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Projeto Concreto Armado I Camila Ramiro, RA: 150003963 Bruno Mendes, RA: 150007383 Jennipher da Silva Barbosa, RA: 150001994 Maria Patrícia Estevam Amorim, RA: 150005723 Tiago Rodrigo, RA: 150001842 Lorena 2017 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho incide na determinação da concepção estrutural de uma determinada planta estabelecida por orientação da professora, determinando da melhor forma um sistema estrutural que constitua a parte resistente do edifício. Muitas vezes no mercado de construção são entregues projetos com muitos problemas de concepção estrutural, que acabam por tornar a estrutura pouco eficiente e, na maior parte dos casos, mais cara do que poderia ser. As estruturas estão sujeitas a carregamentos verticais e horizontais. Entretanto consideraremos apenas carregamentos como peso próprio, reação das lajes, alvenaria e revestimento, desconsiderando carregamentos horizontais como vento etc. Cada obra, mesmo de pequeno porte tem seus próprios desafios a serem vencidos durante a etapa de projeto, e existem diferentes possibilidades de soluções corretas, a busca pela melhor solução precisa ser direcionada pelos pontos mais críticos da estrutura. Identificar esses pontos críticos no início da etapa de concepção estrutural é um dos principais desafios de um projeto e de extrema importância para um bom andamento do projeto teórico e executivo. Um exemplo de dimensionamento que será tratado no projeto são os pilares, os quais devem ser muito bem analisados uma vez que uma estrutura com poucos pilares normalmente é muito mais cara, pois exige vãos maiores. Porém, estruturas com pilares demais também são caras, pois aumentam a mão de obra e o custo de fundações. Pilares sem continuidade (que geram vigas de transição) ou orientados na direção contrária são responsáveis por aumentos no custo da estrutura. Portanto, é fundamental fazer um estudo com algumas alternativas de solução em termos de quantidade, posição e orientação dos pilares da estrutura. 2. CONDIÇÕES INICIAIS Além da planta do pavimento tipo, foi determinado previamente pelo docente, o material de vedação, que será bloco de concreto celular (peso específico = 5KN/m³). O Fck estabelecido será Fck30Mpa e que implicará em uma classe de agressividade ambiental II (CAA – II). A alvenaria será revestida com Argamassa (3 cm de reboco em cada face) e a altura do pé direito será de 2,80m. A reação das lajes foi estipulada como segue a seguinte tabela: Tabela 1 - Reação das lajes VIGA REAÇÃO DA LAJE ( KN/M ) V1-a 7,5 V1-b 6 V1-c 6,5 V1-d 0 V2-a 14 V2-b 12 V2-c 0 V3 14 V4-a 7,5 V4-b 6 V4-c 0 V4-d 7 V5-a 6 V5-b 6 V6-a 15 V6-b 15 V7-a 12 V7-b 17 V8-a 8 V8-b 8 V9 12 V10-a 5 V10-b 6 3. INDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS E SUAS DIMENSÕES Os pilares tiveram seu dimensionamento determinado previamente pela professora. Para o dimensionamento das vigas: Largura (bw) - Preferência para que fiquem embutidas na alvenaria de vedação; - Considerar que paredes e elementos estruturais deverão ser revestidos por argamassa de revestimento, portanto, desconta-se de 1,5 a 2,0cm de espessura em cada face; - Vigas bw > 12 cm. Altura (h) - Depende do vão, carregamento e classe de concreto; - O fator mais importante e utilizado para se determinar a altura da viga é o vão; - Usual h é correspondente a 10% do vão; - Para classes de concreto superiores podem ser considerados valores que 12% do vão para a estimativa da altura de vigas; - Altura mínima de 25cm; - Altura moduladas de 5 em 5cm ou 10 em 10 cm. Portanto como o maior viga tem aproximadamente 4,5m, e a espessura do revestimento será de 3cm em cada face, determinou-se que a seção transversal bw e h será igual a 14cm e 45 cm respectivamente (14x45). 4. DEFINIÇÃO DO VÃO EFETIVO Com o auxilio do Excel, calculou-se a1 e a2, considerando menor valor dele. Em que: { ⁄ e { ⁄ Onde t1 e t2 é a seção transversal dos pilares em que a viga está apoiada e h é a seção da viga. Figura 1 - Dimensões consideradas para o cálculo do vão efetivo da viga Fonte: Bastos, 2015 Tabela 2 - Dimensões dos Pilares PILARES P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 DIMENSÃO 14x40 14x40 14x40 14x40 14x40 14x50 14x50 14x40 14x40 14x40 14x40 14x40 14x40 14x40 Então, analisando na planta a posição de cada pilar e cada viga, as suas dimensões e particularidades. Obtiveram-se os valores de a1 e a2, conforme a tabela 3: Tabela 3 - Menor valor de a1 e a2 VIGA a1 (cm) a2 (cm) V1-a 13,5 7 V1-b 7 7 V1-c 7 13,5 V1-d 13,5 0 V2-a 7 13,5 V2-b 13,5 7 V2-c 7 0 V3 13,5 7 V4-a 13,5 7 V4-b 7 7 V4-c 7 7 V4-d 7 13,5 V5-a 7 13,5 V5-b 13,5 7 V6-a 13,5 7 V6-b 7 13,5 V7-a 13,5 13,5 V7-b 13,5 13,5 V8-a 13,5 7 V8-b 7 7 V9 13,5 7 V10-a 13,5 7 V10-b 7 7 Com os dados de a1 e a2, obteve-se através programa AutoCad, as medidas dos flanges comprimidos (medido entre os suportes) l0. E então usando uma ferramenta de soma no Excel, somou-se a1, a2 e l0. Obtendo o vão efetivo (lef) em cm como segue na tabela 4. Tabela 4 - Cálculo do vão efetivo VIGA DIMENSÃO VIGA PONTOS DE APOIO a1 (cm) a2 (cm) l0 (cm) lef (cm) (a1+a2+l0) V1-a 14X45 P1/P2 13,5 7 257,5 278 V1-b 14X45 P2/P3 7 7 423,5 437,5 V1-c 14X45 P3/P4 7 13,5 436 456,5 V1-d 14X45 P4 13,5 0 135 148,5 V2-a 14X45 P5/P6 7 13,5 247,5 268 V2-b 14X45 P6/P7 13,5 7 422,5 443 V2-c 14X45 P7 7 0 167 174 V3 14X45 P8/P9 13,5 7 405 425,5 V4-a 14X45 P10/P11 13,5 7 257,5 278 V4-b 14X45 P11/P12 7 7 423,5 437,5 V4-c 14X45 P12/P13 7 7 153 167 V4-d 14X45 P13/P14 7 13,5 404 424,5 V5-a 14X45 P10/P5 7 13,5 323,5 344 V5-b 14X45 P5/P1 13,5 7 323,5 344 V6-a 14X45 P11/P6 13,5 7 336 356,5 V6-b 14X45 P6/P2 7 13,5 310 330,5 V7-a 14X45 P12/P7 13,5 13,5 292,5 319,5 V7-b 14X45 P7/P3 13,5 13,5 292,5 319,5 V8-a 14X45 P13/P8 13,5 7 216 236,5 V8-b 14X45 P8/V2-c 7 7 80 94 V9 14X45 V3/P4 13,5 7 431 451,5 V10-a 14X45 P14/P9 13,5 7 216 236,5 V10-b 14X45 P9/V1-d 7 7 431 445 5. CÁLCULO DOS CARREGAMENTOS 5.1. Carregamento distribuído Incialmente calculou-se o carregamento das paredes (Gpar) com o revestimento em KN/m: Tendo que: ( ) ( ) Onde: ealv = espessura do bloco (m) = 0,14m halv = altura final da parede (m) = 2,80m ϒalv = peso específico do bloco (KN/m³) = 5KN/m³ (dado especificado pela professora orientadora) erev = espessura do revestimento (m) = 0,06m hrev = altura final da parede (m) = 2,80m ϒrev = peso específico do revestimento (KN/m³) = 19KN/m³ (segundo NBR 6120:1980). Então: ( ) ( ) Em seguida calculou-se o peso próprio das vigas (Gpp) que possuem a secção transversal bw e h 14x45cm Tendo que: ( ) Então: ( ) Plotando esses dados de Gpar e Gpp no Excel e somando com as reações das lajes pré-estabelecidas conforme a tabela 1 obtém o seguinte carregamento distribuído (Gqq) para cada viga, conforme a tabela 5. Tabela 5 - Carregamento distribuído para cada viga VIGA Gqq (KN/M) V1-a 14,227 V1-b 12,727 V1-c 13,227 V1-d 6,727 V2-a 20,727 V2-b 18,727V2-c 6,727 V3 20,727 V4-a 14,227 V4-b 12,727 V4-c 6,727 V4-d 13,727 V5-a 12,727 V5-b 12,727 V6-a 21,727 V6-b 21,727 V7-a 18,727 V7-b 23,727 V8-a 14,727 V8-b 14,727 V9 18,727 V10-a 11,727 V10-b 12,727 5.2. Carregamento pontual As vigas em balanço geram um carregamento pontual, o qual deve ser calculado: ( ) Onde: Rv = Reação da viga (KN) Gpp = Carregamento distribuído da viga (KN/m) Lef = Vão efetivo da viga (m) Então: Calculando a reação da viga V10-b, temos que: ( ) Calculando a reação da viga V8-b, temos que: ( ) 6. DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS Para calcular os esforços, utilizamos o programa Ftool, e obtivemos os esforços de cortante e momento. 6.1. Esforços em V1 Figura 2 - Carregamentos em V1-a, V1-b, V1-c e V1-d Fonte: Elaborado pelos autores no Ftool Figura 3 – Diagrama dos esforços Cortantes em V1 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores no Ftool Figura 4 - Diagrama de Momento em V1 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.2. Esforços V2 Figura 5 - Carregamentos em V2-a, V2-b e V2-c Fonte: Elaborado pelos autores Figura 6 - Diagrama dos esforços cortantes em V2 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 7 - Diagrama de momento em V2 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.3 . Esforços em V3 Figura 8 - Carregamentos em V3 Fonte: Elaborado pelos autores Figura 9 - Diagrama dos esforços cortantes em V3 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 10 - Diagrama de momento em V3 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.4. Esforços V4 Figura 11 - Carregamentos em V4-a, V4-b, v4-c e V4-d Fonte: Elaborado pelos autores Figura 12 - Diagrama dos esforços cortantes em V4 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 13 - Diagrama de momento em V4 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.5. Esforços V5 Figura 14 - Carregamentos em V5-a e V5-b Fonte: Elaborado pelos autores Figura 15 - Diagrama dos esforços cortantes em V5 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 16 - Diagrama de momento em V5 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.6. Esforços V6 Figura 17 - Carregamentos em V6-a e V6-b Fonte: Elaborado pelos autores Figura 18 - Diagrama dos esforços cortantes em V6 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 19 - Diagrama de momento em V6 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.7. Esforços em V7 Figura 20 - Carregamento em V7-a e V7-b Fonte: Elaborado pelos autores Figura 21 - Diagrama dos esforços cortantes em V7 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 22 - Diagrama de momento em V7 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.8. Esforços em V8 Figura 23 - Carregamento de V8-a e v8-b Fonte: Elaborado pelos autores Figura 24 - Diagrama dos esforços cortantes em V8 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 25 - Diagrama do momento em V8 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.9. Esforços em V9 Figura 26 - Carregamento em V9 Fonte: Elaborado pelos autores Figura 27 - Diagrama de esforços cortantes em V9 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 28 - Diagrama do momento em V9 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 6.10 Esforços em V10 Figura 29 - Carregamento em V10-a e V10-b Fonte: Elaborado pelos autores Figura 30 - Diagrama dos esforços cortantes em V10 (KN) Fonte: Elaborado pelos autores Figura 31 - Diagrama de momento em V10 (KN.m) Fonte: Elaborado pelos autores 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Unesp Bauru/SP, ESTRUTURAS DE CONCRETO II – VIGAS DE EDIFICIO http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Vigas/UNESP_Bauru/Vigas.p df Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos; 2 de abril, 2003; ESTRUTURAS DE CONCRETO.
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