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Contabilidade Geral e Publica IOB

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Contabilidade Geral e Pública
O Instituto IOB nasce a partir da 
experiência de mais de 40 anos da IOB no 
desenvolvimento de conteúdos, serviços de 
consultoria e cursos de excelência.
Por intermédio do Instituto IOB, 
é possível acesso a diversos cursos por meio 
de ambientes de aprendizado estruturados 
por diferentes tecnologias.
As obras que compõem os cursos preparatórios 
do Instituto foram desenvolvidas com o 
objetivo de sintetizar os principais pontos 
destacados nas videoaulas.
institutoiob.com.br
Contabilidade Geral e Pública - 2ª edição / Obra or-
ganizada pelo Instituto IOB - São Paulo: Editora IOB, 
2014.
ISBN 978-85-63625-61-8
Informamos que é de inteira 
responsabilidade do autor a emissão 
dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia 
autorização do Instituto IOB.
A violação dos direitos autorais é 
crime estabelecido na Lei nº 
9.610/1998 e punido pelo art. 184 
do Código Penal.
Sumário
Capítulo 1 – Patrimônio, 9
1. Definição. Bens, Direitos e Obrigações., 9
2. Equação Fundamental. Ativo. Passivo e Patrimônio Líquido, 11
3. Equação Fundamental. Ativo. Passivo e Patrimônio Líquido – 
Continuação, 13
Capítulo 2 – Resultado, 15
1. Resultado: Conceito, Receitas e Despesas, 15
2. Classificação das Receitas e Despesas, 16
3. Gastos. Custos. Encargos e Perdas, 18
4. Regimes de Contabilização, 19
Capítulo 3 – Atos e Fatos Contábeis, 22
1. Atos Administrativos e Fatos Contábeis. Classificação dos Fatos 
Contábeis, 22
2. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos, 24
3. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos – Continuação, 25
Capítulo 4 – Princípios Fundamentais da Contabilidade, 27
1. Princípio da Entidade e Princípio da Continuidade, 27
2. Princípio da Oportunidade e Princípio do Registro pelo Valor 
Original, 29
3. Princípio do Registro pelo Valor Original, o Princípio da 
Competência e o Princípio da Prudência, 30
Capítulo 5 – Contas e Lançamentos, 33
1. Definição de Conta Contábil. Elementos das Contas Contábeis. 
Teorias das Contas. Tipos de Contas, 33
2. Contas Credoras e Contas Devedoras. Saldos de Contas, 34
3. Lançamentos Contábeis. Método das Partidas Dobradas. Fórmulas 
de Lançamentos, 36
4. Fórmulas de Lançamentos. Correção de Lançamentos Incorretos, 37
5. Razonetes. Balancetes de Verificação, 39
6. Plano de Contas. Definição e Estrutura, 40
Capítulo 6 – Escrituração, 42
1. Introdução e Conceito, 42
2. Sistemas de Escrituração, 43
3. Livros de Escrituração, 45
4. Livros de Escrituração – Continuação, 47
Capítulo 7 – Provisões, 49
1. Conceito, 49
2. Passivos Contingentes, 51
3. Ativos Contingentes e Perdas Estimadas no Ativo, 53
4. Perda Estimada em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD), 55
5. Perda Estimada em Estoques (PEE), 56
6. Perda Estimada por Redução ao Valor Recuperável, 58
Capítulo 8 – Depreciação, 60
1. Conceito de Depreciação, 60
2. Métodos de Depreciação: Método das Quotas Constantes, 62
3. Métodos de Depreciação: Método das Somas dos Dígitos, 64
4. Contabilização. Depreciação Acelerada Normal, 65
5. Depreciação Acelerada Incentivada, 67
6. Depreciação de Bens Adquiridos Usados, 68
Capítulo 9 – Amortização e Exaustão, 70
1. Conceito de Amortização. Bens Sujeitos à Amortização. 
Contabilização, 70
2. Conceito de Exaustão. Cálculo da Exaustão. Contabilização, 71
Capítulo 10 – Operações com Mercadorias, 74
1. Operações com Mercadorias, 74
2. Operações com Mercadorias – Continuação, 76
3. Operações com Mercadorias – Continuação, 77
4. Operações com Mercadorias – Continuação, 79
5. Operações com Mercadorias – Continuação, 81
Capítulo 11 – Operações com Mercadorias, 83
1. Método do Custo Médio. Contabilização em Inventário 
Permanente, 83
2. Contabilização em Inventário Permanente (Continuação), 85
3. Folha de Pagamento. Salário. Remuneração, 86
Capítulo 12 – Operações com Pessoal, 88
1. Contabilização de Retenções e Recolhimentos, 88
2. FGTS. 13º Salário, 90
3. Conceito. Movimentações e Aplicações Financeiras, 91
Capítulo 13 – Operações Financeiras, 94
1. Empréstimos e Financiamentos. Ajuste ao Valor Presente, 94
2. Operações com Duplicatas, 96
3. Operações com Duplicatas – Continuação, 97
4. Conceito e Obrigatoriedade. Exercício Social. Notas 
Explicativas, 99
5. Grupos de Contas. Contas do Ativo, 101
6. Contas do Ativo – Continuação, 102
7. Contas do Passivo, 104
8. Contas do Patrimônio Líquido, 106
Capítulo 14 – Balanço Patrimonial, 108
1. Contas do Patrimônio Líquido – Continuação, 108
2. Conceito e Estrutura da DRE, 110
3. Exemplos de Elaboração de DRE, 111
4. Exemplos de Elaboração de DRE – Continuação, 113
Capítulo 15 – Cálculo do IRPJ e da CSLL, 116
1. Fato Gerador e Base de Cálculo. Formas de Tributação, 116
2. Lucro Real, 118
3. Lucro Real – Continuação, 120
4. Lucro Real – Continuação, 122
5. Lucro Presumido, 123
6. Lucro Arbitrado, 124
7. Simples Nacional, 126
Capítulo 16 – Apresentação. Conceitos Básicos, 129
1. Conceito de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 
Objetivos, 129
2. Entidades Sujeitas à Contabilidade Pública, 130
3. Entidades Sujeitas à Contabilidade Pública – Continuação, 131
4. Entidades Sujeitas à Contabilidade Pública – Continuação, 132
Capítulo 17 – Patrimônio Público, 135
1. Conceito de Patrimônio Público. Ativo, 135
2. Passivo. Patrimônio Líquido, 136
Capítulo 18 – Princípios da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 138
1. Princípio da Entidade, Princípio da Continuidade e Princípio da 
Oportunidade, 138
2. Princípio do Registro pelo Valor Original, Princípio da 
Competência e Princípio da Prudência, 139
Capítulo 19 – Orçamento Público, 141
1. Conceito e Aprovação, 141
2. Princípios Orçamentários: Legalidade. Unidade. Universalidade, 142
3. Princípios Orçamentários – Continuação: Orçamento Bruto. 
Periodicidade. Exclusividade. Periodicidade. Clareza, 143
4. Princípios Orçamentários – Continuação: Equilíbrio. 
Especificação. Publicidade. Exatidão. Não Afetação, 144
Capítulo 20 – Leis Orçamentárias, 146
1. Plano Plurianual (PPA), 146
2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), 147
3. Lei Orçamentária Anual (LOA), 148
Capítulo 21 – Receitas Públicas, 150
1. Conceitos. Classificação quanto à Origem, 150
2. Classificação quanto à Natureza, 152
3. Classificação quanto à Destinação. Receitas Intraorçamentárias, 153
Capítulo 22 – Despesas Públicas, 155
1. Conceitos. Classificação quanto à Natureza, 155
2. Despesas Intraorçamentárias. Superávit e Déficit, 157
Capítulo 23 – Estágios das Receitas e Despesas Públicas, 159
1. Estágios da Receita, 159
2. Estágios da Despesa Pública, 160
3. Estágios da Despesa Pública – Continuação, 161
4. Restos a Pagar, 163
Capítulo 24 – Dívida Pública, 165
1. Dívida Ativa e Dívida Passiva. Classificação, 165
Capítulo 25 – Créditos Adicionais, 167
1. Definição. Créditos Suplementares, 167
2. Créditos Especiais, 168
3. Créditos Extraordinários. Vigência dos Créditos Adicionais, 169
Capítulo 26 – Subsistemas da Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público, 171
1. Subsistemas Orçamentário e Patrimonial, 171
2. Subsistemas de Custos e de Compensação, 172
Capítulo 27 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, 174
1. Conceito e Estrutura, 174
2. Conceito e Estrutura – Continuação, 175
Capítulo 28 – Demonstrações Contábeis, 178
1. Conceito e Espécies. Orientações Gerais, 178
2. Balanço Patrimonial. Balanço Orçamentário. Balanço 
Financeiro, 180
3. Demonstração das Variações Patrimoniais. Demonstração dos 
Fluxos de Caixa, 181
4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Notas 
Explicativas, 182
Capítulo 29 – Suprimento de Fundos, 184
1. Conceito e Requisitos, 184
Capítulo 20 – Controle Externo e Controle Interno, 186
1. Controle Externo e Controle Interno, 186
Gabarito, 189
Capítulo 1
Patrimônio1. Definição. Bens, Direitos e Obrigações.
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos o patrimônio, as definições, os bens, os di-
reitos e as obrigações.
1.2 Síntese
Contabilidade é uma ciência que tem por objeto o patrimônio das entida-
des, tendo como objetivo o controle destes patrimônios, com a finalidade de 
fornecer informações a seus usuários.
Com esta definição, podemos extrair três informações importantes:
– o objeto de estudo é o patrimônio;
– o objetivo é o controle dos patrimônios por parte das empresas e entida-
des públicas;
– o fim da contabilidade pública é fornecer informações aos seus usuários.
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Deve-se ressaltar que a contabilidade não se confunde com a administra-
ção de uma entidade. A contabilidade irá fornecer informações a respeito do 
controle do patrimônio, do desempenho econômico da entidade, mas quem 
tomará as decisões será a administração.
Os usuários poderão ser os mais amplos possíveis, mas, principalmente, 
acionistas ou sócios, governos e investidores.
A contabilidade terá uma função administrativa e uma função econômica.
A função administrativa: refere-se à função da contabilidade como auxilia-
dora dos tomadores de decisões; a função econômica: está relacionada à apura-
ção do resultado, ou seja, se houve lucro ou prejuízo.
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Os componentes positivos do patrimônio são os bens e direitos e o compo-
nente negativo são as obrigações.
Os componentes positivos recebem o nome específico, na contabilidade, 
de ativo. O ativo de uma entidade é a soma dos seus bens e direitos.
Por outro lado, como já tido, o patrimônio tem sua parte negativa, que são 
as obrigações. Essas obrigações recebem o nome, na contabilidade, de passivo 
ou passivo exigível.
Os bens nada mais são do que todas as coisas de propriedade da entidade e 
que podem ser aferidos monetariamente.
Esses bens podem ser corpóreos ou incorpóreos.
Bens corpóreos, também chamados bens tangíveis ou bens materiais, são 
os bens que podem ser tocados fisicamente; por exemplo, dinheiro, imóveis e 
as mercadorias.
Bens incorpóreos são os bens que não podem ser tocados fisicamente; por 
exemplo, os direitos, como as patentes, marcas, direitos de exploração de minas, 
direitos de concessão.
Para interessar à contabilidade, esses bens devem ser contábeis, ou seja, 
precisam ter valor econômico, pois existem bens que não têm valor econômico, 
como a reputação de uma entidade.
Definem-se os direitos como todos os créditos que a entidade tem para com 
terceiros, que a entidade pode exigir de terceiros; por exemplo, duplicatas a 
receber, promissórias a receber e adiantamentos a fornecedores.
Em relação às obrigações da entidade, que são as partes negativas, são as 
dívidas da entidade; por exemplo, salários a pagar, duplicatas a pagar, décimo 
terceiro.
É importante destacar que o patrimônio de uma entidade poderá ser nega-
tivo quando ela tiver mais obrigações do que bens e direitos.
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Exercícios
1. (Cespe – AGU – Contador – 2010) Em contabilidade, define-se 
patrimônio como um conjunto de bens, direitos e obrigações per-
tencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação aos 
demais patrimônios existentes.
2. (Cesgranrio – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior I – 2008) Den-
tre as alternativas abaixo, identifique a que só possui bens tangíveis.
a) Sistemas aplicativos – software; móveis e utensílios; instalações e 
direitos sobre recursos naturais.
b) Benfeitorias em propriedades arrendadas; peças e conjuntos de 
reposição; marcas, direitos e patentes industriais e participações 
em fundos de investimentos.
c) Benfeitorias em propriedades arrendadas; direitos sobre recursos 
naturais; participações em sociedades coligadas e controladas e 
gastos preliminares de operação.
d) Equipamento de processamento eletrônico de dados; peças e 
conjunto de reposição; ferramentas e imóveis não de uso.
e) Direitos de uso de telefones; equipamentos de processamento 
eletrônico de dados e marcas, direitos e patentes industriais.
2. Equação Fundamental. Ativo. Passivo e 
Patrimônio Líquido
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos a equação fundamental, o ativo, passivo e o 
patrimônio líquido.
2.2 Síntese
O ativo de uma empresa deve ser igual ao seu passivo no balanço.
O patrimônio é formado pelos bens, direitos e obrigações da entidade.
Os bens e direitos são o ativo de uma empresa e as a obrigações formam a 
parte negativa da entidade.
Passivo exigível é a soma das obrigações da sociedade.
Patrimônio líquido ou situação líquida é a soma da parte positiva do patri-
mônio, menos o passível exigível, ou seja, verá se a entidade tem muito mais 
dívidas do que bens e direitos, ou muito mais bens e direitos do que obrigações.
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A equação fundamental da contabilidade pode ser representada de várias 
formas, dentre elas:
O Patrimônio Líquido (PL) será igual à soma dos bens e dos direitos menos as 
obrigações da entidade. Como os bens e direitos são chamados de ativos (A) e as 
obrigações são chamadas de passivo exigível, podemos colocar da seguinte forma:
– PL = A – P;
– A – P = PL;
Se o ativo for maior que o passivo, o Patrimônio Líquido será maior do que 
zero.
Se o ativo for igual ao passivo exigível, quer dizer os bens e direitos forem 
iguais às obrigações, o PL da empresa será zero; não terá lucro nem prejuízo.
Quando o ativo for menor que o passivo exigível, quer dizer que há menos 
bens e direitos do que obrigações, será o chamado passivo descoberto.
O ativo de uma entidade, também chamado de patrimônio bruto, capital 
aplicado ou recursos investidos, trará as aplicações dos recursos da entidade, ou 
seja, onde a entidade investiu esse dinheiro.
O ativo pode ser dividido em várias categorias:
– ativo circulante: são as disponibilidades financeiras, bens e direitos, rea-
lizáveis no exercício subsequente, ou seja, são os bens que a entidade 
tem que vão ser realizáveis, transformando-se em dinheiro até o ano se-
guinte. Exemplo: dinheiro, venda de direitos a terceiros, que a entidade 
tem a receber no ano seguinte;
– ativo não circulante: são os demais bens e direitos. Exemplo: ativo rea-
lizável em longo prazo. Quando se tratar de empréstimos de operações 
feitas entre coligadas ou controladas, diretores e acionistas, será registra-
do no ativo realizável em longo prazo. Os investimentos que abrangem 
os valores de participações societárias permanentes, ou seja, as ações 
que a entidade tem de outras entidades. Os imobilizados, que são o 
conjunto dos bens tangíveis necessários à manutenção da atividade da 
empresa, por exemplo, os computadores dos caixas dos supermercados.
Exercício
3. (CFC) Em 31/01/2011, uma sociedade empresária que tem como 
atividade social a incorporação imobiliária adquire terreno para pos-
terior construção de um edifício residencial para venda, com lança-
mento previsto para o ano de 2013. A classificação CORRETA desse 
ativo será:
a) Em Estoque no Ativo Circulante.
b) Em Estoque no Ativo Não Circulante.
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c) No Imobilizado.
d) No Investimento.
3. Equação Fundamental. Ativo. Passivo e 
Patrimônio Líquido – Continuação
3.1 Apresentação
Nesta unidade, continuaremos estudando a equação fundamental, o ati-
vo, o passivo e o patrimônio líquido.
3.2 Síntese
O passivo pode ser entendido de duas formas: estrito e amplo.
 • Passivo estrito é o chamado passivo exigível, ou seja, é a soma das obri-
gações da entidade.
 • Passivo amplo representa a soma do passível exigívelcom o patrimônio 
líquido da entidade.
No sentido estrito, o CFC define o passivo como uma obrigação presente 
de entidade, derivado de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que 
resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
O passivo se divide em circulante e não circulante:
 • Passivo circulante é composto pelas obrigações exigíveis ao longo do 
exercício seguinte.
 • Passivo não circulante são as dívidas exigíveis após o exercício seguinte.
No caso das dívidas de longo prazo, é comum que a entidade pague essa 
dívida parcelada, por isso, registra-se a dívida que irá vencer no ano seguinte 
em passivo circulante e o restante no passivo não circulante.
Segundo o CFC, patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entida-
de, depois de deduzidos todos os seus passivos.
O patrimônio líquido também é chamado de capital próprio da entidade, 
pois são os valores que de fato pertencem à entidade. Esse patrimônio líquido 
começa a ser formado, quando a entidade é criada.
O patrimônio líquido será formado por várias contas e algumas delas são de 
partes positivas e outras partes negativas.
O patrimônio líquido, ao contrário do ativo e passivo, não se divide em 
circulante e não circulante, mas em contas específicas, entre elas:
 • Capital social: é a conta onde será registrado o valor que os sócios pro-
meteram injetar na entidade.
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 • Capital subscrito: é o capital que os sócios se comprometeram a entre-
gar para a sociedade.
 • Capital realizado ou integralizado: é o capital que os sócios da entidade 
entregaram de fato, que será igual ao capital subscrito.
 • Capital a realizar: é a conta negativa que registra o capital integralizado 
realizado pelos sócios.
 • Reserva de lucros: traz o valor somado ao patrimônio líquido em razão 
dos lucros obtidos pela entidade.
 • Reserva de capital: é uma conta positiva que traz valores dos sócios ou 
de terceiros que entram no patrimônio da entidade, sem afetar o lucro 
ou prejuízo do exercício.
 • Prejuízos acumulados: é uma conta negativa que registra os prejuízos 
da entidade em vários exercícios.
 • Ações em tesouraria: é uma conta negativa que é usada para a empresa 
registrar as ações que ela emitiu mais não vendeu ou recomprou.
Exercício
4. (Esaf – Analista do Mercado de Capitais-CVM-2010) Aponte abaixo 
a opção que contém uma assertiva incorreta.
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado 
de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros 
benefícios econômicos para a entidade.
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de even-
tos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída 
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos para a enti-
dade.
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade de-
pois de deduzidos todos os resultados.
d) Muitos ativos têm uma substância física. Entretanto, substância 
física não é essencial à existência de um ativo.
e) Muitos ativos estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de 
propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, entretan-
to, o direito de propriedade não é essencial.
Capítulo 2
Resultado
1. Resultado: Conceito, Receitas e Despesas
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos o resultado, seu conceito, receitas e despesas.
1.2 Síntese
O resultado de uma entidade, também chamado de rédito, é o valor resul-
tado do confronto entre o total de receitas e despesas obtidas pela entidade em 
um determinado período.
Se o resultado for positivo, será chamado de lucro, ou seja, a entidade teve 
mais receita do que despesas e, caso as despesas sejam maiores do que a receita, 
haverá um prejuízo, ou seja, um resultado negativo.
É importante destacar que o resultado sempre será calculado para um deter-
minado período. Esse período pode ser mensal, trimestral, anual, quadrimestral, 
semestral, mas, normalmente, as entidades trabalham com o período anual.
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Receitas são variações positivas do patrimônio líquido, que não decorram 
de valores injetados pelos sócios, ou seja, é o valor que vai aumentar o valor do 
patrimônio líquido da entidade.
Toda receita é produzida pelo aumento de um ativo ou diminuição de um 
passivo, no entanto, em todo aumento do ativo ou diminuição do passivo, vai 
produzir uma receita.
Despesas, ao contrário da receita, são os valores que diminuem o patri-
mônio líquido, desde que não decorram de valores repassados aos sócios; por 
exemplo, os dividendos.
Desta forma, vemos que a despesa pode ser ocasionada ou pela diminuição 
do ativo ou pelo aumento do passivo, entretanto, nem toda diminuição do ativo 
ou aumento do passivo irá ocasionar despesas.
No final do exercício, normalmente no final do ano, a entidade irá zerar 
todas as suas contas de receita e despesas e passará esses valores para uma conta 
chamada Conta de Apuração do Resultado do Exercício.
Exercício
5. A entrada de recursos para o Ativo, proveniente de prestação de ser-
viços, vendas ou juros, significa:
a) Uma despesa.
b) Um superávit.
c) Uma receita.
d) Um lucro.
e) Um resultado.
2. Classificação das Receitas e Despesas
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos a classificação das receitas e despesas.
2.2 Síntese
Receita, como já foi estudado, são os valores que fazem com que o patrimô-
nio líquido da entidade aumente.
As receitas se dividem em diversas categorias. São elas:
 • Receitas de vendas: também chamadas de receitas brutas. São as re-
ceitas relacionadas às atividades normais da entidade. Receita bruta é 
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diferente de faturamento, pois faturamento é a soma da receita bruta 
com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
 • Receita líquida: tudo o que a entidade vender menos algumas dedu-
ções, que são devoluções de vendas, vendas canceladas, abatimento so-
bre vendas, descontos incondicionais concedidos, tributos sobre vendas 
(menos o IPI).
 • Receitas financeiras: são os rendimentos que a empresa recebe pela 
cessão a terceiro de uso de capitais. Exemplo: juros ativos, descontos 
condicionais obtidos dos fornecedores e variações monetárias ativas.
 • Receitas de equivalência patrimonial: são as que decorrem de ganhos 
com lucro auferido por empresas coligadas ou controladas.
 • Receitas operacionais: são receitas que não decorrem das atividades 
normais da empresa; por exemplo, no caso em que uma empresa com-
pra uma máquina para produção e, posteriormente, vende essa máqui-
na. Esse lucro será de receitas operacionais.
As despesas se classificam da seguinte forma:
 • Despesas com vendas: são os gastos relacionados com a comercializa-
ção e distribuição das mercadorias ou produtos. É importante desta-
car que os gastos relacionados a insumos diretos, ou seja, aquilo que 
é comprado pela empresa para ser transformado em outra coisa não é 
considerado despesa.
 • Despesas financeiras: são gastos relacionados com a remuneração paga 
a terceiros pela utilização do capital deles.
 • Despesas administrativas: são gastos relacionados à administração da 
empresa, ou seja, gastos para o funcionamento da empresa.
 • Despesas gerais: são gastos que se relacionam tanto com as despesas 
administrativas quanto com as despesas de vendas. Quando não se pode 
distinguir o que são despesas financeiras do que são despesas adminis-
trativas, classifica-se como despesas gerais; por exemplo, o gasto com a 
compra de produtos de limpeza.
 • Outras despesas: são as despesas que não se enquadram em nenhuma 
das já citadas, como multas, por exemplo.
Exercício
6. (FCC – 2012) Os gastos decorrentes da vendade ativos imobilizados 
devem ser registrados em
a) Receitas não operacionais.
b) Outras receitas operacionais.
c) Receitas diferidas.
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d) Vendas brutas.
e) Receitas imobiliárias.
3. Gastos. Custos. Encargos e Perdas
3.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os gastos, os custos e os encargos e as perdas.
3.2 Síntese
Gasto é todo dispêndio financeiro realizado pela empresa, independente 
da finalidade.
Custos é um tipo de gasto, e são todos os gastos relacionados com a produ-
ção de bens e serviços pela entidade, ou seja, os custos estão relacionados com 
a atividade da empresa.
Como exemplos de custos, tem-se:
 • empresa comercial que revende móveis. Os custos seriam com a aquisi-
ção de mercadorias que são revendidas;
 • empresa industrial que compra uma matéria-prima, ou produtos inter-
mediários e os transforma em outra coisa;
 • em uma empresa prestadora de serviço de limpeza, de custos, os valores 
dos produtos de limpeza utilizados na prestação de serviços.
Os encargos correspondem à perda gradual do valor do bem, normalmente, 
do ativo imobilizado.
O encargo pode ser depreciação, amortização ou exaustão.
 • Depreciação: é a diminuição do valor de bens tangíveis.
 • Amortização: é a diminuição do valor de bens intangíveis.
 • Exaustão: é a diminuição do valor de direito de exploração de minas e 
florestas.
Perdas correspondem a diminuições dos valores dos patrimônios da entida-
de, decorrentes normalmente de eventos imprevisíveis, ou de difícil previsão, e 
acarretaram perda patrimonial à entidade.
Exercícios
7. (TJ – Sergipe – Analista Judiciário) A identificação de gasto efetua-
do, que não produza benefícios econômicos futuros, é reconhecida 
nas demonstrações de uma entidade como:
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a) Ganho.
b) Despesa.
c) Custo.
d) Receita.
e) Ativo.
8. Os gastos de uma empresa incluem os custos e as despesas, sendo 
que normalmente:
a) As despesas são os gastos diretamente ligados à compra de maté-
ria-prima para produção.
b) Os custos são os gastos associados diretamente à produção.
c) Os gastos com energia elétrica de toda empresa são considera-
dos custos.
d) Gastos com juros bancários são considerados custos.
9. A perda de valor dos recursos minerais decorrente de sua exploração 
deve ser registrada no resultado como:
a) Despesa de depreciação
b) Despesa de exaustão.
c) Despesa de amortização.
d) Despesa de exploração.
e) Perda com ativos.
4. Regimes de Contabilização
4.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os regimes de contabilização.
4.2 Síntese
Quando se fala em regimes de contabilização, fala-se basicamente, no mo-
mento em que a receita ou a despesa é contabilizada.
Os dois principais regimes de contabilização são: regime de caixa e regime 
de competência.
A diferença entre eles é o momento em que será registrada a receita ou a 
despesa.
No regime de caixa, as despesas são reconhecidas quando da entrada e saída 
de dinheiro.
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Já no regime de competência, as receitas e as despesas não são registradas 
no momento em que elas são recebidas ou pagas, mas, sim, no momento em 
que elas surgem, ou seja, no momento em que ocorre o fato gerador da receita 
ou da despesa.
O tipo de regime adotado pode influenciar no lucro ou prejuízo do exer-
cício. Por exemplo, uma empresa vende em dezembro de 2013, dez mil reais 
em mercadoria, para receber em janeiro. Pelo regime de competência, esses 
dez mil reais serão registrados em dezembro de 2013. Já pelo regime de caixa, 
não está registrado em dezembro de 2013, mas apenas em janeiro de 2014.
Sendo assim, esse valor, sendo registrado em 2013, demonstrará lucro para 
empresa naquele ano e, se registrado em 2014, demonstrará lucro para empresa 
não em 2013, mas, sim, em 2014.
Atualmente, todas as Sociedades Anônimas e todas as Sociedades Limitadas 
de Grande Porte devem adotar o regime de competência.
Em relação às receitas e despesas diferidas, representam valores recebidos 
ou pagos antecipadamente, antes que o fato gerador respectivo da receita ou 
da despesa ocorra.
Como são registradas antes da ocorrência do fato gerador não se trata de 
receitas e despesas, mas de valores registrados no ativo (se forem despesas dife-
ridas) ou no passivo (se forem receitas diferidas como um crédito ou dívida para 
com terceiros que não causa impacto).
No caso das receitas diferidas, em verdade, são valores recebidos ou pagos 
antecipadamente, ou seja, antes do fato gerador. Essa receita estará registrada 
no passivo.
Já no caso das despesas diferidas, são valores que saíram do caixa da entida-
de, antecipadamente, antes do fato gerador e será registrado no ativo.
Exercícios
10. (Cespe – TRE – RJ – 2012) Quando determinada empresa paga uma 
parcela de seguro relativo a período de cobertura ainda não trans-
corrido, o valor correspondente à parcela paga não pode integrar as 
contas de resultado do período.
11. (Fundep – FHEMIG – 2009) A empresa Alfa Ltda. que adota o regi-
me de competência contratou o aluguel de um galpão por 22 meses, 
a partir de 01/03/2009, pagando antecipadamente R$ 220.000,00.
O contador, no encerramento do ano de 2009, deve registrar esse 
pagamento da seguinte forma:
a) R$ 100.000,00 como despesa e R$ 120.000,00 como Ativo Cir-
culante.
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b) R$ 110.000,00 como despesa e R$ 110.000,00 como Ativo 
Circulante.
c) R$ 100.000,00 como Ativo Circulante e R$ 120.000,00 com Ati-
vo de Longo Prazo.
d) R$ 220.000,00 como despesa.
Capítulo 3
Atos e Fatos Contábeis
1. Atos Administrativos e Fatos Contábeis. 
Classificação dos Fatos Contábeis
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os atos administrativos e os fatos contábeis e 
a classificação dos fatos contábeis.
1.2 Síntese
Atos administrativos são acontecimentos ocorridos em uma entidade, que 
não alteram o seu patrimônio, nem de forma quantitativa nem de forma qua-
litativa, embora possam vir a afetar futuramente. Por exemplo, admissão de 
funcionário, aval dado em título de crédito e envio de título ao banco para 
cobrança.
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A princípio, os atos administrativos não interessam à contabilidade, pois 
não vão alterar o patrimônio da entidade, mas isso não impede que sejam regis-
trados pela contabilidade.
Se forem registrados pela contabilidade, serão registrados em um tipo espe-
cífico de contas, chamadas de conta de compensação.
As contas de compensação irão registrar os atos administrativos que podem 
vir a produzir alguma alteração futura no patrimônio da entidade.
Como exemplo de contas de compensação, tem-se os contratos de aval e 
fiança, hipotecas assumidas, bens dados em garantia, mercadorias consignadas, 
contratos de empréstimos e financiamentos não liberados, contrato de aluguel 
e bens recebidos em comodato.
Fatos contábeis, também chamados de fatos administrativos, são os acon-
tecimentos ocorridos em uma empresa que alteram o seu patrimônio, seja de 
forma qualitativa, seja de forma quantitativa.
Alteração quantitativa do patrimônio é aquela alteração que vai trazer uma 
mudança no valor total do patrimônio líquido.
Já as alterações qualitativas, são aquelas que não mudam o valor total do 
patrimônio líquido, mas sua composição.
Exercícios
12. (Cespe – TRE – RJ – 2012) A elaboração de um parecer de auditoria 
sobre a correta aplicação dos princípios fundamentais da contabili-
dade, constitui um fato contábil.
13. (Cespe – Unipampa – RS – 2009) Fatos contábeis são ocorrências 
que alterama composição do patrimônio, seja em seu aspecto quali-
tativo, seja em seu aspecto quantitativo.
14. Qual a diferença entre Ato Administrativo e Fato Administrativo?
a) O primeiro constitui-se em prática administrativa que não mo-
difica materialmente o patrimônio, enquanto que os fatos provo-
cam alteração patrimonial.
b) Não há em verdade diferenças.
c) O primeiro altera qualitativamente o patrimônio, enquanto que 
o segundo não provoca alteração alguma.
d) O primeiro, quando ocorre, altera de imediato o patrimônio da 
empresa, enquanto que o segundo somente provoca alteração 
no exercício seguinte.
e) O primeiro altera o patrimônio e o segundo não.
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2. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os fatos permutativos, modificativos e mistos.
2.2 Síntese
As alterações qualitativas não vão alterar o valor total do patrimônio líquido, 
mas somente a composição das contas. Por exemplo, compra de mercadorias e 
pagamentos de duplicatas sem desconto ou sem juros.
Já as alterações quantitativas são as alterações que vão provocar mudança 
no valor do patrimônio líquido.
Sempre que se estiver falando em alteração quantitativa, está se falando de 
despesas e de receitas.
Como exemplos de alterações quantitativas, tem-se a venda de bens do ati-
vo imobilizado com lucro e pagamento de salários.
Fatos contábeis permutativos, também chamados de fatos contábeis com-
pensatórios, são aqueles que produzem alterações qualitativas no patrimônio 
líquido, não o alterando quantitativamente.
Os fatos contábeis permutativos podem ocorrer de cinco formas:
 • quando se aumenta e diminui o ativo no mesmo valor;
 • quando se aumenta o ativo e aumenta o passivo na mesma proporção;
 • quando ocorre a diminuição do passivo e a diminuição do ativo na mes-
ma proporção;
 • quando há um aumento e diminuição passivo no mesmo tempo e no 
mesmo valor;
 • quando ocorre a diminuição do patrimônio líquido e um aumento do 
patrimônio líquido na mesma proporção.
Exercício
15. (FCC – PGE – RJ – 2009) Representa um Fato Contábil Permutati-
vo a:
a) Compra de um veículo à vista.
b) Venda de mercadoria com prejuízo.
c) Venda de imobilizado com prejuízo.
d) Venda de imobilizado com lucro.
e) Venda de mercadoria com lucro.
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3. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos 
– Continuação
3.1 Apresentação
Nesta unidade, continuaremos os estudos sobre os fatos permutativos, mo-
dificativos e mistos.
3.2 Síntese
Os fatos contábeis modificativos, também chamados de fatos contábeis 
quantitativos, trazem modificações quantitativas no patrimônio, ou seja, vão 
alterar o valor do patrimônio líquido.
Os fatos contáveis modificativos, pelo fato de modificarem o valor do patri-
mônio líquido, sempre vão envolver receitas ou despesas.
As espécies de fatos contábeis modificativos são:
 • fatos contáveis modificativos aumentativos: aumentam o valor total do 
patrimônio líquido, envolvendo uma conta de receita e uma conta pa-
trimonial. Exemplo: ganho de capital;
 • fatos contáveis modificativos diminutivos: diminuem o valor do patri-
mônio líquido. Envolvem uma conta patrimonial (conta do ativo, pas-
sivo ou patrimônio líquido) e mais uma conta de despesa. Exemplo: 
pagamento de salários ou a perda de um bem;
 • fatos contáveis modificativos mistos: também são chamados de fatos 
contáveis modificativos compostos. Recebem esse nome por envolver 
ao mesmo tempo um fato permutativo e um fato modificativo. Vão ao 
mesmo tempo alterar qualitativamente contas patrimoniais e vão alterar 
também o patrimônio líquido.
Os fatos mistos podem ser de duas espécies:
 • mistos aumentativos: alteram qualitativamente o patrimônio e vão au-
mentar o valor do patrimônio líquido;
 • mistos diminutivos: é uma diminuição do patrimônio líquido.
A diferença entre os fatos modificativos aumentativos e os mistos aumenta-
tivos é que, no primeiro, há uma variação do patrimônio líquido e, no segundo, 
além de haver uma modificação no patrimônio líquido, também existe uma 
alteração na sua composição.
Como exemplo de fatos mistos aumentativos tem-se: recebimento de dupli-
cata no valor original de R$ 1.000,00 com juros de 10%.
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Já como exemplo de fatos mistos diminutivos tem-se: renegociação de em-
préstimo de R$ 1.000,00 com troca por promissórias no valor de R$ 1.200,00.
Exercício
16. (FCC – Fiscal do ISS – Prefeitura de São Paulo) O pagamento de 
uma dívida com juros de mora representa um fato contábil:
a) Permutativo.
b) Modificativo aumentativo.
c) Misto diminutivo.
d) Misto aumentativo.
e) Modificativo aumentativo.
Capítulo 4
Princípios Fundamentais da 
Contabilidade
1. Princípio da Entidade e Princípio da 
Continuidade
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os Princípios da Entidade e da Continuidade.
1.2 Síntese
Quando se fala em princípios fundamentais da contabilidade, se fala em 
regras, estruturas basilares que serão essenciais para o desenvolvimento das nor-
mas contábeis.
Quem estabelece os princípios fundamentais da contabilidade é o Conse-
lho Federal de Contabilidade (CFC).
Na falta de uma norma contábil, o contador deve agir respaldado pelos 
princípios fundamentais da contabilidade.
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A Resolução nº 750, de 1993, do CFC, que foi alterada pela Resolução nº 
1.282, de 2012 (que extinguiu o princípio da atualização monetária), diz que 
atualmente são seis os princípios fundamentais da contabilidade. São eles:
 • Princípio da Entidade;
 • Princípio da Continuidade;
 • Princípio da Oportunidade;
 • Princípio do Registro pelo Valor Original;
 • Princípio da Competência;
 • Princípio da Prudência.
O art. 4º da Resolução nº 750, do CFC, trata do Princípio da Entidade e, 
traz a seguinte redação:
“O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Conta-
bilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de 
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independen-
temente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade 
ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles 
dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único. O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resul-
ta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.”
Exercícios
17. (Esaf – Serpro – 2001) A Resolução CFC nº 750/1993 estabeleceu 
como princípios de Contabilidade, os princípios da:
a) Prudência e da Oportunidade.
b) Oportunidade e da Materialidade.
c) Prudência e da Objetividade.
d) Consistência e da Previsibilidade.
e) Prudência e da Materialidade.
18. O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da con-
tabilidade e afirma a autonomia patrimonial à necessidade da diferen-
ciação do patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer à pessoa, conjunto de pessoas, socie-
dade ou instituição de qualquer natureza, com ou sem fins lucrativos.
19. (Cespe – IPAJM – Contador – 2010) Segundo a Resolução CFC nº 
774/1994, o cerne do princípio da entidade está na autonomia do 
patrimônio a ela pertencente. O princípio em exame afirma que 
o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a 
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todos os outros patrimôniosexistentes, pertencendo a uma entidade, 
no sentido de sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações. 
De acordo com essa resolução, devido a sua falta de autonomia pa-
trimonial, não constitui entidade contábil:
a) Uma família.
b) Um governo municipal.
c) Uma sociedade cooperativa.
d) Um grupo econômico consolidado.
e) Uma sociedade de fato, mas sem forma jurídica.
2. Princípio da Oportunidade e Princípio do 
Registro pelo Valor Original
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os Princípios da Oportunidade e do Registro 
pelo Valor Original.
2.2 Síntese
Continuando os estudos sobre os princípios fundamentais da contabilida-
de, o art. 5º da Resolução nº 750, do CFC trata do Princípio da Continuidade 
com a seguinte redação:
“Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará 
em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos compo-
nentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.”
Se o contrato social não informar nada em relação à extinção da sociedade, 
quer por morte dos sócios quer por desentendimento entre eles, o prazo de 
duração da entidade será indeterminado.
Neste sentido, os valores contábeis, valor do ativo, valor do passivo, valores 
dos bens, valores dos direitos e das obrigações deverão ser valorados de acordo 
com essa perspectiva.
Por exemplo: uma empresa adquire sob encomenda uma máquina no valor 
de R$ 300.000,00. Esse valor de compra deve ser registrado no ativo da empre-
sa. Todo ano ocorrerá a depreciação do valor deste maquinário, seja em decor-
rência de seu uso, seja em razão da máquina se tornar obsoleta. Se os sócios 
pedirem a liquidação da sociedade, um mês após a compra da máquina, pode 
ser que esta não seja registrada com o valor de R$ 300.000,00, pois a empresa 
poderá não vender a máquina pelo mesmo valor de compra.
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Outro Princípio é o da Oportunidade, que está previsto no art. 6º da Reso-
lução nº 750, do CFC, com a seguinte redação:
“Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração 
e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações ínte-
gras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, 
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade 
da informação.”
Em relação ao Princípio da Oportunidade, o CFC estabelece que os fatos 
contábeis futuros também devem ser registrados, desde que eles sejam certos 
ou prováveis.
Exercícios
20. (Cespe – TJ-AC – Analista Judiciário – Contador – 2012) O Princí-
pio da Continuidade está relacionado à certeza de que, no futuro, 
a entidade continuará em operação e, por isso, os componentes do 
patrimônio devem ser avaliados pelos maiores valores.
21. Segundo a Resolução do CFC nº 750/1993, o princípio contábil que 
se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componen-
tes patrimoniais, para produzirem informações íntegras e tempesti-
vas é denominado princípio:
a) Do Registro pelo Valor Original.
b) Da Competência.
c) Da Prudência.
d) Da Oportunidade.
e) Da Entidade.
22. A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à corre-
ta aplicação do Princípio da Competência, pelo fato de se relacionar 
diretamente com a quantificação dos componentes patrimoniais e 
com a formação do resultado, e de constituir suma importância para 
aferir a capacidade futura de geração deste resultado.
3. Princípio do Registro pelo Valor Original, 
o Princípio da Competência e o Princípio 
da Prudência
3.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos o Princípio do Registro pelo Valor Original, 
o Princípio da Competência e o Princípio da Prudência.
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3.2 Síntese
O Princípio do Registro pelo Valor Original está previsto no art. 7º da Reso-
lução 750, do CFC, que estabelece:
“Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os com-
ponentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores origi-
nais das transações, expressos em moeda nacional.”
Esse registro é importante para verificar se a entidade teve ou não lucro.
É imprescindível destacar que, se a transação ocorrer em moeda estrangei-
ra, deverá ser utilizado o câmbio do momento da transação, para registrar esse 
valor em moeda nacional.
Isso não quer dizer que este valor não possa ser alterado posteriormente.
O princípio da atualização monetária não existe mais, porém, isso não im-
pede que ela seja feita, ou melhor, ela não é mais obrigatória, segundo o CFC.
O Princípio da Competência está previsto no art. 9º da Resolução nº 750, 
do CFC e traz a seguinte redação:
“Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das tran-
sações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas.”
Já o Princípio da Prudência, que está previsto no art. 10 da Resolução nº 
750, do CFC, diz:
“Art. 10. O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor 
para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo 
grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos compo-
nentes patrimoniais.”
Exercícios
23. A influência no valor econômico dos ativos e, em muitos casos, no 
valor de vencimento dos passivos, especialmente, por causa de um 
prazo determinado, previsto ou previsível para que o patrimônio te-
nha cumprido sua destinação social e a sua finalidade se extinga, é 
apresentada no Princípio Contábil da:
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a) Prudência.
b) Oportunidade.
c) Entidade.
d) Continuidade.
e) Competência
24. De acordo com o Princípio da Prudência, quando as opções forem 
igualmente aceitáveis perante os princípios fundamentais da conta-
bilidade, deve-se escolher a hipótese de que resulte o maior patrimô-
nio líquido.
25. O Contador afirmou: “As receitas e as despesas devem ser incluídas 
na apuração do resultado do período que ocorrerem, independente-
mente de pagamento ou recebimento.”
De acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, o 
Contador faz referência ao denominado Princípio da:
a) Prudência.
b) Continuidade.
c) Entidade.
d) Relevância.
e) Competência.
26. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os efeitos 
da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional não sejam reco-
nhecidos nos registros contábeis.
Capítulo 5
Contas e Lançamentos
1. Definição de Conta Contábil. Elementos 
das Contas Contábeis. Teorias das Contas. 
Tipos de Contas
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos a definição de conta contábil, os elementos 
das contas contábeis, as teorias das contas e os tipos de contas.
1.2 Síntese
Conta contábil é o nome técnico representativo de um elemento patri-
monial (bem, direito, obrigação ou componente do patrimônio líquido) ou de 
variação patrimonial (receita ou despesa). Controlam o valor ou alterações das 
grandezas que representa.
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São três os tiposde contas contábeis e são elas:
 • contas patrimoniais: são contas que registram bens, direitos e obriga-
ções (ativo, passivo e patrimônio líquido), e não alteram o valor total 
do patrimônio líquido, ou seja, não alteram o resultado. As contas re-
tificadoras ou redutoras, que são contas negativas dos grupos aos quais 
pertencem, também são contas patrimoniais;
 • contas de resultado: são receitas e despesas. Afetam o resultado do exer-
cício, ou seja, são elas que definem se a empresa terá prejuízo ou lucro. 
As contas de resultado, após a apuração no final do ano, são zeradas;
 • contas de compensação: vão registrar atos administrativos que não alte-
ram nem o patrimônio e nem o resultado.
As contas contábeis têm vários elementos, que são:
 • número: é opcional, nem toda empresa utiliza um número para cada 
conta, mas é recomendado que se utilize;
 • título: diz o que a conta representa;
 • saldo: valor do elemento;
 • natureza do saldo: pode ser devedora ou credora.
Exercícios
27. É uma conta de resultado:
a) Receita na alienação de bens do ativo não circulante.
b) Receitas diferidas.
c) Despesas antecipadas.
d) Despesas do exercício seguinte.
e) Tributos a pagar.
28. (Cespe/UnB – Abin – 2012) Depreciação acumulada, participações 
em outras empresas e perdas estimadas para crédito de liquidação 
duvidosa são contas redutoras dos elementos patrimoniais.
2. Contas Credoras e Contas Devedoras. 
Saldos de Contas
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos as contas credoras e contas devedoras e, tam-
bém, os saldos de contas.
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2.2 Síntese
As contas podem ser credoras ou devedoras.
Se a conta for credora, um crédito feito nela aumentará o seu valor e um 
débito irá diminui o seu valor.
Se a conta for devedora, os débitos irão aumentar o seu valor e os créditos 
irão diminuir o seu valor.
Quando se fala em natureza do saldo das contas, é para saber se é uma 
conta credora ou devedora.
As contas de resultado, como já visto, são as contas que alteram o resultado 
do exercício. São as contas de receitas e despesas.
As receitas terão sempre um saldo credor, ou seja, serão contas credoras, já 
as despesas são contas devedoras.
As contas patrimoniais, exceto as retificadoras, podem ser do ativo, do pas-
sivo ou do patrimônio líquido.
As contas do ativo sempre terão natureza devedora, já o passivo e o patrimô-
nio líquido sempre terão natureza credora.
Contas patrimoniais retificadoras são as contas que, por alguma razão, di-
minuem o valor de outra conta; por exemplo, a depreciação acumulada.
As contas retificadoras do ativo terão natureza credora e, nas contas do pas-
sivo e no patrimônio líquido, elas terão natureza devedora.
Saldo da conta é o valor líquido da conta, credor ou devedor, de acordo 
com sua natureza, ou seja, é a diferença entre total de crédito e total de débito, 
considerando-se ainda o saldo inicial do período.
Exercício
29. (Cespe – Procon – RJ – 2012) Dentre as alternativas abaixo, aque-
la que contém somente contas cujos saldos são de natureza deve-
dora é:
a) Capital, Contas a Pagar e Caixa.
b) Salários, Fornecedores e Mercadorias.
c) Ações em Tesouraria, Juros Passivos e Veículos.
d) Juros Ativos, Clientes e Mobiliários.
e) Duplicatas a Receber, Duplicatas Descontadas e Provisão de 
Férias.
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3. Lançamentos Contábeis. Método 
das Partidas Dobradas. Fórmulas de 
Lançamentos
3.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os lançamentos contábeis, o método das par-
tidas dobradas e as fórmulas de lançamentos.
3.2 Síntese
Lançamento é o registro em contas de fato contábil, contas patrimoniais e 
de resultado ou de ato administrativo, que são as contas de compensação. Por 
exemplo, quando alguém paga uma conta com o dinheiro da empresa, isso é 
um fato contábil, que deve ser registrado.
O processo de lançamento de atos ou fatos contábeis é chamado de escri-
turação.
Existem dois métodos possíveis para a escrituração, mas só um deles é acei-
to atualmente.
 • Método das partidas simples: também chamado de unigrafia, em que 
cada fato contábil é registrado com a utilização de apenas um elemento 
patrimonial, ou seja, em uma única conta contábil. Esse método não é 
mais utilizado.
 • Método das partidas dobradas: é o método atualmente utilizado, em 
que é utilizada mais de uma conta para registrar os fatos contábeis. Esse 
método foi criado por Luca Pacioli, e também é chamado de digrafia, 
porque utiliza pelo menos duas contas para o registro de cada fato con-
tábil. Terá pelo menos o débito em uma conta e o crédito em outra 
conta.
Os elementos essenciais dos lançamentos são:
 • local e data;
 • contas debitadas;
 • contas que estão sendo creditadas;
 • histórico;
 • valor do lançamento.
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Exercício
30. Empresa adquiriu um veículo por R$ 9.000,00, pagando a prazo. 
Assinale a opção que traz o lançamento gerado:
a) Debitar banco contas movimento e creditar veículos.
b) Creditar veículos.
c) Debitar veículos e creditar banco conta movimento.
d) Veículos a fornecedores.
e) Exigível em longo prazo.
4. Fórmulas de Lançamentos. Correção de 
Lançamentos Incorretos
4.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos as fórmulas de lançamentos e a correção de 
lançamentos incorretos.
4.2 Síntese
Fórmulas de lançamento nada mais são que modalidades de lançamento, 
que vão depender do número de contas debitadas ou contas creditadas.
Existem quatro fórmulas de lançamento. São elas:
 • lançamento de primeira fórmula: há uma conta debitada e uma conta 
creditada. Exemplo: compra de veículo à vista, no valor R$ 25.000,00. 
Desta forma, temos o seguinte:
Débito – Veículo – R$ 25.000,00
Crédito – Caixa – R$ 25.000,00
 • lançamento de segunda fórmula: há uma conta debitada e mais de 
uma conta creditada. Exemplo: recebimento de duplicata no valor R$ 
5.000,00 com juros de 10%. Desta forma, temos o seguinte:
Débito – Caixa – R$ 5.500,00
Crédito – Duplicatas a Receber – R$ 5.000,00
Crédito – Juros Ativos – R$ 500,00
 • lançamento de terceira fórmula: há mais de uma conta debitada e so-
mente uma conta creditada. Exemplo: pagamento de duplicata de R$ 
10.000,00 com juros de 5%. Desta forma, temos o seguinte:
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Débito – Duplicatas a pagar – R$ 10.000,00
Débito – Juros passivos – R$ 500,00
Crédito – Caixa – R$ 10.500,00
 • lançamento de quarta fórmula: há mais de uma conta debitada e mais 
de uma conta creditada: Exemplo: venda à vista por R$ 8.000,00 de má-
quina de valor original de R$ 10.000,00 e depreciada em R$ 4.000,00. 
Desta forma, temos o seguinte:
Débito – Caixa – R$ 8.000,00
Débito – Depreciação acumulada – R$ 4.000,00
Crédito – Máquinas e equipamentos – R$ 10.000,00
Crédito – Rec. Alienação bens ativos imob. – R$ 2.000,00
Existem três formas de corrigir um lançamento feito erroneamente. São 
eles o estorno, complementação e transferência.
 • Estorno: realiza-se um lançamento inverso, para anular o incorreto 
Como exemplo de estorno, tem-se:
Lançamento errado: Débito – Caixa – R$ 100,00 e, Crédito – Bancos – R$ 
100,00
Estorno: Débito – Bancos – R$ 100,00 e, Crédito – Caixa – R$ 100,00
 • Complementação: complementa-se lançamento feito a maior ou a 
menor.
Como exemplo de complementação, tem-se:
Deveria ter sido feito o lançamento no valor de R$ 120,00
Lançamento errado: Débito – Caixa – R$ 100,00 e, Crédito – Bancos 
– R$ 100,00
Complementação: Débito – Bancos – R$ 20,00 e, Crédito – Caixa – R$ 20,00
 • Transferência: uso de conta errada. Contador lança erroneamente 
compra a prazo:
Débito – Caixa – R$ 100,00e, Crédito – Mercadoria – R$ 100,00
Transferência: Débito – Fornecedor – R$ 100,00 e, Crédito – Caixa – 
R$ 100,00
Exercício
31. (Fundep – FHEMIG – Analista de Gestão – 2009) Um lançamento 
contábil com débito na conta Veículos e crédito das contas Bancos e 
Nota Promissória a pagar é um lançamento de:
a) Primeira fórmula.
b) Segunda fórmula.
c) Terceira fórmula.
d) Quarta fórmula.
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5. Razonetes. Balancetes de Verificação
5.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os razonetes e os balancetes de verificação.
5.2 Síntese
O razonete é uma representação gráfica dos lançamentos feitos em uma de-
terminada conta, normalmente, acompanhados dos saldos inicial e final da conta.
Seu nome deriva da denominação do “Livro Razão”, que é um livro que 
controla os saldos em lançamentos feitos em cada conta contábil.
Possui a forma de um “T”, onde no lado esquerdo registram-se os débitos e 
do direito os créditos feitos na conta.
Cada conta deve ser representada por seu próprio razonete. Assim, todo 
lançamento “mexerá” com, no mínimo, dois razonetes.
Como exemplo de aprendizagem, tem-se:
Montar um razonete de Duplicata a Receber de janeiro de 2013, com as 
informações abaixo:
a) saldo da conta em 01/01/2013: R$ 5.000
b) recebimento de duplicata: R$ 1.000
c) emissão de duplicata contra cliente: R$ 500
d) baixa de duplicata não recebida: R$ 1.500
Duplicatas a Receber
Saldo Inicial = R$ 5.000 -
Emissão Duplicata = R$ 500 Recebimento de Duplicata = R$ 1.000
- Baixa Duplicata não recebida = R$ 1.500
Saldo Final = R$ 3.000 -
Já o balancete de verificação é a relação de todas as contas com o total de 
lançamentos a débito feitos em cada conta registrados em uma coluna e o total 
de lançamentos a crédito em outra.
Também pode ser elaborado somente com o saldo final das contas.
Como exemplo de lançamento, tem-se:
1) Débito – Caixa – R$ 10.000 e Crédito – Mercadorias – R$ 10.000
2) Débito – Mercadorias – R$ 3.000 e Crédito – Fornecedores – R$ 3.000
3) Débito – Máquinas e Equipamentos – R$ 6.000 e Crédito – Notas Pro-
missórias a Pagar – R$ 6.000
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Contas Débitos Créditos
Caixa R$ 10.000 -
Mercadorias R$ 3.000 R$ 10.000
Fornecedores - R$ 3.000
Máquinas e Equipamentos R$ 6.000 -
Notas Promissórias a Pagar - R$ 6.000
TOTAL R$ 19.000 R$ 19.000
Exercício
32. (Cespe – TER/BA – Analista Judiciário – Contabilidade – 2010) Não 
é obrigatório que o balancete de verificação apresente o total dos 
lançamentos a crédito igual ao total de lançamentos a débito.
6. Plano de Contas. Definição e Estrutura
6.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos a definição e a estrutura do plano de contas.
6.2 Síntese
Plano de contas nada mais é do que uma lista, uma relação, de todas as 
contas contábeis utilizadas pela entidade em sua contabilidade e que também 
trará a descrição dos procedimentos contábeis que aquela entidade utiliza.
Cada entidade tem a liberdade de definir quais as contas que utilizará em 
sua contabilidade.
A entidade é obrigada a ter algumas contas, como a conta caixa, por exem-
plo, e outra conta a entidade não é obrigada a ter, como a conta duplicatas a 
receber, por exemplo, pois nem toda empresa trabalhará com esse sistema.
O objetivo do plano de contas é tornar de fácil entendimento, principal-
mente para quem não trabalha na empresa, qual a função de cada conta, quais 
os procedimentos que a entidade utiliza para registrar determinados fatos con-
tábeis, entre outras coisas.
Todo plano de contas será composto, no mínimo, por dois elementos:
 • Elenco de Contas: é a estrutura do Plano de Contas, é a relação orde-
nada e codificada de todas as contas utilizadas pela entidade. Via de 
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regra, cada empresa define seu Elenco de Contas. Porém, entidades 
de setores da economia, sujeitos a um maior controle governamental 
(como bancos e seguradoras), têm seu Elenco de Contas padronizado 
pelos órgãos de fiscalização.
A codificação das contas começa com o grupo e termina na conta, adotan-
do-se tantos graus de divisão quantos forem julgados necessários pela entidade 
e esses grupos são: Ativo, Passivo, Exigível, Patrimônio Líquido, Receitas e Des-
pesas.
A entidade também pode adotar: Contas de Compensação Credoras e 
Contas de Compensação Devedoras.
Exemplo de divisão de grupos:
1. Ativo (grupo)
1.1. Ativo Circulante
1.1.1. Disponibilidades
1.1.1.1. Caixa
1.1.1.2. Bancos Conta Movimento.
1.1.1.2.1. Banco “X”
1.1.1.2.2. Banco “Y”
1.1.1.2.3. Banco “Z”
2. Passivo Exigível (grupo)
2.1. Passivo Circulante
2.1.1. Fornecedores
2.1.1.1. Fornecedor ABC
2.1.1.2. Fornecedor BCD
2.1.2. Empréstimos Bancários
2.1.3. Salários a Pagar
 • Manual de Contas: objetiva explicar o uso correto de conta, trazendo a 
função de cada uma e seu funcionamento, ou seja, quando será debita-
da e quando será creditada, e a forma de seu encerramento (como será 
o lançamento para “zerar” a conta).
Além do Elenco e do Manual de Contas, a entidade pode acrescentar ao seu 
Plano de Contas outros elementos, como modelos padronizados de demonstra-
ções contábeis, por exemplo.
Exercício
33. (Cespe – TER/BA – Técnico Judiciário – Contabilidade – 2010) São 
partes de um plano de contas: descrição do funcionamento das con-
tas, elenco de contas e método de encerramento de contas, entre 
outras.
Capítulo 6
Escrituração
1. Introdução e Conceito
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos o conceito de escrituração.
1.2 Síntese
A escrituração é o registro da ocorrência de fatos ou atos contábeis, ou seja, 
a escrituração é o registro de lançamentos contábeis.
A escrituração se dá em livros próprios e pode ser feita por vários sistemas 
diferentes. São eles:
– Sistema Manual: atualmente, a forma manual não é mais utilizada. O 
sistema manual é aquele em que os registros dos fatos contábeis nos 
livros são feitos à mão, com utilização de canta de tinta indelével (tinta 
que não pode ser apagada);
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– Sistema Maquinizado: neste sistema, os registros são feitos com a uti-
lização de máquinas de datilografar convencionais, fichas tríplices e 
papel carbono. Hoje em dia também não é mais utilizado;
– Sistema Mecanizado: também quase não é mais usado. Nele, também 
se utilizam máquinas para preencher fichas (voucher), porém, essas má-
quinas são mais sofisticadas e feitas especificamente para uso contábil; 
por exemplo, somadores de débitos e créditos;
– Sistema Informatizado: também chamado de sistema eletrônico, é mui-
to mais prático, eficaz e menos sujeito a erros que os outros, utilizando-
-se do computador para o registro dos fatos contábeis.
Atualmente, caminha-se para a substituição de todos os registros em papel 
por registros digitais, o que levará à diminuição de gastos, a uma maior seguran-
ça de dados, e a uma maior eficiência na fiscalização tributária.
No emprego de sistema maquinizado, mecanizado ou eletrônico, é per-
mitido substituir os livros comerciais obrigatórios por formulários contínuos, 
folhas soltas, cartões ou fichas, que deverão ser devidamente numerados e 
encadernados.
Exercícios
34. Sistema de escrituração em que se utilizam fichas tríplices para re-
gistro dos fatos contábeis é chamado de:
a) Sistema Manual.
b) Sistema Informatizado.
c) Sistema Maquinizado.
d) Sistema de Fichas Contábeis.
35. Atualmente, tem-se assistido à utilização cada vez mais frequente do 
sistema mecanizado de escrituração, em que os lançamentos contá-
beis são feitos por meio da utilização de máquinas específicas para o 
trabalho contábil, facilitando o trabalhodo profissional.
2. Sistemas de Escrituração
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os sistemas de escrituração.
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2.2 Síntese
Os livros de escrituração são os documentos onde ficam registrados os lan-
çamentos contábeis e alguns atos administrativos da entidade.
Alguns livros de escrituração são exigidos por lei; outros são opcionais; por 
exemplo, o livro Diário é um livro obrigatório para todas as empresas.
A escrituração feita com observância das formalidades legais faz prova a 
favor do contribuinte dos fatos nela registrados, uma vez comprovados por do-
cumentos hábeis.
É importante destacar que a escrituração feita de forma incorreta faz prova 
contra o contribuinte.
Os tipos de livros de escrituração são:
– Livros Fiscais;
– Livros Sociais;
– Livros Trabalhistas;
– Livros Contábeis.
Os livros fiscais são aqueles exigidos pelas Administrações Tributárias (Fis-
co) Federal, Estaduais e Municipais, por meio de legislação específica de cada 
uma dessas esferas. São utilizados para controle de tributos.
A legislação federal exige os livros:
– Registro de Apuração do IPI: registra débitos ou créditos de IPI (Impos-
to sobre Produtos Industrializados) e os saldos que ao final do período a 
empresa tenha a pagar ou a ser ressarcida. Esse livro é obrigatório para 
contribuintes do IPI.
– Registro do Selo de Controle: é obrigatório somente para as indústrias 
que fabriquem produtos sujeitos ao uso do selo de controle de IPI, como 
cigarros e algumas bebidas alcoólicas. Esse livro controla o número de 
selos utilizados.
– Livro de Apuração dos Lucros Reais (Lalur): identifica as adições e ex-
clusões feitas no lucro contábil para a tributação pelo IRPJ e CSLL, 
para as empresas que se utilizarem da tributação pelo Lucro Real.
– Registro de Inventários: é obrigatório para todas as empresas e tem o 
objetivo de registrar todas as mercadorias em estoques quando do levan-
tamento do balanço da empresa.
– Registro de Compras: registra as operações de compra de matérias-
-primas e mercadorias. Pode ser substituído pelo Livro de Registro de 
Entradas, exigido pelos Fiscos Estaduais.
Exercício
36. Registra os ajustes feitos ao lucro contábil para efeitos de incidência 
do IRPJ e CSLL o:
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a) Livro de Registro de Entradas.
b) Livro de Registro de Saídas.
c) Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur).
d) Livro de Controle de Mercadorias e Estoque.
e) Livro de Registro de Compras.
3. Livros de Escrituração
3.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os livros de escrituração.
3.2 Síntese
Os livros sociais são exigidos das Sociedades Anônimas pelo art. 100 da Lei 
nº 6.404/78 e não são importantes para fins de tributos ou leis trabalhistas, mas 
são importantes para o controle dos próprios sócios.
São livros sociais previstos na Lei nº 6.404/76:
– Registro de Ações Nominativas;
– Transferência de Ações Nominativas;
– Registro de Partes Beneficiárias Nominativas;
– Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas;
– Atas das Assembleias Gerais;
– Presença de Acionistas;
– Atas das Reuniões do Conselho de Administração (se houver);
– Atas das Reuniões da Diretoria;
– Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
Os livros sociais só vão registrar acontecimentos que são de interesse dos 
sócios e não os de interesse necessariamente da contabilidade.
Os livros trabalhistas são exigidos para fins de controle da legislação do 
trabalho, são livros que possuem a relação empregado e patrão.
Os livros trabalhistas exigidos pela CLT (Consolidação das Leis do Traba-
lho) são:
– Livros de Registro de Empregados; e
– Livro de Inspeção do Trabalho.
Já os livros contábeis irão registrar eventos que interessam à contabilidade, 
ou seja, vão registrar os fatos contábeis.
Os livros contábeis podem ser obrigatórios (ex.: livro Diário) ou facultativos 
(ex.: livros de contas correntes).
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Os livros obrigatórios podem ser:
– comuns, onde a lei exige que todas as empresas tenham. Atualmente, 
apenas o livro Diário é obrigatório a todas as empresas;
– específicos, que são aqueles obrigatórios para determinadas empresas; 
por exemplo, o livro de Controle de Duplicatas.
Ainda, os livros obrigatórios podem ser:
– principais, que registram todos os fatos contábeis; por exemplo, livro 
Diário;
– auxiliares, que registram alguns fatos contábeis somente; por exemplo, 
livro Caixa.
Algumas formalidades devem ser seguidas nos livros de escrituração. São elas:
– Escrituração por contabilista com registro no CRC e obediência à for-
malidade (também chamadas de requisitos) intrínsecas e extrínsecas.
As formalidades intrínsecas dizem respeito ao que está escrito no livro, e são 
as seguintes: em idioma e moeda nacional; com respeito às normas do CFC; 
em obediência à ordem cronológica; sem intervalos em branco, entrelinhas, 
borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Já as formalidade extrínsecas estão relacionadas à apresentação do livro e 
são duas: necessidade de autenticação do livro pela Junta Comercial (alguns 
livros estão dispensados de autenticação, como o Razão); lavratura de termos 
de abertura e encerramento do livro.
Atualmente, alguns livros empresariais são escriturados digitalmente (Sped 
– Sistema Público de Escrituração Digital).
Além disso, podem ser substituídos por folhas ou fichas impressas.
Exercícios
37. (Cespe – TRT 21ª – Analista – 2010) Entre as formalidades intrín-
secas da escrituração contábil, consta a obrigação de manter livros 
sem rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras, espaço 
em branco, observações ou escrituras à margem.
38. (Fedese – Sefaz/SC – Auditor Fiscal da Receita Estadual – 2010) O 
Código Civil estabelece ao empresário e à sociedade empresária a 
obrigação de seguir um sistema de contabilidade com a escrituração 
uniforme de seus livros. Afirma também que o Livro Diário é o mais 
importante, e por isso, está sujeito a certas formalidades.
a) Livro encadernado com costura, com páginas numeradas meca-
nicamente.
b) Termos de abertura e encerramento, escrituração relatando fiel-
mente o fato contábil, sendo essa uma formalidade intrínseca.
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c) Deve estar rubricado, em todas as páginas, pelo funcionário da 
Junta Comercial ou do Cartório com competência para este 
fim, e não podem conter nos registros rasuras, borrões ou emen-
das, sendo essa obrigatoriedade uma formalidade extrínseca.
d) Não pode conter registro nas entrelinhas e margens, intervalos 
em branco, borrões, rasuras, e escrituração deve seguir um mé-
todo uniforme.
e) Deve conter a individualização e clareza dos lançamentos, com 
os termos de abertura e encerramento assinados pelo comer-
ciante e pelo contabilista.
4. Livros de Escrituração – Continuação
4.1 Apresentação
Nesta unidade, continuaremos os estudos em relação aos livros de escri-
turação.
4.2 Síntese
Os principais livros contábeis são:
– livro Diário: é um livro obrigatório e principal, que registra todos os 
fatos contábeis em ordem cronológica de dia, mês e ano. É o principal 
livro contábil e o único exigido pela legislação contábil;
– livro Razão: é um livro facultativo pela legislação comercial (Código 
Civil) e obrigatório pela legislação fiscal para empresas que adotam a 
tributação pelo Lucro Real. É um livro principal, como o livro Diário. 
No Razão, os fatos são organizados primeiramente por tipo de conta e 
somente depois (dentro de cada conta) é que é adotada a ordem cro-
nológica. Em verdade, ele funciona como um conjunto de razonetes, 
uma para cada conta contábil;– Lalur: o Lalur é um livro obrigatório só para empresas tributadas pelo 
Lucro Real. Ele é usado para registrar os ajustes feitos ao resultado do 
exercício exigidos pela legislação fiscal;
– livro Caixa: via de regra, é um livro facultativo e auxiliar (registra so-
mente alguns fatos contábeis). Nele são registrados os fatos que envol-
vem movimentação financeira, inclusive a bancária. No entanto, é um 
livro obrigatório para as empresas que optarem pelo Lucro Presumido 
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para o IRPJ e para as optantes do Simples, se não fizerem escrituração 
contábil na forma da lei comercial;
– livro Contas Correntes: também é um livro facultativo e auxiliar. Nele 
são registrados os fatos que envolvam direitos e deveres da empresa, 
como aqueles relacionados às contas Clientes, Fornecedores e Bancos;
– livro Registro de Duplicatas: É um livro obrigatório para empresas que 
realizem vendas a prazo emitindo duplicatas. Nele registram-se todas as 
duplicatas emitidas pela empresa contra clientes.
Exercício
39. (Movens – DNPM – Técnico em Contabilidade – 2010) Assinale a 
opção que apresenta a função do livro contábil denominado Diário:
a) Demonstrar de forma resumida a variação do patrimônio.
b) Indicar o lucro bruto do período.
c) Informar os ajustes de exercícios anteriores.
d) Registrar as ocorrências disciplinares de funcionários.
e) Registrar todas as operações da empresa na ordem em que 
ocorrem.
Capítulo 7
Provisões
1. Conceito
1.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos o conceito de provisões.
1.2 Síntese
O pronunciamento Técnico CPC 25/2009, do Conselho de Pronuncia-
mentos Contábeis, define a provisão como sendo um passivo de prazo ou valor 
incerto, ou seja, a provisão representa um valor que a empresa provavelmente 
terá que pagar, porém, não sabe ainda o valor exato ou quando deverá pagá-lo.
Assim, não existem mais as chamadas “provisões para 13º salário”, “provi-
sões para férias”, e outras, pois, nesses casos, sabe-se quando os valores terão que 
ser pagos e quais os seus montantes. Esses valores, por exemplo, passaram a se 
chamar “13º a pagar” e “férias a pagar”.
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Como exemplos de provisão têm:
– a empresa é acionada na Justiça, perdeu em 1ª instância e é provável 
que perca na segunda instância. Ela provavelmente terá que desembol-
sar valores ao final da ação, mas não sabe quando nem o valor exato. 
Pode ser reconhecida a provisão;
– empresa de varejo tem por prática reembolsar clientes insatisfeitos. 
Com base em sua experiência, calcula que cerca de 2% das vendas te-
nham que ser reembolsadas. Pode-se reconhecer provisão para custear 
os reembolsos.
De acordo com o CPC 25, para que seja reconhecida a provisão, é necessá-
rio que sejam preenchidos três condições. São elas:
– a entidade tenha uma obrigação presente (ou provável, como no caso 
da ação judicial e dos reembolsos citados como exemplos);
– seja provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a 
obrigação (é mais provável que sim do que não);
– possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Na Constituição de provisão, credita-se a conta de provisão correspondente 
e debita-se uma conta de despesa. No cálculo, considera-se o possível valor a 
pagar e a chance de ocorrer o evento.
Por exemplo, existem dois processos trabalhistas contra a empresa em que 
os advogados consideram provável que a empresa seja obrigada a desembol-
sar valores, trazendo a tabela abaixo os desembolsos prováveis e chances de 
ocorrência:
Processo Desembolso Provável Probabilidade de Ocorrência
A R$ 100.000 70%
B R$ 150.000 80%
Valor provisão: R$ 100.000 x 70% + R$ 150.000 x 80% = R$ 190.000.
Desta forma, a constituição da provisão será da seguinte forma:
Débito – Despesas com Provisão para Riscos Trabalhistas (resultado) – R$ 
190.000
Crédito – Provisão para Riscos Trabalhistas (conta do passivo) – R$ 190.000
A realização da provisão é a contabilização do gasto, que só ocorrerá no 
efetivo desembolso, se houver. Na realização, debita-se a conta de provisão 
correspondente e credita-se a conta de onde saíram os recursos.
Como exemplo de realização de provisão tem-se: utilizando-se ainda do 
exemplo acima, nos processos trabalhistas A e B, a empresa de fato perdeu as 
ações e teve de desembolsar à vista R$ 180.000,00. Nesse caso, a contabilização 
ficaria:
C
on
ta
bi
lid
ad
e 
G
er
al
 e
 P
úb
lic
a
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Provisão para Riscos Trabalhistas
Saldo Inicial – 0,00
Realização – 180.000 190.000 – Constituição
10.000 – Saldo
Exercício
40. (Cesgranrio – Petrobras – Técnico Contabilidade – 2011) Considere 
as seguintes afirmativas:
– No Passivo, não somente são lançadas obrigações definidas, cer-
tas e suportadas por documentação que não deixe dúvidas quan-
to ao valor e data prevista para pagamento.
– Existem Passivos que também devem ser registrados, mesmo não 
tendo data fixada de pagamento ou não contendo expressão exa-
ta de seus valores.
– No exigível, deve ser contabilizada a totalidade das obrigações, 
encargos e riscos conhecidos e calculáveis.
As afirmativas acima estão relacionadas ao conceito de:
a) Reservas de Capital.
b) Reservas de Lucros.
c) Provisões.
d) Patrimônio Líquido.
e) Reservas de Capital e Patrimônio Líquido.
2. Passivos Contingentes
2.1 Apresentação
Nesta unidade, estudaremos os passivos contingentes.
2.2 Síntese
Em relação à provisão tem-se:
– constituição: que é o registro da provisão na contabilidade e irá debitar 
uma conta de despesa e irá creditar a conta de provisão;
– realização: será o pagamento do valor que a empresa iria pagar. Debita-
-se a previsão e credita ou caixa ou outras contas de onde sai o dinheiro;
C
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– reversão: é quando sobra um saldo na provisão, ou seja, quando sobra 
um valor daquele em que a empresa achava que deveria pagar.
Após realização da provisão (desembolso dos valores), pode restar um saldo, 
pelo fato de o valor pago ter sido maior que o previsto, ou a provisão pode nem 
chegar a se realizar, não ocorrer a situação que motivou sua contabilização.
Retomado o exemplo que foi utilizado em aula anterior, a empresa pro-
visionou R$ 190,00 para pagamento de processos trabalhistas, mas pagou R$ 
180.000,00 restando um saldo na conta de provisão de R$ 10.000,00.
Nesse caso, pode ser feita a Reversão da provisão, se não houver outras 
ações trabalhistas contra a empresa com grande probabilidade de perda.
A reversão é feita da seguinte forma:
– Débito – Provisão para Riscos Trabalhistas – R$ 10.000
– Crédito – Receita com Reversão Provisões – R$ 10.000
O Razonete, neste caso, seria da seguinte forma:
Provisão para Riscos Trabalhistas
Saldo Inicial – 0.00
Realização – 180.000 Constituição – 190.000
Reversão – 10.000
Saldo Final – 0.00
Segundo o CFC, Passivo Contingente é:
– uma obrigação possível (mas não provável) cuja existência será confir-
mada pela ocorrência ou não de eventos incertos;
– uma obrigação presente, mas cuja saída de recursos não seja provável; ou
– uma obrigação presente, mas acerca da qual não se possa fazer uma 
estimativa confiável de valor.
Assim, as formas de distinguir provisão de passivo contingente referem-se:
– à probabilidade de necessidade de pagamento (na provisão, a chance de 
ter que pagar é maior do que não ter que pagar, no passivo contingente, 
o oposto);
– à possibilidade de se realizar uma estimativa confiável sobre o valor que 
deverá ser eventualmente pago (se não for possível fazer uma estimativa 
confiável, tratar-se-á de um passivo contingente).
Há duas observações importantes em relação ao

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