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Aula 2

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TEORIA DO DELITO
Punibilidade não é um dos elementos do conceito de crime. É uma consequência do cometimento de crime. Posição amplamente dominante.
SISTEMA FINALISTA
Tem base realista, acreditando que o conceito ontológico de ação é vinculante para todo o sistema.
O jurista deve respeitar a “lógica da coisa”, as estruturas lógicas. Proximidade com a natureza. Ação humana que seja sempre final. 
Apresenta afastamento, desconfiança em relação aos valores, mas já de forma muito diferente do que era feito no sistema clássico. Busca segurança jurídica. 
O trabalho do intérprete ao valorar não pode ser livre, como se pretendia no sistema clássico.
Existem na natureza algumas estruturas, por exemplo, a ideia de ação, causalidade, e essas estruturas já tem uma lógica interna. São essas estruturas que vão ser trazidas para dentro do direito penal e permitir solucionar nossos problemas. Chamam estruturas lógico-reais.
A mais importante estrutura é o conceito finalista de ação. Da própria natureza é possível extrair o conhecimento de que toda ação do homem é sempre dirigida a uma finalidade. Se eu bebo um copo de agua, é porque estou com sede. Se mato a Célia, é porque não gosto dela.
Na natureza, todos os homens têm livre arbítrio, que é a capacidade de escolher entre um caminho ou outro. Poder agir de outro modo. 
Reestrutura toda a teoria do delito.
Tudo o que era intenção morava na culpabilidade. Ação era o processo mecânico de causar um resultado. O injusto era objetivo. Eventualmente existiam elementos subjetivos. 
Ação é atividade, mas dirigida a uma finalidade. Todas as ações têm um escopo final. As ações lícitas e ilícitas. 
As ações existem antes do tipo penal. Se você trabalha com um conceito de ação que tem um elemento “finalidade”, dentro dos tipos tem que haver finalidade. 
Se os tipos penais descrevem ações que tenham uma finalidade proibida, que se chama dolo, ele tem que ser transferido da culpabilidade para morar no tipo. 
Dolo é uma espécie de finalidade. Finalidade é o gênero. 
Tudo o que dissesse respeito ao desvalor da ação tem que fazer parte do injusto. Culpa é forma de realização da conduta. Atropelo a Célia de forma descuidada. 
Tipo fica impregnado de subjetividade. 
Causas de exclusão de ilicitude tem elementos subjetivos (consciência de estar agindo em uma delas)
	INJUSTO – Impregnado de elementos subjetivos
	CULPABILIDADE (INTENÇÃO)
	AÇÃO TÍPICA + ILÍCITA
	IMPUTABILIDADE
	TIPICIDADE = DOLO e CULPA
	POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
	
	EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
A antijuridicidade se traduz na simples ausência de causas de justificação, que passam a possuir elementos subjetivos.
Não é possível deduzir soluções de problemas jurídicos a partir de dados ontológicos. 
FUNCIONALISMO
ROXIN – FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO
Missão do direito penal é proteção de bens jurídicos. Finalidade da sanção penal é prevenção geral - impacto da pena na comunidade e prevenção especial - impacto da pena no criminoso. Com respeito às garantias individuais e com proporcionalidade. 
Toma em conta a missão constitucional do direito penal de proteção de bens jurídicos através da prevenção geral e especial, através de parâmetros, que são fundamentos político-criminais das teorias da pena. 
No funcionalismo de Roxin os dados da realidade também têm um papel muito importante, porém muito diferente daquele desempenhado no finalismo. No finalismo as estruturas da realidade desempenhavam um papel positivo, ou seja, a partir delas obteríamos as soluções, pré-prontas, para problemas jurídico-penais. No funcionalismo de Roxin os dados da realidade desempenham um papel diferente, de natureza negativa. Eles servem como limites a serem respeitados pelo legislador e pelo operado do direito no momento de fazer as valorações, mas não oferecem nenhuma solução de cunho valorativo para problemas jurídicos.

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