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O meio brasileiro e sua influência sobre a arquitetura (1)

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FACULDADES PONTA GROSSA 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
O MEIO BRASILEIRO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A ARQUITETURA 
 
O meio geográfico 
Apesar da extensão geográfica brasileira, é no triângulo formado por Rio de Janeiro, 
São Paulo e Minas Gerais, que se concentram maior parte das principais obras 
arquitetônicas brasileiras. Os arquitetos do Rio de Janeiro e de São Paulo sempre 
foram os que mais contribuíram para a arquitetura nacional. 
 
O meio físico 
Relevo: as características naturais do relevo nem sempre são respeitadas, porém 
quando respeitado gera grande influência nas obras. Os pilotis são uma solução 
para terrenos acidentados, pois faz com que a edificação se adapte ao terreno. No 
urbanismo a influência do relevo é ainda maior. 
Clima: O clima foi um dos fatores que mais interferiu na arquitetura brasileira. No 
período colonial utilizavam-se beirais largos e generosas varandas para tentar 
diminuir o calor. Com o advento do modernismo que enaltece grandes aberturas, 
um recurso para essa adaptação foi o brise soleil, elemento que acabou se tornando 
um marco da arquitetura brasileira. Entretanto a melhor solução para o calor é a 
ventilação cruzada associada aos procedimentos citados. Além do calor, problemas 
como a seca e o excesso de chuva também necessitam de atenção. 
Vegetação: O brasileiro nunca se mostrou sensível em relação a natureza, desde a 
destruição colonial para implantação da agricultura e as queimadas e 
desmatamento que ainda são recorrentes. A harmonia entre arquitetura e natureza 
resultou de seus contrastes entre os volumes puros e as formas curvas dos jardins. 
 
Condições econômicas 
Recursos naturais e materiais tradicionais: ​a pedra, um dos principais materiais 
naturais sempre foi escassa no Brasil, com isso, os construtores coloniais utilizavam 
da madeira para estruturas e o barro nas paredes (taipa de pilão ou taipa de 
sopapo) e também como tijolo de barro cozido. 
Materiais artificiais e o contexto industrial: os materiais tradicionais deram lugar 
ao concreto armado, produtos metalúrgicos, vidro e plástico. Na época o concreto 
armado se apresentou como o material mais barato para estruturas de grande porte, 
outra vantagem é o fato de não precisar de mão de obra qualificada para seu 
preparo, diferente dos produtos metalúrgicos que dependem das indústrias para sua 
fabricação. Mesmo o solo brasileiro sendo rico em minério os recursos energéticos 
não estavam à altura, fazendo-se necessária a importação de estruturas metálicas. 
Transporte e economia: ​a rede de transportes brasileira é deficiente, as ferrovias 
estão presentes somente em uma pequena parcela do território, o transporte 
marítimo acabou sendo abandonado pela falta de infraestrutura, o transporte aéreo 
é eficiente mas não é rentável para cargas pesadas, assim, maior parte do 
transporte de cargas pesadas é feito através das rodovias brasileiras. 
 
As condições históricas 
Condições econômicas e sociais: após a segunda guerra mundial ocorreu um 
processo de urbanização intensa e com os problemas urbanísticos foram surgindo, 
alguns foram atenuados mas nunca resolvidos definitivamente. Os edifícios de 
apartamentos que surgiram foram construídos por empresas privadas visando fins 
lucrativos, com isso, os apartamentos eram ocupados por pessoas com bons 
recursos financeiros. A luta pelo reconhecimento do papel do arquiteto e de suas 
funções também foi presente nesse período. 
Mentalidades brasileiras e tradições culturais: ​o nacionalismo brasileiro em 
alguns casos serviu como uma contra reação aos pastiches de estilos históricos da 
Europa, esse olhar ao passado objetivou a criação do estilo neocolonial em 
oposição ao modernismo. A nova arquitetura que surgiu tentou unir esses dois 
estilos, através do rompimento e aos mesmo tempo respeito ao passado. 
Condições políticas: ​Como forma de aumentar seu prestígio perante o povo, os 
políticos procuravam impressionar através de grandes obras, do que através de 
programas de utilidade mais direta ao público. Apesar desse fato ser de certo modo 
desagradável ele foi muito importante para a arquitetura brasileira, dentre esses 
políticos importantes para a arquitetura estão Gustavo Capanema e Juscelino 
Kubitschek. A arquitetura brasileira do século XX se caracteriza por ser 
predominantemente urbana que pouco se preocupou questões sociais, obras 
públicas em busca de prestígio do povo pelos governantes, desejo de uma 
arquitetura voltada para o futuro mas que não despreza os valores do passado e a 
sedução por tudo que é estrangeiro.

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