) Meca (Arábia Saudita) – cidade sagrada onde Maomé teria proclamado o Islão. Palacio de la Alhambra ISLAM (632–732) Taj Mahal (1648 - 1668) ISLAM (632–732) • O Taj é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de 2007. • A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 20 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. • Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes. ARQUITETURA ROMÂNICA (séc. X) • Com a instituição da Fé Católica romana, uma onda de construções varreu a Europa feudal de 1050 a 1200. • O termo românico surge em virtude dos construtores empregarem em suas obras elementos da arquitetura romana como os arcos redondos e colunas. • Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos. • Para substituição dos tetos em madeira comuns nas construções romanas e muito suscetíveis a incêndios, os artesãos medievais passaram a fazer os tetos das igrejas em abóbadas de pedra. O Monte Saint-Michel é um ilhote rochoso na foz do Rio Couesnon, no departamento da Mancha, na França, onde foi construído uma abadia e santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. Seu antigo nome é "Monte Saint-Michel em perigo do mar". Planta de San Sernín de Tolosa • Com abóbadas cilíndricas ou de arestas apoiadas em colunas, havia a possibilidade de construir grandes espaços livres de colunas e obstáculos. • Arquitetura das igrejas precisa se adequar para receber as multidões, a planta passa a ser cruciforme, com uma longa nave atravessada por um transepto mais curto, simbolizando o corpo de Cristo. É a denominada “Cruz Latina”. • O exterior das igrejas românicas é bastante despojado exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal. • Esses relevos ficavam concentrados no tímpano, que é o espaço semicircular entre o arco e o dintel da porta central. ARQUITETURA ROMÂNICA (séc. X) Igreja de San Fiz de Solovio - tímpano Igreja de San Fiz de Solovio - Santiago de Compostela ARQUITETURA GÓTICA (séc. XII) • O termo gótico foi introduzido pela primeira vez no séc XVI, referindo-se de modo depreciativo às construções do norte da Europa, dos visigodos, que eram considerados bárbaros. • Ainda por volta de 1800 o gótico era considerado como discrepante e de mau gosto. • O edifício considerado até hoje como a essência da arquitetura gótica é a catedral, que se constituía como símbolo do novo poder dos reis franceses, que se vai difundindo por toda a região. • A catedral além de legitimar o poder real, pois é ali que é celebrado o coroamento e o sepultamento do monarca, ela representa também o ideário de toda a sociedade além da visão política e ideológica da burguesia. • Geralmente, as catedrais possuem a aparência semelhante a uma cruz latina (crucifixo), onde situa-se a nave, os transeptos e o coro; na parte inferior da "cruz" fica localizada a nave central circundada por naves laterais; na faixa horizontal havia os transeptos e o cruzeiro; na base da nave tinha-se uma fachada principal. Existem também torres, porém localizadas em partes variadas. • As principais formas de decoração inspiradora nas catedrais góticas são a escultura,os vitrais e as tapeçarias. • Estes vidros eram pintados ou tingidos formando enormes painéis de Cores fortes e solenes, que davam ao local uma “aura divina”. Catedral de Notre-Dame de Paris Catedral Sainte Chapelle - vitrais ARQUITETURA GÓTICA (séc. XII) Planta da Catedral de Amiens, França. A catedral também possui formato de uma cruz latina. ARQUITETURA RENASCENTISTA (Séc. XV) • A partir de 1420 em Florença, na Itália, onde ricos comerciantes detinham o poder em detrimentos do clero, a arquitetura será elaborada de modo a representar toda essa opulência e poder (Quattrocento). • Baseados em critérios humanistas os arquitetos irão à busca de recuperar o esplendor da antiga Roma. • Os arquitetos renascentistas mais notáveis foram: Alberti, Brunelleschi, Bramante e Palladio. • Já no século XVI teremos Roma como centro dos acontecimentos da Alta Renascença (Cinquecento), havendo uma mudança de padrões quanto tamanho e grandiosidade dos monumentos. • Na busca de reencontrar o esplendor de Roma, os arquitetos demonstravam sua paixão pelos clássicos ao copiarem sistematicamente as ruínas romanas, inclusive tirando suas medidas na busca do estilo e proporções. • Nesse período retomam elementos como arco pleno, construção em concreto, domo redondo, pórtico, abóbada cilíndrica e colunas. • Fachada projetada como exercício de regularidade, com janelas em um único nível e separadas por pilares. Utilizou-se também de uma cornija clássica escondendo o telhado. As colunas (dórica, jônica, coríntia) só servem de enfeites tal como na antiga Roma. • Brunelleschi (1377-1446) descobriu a perspectiva matemática e lançou o projeto da igreja em plano central, que veio substituir a basílica medieval. Capela Pazzi (Brunelleschi – 1441 a 1443) • No projeto da Capela Pazzi, utilizou motivos clássicos na fachada, ilustrando a retomada de formas romanas e a ênfase renascentista na simetria e na regularidade. ARQUITETURA RENASCENTISTA (Séc. XV) ARQUITETURA RENASCENTISTA (Séc. XV) Catedral de Florença -A novidade era a criação de uma construção autoportante sem a necessidade de andaimes no solo para apoiar a cúpula durante a construção. ARQUITETURA BARROCA • É o estilo arquitetônico no período que inicia-se a partir do século XVII até a primeira metade do século XVIII. • A palavra portuguesa "barroco" define uma pérola de formato irregular. • O período de transição entre o Renascimento e o Barroco se faz de maneira quase imperceptível. Será preciso perceber a partir de quando o excesso decorativo, o movimento, a modelação pictórica dos espaços interiores e a estruturação dos edifícios foram levadas ao extremo. • O fato de a primeira igreja considerada de estilo Barroco ter sido projetada ainda em meados do século XVI dá bem a dimensão do caráter dessa transição, mostrando que esse estilo deriva diretamente do Renascimento tardio. • O barroco é libertação espacial, é libertação mental das regras dos tratadistas, das convenções, da geometria elementar. • É libertação da simetria e da antítese entre espaço interior e exterior. • Por essa ser a vontade, de libertação, o barroco assume um significado do estado psicológico de liberdade e de uma atitude criativa liberta de preconceitos intelectuais e formais. • Em termos artísticos, o barroco vai utilizar a escala como valor plástico de primeira grandeza. • Os efeitos volumétricos são também elementos essenciais na arquitetura barroca. Fachada da Igreja de San Borromeo, em Noto, Sicilia. ARQUITETURA BARROCA • A Igreja de Gesu em Roma será o ponto de partida da arquitetura barroca. Ele dá destaque para o espaço para a consagração eucarística: a grande nave, atravessado por um braço que se projeta para fora, e a enorme cúpula são projetados para este fim. ARQUITETURA BARROCA • As fachadas são muito importantes no estilo barroco, como esta é o de integrar o edifício ao urbano. • A fachada deve chamar a atenção dos fiéis. A entrada está localizada no centro da fachada e é monumental, é coberto por um frontão ou outro enfeite, decorado com colunas, nichos, suportes, etc. ARQUITETURA BARROCA Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio ROCOCÓ • O rococó aparece primeiramente na França, entre o barroco e o Arcadismo. • variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. • O rococó é o barroco levado ao exagero de decoração. • O rococó tem como principais características: • Cores claras; • Tons pastel e douramento; • Representação da vida profana da aristocracia; • Representação de Alegorias; • Estilo decorativo; • Possui leveza na estrutura das construções; • Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade; • Texturas suaves; • Hedonismo; Fonte e fachada Palácio Real de Queluz, 1747-1807 Interior Palácio Real de Queluz ROCOCÓ • O Neoclassicismo é desenvolvido a partir de meados do século XVIII até o início do séc. XIX . • O Estilo está intimamente ligado à filosofia do Iluminismo e do desenvolvimento da arqueologia, o que dá um novo impulso ao conhecimento da antiguidade clássica. • A burguesia esclarecida irá encontrar na Grécia e Roma, que são "redescobertas" pela descoberta das ruínas de Pompéia e Herculano, um modelo em termos de virtudes cívicas, heróica e republicana. • Isto levou novamente os artistas, a buscarem outra vez nos motivos greco-romanos a sua inspiração. • Os elementos plásticos e estruturais das ordens gregas iam de novo perder suas funções lógicas, para passarem à categoria de ornamentos nas mãos dos arquitetos. • os regimes liberais tentavam se impor perante os absolutos e para isso contavam com seus filósofos iluministas. • Para estes não se pretendia libertar apenas o pensamento, mas todo um modo de vida, orientando-se exclusivamente pela razão. • Deste modo a Arquitetura já não devia servir a religião mas sim ao Homem, motivando-o a uma ação conduzida pela razão e pela moral. • Existia a convicção de que era possível influenciar positivamente o espírito dos homens com o auxílio do ambiente arquitetônico. O lema passava a ser: “Tranquilidade, austeridade e magnificiência”. • Desaparece progressivamente a arquitetura religiosa e se constroem edificios públicos com finalidade civil, como bibliotecas, mercados, museus, etc. ARQUITETURA NEOCLÁSSICA Portal do Brandemburgo - Berlim Sob as instruções de Napoleão se começou a construir este arco triunfal, o maior do mundo, que serviria de centro a um dos traçados radiais de um urbanismo mundial dos mais espetaculares. Arco do Triunfo – 1806) ARQUITETURA NEOCLÁSSICA O edifício do Capitólio de Washington está inspirado noBritish Museum de Londres. ARQUITETURA NEOCLÁSSICA ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX • A arquitetura do séc. XIX é uma arquitetura urbana. • Neste século as cidades crescem vertiginosamente. • Londres, por exemplo, passa de um milhão de habitantes no final do séc. XVIII a quase dois milhões e meio em 1841. • Com a Revolução Industrial nascem novos núcleos urbanos em lugares situados próximos das fontes de energia ou de matérias primas para a indústria. • A industrialização demanda que o edificios sejam baratos e de rápida construção; ao mesmo tempo aponta soluções técnicas para as novas necessidades. • Contudo, não se pode falar de uniformidade nos estilos e soluções arquitetônicas e urbanísticas, sem que sejam consideradas algunas constantes: tecnificaçãodas soluções, utilização de novos materiais como o ferro fundido, vidro, cimento – este no fim do século – e tendência ao funcionalismo. Parlamento Británico ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX Ponte de Coalbrookdale É a primeira grade obra de ferro, feita entre 1775 e 1779. ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX Ponte de Ferro de Clifton, sobre o Rio Avon, na Gran Bretanha (1830). ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX Palácio de Cristal de Londres (1851) Joseph Paxton, para sua realização utilizou basicamente o ferro, vidro e o uso de elementos pré- fabricados produzidos em série. ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX Interior da Biblioteca de Sainte-Geneviève ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX Torre Eiffel – 1889 Para a exposição Mundial de Paris, em 1889, o engenheiro Gustavo Eiffel construiu uma torre com uma altura inimaginável para a época: 300m de altura, permanecendo como a maior construção já feita pelos 40 anos seguintes. Edificio das lojas Carson, de Louis Henry Sullivan. O ferro permitiu o desenvolvimento de uma arquitetura comercial exigida pelo crescimento industrial dos Estados Unidos nas últimas décadas do século XIX. Permitiu o surgimento dos “arranha-céus”, construção que se converterá durante muitos anos no mais característico da fisionomia urbana americana. A estrutura de ferro com sua praticidade e agilidade de execução se tornou o caminho natural daquelas construções. Mas ainda seriam “escondidas” em grossas paredes que se afinavam conforme ganhavam altitude. ARQUITETURA ECLÉTICA – Séc. XIX Reliance Building Burnham Hotel - Chicago Illinois Arquitetura do Séc. XX • A arquitetura do século XX, está dominada pelo funcionalismo. • Este não é um movimento de arte, mas um princípio racionalista estético manifestado nas obras atribuídas a diferentes tendências. • A abordagem está enraizada na cultura ocidental antiga e é facilmente definida em palavras de Louis Sullivan (1896): "A forma sempre segue a função." Edifício de Habitação e Comércio Goldman & Salatsch - Viena - Áustria Adolf Loos, austríaco, precursor do Movimento Moderno, dizia que o ornamento era no geral um crime, pois tornava os produtos mais caros impossibilitando sua compra pelos mais pobres. Casa da Michaelerplatz, suprimiu todos os elementos que não são estruturais, com algumas abordagens que anteciparam o racionalismo dos anos 20. Arquitetura do Séc. XX Foi a primeira escola de desenho (1919-1933) onde os estudantes podiam chegavam a realizar tudo aquilo que projetavam. Se investigava todo tipo de atividade plástica relacionada com a indústria. Arquitetura do Séc. XX Walter Gropius FábricaFagus (1911). A pureza de formas e o maior uso do vidro a diferencia de seus antecessores racionalistas. Arquitetura do Séc. XX Le Corbusier: villa Savoia Arquitetura Modernista Princípios Corbusianos: 1º. A casa sobre pilotis para que o chão fique livre como um jardim. 2°. O teto-jardim para que, em lugar de telhados inclinados, os terraços sejam outros jardins a mais. 3°. O plano livre, não rigidamente distribuído por paredes fixas. 4º. A janela contínua, desenvolvida em horizontal. 5º. A fachada livre independente da estrutura portante, é o que permite, precisamente, a janela contínua Arquitetura moderna é uma designação genérica para o conjunto de movimentos e escolas arquitetônicos que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do século XX (especialmente os períodos entre as décadas de 10 e 50), inserida no contexto artístico e cultural do Modernismo. O termo modernismo é, no entanto, uma referência genérica que não traduz diferenças importantes entre arquitetos de uma mesma época. Interior do Solomon R. Guggenheim Museum de Nova York Frank Lloyd Wright Arquitetura Modernista Fallingwater House ou casa da cascada (1936). Arquitetura Modernista O Pavilhão alemão na Feira Mundial de Barcelona (1929) é uma das obras mais célebres de Mies van der Rohe (reconstruído). Arquitetura Modernista Eero Saarinen Terminal TWA NY - 1956 Arquitetura Modernista Ópera de Sidney - 1957 Jorn Utzon Arquitetura Modernista – Brasil (1930-1970) 1936 - Projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, com equipe de arquitetos cariocas; Igreja São Francisco de Assis (1940) Arquitetura Modernista – Brasil (1930-1970) Brasília (1959) Arquitetura Modernista – Brasil (1930-1970) 50 /60 – MASP – Lina bo Bardi ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO • Fatores de influência na cultura: • A arquitetura dos anos 50 • A Pop Art dos anos 60 • A filosofia da crítica à cultura dos anos 70 • A cultura multidisciplinar e a tecnociência dos anos 80 e 90 • A natureza da arquitetura é aquela que muda. Ao projetar uma construção, deve-se considerar que ela mudará o seu entorno. • Invertendo o conceito modernista no qual “a forma segue a função”, alguns arquitetos passam a exibir tecnologia como decoração. Centro Georges Pompidou - Paris - 1977 O primeiro exemplo é o Centre Geoges Pompidou (1971-77), onde para se criar espaços amplos e adaptáveis no interior, se colocou toda a “infra-estrutura” do prédio em seu lado externo. Escadas e elevadores estão indicados em vermelho, o ar condicionado e os dutos em azul, os canos d’água em verde e os eletrodutos em amarelo. Tudo à vista dos visitantes. Os diferentes Posicionamentos Históricos entre MODERNO e PÓS- MODERNO PÓS-MODERNISMO propriamente dito: Projeção para o passado, reunindo as tendências que negam ou repudiam a arquitetura moderna, resgatando a relação com a história através do ornamento simbólico, da prática contextual ou do retorno a tradições vernaculares. FORMALISMO, CONTEXTUALISMO e REGIONALISMO ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Michael Graves: Public Services Building, Portland ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Populismo pós-moderno Piazza d’Italia New Orleans 1976-1979 Charles Moore ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Piazza d’Italia New Orleans 1976-1979 Charles Moore Populismo pós-moderno ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Edifício Portland Michael Graves ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Aldo Rossi Teatro do Mundo", em Veneza (1980) ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Archigram Em 1964 os integrantes do grupo Archigram lançaram o projeto denominado Walking City ou Cidade Andante que representa o ápice do esforço criativo do grupo. Uma arquitetura sem fundações e sem raízes, constituída por imensos containers com pernas tubulares que se deslocam pelo solo e pelas águas em constante movimento. Uma cidade sem lugar fixo, adequada para viajantes e nômades. Mistura de nave espacial com submarino atômico. ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Archigram ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Archigram A Plug-in-City foi criada como suporte de todo um sistema sofisticado de serviços. Além das residências básicas, em alguns nós dessa cidade-rede eram posicionadas unidades arquitetônicas “inteligentes” voltadaspara todo tipo de serviços, com o objetivo de suprir todas as necessidades dos moradores. Nela podia se encontrar hotéis, restaurantes, supermercados, farmácias, etc. No interior desses espaços encontrava-se todo tipo de instalações, equipadas com aparelhos eletrônicos de última geração, que tinham a função de apoiar as operações domésticas corriqueiras com um simples apertar de botão ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Metabolismo japonês A Torre Sony (1976), em Osaka, projetada por Kisho Kurokawa, é mais um exemplo de um protótipo de arquitetura sustentável. As cápsulas são do mesmo tamanho daquelas da Torre Nakagin Capsule, mas o revestimento é feito de aço inoxidável. ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Metabolismo japonês Nakagin Capsule Hotel Tokyo 1970-1972 Kisho (Noriaki) Kurokawa ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO Nakagin Capsule Hotel Vista interna das cápsulas Tokyo 1970-1972 Kisho (Noriaki) Kurokawa Metabolismo japonês ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA - O PLURALISMO SUBSTITUI O PURISMO DESCONSTRUTIVISMO (ANOS 80....) • é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência, pelas formas não- retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício. • A aparência visual final dos edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade. • Tem sua base no movimento literário chamado desconstrução. UFA-Palast em Dresden, de Coop Himmelb(l)au. Biblioteca Central de Seattle, por Rem Koolhaas Frank Ghery: Museu Guggenheim de Bilbao DESCONSTRUTIVISMO (ANOS 80....) ARQUITETURA DO SÉC. XXI – ARQUITETURA GLOBALIZADA Graz, Austria. 2003. Arquitetos Peter Cook e Colin Fournier St. Petersburg, Florida, USA. 2011. Projeto HOK Hotel Regatta, Jacarta, Indonésia Hotel Songjiang, Xangai, China Sede da CCTV, Beijing, China Russia Tower, Moscou, Rússia Edifício Ovo – Mumbai - ìndia Torre Anara (700m) - Dubai O arquiteto mineiro Thiago Jardim, graduado pelo Instituto de Tecnologia de Illinois, nos Estados Unidos, pretende levar para a Amazônia a onda dos megaprédios. Para isso, ele está em busca de investidores dispostos a desembolsar R$ 400 milhões na construção do Amazon Tower. (ALTURA 200 METROS)
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