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CASOS CONCRETOS

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CASOS DE CIVIL VI para AV1
SEMANA 1
Caso Concreto 1
João, pai de Maria e Clara (concebidas naturalmente e nascidas respectivamente em 05 de janeiro de 1980 e 10 de maio de 1985), adotou em 03 de setembro de 1988 José, que já tinha 06 anos de idade. João sofreu grave acidente automobilístico o que o levou a óbito em 1o. de outubro de 1988. Pergunta-se: Maria, Clara e José terão exatamente os mesmos direitos sucessórios? Explique sua resposta.
 RESPOSTA: José foi adotado antes da vigência da Constituição de 1988 que trouxe a isonomia filial, conforme dispõe o artigo 227, §6º. A está época, data da adoção de José, a adoção era restrita e como ela foi feita quando João já possuía filhos consangüíneos, José não teria direito à sucessão, porque aberta a sucessão antes da vigência da constituição de 1988, ainda que o inventário seja aberto posteriormente.
Onde temos respaldo para esta resposta: artigos 1784, 2041 do Código Civil. Além disso, temos o artigo 5, XXXVI da CF/88 e 227, §6º da CF.
Art. 1.784. CC Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Art. 5º CF/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
	XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
ART. 227, §6ºOs filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 2.041.CC As disposições deste Código relativas à ordem da vocação hereditária (arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à sucessão aberta antes de sua vigência, prevalecendo o disposto na lei anterior (Lei no 3.071, de 1ode janeiro de 1916).
Art. 1.596.CC Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
2ª RESPOSTA: Outra maneira de responder:
José não herdará. A sucessão e a legitimação para suceder são reguladas pela lei vigente ao tempo da abertura da sucessão. O direito à herança constitui direito adquirido, conforme artigo 5, XXXVI da CF e não poderá ser prejudicado por lei nova, no caso não poderá ser prejudicado pelo Código Civil de 2002. Conforme disposto no artigo 2041 do CC As disposições deste Código relativas à ordem da vocação hereditária (arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à sucessão aberta antes de sua vigência, prevalecendo o disposto na lei anterior. Do exposto, José nada receberá. 
Caso Concreto 2
Mauro é casado no regime de comunhão universal de bens, com quem tem uma filha Andrea e possui R$ 100.000,00 (cem mil reais) de patrimônio. Querendo instituir Lúcia sua herdeira necessária, Mauro poderia dispor da integralidade de seu patrimônio? Justifique sua resposta.
Professor resposta elaborada:
1 – Mauro é casado no regime de comunhão universal de bens.
2 – tem uma filha chamada Andréa.
3 – O Patrimônio é de R$ 100.000,00 
4 – Ele quer colocar Lúcia como herdeira necessária. Em outras palavras, ele colocar Lúcia como herdeira desse patrimônio.
Resolvendo:
100.000 – comunhão universal. 
Metade é da mulher. Meação. 
Outra parte: disponível e legítima que pertence a ele. 
Logo: Legítima - 25.000
 Disponível – 25.000
A legítima é da Andréa. 
Logo, ele pode dispor a favor da Lúcia da parte disponível, ou seja, 25.000.
Ele não pode dispor de 100.000.
A Resposta tem fundamento no artigo 1789 do CC:
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
Mauro não tem a liberdade plena de dispor dos 100.000 em favor de Lúcia. Desse modo, ele só pode dispor da parte disponível.
Atenção: antes, porém, todavia, contudo, já foi retirado a meação da mulher dele, uma vez que ele é casado com a comunhão universal de bens. 
Mauro não tem a liberdade de testar plenamente e deixar os 100.000 para Lúcia. Ele só pode deixar para Lúcia a parte disponível, ou seja, 25.000. 
Já a parte da legítima, 25000, já tem destino certo para sua filha Andréa. 
 Caso Concreto 3 
 Ana e Luiza eram, respectivamente, mãe e filha. No dia 23 de março de 2007 sofreram um acidente de automóvel, morrendo instantaneamente. A perícia não foi capaz de identificar qual delas faleceu primeiro. Luiza era casada com Cláudio pelo regime da comunhão universal de bens e não tinha descendentes. Ana era viúva. Além de Luiza, Ana era mãe de Daniela. Luiza não deixou bens. Seu marido Cláudio também não é proprietário de bens. Ana deixou um patrimônio líquido no valor de 1 milhão de reais. Cláudio procura Daniela e afirma que tem direito a 500 mil reais do patrimônio deixado por Ana. Justifica sua afirmação alegando que, como viúvo da herdeira Luiza, tem direito a 250 mil reais a título de meação, ante o regime da comunhão universal de bens, e a outros 250 mil reais a título de herança, no exercício do direito de representação. Pergunta-se: as alegações de Cláudio estão corretas? Justifique e fundamente a sua resposta
RESPOSTA.: Não tendo sido possível identificar quem primeiro faleceu resta caracterizada a comoriência entre Ana e Luiza (art. 8 o ., CC). Com a morte de Ana, sua única herdeira é a filha sobrevivente Daniela (art. 1.829, I, CC). Assim, se Luiza nada herdou de Ana, Cláudio não tem meação a reclamar. Da mesma forma, como Luiza não tinha descendentes, não deixou herdeiros aptos a representá-la no quinhão que herdaria de sua mãe se viva fosse quando da morte da genitora. Não há direito de representação em favor de cônjuge – só de certos parentes do ‘de cujus’, conforme, art. 1.851, CC, de modo que Cláudio não é herdeiro. 
SEMANA 2
Caso Concreto 1
Reginaldo morreu em 20/09/2009 deixando como único herdeiro seu filho Marcelo. Ao morrer Reginaldo possuía um único veículo avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais), uma casa em Cascavel no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) e uma dívida em uma conta corrente da qual era titular que já chega a R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). Marcelo, após a abertura do inventário de seu pai é surpreendido com cobrança proposta pelo banco exigindo o pagamento dos R$ 130.000,00 (centro e trinta mil reais) com juros e correção monetária. Preocupado com a situação Marcelo lhe procura e pergunta se é obrigado a pagar a dívida toda deixada por seu pai. Explique sua resposta.
Os direitos e deveres descritos no exercício acima representam o patrimônio de Reginaldo, o de cujus.
Primeira questão: momento da abertura da sucessão.
Bem, entrando na primeira questão que é o momento da abertura da sucessão, esta se opera com a morte do autor da herança, momento em que o domínio e a posse desta se transmitem aos herdeiros, ou seja, no exemplo, o momento da abertura da sucessão foi em 20/09/2009.
Segunda questão: o herdeiro, Marcelo, quer saber se ele terá que pagar R$ 130.000,00.
Ele não vai ter que pagar R$ 130.000,00. Ele terá que pagar apenas R$ 50.000,00. Isto significa que ele irá ficar sem o veículo e sem casa. 
Lembrem-se de que ninguém é obrigado a assumir obrigações acima do Patrimônio deixado. 
No caso ele deixou Patrimônio negativo (R$ 80.000,00).
Ele deixou 2 (dois) bens. 
Ele vai ficar sem receber os bens, pois, os mesmos serão utilizados para pagar ao banco. A não ser que o banco seja leniente, passivo, durma no ponto etc. 
RESPOSTA: A abertura da sucessão ocorreu em 20/09/2009 com a morte de Reginaldo. Marcelo não é obrigado a pagar toda a dívida, uma vez que ninguém pode responder “ultra vires herdedditatis”, ou seja, ninguém pode responder por encargos superiores às forças da herança (artigos 1792 e 1997). Reginaldo deixou patrimônio negativo
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargossuperiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube.
§ 1o Quando, antes da partilha, for requerido no inventário o pagamento de dívidas constantes de documentos, revestidos de formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigação, e houver impugnação, que não se funde na alegação de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandará reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para solução do débito, sobre os quais venha a recair oportunamente a execução.
§ 2o No caso previsto no parágrafo antecedente, o credor será obrigado a iniciar a ação de cobrança no prazo de trinta dias, sob pena de se tornar de nenhum efeito a providência indicada.
Caso Concreto 2
Renato tem duas filhas e em 06 de outubro de 2010 realiza testamento deixando a totalidade de seus bens da parte disponível para eventuais filhos que suas filhas tiverem. Pergunta-se:
1) Considerando-se a ordem de vocação hereditária é possível instituir herdeiro a prole eventual? Explique sua resposta.
R - resposta:
Lembrando que prole eventual é aquela prole que ainda não existe, conforme disposto no artigo 1799, I. 
Assim, é possível instituir herdeiro prole eventual 
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
No caso, ele pode instituir a prole eventual como herdeira. Deve ser estabelecido isto em testamento como disponível a favor de prole eventual. 
Caso a prole eventual não venha a existir ou não seja concebida em um determinado prazo, 2 (dois) anos, conforme parágrafo 4º do artigo 1800 do CC, os bens caberão a possíveis beneficiados.
Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.
§ 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775.
§ 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado, regem-se pelas disposições concernentes à curatela dos incapazes, no que couber.
§ 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador.
§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.
2) A quem caberá a administração desses bens enquanto não houver filhos? Explique sua resposta.
R - Enquanto não houver filhos, a administração dos bens deverá ficar a cargo dos demais co-herdeiros.
Caso não haja co-herdeiros, pode ficar a cargo, até, de um curador, nomeado “ad hoc”.
Ad hoc – para esta atividade, especificamente para isto. 
Então, quem irá representar serão os co-herdeiros. Não havendo co-herdeiros, nomeia-se curador “ad hoc”., conforme caput do artigo 1800 do CC.
3) Renato faleceu em 10 de janeiro de 2011 e sua filha Júlia tem seu um filho em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança deixada em testamento pelo avô? Explique sua resposta.
R : Com a morte de Renato, deu-se a abertura da sucessão. 
 Vejamos o disposto no §4, 1800 do CC:
1800 C.C 2002
§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.
É necessário que a prole eventual seja concebida no máximo até 2 (dois) anos até o passamento do autor desta disposição a favor da prole eventual. 
Ele faleceu em 10/01/2011.
Julia teve um filho em 15/05/2014.
Este neto não irá recebeu nada. Ele não é mais herdeiro, pois nasceu intempestivamente, nasceu fora do prazo. 
Para ser herdeiro, este neto deveria ter sido concebido até 2 (dois) anos após o passamento do Renato, que se deu em 10/janeiro/2011.
A prole eventual não receberá nada e os valores serão acrescidos aos herdeiros legítimos. 
Questão Objetiva Assinale com V (Verdadeiro) e F(Falso). As alternativas consideradas falsas devem ser corrigidas ao final:
 (F ) A herança é considerada uma universalidade de fato, todo unitário e indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos. 
( V) Qualquer herdeiro pode reclamar os bens que compõem a herança de qualquer pessoa que os detenha injustamente. Neste caso, sua iniciativa irá beneficiar todos os demais herdeiros.
 ( F) A cessão de direito hereditários (onerosa ou gratuita) se equipara a cessão de crédito e, como tal, exigirá o consentimento de todos os coerdeiros, podendo ser realizada por escritura pública ou instrumento particular. 
(V ) O administrador provisório tem a posse do espólio e a legitimidade ativa e passiva para representar a herança. 
( F) A prole eventual não pode ser instituída herdeira porque não pode existir direito sem sujeito
SEMANA 3
Caso Concreto 1
Maria é filha de Luiza que foi criada por sua avó desde tenra idade em virtude de abandono de sua mãe. No entanto, sua avó nunca pediu judicialmente a destituição do poder familiar e, tão pouco, reconheceu Maria como sua filha. No dia 30 de maio de 2010 Maria recebe a notícia de que sua mãe faleceu, deixando bens e que é a única herdeira. Pergunta-se:
a) Maria é obrigada a aceitar a herança? Explique sua resposta. 
R.: Maria não é obrigada a aceitar a herança, uma vez que a aceitação é ato jurídico facultativo do herdeiro. A aceitação é ato unilateral de vontade e, assim sendo, trata-se de ato potestativo da pessoa, que pode aceitar ou não a herança. 
b) Maria aceitou a herança, mas antes de finalizado o inventário, está arrependida, pois não quer ser possuidora de nada que tenha sido de sua mãe que lhe abandonou. Maria pode revogar a aceitação? Explique sua resposta. 
R.: A aceitação, no atual Código Civil, é irrevogável (Art. 1.812CC), assim, se Maria está arrependida de ter aceitado a herança deixada por sua mãe que lhe abandonou, poderá realizar cessão gratuita ou onerosa de seus direitos sucessórios, salvo se aos bens tiver sido oposta cláusula de inalienabilidade.
Desse modo, após a aceitação, tendo em vista que o inventário está finalizando, está caminhando, ela não poderá renunciar, mas pode fazer uma cessão de direito. 
Como ela não quer nenhum vínculo com sua falecida mãe, Maria pode fazer uma cessão de direito não onerosa, ou seja, uma doação. 
Atenção: se os bens estiverem com as cláusulas de incomunicabilidade, impenhorabilidade, inalienabilidade, previstas no artigo 1911 do CC. Neste caso, Maria terá que ficar com os bens da mãe, ou seja, ela não poderá renunciar. 
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.
Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.
ATENÇÃO: RENÚNCIA ABDICATIVA – É A VERDADEIRA RENÚNICA. 
HERANÇA TRANSLATIVA – É aquela realizada a favor de alguém.
Questão Objetiva
(TJPR 2008) Antônio, casado com Bruna pelo regime da comunhão universal de bens, pai de Carolina e de Daniel, faleceu em 10 de abril de 2007. Ernesto, viúvo, pai de Antônio e Fabrício, falece em 27 de abril de 2007. Fabricio é solteiro e tem umúnico filho, chamado Heitor. Diante dos fatos narrados, assinale a alternativa correta acerca da sucessão de Ernesto:
a) Bruna herdará o que Antônio herdaria se vivo fosse na data da morte de Ernesto, por direito de representação. 
b) Bruna não herdará o que Antônio herdaria se vivo fosse na data da morte de Ernesto, mas terá direito à meação sobre esse quinhão.
c) Se Fabrício renunciar à herança, seus sobrinhos Carolina e Daniel e seu filho Heitor herdarão por direito próprio o patrimônio deixado por Ernesto, dividindo-o em partes iguais. (artigo 1811 do CC)
d) Se Fabrício renunciar à herança, tanto seus sobrinhos como seu filho herdarão por representação, cabendo metade da herança de Ernesto a Heitor, uma quarta parte a Carolina e uma quarta parte a Daniel.
 
Questão Objetiva
(OAB-AL/2004) A aceitação da herança:
a) Jamais pode ser tácita.
b) É inferida do fato de haver o herdeiro promovido o funeral do ‘de cujus’.
c) Só se configura com a habilitação do herdeiro em inventário.
d) Não se configura quando o herdeiro promove a cessão gratuita, pura e simples, da herança aos demais herdeiros.
SEMANA 4
Caso Concreto 1
João, funcionário público, viúvo, tem três filhos solteiros: Juca, Júlio e Jefferson e duas netas: Juliana filha de Juca e Josefa filha de Júlio. Em 20/03/10 João faleceu em virtude de enfarto ocorrido após séria e acalorada discussão com seu filho Júlio além de dirigir-lhe ofensas e palavras pejorativas, afirmou, a quem quisesse ouvir, ser parte do patrimônio do pai adquirido com dinheiro decorrente de subornos recebidos no exercício de suas funções públicas. Após o enterro, Júlio procura os irmãos, pede desculpas pelos seus atos e informa que está abrindo o inventário de seu pai. Jefferson nada opõe, afirmando ter sido uma fatalidade. Juca, indignado, informa que está tomando as providências para propor ação criminal contra o irmão pelas ofensas dirigidas ao seu pai e informa que não pode o irmão ser herdeiro uma vez que conhecedor da frágil saúde de seu pai e da sua obstinação pela honestidade provocou intencionalmente a sua morte, imputando-lhe falsamente crime e ofendendo-lhe a fama. Pergunta-se: 
1- Uma vez que Júlio abriu o inventário pode seu irmão Juca se opor à sua participação na herança? Explique sua resposta. 
R.: A abertura do inventário por Júlio não impede que Juca, em ação ordinária própria, requeira a declaração de indignidade de seu irmão, pelo fato previsto no art. 1.814, II, CC, desde que tenha obtido a condenação de seu irmão na esfera criminal e que a ação declaratória tenha sido proposta em até 4 anos contados de 20/03/10.
Complementando a análise acima que é a resposta correta. 
Juca não pode opor-se à participação de Júlio na herança. Pode chegar lá em decorrência da AÇÃO DE INDIGNIDADE. Então, a abertura do inventário por Júlio não impede que Juca requeira através da Ação de Indignidade que declaração a indignidade de Júlio por fato previsto no artigo 1814, II do CC. Por enquanto, Juca é considerado herdeiro.
2- Sendo Júlio excluído da sucessão, Josefa seria herdeira de seu avô? Explique sua resposta.
R.: Caso seja procedente a ação proposta por Juca e seja Júlio excluído da sucessão (em decorrência da ação de indignidade, já ter sido considerada na ação penal), sua filha Josefa herdará por representação (1.816, CC).
Questão Objetiva
(OAB-RJ 32o. Exame) A ordem de vocação hereditária é definida:
a) Livremente, de acordo com a vontade do testador.
b) De acordo com a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão. Art.1798 CC e 2041 do Código Civil:
c) De acordo com a lei vigente ao tempo da abertura do processo de inventário.
d) De acordo com a lei vigente ao tempo da partilha.
 
Questão Objetiva
(OAB-PR 2007/2) Sobre o direito das sucessões, assinale a alternativa correta:
a) A ordem de vocação hereditária na sucessão de uma pessoa falecida no dia 1o. de janeiro de 2000, cujo inventário se inicia no dia hoje, subordina-se ao Código Civil de 2002.
b) O herdeiro legítimo que renunciar ao seu quinhão na sucessão legítima não poderá receber os legados que lhe tenham sido destinados pelo decujus em testamento, sob pena de violação à regra de que a aceitação e a renúncia da herança são indivisíveis.
c) O quinhão do descendente de primeiro grau que renunciar à herança acrescerá exclusivamente ao quinhão da viúva do decujus , ainda que tenha o falecido deixado outros descendentes de primeiro grau.
d) O cônjuge sobrevivente que era casado com o decujus pelo regime da separação obrigatória de bens herdará a totalidade da herança quando o falecido não houver deixado descendentes nem ascendentes. ( inciso III do artigo 1829 do CC)
SEMANA 5 
Caso Concreto 1
 José é filho de Cláudia e apenas em maio de 2014, quando em seu leito de morte e ele já com 28 anos, sua mãe resolveu lhe contar quem era seu pai. Ao procurar por seu pai (Lucas), José descobre que ele era viúvo e próspero empresário, mas que faleceu em 12 janeiro de 2003, deixando outros dois filhos. José, então, procura advogado uma vez que não só pretende que Lucas seja declarado seu pai, bem como, deseja participar da herança. José pode propor a ação de investigação de paternidade e ainda participar da herança deixada pelo suposto pai? Justifique sua resposta. 
R – Ao caso sem dúvida se aplica o Código Civil de 2002, uma vez que a abertura de sucessão ocorreu 12/01/2003, quando já estava em vigência esse código. Assim quanto ao direito de reconhecimento filiação José tem o direito de promover a ação de investigação de paternidade a qualquer momento, já que se trata de uma ação imprescritível ( art.205 C.C 2002). Já quanto ao direito a participar da herança embora tal direito prescreva em 10 anos. Contados a partir da abertura da sucessão, pode se afirmar que nesse caso ainda não prescreveu, uma vez que o prazo para o exercício do direito de petição de herança (1824 a 1828 C.C 2002); só começa a correr a partir do reconhecimento da paternidade e portanto é possível ainda que ele venha ainda a participar da herança.
Da petição de herança
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua.
Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens hereditários.
Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo, fixando-se-lhe a responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222.
Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de aferir pelas regras concernentes à posse de má-fé e à mora.
Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados.
Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de boa-fé.
Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu.
Caso Concreto 2 Jorge é casado com Lúcia pelo regime de comunhão parcial e com ela teve um filho Roberto. De um casamento anterior Jorge teve outro filho Carlos, que lhe deu dois netos Júlio e Juliana. Carlos morreu em 15 de dezembro de 2007. Jorge faleceu em maio de 2011 deixando uma casa em Curitiba que lhe fora doada por seu pai e uma casa na praia adquirida na constância do casamento com Lúcia. Responda: 
1) Quem são os sucessores de Jorge? Explique sua resposta. 
R- Herdeiros necessários: Lucia mulher de Jorge, Roberto filho do casal; e netos de Jorge: Júlio e Juliana. C.C art.1845.A casa de Curitiba é bem reservado não se comunica, a casa na praia bem aquesto se comunica, cada um tem direito a metade, a Lucia ia tem direito a sucessão 
- Lucia vai receber a meação, a metade da casa de praia por ser tratar de bem aquesto, que se comunicou por ser adquirido na constância do casamento. A outra metade da casa de praia que é herança Lucia não terá acesso, assim ficará para Roberto Júlio e Juliana , cada um receberá 1/3 da metade da herança que será 1/6 pra cada um , logo 3/6 a metade da casa do total de 6/6.
 - Já a Casa de Curitiba não se comunica, logo Lucia não é meeira e sim herdeira. Assim Lucia, Roberto, Júlio e Juliana cada um receberá ¼ . No casamento com o regime comunhão parcial havendo bens reservados além da meação aquele que sobreviveu participa da herança. 
2) A que título esses herdeiros sucedem? Explique sua resposta. 
R- Todos são herdeiros necessários.
3) Lúcia concorrerá com os herdeiros? Explique sua resposta, indicando qual a quota de cada um. 
R- Lucia concorrerá com os demais descendentes, uma que casada no regime da comunhão parcial com Jorge, contudo a concorrência se limita aos Bens particulares, já com relação aos Bens comuns ela é meeira ( 1832 C.C 2002), tendo direito a receber no mínimo a ¼ , assim Lucia participará com 25% dos bens particulares, dividindo-se os demais 75% igualmente entre Roberto, Júlio e Juliana. Com relação aos bens comuns reserva-se 50% para Lucia em virtude da meação e o restante deve ser igualmente dividido entre os demais herdeiros.
Questão Objetiva (TJPR – Assessor Jurídico – 2007) Sobre a sucessão legítima, assinale a alternativa correta: 
a) O direito de representação é uma exceção à regra de que entre herdeiros de mesma classe os de grau mais próximo excluem o direito dos herdeiros de grau mais remoto.
 b) À luz do Código Civil, na sucessão pelos colaterais, a sucessão pelos irmãos do ‘de cujus’ será sempre ‘per capita’. 
c) A concorrência sucessória entre cônjuge sobrevivente e os descendentes do ‘de cujus’ somente ocorrerá quando o cônjuge for ascendente de todos os herdeiros com que concorrer. 
d) A ordem de vocação hereditária na sucessão legítima é determinada pela lei vigente na data da abertura do inventário.
Comentários da objetiva 
B – poder ser per capita ( por cabeça), poder ser por cabeça e por direito próprio. 
C – pode ser concorrer com filho que não é dela
d – na data da Abertura da sucessão 1787 c.c 2002
obs: Bens Aquesto são todos os bens do casal adquiridos na vigência do casamento.

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