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CONT MET E PRATICA DE ENSINO ARTE

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AULA 1 – LINGUAGEM DA ARTE
Nesta aula, você iniciará uma discussão sobre o campo da Arte a partir do estudo sobre o pensamento de autores que a compreendem como produção social e defendem a ideia de que as manifestações artísticas são produções situadas e datadas historicamente, e só poderão ser adequadamente abordadas a partir de uma perspectiva sócio-histórica. 
E, também, verá os pressupostos teórico-metodológicos que orientam o campo da Arte/Educação.
Ernst Fischer (1983, p.16), “a arte tem sido, é e será sempre necessária”. 
Ernst Fischer nasceu em 1899, na Áustria, e exerceu as atividades de poeta, escritor, filósofo e jornalista ao longo de sua vida. No livro A Necessidade da Arte, publicado pela primeira vez em 1959, o autor coloca em discussão a natureza da arte e da sua função social, numa perspectiva sócio-histórica.
MANIFESTAÇÕES DA ARTE
A complexidade das relações e contradições sociais da sociedade moderna já não podem mais ser representadas à maneira dos mitos, passando a envolver a pesquisa de formas mais abertas e uma maior liberdade formal nas manifestações artísticas. 
Entre a concepção da arte como mito e os movimentos de arte moderna e contemporânea, vê-se que é uma linguagem que possibilita ao homem sua expressão e comunicação através de formas simbólicas.
MÁGICA
A crença no poder mítico da arte representava a necessidade do homem de buscar na magia o auxílio sobrenatural para o processo de dominação de um mundo real inexplorado. 
Através de seus desenhos e pinturas, da música, da dança e de diferentes rituais, o homem encontrou uma forma de manifestação primitiva de magia.
É, sobretudo, no compartilhar da concepção do homem como um ser histórico e como produto das relações interpessoais, que constituem sua consciência no social, e nas relações mediadas pela linguagem, que o sistema teórico do autor se baseia.
Sócio Historica
É, sobretudo, no compartilhar da concepção do homem como um ser histórico e como produto das relações interpessoais, que constituem sua consciência no social, e nas relações mediadas pela linguagem, que o sistema teórico do autor se baseia.
Aula 01 – A Linguagem da Arte 
 
Vygotsky e a sua visão relacionada ao homem 
 Segundo Vygotsky, a capacidade de refletir sobre a realidade objetiva de forma 
mediada na e pela linguagem, utilizando os signos como instrumentos desta mediação, é o 
que diferencia o homem do animal e o caracteriza como um ser sociocultural. 
 Em seus estudos realizados no âmbito da Psicologia, tem como base o método 
dialético e procura explicar os processos psicológicos e suas alterações qualitativas e 
quantitativas, a partir da premissa de que todos os fenômenos devem ser estudados como 
um processo em movimento e mudança, buscando-se conhecer sua gênese e 
transformação. Todo fenômeno tem sua história e essa história é caracterizada por 
mudanças quantitativas, mas, principalmente, qualitativas. 
 
 Suas ideias estabelecem novos paradigmas no campo da Psicologia e Educação ao 
abordar o homem como um todo, entendendo que sua constituição se dá na relação com o 
outro e com o meio. 
 Ele afirma que o homem não se constitui a partir de fenômenos internos e nem é 
apenas reflexo passivo do meio. O homem é um ser histórico-cultural e se constitui, 
enquanto sujeito inserido na história e na cultura, interagindo com a diversidade dos 
sujeitos e contextos que caracterizam a variedade da natureza humana e do mundo.
Interação com o outro: 
Parte-se do pressuposto que a relação entre o eu e o outro que, no contexto mais específico da escola, se traduz na relação entre educador-educando, e na relação entre criador-obra-espectador no campo da criação artística, desencadeiam os processos de constituição do sujeito e de aprendizagem.
Internalização da linguagem: 
Para Vygotsky, a presença do outro é indispensável para a internalização da linguagem, organização dos processos psicológicos superiores, constituição da subjetividade e construção do conhecimento.
Processo de ensino-aprendizagem da arte 
 Quando pensamos sobre a construção de uma proposta de ensino-aprendizagem 
das linguagens artísticas, podemos definir como principal objetivo da arte na escola, 
propiciar e ampliar as possibilidades de interação direta do educador e educando com o 
campo estético-sensível e cognitivo da arte e pela arte. 
 Partindo da ideia de que o processo de ensino-aprendizagem tem como proposta 
principal possibilitar que o outro construa sentidos, isto é, “construa significados internos, 
assimilando e acomodando o novo em novas possibilidades de compreensão de conceitos, 
processos e valores” (Martins, 1998, p.129), ressalta-se a importância da construção de 
uma relação dialógica entre educador e educando como condição facilitadora deste 
processo. 
 A educação em Arte teria, então, como função desvelar, ampliar e propor desafios 
estéticos a partir de experiências lúdicas, cognitivas e sensíveis, que envolvam a produção, 
fruição e o conhecimento do campo específico da Arte. O educador é visto, assim, como 
um possível mediador deste processo de construção de sentidos e conceitos neste campo. 
 Procurando ampliar as possibilidades de um contato mais crítico do educando com 
as formas artísticas, pode-se também contribuir para o enriquecimento de seu repertório e 
para uma melhor compreensão da arte e da produção estética. 
Síntese da Aula 01 – A Linguagem da Arte 
 Nesta aula, você: 
 • abordou alguns pressupostos que orientam a concepção da arte como produção 
social colocando em destaque o pensamento de Vygotsky sobre o campo da Arte 
da cultura; 
 • viu que a partir das ideias de Vygotsky, compreende-se a centralidade da 
linguagem na constituição do homem e reflete-se sobre a função da arte na 
sociedade; 
• compreendeu que a função da arte vai além da expressão de sentimentos e de 
vivências emocionais; 
 • viu que o processo de criação humana envolve tanto o intelecto como a emoção; 
 • percebeu a arte como linguagem, procuramos destacar a importância das 
experiências artísticas e estéticas na formação do educando, no contexto escolar e 
na vida. 
	Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
		1.
		Os estudos de Vygotsky no campo da Psicologia e da Educação apontam questões fundamentais também para o campo da Arte/Educação. Assinale a afirmativa que melhor apresenta o pensamento do autor sobre a constituição do ser humano:
		Quest.: 1
	
	
	
	
	O homem se constitui pela carga de informações que herda geneticamente.
	
	
	O homem se constitui como reflexo direto de seu meio.
	
	 
	O homem é um ser histórico-cultural e se constitui na interação com os diferentes sujeitos e contextos.
	
	
	O homem se constitui a partir dos fenômenos externos.
	
	
	O homem se constitui a partir de fenômenos internos e os fenômenos externos são secundários nesse processo.
	
	
		2.
		O ensino da arte na escola ganha lugar de destaque no contexto brasileiro após os anos 80. Podemos justificar essa relevância no processo educacional a partir da compreensão de que a principal função da arte na escola é:
		Quest.: 2
	
	
	
	
	Oferecer momentos de lazer no processo educativo.
	
	 
	Contribuir para a construção de conhecimento, expressão e comunicação do educando.
	
	
	Propor desafios estéticos com ênfase na lógica e no pensamento convergente e objetivo.
	
	
	Formar artistas para suprir o mercado de trabalho.
	
	
	Proporcionar aulas externas fora do espaço da escola.
	
	
		3.
		O movimento de arte/educação procuradestacar a relevância da arte como linguagem. A partir dessa compreensão podemos afirmar que está INCORRETA a compreensão de que a linguagem da arte no contexto escolar caracteriza-se como:
		Quest.: 3
	
	
	
	
	Um campo de representação simbólica e significação do mundo.
	
	
	Um campo de conhecimento.
	
	
	Um campo de expressão e comunicação.
	
	 
	Um campo de estudo que favorece o pensamento convergente que busca um modelo de representação.
	
	
	Um campo de ação e pesquisa.
AULA 2 – CRIATIVIDADE E PROCESSOS DE EDUCAÇÃO
A criação não surge de uma inspiração divina ou se resume à pura ação da descarga de emoções, é fruto do trabalho humano.
O ato criador é uma atividade humana que exige esforço e dedicação do sujeito, que, neste processo de produção/criação, procura transformar a matéria e criar formas simbólicas expressivas de seus pensamentos e emoções.
O potencial criador é inerente a todo ser humano e não se concretiza apenas nas atividades relacionadas às linguagens artísticas.
Em todos os campos de conhecimento, quando nos expressamos livremente, deixamos registrada nossa maneira particular de compreensão, expressão e comunicação no mundo em que vivemos.
Todos nós somos seres sensíveis e com potencial para criação a ser desenvolvido em diferentes áreas da experiência humana ao longo de nossa existência.
Linguagens artisitcas: 
Sendo o potencial criador condição inerente a todo ser humano, não se pode pensar que o trabalho com as linguagens artísticas seja um privilégio para poucos, que exija um dom inato ou habilidade excepcional de quem cria para se concretizar.
Para melhor explicar os complexos mecanismos envolvidos no processo de criação, pensaremos nos estudos de Vygotsky.
O processo de criação humana envolve tanto o intelecto como a emoção, ou seja, é na articulação entre pensamento e sentimento, entre cognição e linguagem, que o homem desenvolve seu potencial criador nos diferentes campos do saber e nas diversas áreas de atuação.
O desejo do homem de transformar a realidade, de criar algo novo, de buscar novas soluções e adaptações para satisfazer necessidades e desejos são fatores que estimulam a imaginação, a qual, por sua vez, constitui a base para a criação. 
Toda atividade criadora está relacionada e depende da capacidade que tem o homem de imaginar e fantasiar.
O processo de criação humana envolve tanto o intelecto como a emoção, ou seja, é na articulação entre pensamento e sentimento, entre cognição e linguagem, que o homem desenvolve seu potencial criador nos diferentes campos do saber e nas diversas áreas de atuação.
O desejo do homem de transformar a realidade, de criar algo novo, de buscar novas soluções e adaptações para satisfazer necessidades e desejos são fatores que estimulam a imaginação, a qual, por sua vez, constitui a base para a criação. 
Toda atividade criadora está relacionada e depende da capacidade que tem o homem de imaginar e fantasiar.
Os processos criadores são desenvolvidos desde a infância e se constituem a partir de elementos da realidade. Os primeiros pontos de apoio que a criança encontra para sua futura criação advêm do que ela vê e ouve, acumulando materiais que usará para construir sua fantasia.
Aula 02 – Criatividade e Processos de Criação 
 Processos mentais descritos por Vygotsky 
 Os processos mentais de dissociação, associação e combinação de imagens são 
descritos por Vygotsky como fundamentais no processo de criação, que envolve a 
imaginação e a fantasia, tanto no campo da Ciência como na Arte. 
 A dissociação das imagens implica a separação em partes das impressões que 
percebemos. A dissociação é um processo complexo por meio do qual a separação dos 
elementos percebidos se dá por comparação com outros elementos internos, em que 
alguns dados ficam na memória e outros se perdem. Ao se relacionarem com as imagens 
concordantes com elas, os elementos dissociados sofrem alterações, produto das 
excitações nervosas. É neste processo que acontecem as transformações e reelaborações 
dos elementos percebidos. 
 Após esta experiência fundamental para o jogo da fantasia, ocorre o processo de 
associação, e os elementos que foram dissociados e transformados agrupam-se, formando 
conjuntos subjetivos e objetivos de imagens. No momento final, a partir do processo de 
combinação, as imagens isoladas e justapostas são combinadas formando um novo e 
complexo quadro. Esse processo mental termina quando as imagens se organizam em 
imagens externas
Arte e vida são polos indissociáveis da existência humana.
A partir de uma perspectiva sócio-histórica, Vygotsky ressalta o papel das interações entre os sujeitos, o meio e os objetos de cultura como base para a atividade criadora da imaginação e de produção artística, uma vez que toda obra criada está inserida no fluxo da história e se apoia nas experiências e criações que a precederam.
Socia-Historica
Toda invenção depende e se apoia em acontecimentos anteriores, em condições materiais e socioculturais pré-existentes e, desta forma, está inscrita dentro do processo histórico, reflete e refrata as condições sócio-históricas da sociedade e da humanidade como um todo.
Produção Artistica:
Tanto as descobertas científicas como as produções artísticas não surgem do nada, não são frutos de geração espontânea ou da criação individual de uma mente genial. 
No campo da produção artística, destacamos a relação dinâmica entre o artista, a obra produzida e o espectador. A experiência do processo de produção da obra se completa com a experiência de fruição da obra pelo expectador. É nesse diálogo que o objeto artístico se constitui como uma forma materializada da inter-relação estabelecida entre criador e contemplador, inseridos no contexto sócio-histórico. 
Desta forma, o processo de criação é o resultado deste processo, ou seja, qualquer invenção é fruto de sua época e de seu ambiente, de parte das condições já alcançadas e de outras possibilidades, que são encontradas fora de seu criador. 
O ato de criar e imaginar não se limita à reprodução de imagens historicamente constituídas, pois é a partir das experiências históricas e culturais, de pensamentos, imagens e expressões que o homem cria.
A Arte na Escola
Ao longo da história da educação no Brasil, reconhecemos diferentes concepções sobre o papel da arte na educação, que foram traduzidas em propostas pedagógicas com objetivos e métodos diversificados.
Propostas Pedagigicas:
Atualmente, observa-se o crescente reconhecimento da importância de construção de uma proposta pedagógica que valorize a livre expressão e o desenvolvimento do potencial criador do educando articulado ao domínio dos conhecimentos específicos dos diferentes campos do saber.
As linguagens artísticas podem estar inseridas no cotidiano da escola de diferentes formas, seja no trabalho especifico de educação em Arte, como também, na educação através da arte.
Explorando a livre expressão, o conhecimento em Arte, o conhecimento mediado pela experiência com as linguagens da arte e o desenvolvimento da consciência estética estaremos ampliando as possibilidades de construção de sentidos e significados mediados pelas linguagens artísticas, e o reconhecimento da importância da arte na educação e na vida.
Você sabe qual é o papel da arte na escola?
Ao pensar sobre o papel da arte na escola destaca-se que, nesse contexto educacional específico, a valorização da livre expressão e o convívio com as produções artísticas são caminhos importantes para a construção de um projeto pedagógico que vise a formação do ser humano, onde o sentir, o pensar e o agir sejam igualmente valorizados para sua constituição, como sujeito inteligente e sensível, e para sua inserção e atuação na sociedade.
A mediação da escola e dos educadores pode e deve facilitar o desenvolvimento da criatividade e a livre expressão de todos os educandos, respeitando suas características e potencialidades.São desenvolvidos desde a infância e se constituem a partir de elementos da realidade.
Processos criadores
viu que a o ato criador é uma atividade humana que exige esforço e dedicação do sujeito criador;
• aprendeu que o potencial criador é inerente a todo ser humano e não se concretiza apenas nas atividades relacionadas às linguagens artísticas, mas em todos os campos de conhecimento;  
• viu que objeto artístico se constitui como uma forma materializada da inter-relação estabelecida entre criador e contemplador, inseridos no contexto sócio-histórico;
aprendeu que a arte é uma produção social que afeta o meio extra-artístico, ao mesmo tempo em que é afetada por ele;
• compreendeu que arte e vida da são polos indissociáveis da existência humana e, por isso, deve estar presente na escola.
	Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
		1.
		Para Lowenfeld ( 1977:17-8) "num sistema educacional bem equilibrado, em que o desenvolvimento do ser total é realçado, o pensamento, o sentimento e a percepção do indivíduo devem ser igualmente desenvolvidos, a fim de que possa desabrochar toda a sua capacidade criadora em potencial". Marque a alternativa FALSA sobre a função as escola no desenvolvimento da capacidade criadora:
		Quest.: 1
	
	
	
	
	A escola pode proporcionar a oportunidade o meio para que os alunos desenvolvam sua capacidade criadora.
	
	 
	Não é função da escola a estimulação da capacidade criadora.
	
	
	A escola deve estimular o desabrochar toda a capacidade criadora.
	
	
	A escola deve desenvolver a capacidade criadora dos alunos.
	
	
	A função da escola seria estimular cada aluno para desenvolver a sua imaginação.
	
	
		2.
		A Arte como função social tem a seguinte característica:
		Quest.: 2
	
	
	
	
	Apoiar as comunidades do interior do país.
	
	 
	refletir e refratar as condições sócio-históricas da humanidade como um todo.
	
	
	Somente promover a integração do grupo.
	
	
	Desenvolver os artesanato.
	
	
	Ser somente um fundamento teórico para as disciplinas.
	
	
		3.
		Refletir sobre a arte como linguagem, e a valorização dela no processo de aprendizagem mediado dialeticamente pelo professor, é um pressuposto teórico de:
		Quest.: 3
	
	
	
	
	Wallon.
	
	
	Piaget.
	
	
	Skinner.
	
	
	Ernst Fisher.
	
	 
	Vygostky.
O Ensinar e Aprender Arte
O resgate da história que envolve a relação do homem com as diferentes manifestações artísticas e as diferentes formas do ensinar e aprender arte contribui para que possamos conhecer a trajetória, desvendar influências e melhor compreender o nosso próprio tempo histórico e as propostas que fundamentam e orientam atualmente o campo da Arte/Educação.
Uma questão central é como se desenvolve a produção e o processo de ensino-aprendizagem da arte em diferentes épocas no contexto social e educacional brasileiro.
A arte como linguagem esteve sempre presente na história da humanidade. Veja.
As primeiras manifestações artísticas produzidas pelo homem no interior das cavernas datam do tempo da Pré-História.
São desenhos e pinturas que ficaram registrados, resistiram à ação do tempo e possibilitam ao homem o tecer da sua própria história, a partir da pesquisa sobre esses registros.  
Vestígios deixados pela civilização pré-histórica levaram os historiadores a supor que, neste período, surgiram as primeiras atividades educativas organizadas envolvendo o ensino das artes visuais.
atividades educativas:
Diferentes propostas teóricas e metodológicas de ensino das artes surgiram ao longo da história da educação brasileira e acompanharam as influências das correntes pedagógicas mais marcantes.
A Influência dos Jesuítas no Ensino da Arte
A Igreja Católica os enviava para o Brasil com o objetivo de catequização e também os incumbia de transmitir e ensinar as técnicas artísticas, de acordo com a tradição barroca.
O ensino das artes plásticas era informal e baseava-se na transmissão oral e anônima, tendo na tradição familiar uma grande aliada, já que a técnica costumava ser transmitida de pai para filho.
Sob influência da educação dos jesuítas, que controlaram o sistema educacional brasileiro desde o descobrimento até 1759, a filosofia e metodologia que, inicialmente, foram orientadoras do ensino da arte no Brasil, não consideravam a arte como uma atividade com importância em si mesma, mas como um instrumento para modernização de outros setores.
Jesuitas:
A proposta pedagógica dos jesuítas desvalorizava as atividades manuais por considerá-las inferior aos estudos retóricos e literários. Reservava aos homens livres a literatura e aos escravos e índios as artes manuais. Com isso, a estrutura do ensino jesuítico seguia o modelo educacional proposto por Platão, separando o ensino de letras dos ofícios manuais e mecânicos.
Estilo barroso
Segundo Durand (1989), o estilo Barroco predominou na Europa entre os anos de 1550 até 1700 e servia aos interesses da Igreja Católica que, naquele período, perdia adeptos para outras religiões e via a obra de arte como possível veículo de catequese pela linguagem visual. 
Atingiu o auge no Brasil, entre 1763 e 1822, período que se inicia com a mudança da capital nacional para o Rio de Janeiro e termina com a proclamação da Independência do Brasil. 
Sendo um estilo carregado de dramaticidade e movimento, adequava-se à criação e construção de igrejas, pinturas e estátuas por artistas que pretendiam despertar as emoções do observador, envolvendo-o com o trabalho de arte. A arte encontrava-se, então, a serviço da Igreja e o conteúdo das produções artísticas eram os temas religiosos. A forma de exploração desse conteúdo pelo artista baseava-se na utilização de ornatos e linhas curvas, que transmitiam a sensação de movimento e, também, pelo emprego de fortes contrastes de claro e escuro nas representações dos sentimentos dramáticos das figuras desenhadas, pintadas ou esculpidas.
As Influências da Chegada da Missão Francesa no Brasil
No Brasil, o ensino formal da arte foi iniciado com a chegada da Missão Francesa e a fundação da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1816, por D. João VI.
Academia Imperial de Belas Artes:
De acordo com Barbosa (1978), o ensino das artes plásticas surge no Brasil seguindo a concepção e o modelo europeu, ou seja, a partir da pedagogia tradicional, que privilegia o ensino do desenho como base para o desenvolvimento de habilidades técnicas e gráficas, como forma de treinamento da coordenação motora, visando à formação técnica de mão de obra.
Desde a fundação da Academia até o início do século XX, não ocorreram transformações significativas nesta área e a educação artística continuou basicamente reduzida ao ensino do desenho, orientada por uma metodologia que não explorava ou valorizava o potencial criativo e expressivo dos alunos. 
Os conteúdos das aulas e os modelos a serem copiados eram selecionados pelos professores, que atuavam de forma diretiva e autoritária. Utilizavam o recurso da repetição como garantia de fixação dos conteúdos, tendo como objetivo “exercitar a vista, a mão, a inteligência, a memória, o gosto e o senso moral. Segundo esta abordagem, o maior interesse está no produto do trabalho escolar e a relação professor e aluno é bem mais autoritária.  Além disso, os conteúdos são considerados verdades absolutas” (Ferraz & Fusari, 1993).
Deste período até os dias de hoje, o processo de ensino-aprendizagem neste campo apresentou características variadas e foi desenvolvido deacordo com os movimentos socioculturais e com as correntes educacionais que prevaleceram nas diferentes épocas.
A Influência do Modernismo no Ensino da Arte
Transformações mais significativas no processo de ensino-aprendizagem da arte surgiram sob influência do Movimento Modernista no Brasil, no início do século XX.
O Movimento Modernista, foi organizado com o objetivo de transformar o terreno da cultura e do pensamento da época, a partir da pesquisa e experimentação artística, visando à construção de uma identidade cultural e artística tipicamente brasileira.
Aula 03 – Transformações no Ensino da Arte no Brasil 
 O Movimento Modernista no Brasil 
 A partir do fim da Primeira Guerra Mundial, ocorreram grandes transformações no 
cenário político, econômico e social mundial, que repercutiram no Brasil com a 
intensificação do processo de industrialização e da comercialização do café. Novos 
imigrantes chegaram, atraídos pela perspectiva de trabalho e pelo otimismo em relação às 
possibilidades de desenvolvimento do país. Ao lado dessa intensificação do movimento de 
imigração, os avanços técnicos e científicos também contribuíram para a urbanização dos 
grandes centros e para a introdução do modernismo no país. 
 Inseridos neste contexto social, artistas e intelectuais passaram a questionar os 
valores consagrados e cristalizados pela tradicional sociedade rural brasileira, rejeitando o 
padrão estético estabelecido, que se baseava na tradição neoclássica e nos maneirismos 
acadêmicos. 
 A Semana de Arte Moderna de 1922, organizada no Rio de Janeiro, foi uma das 
principais manifestações dos artistas e intelectuais da época, que procuravam 
conscientizar o país sobre a necessidade de mudanças no cenário artístico-cultural 
brasileiro. 
 Liderado por Mário de Andrade e Oswald de Andrade, o evento foi um marco 
simbólico na história da arte brasileira, pois sintetizou nas artes as forças renovadoras que 
perpassavam a sociedade brasileira, no início do século XX. Nas Artes Plásticas, os 
artistas “introduzem elementos de vanguarda artística européia na construção de uma 
visualidade brasileira moderna” (Venâncio Filho, 1995, p.13). 
 Novos valores estéticos e culturais da arte moderna são introduzidos no cenário 
cultural brasileiro e repercutem, também, no ensino da arte. A valorização da expressão 
individual, da pesquisa e experimentação estética são princípios que passam a influenciar 
a educação artística, substituindo o esquema rígido da tradição européia. A influência do 
Movimento Expressionista pode ser constatada, principalmente, no reconhecimento dos 
valores estéticos da arte infantil, na valorização da livre expressão, do espontaneísmo, do 
traço individual e da liberação emocional através da linguagem artística. 
 Aliadas à influência do Movimento Expressionista, as pesquisas na área da 
Psicologia, que utilizavam a interpretação e análise dos desenhos produzidos pelas 
crianças, foram responsáveis pela valorização da arte infantil. 
No campo da educação, autores como John Dewey, Viktor Lowenfeld e Herbert Read, influenciados pelo movimento da Escola Nova, publicaram importantes obras que destacam a contribuição da arte na educação, numa perspectiva de valorização da livre expressão.
Escola Nova:
O projeto da Escola Nova no Brasil, surgiu nos anos 20/30. Foi inovador, uma vez que este propunha uma nova concepção de educação enfocando na relação ensino-aprendizagem, o aluno, a liberdade de expressão, a experimentação e, de certa maneira, o “aprender fazendo”. 
Recebendo influências desse movimento renovador educacional, das pesquisas psiquiátricas sensíveis à arteterapia desenvolvida por Osório César, em São Paulo, e pela Drª. Nise da Silveira, no Rio de Janeiro, e pelo Movimento Expressionista da Arte Moderna, um grupo de artistas e educadores funda, em 1948, a primeira Escolinha de Arte do Brasil, no Rio de Janeiro.
O princípio de uma pedagogia nova no ensino da arte não chegou a ser absorvido como fundamento teórico-metodológico do sistema educacional brasileiro como um todo, porém, foi a partir daí que observamos o surgimento de algumas experiências de artistas e educadores que marcaram a trajetória da Arte/Educação no Brasil.
Obrigatoriedade do Ensino da Arte nas Escolas: a Lei 5.692 e a LDB nº 9.394:
Os princípios difundidos pelas Escolinhas de Arte e pelos artistas e educadores envolvidos com esse movimento influenciaram a prática de ensino da arte nas escolas e, até os dias de hoje, encontramos propostas que priorizam a livre expressão do educando, o deixar fazer, sem nenhuma interferência ou mediação do educador nesse processo.
Essa concepção espontaneísta valoriza ao extremo o processo de criação sem preocupação com os seus resultados, o que pode acarretar uma prática descompromissada com os conteúdos específicos das linguagens artísticas e o não reconhecimento do papel do educador como mediador desse processo de construção de conhecimento no campo específico da Arte.
Atrajetória do ensino da arte nas escolas 
 No resgate desta trajetória, destacamos ainda a Lei nº 5.692 que, em 1971, cria o 
componente curricular Educação Artística no currículo das escolas brasileiras. De acordo 
com a lei, esta disciplina passa a ser obrigatória e deve abordar conteúdos da Música, 
Artes Plásticas, Dança e Teatro, nos cursos de 1º e 2º graus, denominação utilizada para o 
ensino fundamental e médio, naquela época. 
 Nesse período o educador é visto como polivalente, o que supunha seu 
conhecimento simultâneo e competente de todas as linguagens artísticas. A proposta não 
correspondia às necessidades do campo, nem às especificidades de cada linguagem 
artística, que tem conteúdos e métodos específicos e que exige a formação específica do 
educador para um ensino mais aprofundado. 
 Em 1996, com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 
9.394), verifica-se uma reformulação importante na proposta de ensino da arte no Brasil. 
No artigo 26, parágrafo 2º dessa lei fica estabelecido que: “O ensino da arte constituirá 
componente curricular obrigatório, nos diversos níveis de educação básica, de forma a 
promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (PCNs-Arte), fica determinada a alteração da nomenclatura com a nova designação da área por Arte, e não mais Educação Artística, com sua inclusão na estrutura curricular como área com conteúdos próprios ligados à cultura artística, e não apenas como atividade.
Esse novo enfoque aborda a arte como conhecimento e destaca sua importância na escola e na vida.
Reconhece que, como patrimônio construído pelo homem ao longo da história, a arte é patrimônio cultural da humanidade e a escola deve também ser responsável por garantir o acesso a esse conhecimento a todos os alunos.
Sntese da Aula 03 – Transformações no Ensino da Arte no Brasil 
 Nsta aula, você: 
 • tratou das transformações ocorridas no ensino da arte no Brasil resgatando as 
principais orientações teóricas e metodologias que orientaram a prática pedagógica 
nesse campo; 
 • identificou as diferenças entre propostas que compreendem a arte como domínio de 
técnicas daquelas que enfatizam a livre expressão e o processo de criação 
analisando suas diferentes influências no processo de formação do educando; 
 • refletiu sobre o papel do educador nessas diferentes concepções de Arte/Educação 
e sobre a mediação necessária para o desenvolvimento de uma proposta que 
valorize a livre expressão e a construção de conhecimento no campo da Arte. 
	Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
		1.
		Com base notexto abaixo que pertence aos Parâmetros Curriculares Nacionais é correto afirmar: "O mundo contemporâneo coloca, mais do que nunca, a necessidade de que a educação trabalhe a formação ética dos alunos. Cabe à escola assumir-se enquanto instância de discussão dos referenciais éticos, não enquanto instância normativa e normatizadora, mas como espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania".
		Quest.: 1
	
	
	
	
	Saber a história da arte moderna.
	
	
	As linguagens artísticas ajudam a construir o conhecimento estético.
	
	
	A renovação da linguagem artística amplia o universo da comunicação e expressão.
	
	
	A questão ética é irrelevante e insignificante no ensino da Arte.
	
	 
	O desenvolvimento da capacidade de reflexão é um elemento de interferência na renovação de valores socioculturais pela linguagem da Arte.
	
	
		2.
		Podemos definir como principal objetivo da arte na escola, fundamentada na pedagogia escolanovista ou pedagogia ativa:
		Quest.: 2
	
	
	
	 
	Propiciar e ampliar as possibilidades de interação direta do educador e educando com o campo estético-sensível e cognitivo da arte e pela arte.
	
	
	Ocupar o tempo ocioso do aluno.
	
	
	Oportunizar o aprendizado de técnicas que permitam a confecção de objetos de fácil comercialização.
	
	
	Estudar a história da arte.
	
	
	Trabalhar com modelos prontos.
	
	
		3.
		O desenvolvimento de uma prática educativa em Arte que priorize os fatores emocionais e expressivos como os aspectos relacionados à cognição e ao senso-crítico, vem sendo discutido desde a década de 80, principalmente, a partir das contribuições da:
		Quest.: 3
	
	
	
	 
	Lei de Diretrizes e Bases da Educação
	
	 
	Proposta Triangular de Ensino da Arte
	
	
	Estatuto da Criança e Adolescente
	
	
	Conselho estadual de educação
	
	
	Constituição federal
AULA 4 – PRESSUPOSTO DA ARTE/EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ATUAL
A arte vem sendo reconhecida, cada vez mais, como uma importante linguagem expressiva e como campo de conhecimento que contribui significativamente para a formação do ser humano, no contexto educacional brasileiro.
Ao longo dos anos 1980 e 90, o campo da Arte/Educação recebeu maior atenção e apoio com o aumento do número de pesquisas, publicações, congressos e seminários sobre o tema, além dos cursos de pós-graduação e de formação de professores especializados nas diferentes áreas de Música, Teatro, Artes Visuais e Dança.
90: Em todo o Brasil, um número significativo de arte-educadores passou a se organizar em associações e movimentos, lutando para o reconhecimento da arte como disciplina do saber escolar. 
No final da década de 90, com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB nº 9.394/96, a arte é reconhecida como disciplina obrigatória no currículo escolar. Segundo esta lei, “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
O movimento da Arte/Educação vem sendo reconhecido como uma manifestação organizada de profissionais que buscam novas metodologias de ensino e aprendizagem neste campo.
Profissionais: Estes profissionais lutam pelo reconhecimento e valorização do professor específico em diferentes áreas (Teatro, Música, Artes Visuais e Dança) e procuram discutir e propor práticas pedagógicas, redimensionando o trabalho de forma consciente e ressaltando a importância de sua ação profissional e política na sociedade.
Professores: Muitas vezes, esse professor se orienta, ainda, pelos métodos de ensino da arte tradicional e está mais preocupado com “a expressividade individual, com técnicas, mostrando-se, por outro lado, insuficiente no aprofundamento do conhecimento da arte, de sua história e das linguagens artísticas propriamente ditas” (Ferraz & Fusari, 1993, p.17).
Estes profissionais lutam pelo reconhecimento e valorização do professor específico em diferentes áreas (Teatro, Música, Artes Visuais e Dança) e procuram discutir e propor práticas pedagógicas, redimensionando o trabalho de forma consciente e ressaltando a importância de sua ação profissional e política na sociedade.
Proposta atual do ensino da arte 
 A proposta atual de ensino da arte, apresentada nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais de Arte, publicado pelo MEC – Ministério da Educação (2001), critica tanto esta 
abordagem tradicional quanto a proposta baseada apenas no fazer artístico. Enfatiza a 
necessidade da escola de criar amplas possibilidades de acesso ao conhecimento 
específico deste campo do saber, colocando em destaque sua função de mediar as 
experiências que estimulem a livre expressão, o processo de criação do educando e que 
viabilizem seu contato com diferentes produções artísticas. Segundo os PCNs de Arte 
(2001, p.15): 
 A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza 
um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno 
amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, 
basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolve, também, 
conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas 
individuais e coletivas de distintas culturas e épocas. 
 Os pressupostos teórico-metodológicos apresentados neste documento procuram 
integrar o fazer, a apreciação e a contextualização artística como encaminhamento do 
trabalho pedagógico-artístico. O desenvolvimento de uma prática educativa em Arte, que 
prioriza tanto os fatores emocionais e expressivos como os aspectos relacionados à 
cognição e ao senso-crítico, vem sendo discutido desde a década de 80, principalmente, a 
partir das contribuições da Proposta Triangular de Ensino da Arte (Barbosa, 1990, 
1991). 
O Contexto Atual
A Proposta Triangular foi, inicialmente, apresentada e difundida, no contexto educacional brasileiro, pela arte-educadora Ana Mae Barbosa.
Ao longo dos anos 90, esta discussão ganha força com a adesão de vários outros pesquisadores e arte-educadores, que contribuíram com suas experiências práticas e reflexões teóricas para a revisão da prática pedagógica, desenvolvida na disciplina Educação Artística, visando o resgate do conteúdo específico dessa disciplina, que é a própria Arte.
Proposta Triangular 
 De acordo com a Proposta Triangular, o objetivo da arte na educação não é formar 
artistas, mas contribuir para a formação de um público sensível e crítico, conhecedor, 
fruidor e decodificador da produção artística e cultural. O currículo nesta área deve ser 
organizado interligando o fazer artístico, a contextualização histórica e a leitura e análise 
da obra de arte. Ao mesmo tempo em que devem ser respeitadas as necessidades e 
interesses do aluno, também é valorizada a “disciplina a ser aprendida, seus valores, 
estrutura e sua contribuição específica para a cultura” (Barbosa, 1991). 
 Através de experiências com as linguagens da arte e do trabalho prático, o aluno 
poderá “criar imagens que tenham poder expressivo, coerência, insight e ingenuidade; 
através da observação e do contato com as obras-de-arte poderá desenvolver a habilidade 
de ver e não apenas olhar as qualidades que constituem o mundo visual, um mundo que 
inclui e excede as obras-de-arte”; através do conhecimento da História da Arte, da 
compreensão do tempo e do lugar nos quais as obras de arte estão inseridas “procurar 
entender seu lugar na cultura através dos tempos, tornando-se mais capaz de fazer 
julgamento acerca de sua qualidade” (Barbosa, 1991, p.37). Estas ideias são resgatadas 
nos PCNs-Arte (2001) e neste documento é reafirmada a abrangência deste campo de 
conhecimento na articulação entre: 
a experiênciade fazer formas artísticas e tudo que entra em jogo nessa ação criadora: 
recursos pessoais, habilidades, pesquisa de materiais e técnicas, a relação entre perceber, 
imaginar e realizar um trabalho de arte; a experiência de fruir formas artísticas, utilizando 
informações e qualidades perceptivas e imaginativas para estabelecer um contato, uma 
conversa em que as formas signifiquem coisas diferentes para cada pessoa; a experiência de 
refletir sobre a arte como objeto de conhecimento, onde importam dados sobre a cultura em 
que o trabalho artístico foi realizado, a história da arte e os elementos e princípios formais que 
constituem a produção artística, tanto de artistas quanto dos próprios alunos (PCNs-Arte, 
2001, p.44-45). 
Tanto o processo de criação artística como o produto desse processo são valorizados.
A obra produzida é resultado da experiência de seu fazer e mantém uma relação intrínseca e de interdependência com o desenrolar desta experiência.
Assim, o foco de atenção centrado apenas na transmissão de conteúdos ou na realização de um produto artístico final é redimensionado e se reorienta, voltando sua preocupação para a relação entre o desenvolvimento do processo de criação do aluno e o resultado desta produção, ou seja, a obra artística. 
A Mediação do Educador no Processo de Criação e Conhecimento em Arte
O processo de criação humana envolve tanto o intelecto como a emoção, ou seja, é na articulação entre pensamento e sentimento, entre cognição e linguagem, que o homem desenvolve seu potencial criador nos diferentes campos do saber e nas diversas áreas de atuação.
Potencial criador
A criação não surge de uma inspiração divina ou se resume à pura ação da descarga de emoções, é fruto do trabalho humano. O ato criador é uma atividade humana que exige esforço e dedicação do sujeito criador, que, neste processo de produção/criação, procura transformar a matéria e criar formas simbólicas expressivas de seus pensamentos e emoções.
O papel do educador neste processo deve ser destacado, uma vez que, dependendo do tipo de mediação que ele cria em suas aulas, poderá favorecer ou inibir a criatividade do aluno e seu acesso ao conhecimento.
Nesta aula, você: 
 
• viu que a educação em Arte e pela arte pode abrir um vasto campo de experiências 
sensíveis que contribuam para desvelar, ampliar e propor desafios estéticos a partir 
de experiências lúdicas, cognitivas e sensíveis que envolvam a produção, fruição e 
o conhecimento no campo específico da Arte e em outras áreas de conhecimento; 
 
• aprendeu que a prioridade do processo de ensinar-aprender arte não está na 
formação de um artista ou apenas na formação técnica do aluno, mas na 
viabilização do acesso ao conhecimento do campo da Arte e da experiência 
sensível da criação artística que possam contribuir para despertar e estimular a 
formação de um olhar mais inteligente, crítico e sensível sobre a realidade; 
 
• viu que através das Artes Visuais, do Teatro, da Música e da Dança encontramos 
outras possibilidades de produção de significados, de criação de narrativas 
materializadas em diferentes suportes, de exploração da intertextualidade e de 
mobilização das interações humanas. 
	Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
		1.
		Segundo Sonia Kramer "a escola tem um papel crucial na formação cultural não só das crianças, jovens e adultos, que a frequentam, mas de todos que nós que nela trabalhamos, que a gerimos ou investigamos...com a literatura, o teatro, o cinema, a poesia, a musica, as conquistas da mídia, da informática, e também com a escola podemos nos constituir como seres humanos críticos, imbuídos de uma ética e de uma vontade de agir em prol da justiça, da solidariedade e de um espírito de coletividade que teimamos ainda em defender". É o papel da escola e de nós educadores:
		Quest.: 1
	
	
	
	
	Desvalorizar o que é trazido pelo aluno
	
	 
	Impedir que o aluno utilize o seu processo criador
	
	 
	Democratizar o conhecimento e possibilitar que isso seja posto em prática usando as linguagens artísticas
	
	
	Trabalhar só os conteúdos estabelecidos
	
	
	Desenvolver a pintura em tela
	
	
		2.
		Marque a resposta CORRETA que mostra o tipo de ensino que tem como base filosófica a ênfase na prática de um instrumento, no domínio da escrita e na leitura musical, na teoria e história da música. E tem como objetivo central o domínio de habilidades e informações pelo aluno. Para tal, os conhecimentos são transmitidos pelo professor que espera não ser questionado pelo aluno sobre sua finalidade, sobre o critério de seleção dos conteúdos e conhecimentos transmitidos.
		Quest.: 2
	
	
	
	
	ENSINO CONSTRUTIVISTA
	
	
	ENSINO CENTRADO NA CRIANÇA
	
	
	ENSINO HISTÓRICO-CRÍTICA
	
	 
	ENSINO TRADICIONAL
	
	
	ENSINO MUSICAL MULTICULTURAL
	
	
		3.
		Alguns termos têm sido usados no Brasil referentes à Arte e seu ensino, conforme determinado contexto histórico. Assinale a alternativa CORRESPONDENTE à nomenclatura instituída no Brasil durante a vigência da Lei 5692/71.
		Quest.: 3
	
	
	
	 
	ARTE
	
	
	ARTES PLÁSTICAS
	
	
	ARTE-EDUCAÇÃO
	
	 
	EDUCAÇÃO ATRAVÉS DA ARTE
	
	
	EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
	
Aula 05: O Ensinar e Aprender as Artes Visuais
Aula 05 – O ensinar e aprender artes visuais
As Linguagens Artísticas
campo da Arte e suas diferentes linguagens são como possíveis desvios metodológicos. Estes desvios viabilizam outro tipo de aproximação e exploração do universo que permeia o processo do ensino-aprendizagem, no contexto escolar, e motiva a pesquisa de uma prática pedagógica que aproxime o campo das linguagens artísticas com as demais linguagens e outros campos do saber.
O caminho proposto é o diálogo aberto entre essas linguagens no contexto da escola e da vida dos educandos.
Ensino Aprendizagem : 
Partindo da ideia de que o processo de ensino-aprendizagem tem como objetivo principal possibilitar a construção de sentidos, ou seja, que, neste processo, educador e educando são convidados a construir “significados internos, assimilando e acomodando o novo em novas possibilidades de compreensão de conceitos, processos e valores” (Martins, 1998, p.129), ressalta-se a importância da relação entre educador e educando como mediação facilitadora deste processo.
As linguagens artísticas: são práticas sociais, inseridas na história e na cultura, que podem ser amplamente exploradas no contexto escolar contribuindo para a construção de conhecimentos, o resgate da história individual e social, a comunicação e expressão, a interação social.
A educação em Arte e pela arte pode abrir um vasto campo de experiências sensíveis. Estas contribuem para desvelar, ampliar e propor desafios estéticos a partir de experiências lúdicas, cognitivas e sensíveis, e que envolvam a produção, fruição e o conhecimento no campo específico da arte e em outras áreas de conhecimento.
Através da experiência de criação artística nas Artes Visuais, no Teatro, na Música e na Dança, encontram-se outras possibilidades de produção de significados, de criação de narrativas materializadas em diferentes suportes, de exploração da intertextualidade, de mobilização das relações humanas.
Educação em artes:
A mediação do processo de criação e a construção de um espaço facilitador e motivador da reflexão, produção, fruição e conhecimento da linguagem artística deve ser objetivo da escola. 
A prioridade não está na formação de um artista ou apenas na formação técnicado aluno, mas na viabilização do acesso ao conhecimento do campo da Arte e da experiência sensível da criação artística que possam contribuir para despertar e estimular a formação de um olhar mais inteligente, crítico e sensível sobre a realidade. Neste sentido, tomamos a linguagem artística explorando sua potencialidade como prática mobilizadora de diferentes formas de olhar, revelar e compreender a realidade. 
As Artes Visuais e os Diferentes Modos de Ver e Representar o Mundo
Ao longo de toda sua existência, o homem demonstrou a necessidade de se comunicar e expressar por imagens visuais.
Acompanhando sua evolução e os avanços tecnológicos, observamos que imagens foram produzidas, pesquisadas, manipuladas e registradas com a utilização de vários recursos naturais, artesanais, ópticos, mecânicos, tecnológicos, que foram e continuam sendo explorados de forma dinâmica e intercambiada. 
Desde a Pré-História, o homem vem pesquisando diferentes recursos materiais e técnicos, o que possibilitou a ampliação de seu universo de representação e produção de imagens visuais, materializadas
através do desenho, pintura, fotografia, cinema, computador, dentre outros meios.
No contato com essas produções imagéticas, podemos conhecer os modos de aproximação da realidade que o homem vem explorando ao longo de sua história. A fruição, leitura e análise dessas imagens propiciam uma experiência subjetiva de conhecimento do mundo, uma vez que, “nas marcas do visível, é possível ver os efeitos das opções culturais” (Pillar, 1999, p.130).
o homem e suas manifestações na arte e na cultura
Com o advento da modernidade, inúmeras e velozes foram as transformações ocorridas nos diferentes campos da sociedade que, consequentemente, afetaram os diferentes modos de subjetivação do homem e suas manifestações na arte e na cultura. Para melhor acompanharmos este processo, é preciso compreender como a apropriação das novas tecnologias redimensiona as formas de expressão e comunicação do homem moderno e como repercute, ainda hoje, nas formas de organização da sociedade contemporânea.
Segundo Jobim e Souza (2000a; 2000b), para construir uma consciência plena dessas transformações, deve-se elaborar uma história do olhar, visando à compreensão das formas de mediação dos novos instrumentos e tecnologias. Isto porque estes instrumentos atuam como mediadores deste olhar ao se interporem entre o sujeito e o modo como passou a se acercar da materialidade do mundo, de suas manifestações culturais e subjetivas.
Exemplo disso são as transformações ocorridas na modernidade, tema amplamente abordado pelo filósofo Walter Benjamin (1987a): “na era da reprodutibilidade técnica, percebemos que a invenção da fotografia veio alterar radicalmente este quadro, afetando diretamente a relação do homem com a arte e a produção de imagens. A superação do caráter único das coisas, através da possibilidade de sua reprodução, permitiu ao homem moderno o crescimento de seu desejo de possuir o objeto o mais próximo possível, o que concretamente tornou-se viável com a representação da imagem na fotografia. Essa descoberta inaugura toda uma nova concepção da arte, na qual sua aura – entendida como o caráter único, singular das obras de arte – é destruída. A obra de arte deixa de ser única, pois as novas técnicas de reprodução passam a permitir multiplicações infinitas do objeto, lhe conferindo uma existência serial”.
Desde 1826, quando Daguerre inventou o primitivo aparelho de fotografia, foram observadas várias transformações e criações tecnológicas que permitiram o aperfeiçoamento das inúmeras possibilidades de registrar e fixar imagens.
Esta descoberta nos remete a invenções anteriores, a recursos tecnológicos criados nos séculos XV e XVI, como a câmera obscura, a perspectiva monocular e objetiva, e ao modelo de imagem construído no período do R Estes recursos forneceram a pesquisa e o conhecimento básico no campo da ótica para a construção das tecnologias de produção “automática” de imagens.
Renascimento Italiano 
 No período do Renascimento Italiano constatamos o início da investigação e 
produção de imagens técnicas, ou seja, imagens “cujo modo de enunciação pressupõe 
algum tipo de mediação técnica” (Machado, 1994, p.9). Artistas deste período construíram 
várias máquinas e procedimentos de representação destinados a garantir a objetividade da 
coisa representada. Almejavam dar uma maior credibilidade e coerência ao trabalho de 
produção de imagens, até então existente. Buscando atingir o ideal da verossimilhança na 
imagem, acreditavam garantir maior confiança no conhecimento advindo desta produção. 
Para atingir este objetivo, utilizavam artifícios que o levavam a criar imagens cada vez mais 
calculadas, arquitetadas, construídas. Segundo Machado (idem, p.10), os artistas estavam 
empenhados em garantir o conhecimento, “o primado do intelecto sobre a mão, a 
construção de uma imagem cientificamente verossímil”, ou seja, a própria essência do que 
hoje chamamos de imagem técnica e que nos remete ao campo atual de fenômenos 
audiovisuais, onde a intervenção de tecnologias pesadas afeta substancialmente a 
natureza mesma da imagem. 
 Outras criações do homem que merecem destaque, neste contexto de análise, são 
a técnica de representação da perspectiva e a câmara obscura. Ambas invenções 
almejavam a reprodução da imagem objetiva, que poderia ser apreendida com recursos e 
instrumentos derivados da investigação científica. Desta forma, segundo a concepção 
renascentista, esta representação estaria imune à subjetividade humana que deforma e 
adultera a realidade visível. 
 A pintura com a influência do fenômeno da câmara obscura e das técnicas da 
perspectiva já apresentava as características óticas da fotografia. Porém, o grande salto 
responsável por mudanças bruscas de comportamento, nos modos de ver e compreender 
o mundo, somente aconteceu quando o homem juntou ao meio mecânico da câmara 
obscura à descoberta do processo de fixação da luz sobre uma superfície sensibilizada 
com sais de prata. 
 Segundo Lopes (1996), “esses avanços tecnológicos desencadearam um 
movimento de democratização da imagem que permitiu a um maior número de pessoas a 
concretização do desejo antigo de fixar e guardar imagens. A descoberta da fotografia 
inaugura uma nova era onde o processo manual de fixação da imagem passa a ser 
substituído pelo mecânico “
Após a fotografia, surgiram muitos outros processos de fixação, produção e multiplicação da imagem.
Nesta nova linguagem audiovisual, passam a conviver novas e múltiplas linguagens no campo de produção e comunicação de conhecimentos e ideias. 
Este novo contexto imagético requer um outro olhar sobre a realidade que nos cerca, a fim de que possamos desvelar seus mistérios e significados, compreendendo como nos é traduzido e revelado os modos de ser na chamada “civilização da imagem” (Aumont, 1995).  Podemos, assim, afirmar que “depois da fotografia a experiência humana não é mais a mesma, pois conquistamos uma consciência cultural e subjetiva do mundo que nos transformou de forma radical” (Jobim e Souza, 2000b).
Proposta Metodológica de Ensino das Artes Visuais
Conscientes desta multiplicidade de formas de ver e representar o mundo atual, e mergulhados neste universo imagético contemporâneo, somos desafiados a repensar as propostas de trabalho com as artes visuais e a questão da visualidade no contexto escolar.
Através de uma metodologia adequada de ensino das artes visuais, podemos abrir o diálogo crítico e reflexivo sobre o contexto sócio-histórico e cultural contemporâneo, aonde a imagem permeia nosso cotidiano, de múltiplas e diferentes maneiras. 
Trazer essa questão para a sala de aula é uma das possíveis formas de provocarmos uma reflexão crítica sobre a constituição do sujeito no mundo contemporâneo, sobre sua relação com o mundo físico e social, sobre as transformações artísticas e culturais.
Através de interferências planejadas e adequadas, o educador poderáfacilitar ao educando o conhecimento cada vez maior a respeito de si mesmo e da arte, valorizando seu papel na sociedade.
Educador:
Trazendo para a sala de aula propostas que aproximem o educando, de forma crítica e sensível, do acervo imagético que encontramos nas produções artísticas e culturais da comunidade e ampliando seu contato com o acervo nacional e universal, o educador contribui para a ampliação de seu repertório, como também, para o enriquecimento da experiência estética e o conhecimento dos aspectos mais significativos da cultura brasileira e de outros contextos históricos e culturais. Desta forma, aprimora-se o saber prático e teórico do campo das Artes Visuais, vinculando o fazer artístico (produção), ao conhecer (contextualização histórica) e compreender a arte (leitura da obra).
Proposta metodológica de ensino das artes visuais 
 Seja na própria produção do aluno, nas particularidades da produção regional 
artesanal, nas obras produzidas por artistas nacionais ou no acervo de obras de arte 
universalmente reconhecidas, é possível fazer uma leitura da e na imagem que nos leva a 
desvendar o todo e as partes que abrangem o universo particular daquele que cria e o 
contexto espaço-temporal que o cerca. Neste diálogo, o educador pode explorar 
aproximações entre a produção do educando e as demais, buscando a partir delas a 
construção de um conhecimento mais específico sobre um determinado artista, um estilo 
artístico, uma época, uma civilização. Assim, encontra na diversidade de produções e 
manifestações artísticas e culturais um acervo riquíssimo de material que possibilita 
múltiplas leituras de mundo. 
 Com o objetivo de proporcionar o acesso às noções básicas da linguagem plástica, 
alguns recursos didáticos são importantes para a concretização dessa proposta, como: 
reproduções de obras de arte, livros de história da arte, livros de literatura infantil, 
reproduções de desenhos e pinturas dos próprios alunos, fotografias, cartões-postais, 
slides, imagens de revistas e jornais, vídeos, internet etc. Além do encontro pessoal com 
as obras viabilizado com visitas frequentes aos museus, galerias e exposições, a 
alternativa de trazer a obra do artista para a sala de aula, através de sua reprodução em 
meios diversos, é um recurso importante por viabilizar o contato, ainda que precário, com o 
acervo da história da arte. 
 Essas são propostas que articuladas às atividades de estímulo à livre expressão e 
criação artística, que favoreçam a exploração de diferentes materiais plásticos e do estudo 
dos elementos básicos da linguagem visual (espaço, linha, forma, cor, textura, dentre 
outros), sintonizada com as questões que emanam do mundo contemporâneo. 
 
Nesta aula, você: 
 
• conheceu o campo da linguagem das Artes Visuais através de uma abordagem 
metodológica que articula o fazer, o pensar e o conhecer dessa linguagem no 
contexto escolar; 
 
• viu que através de uma metodologia adequada de ensino das artes visuais, pode-se 
abrir o diálogo crítico e reflexivo sobre o contexto sócio-histórico e cultural 
contemporâneo, aonde a imagem permeia o cotidiano, de múltiplas e diferentes 
maneiras; 
 
• compreendeu que através de interferências planejadas e adequadas, o educador 
poderá facilitar ao educando o conhecimento cada vez maior a respeito de si 
mesmo e da arte, valorizando seu papel na sociedade e na vida. 
	Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
		1.
		A disciplina Arte deve garantir que os alunos conheçam e vivenciem aspectos técnicos, inventivos e expressivos em música, artes visuais, desenho, dança, artes visuais. Para isso é preciso que:
		Quest.: 1
	
	
	
	
	A linguagem artística deve ser estimulada só para os alunos talentosos
	
	
	O professor estimule só uma linguagem artística
	
	
	O professor use livro didático
	
	
	Estimule a competição entre os alunos
	
	 
	O professor organize um trabalho consistente, através das atividades artísticas
	
	
		2.
		Após assistir a um vídeo sobre artistas brasileiros da Geração 80, um aluno do 3º ano do ensino fundamental analisa questões formais de composição da obra e faz o seguinte comentério: - "Depois dos anos 60, de repressão política no Brasil, os jovens queriam viver com liberdade e não queriam mais ser hippies, queriam produzir" (IAVELBERG, 2003, p.30). A partir dessa situação de sala de aula, podemos afirmar que o aluno:
		Quest.: 2
	
	
	
	
	não consegue estabelecer relações com as informações do vídeo e não demonstra realmente conhecer a história do Brasil.
	
	
	concentra seu comentário nas questões formais de composição da obra.
	
	 
	traduz as informações trazidas pelo vídeo e as relaçãoes que ele mesmo estabelece com seu conhecimetno anterior sobre a história do Brasil dos anos 60.
	
	
	não consegue estabelecer relações com as informações do vídeo mas estabelece relações com a história do Brasil.
	
	 
	apenas traduz as informações trazidas pelo vídeo de forma livre sem articular com os conhecimentos contextualizados historicamente.
	
	
		3.
		Dentro da proposta de ensino da arte que prevê a articulação entre o fazer, o pensar e o conhecer as Artes Visuais, podemos afirmar que:
		Quest.: 3
	
	
	
	 
	As formas de comunicação das mídias podem ser trabalhadas nas aulas de Artes Visuais porque não interferem na formação do julgamento de valor em relação à qualidade e estética das obras.
	
	
	As formas de comunicação das mídias não devem ser trabalhadas nas aulas de Artes Visuais porque o foco é na livre expressão do aluno.
	
	 
	As formas de comunicação das mídias podem ser trabalhadas nas aulas de Artes Visuais através de propostas que explorem a construção de uma leitura crítica da imagem.
	
	
	As formas de comunicação das mídias não podem ser trabalhadas nas aulas de Artes Visuais porque são modelos prontos e os alunos devem ser livres para criar.
	
	
	As formas de comunicação das mídias não devem ser trabalhadas na sala de aula porque contaminam a imaginação da criança.
AULA 06 - 
Você já observou que são inúmeras as inovações tecnológicas surgidas com a informatização de diferentes setores da sociedade contemporânea? 
Estas inovações determinaram novos padrões de percepção do homem afetando diretamente seu corpo, as relações sociais e toda produção humana.  
Conheça duas diferentes análises sobre este fenômeno de informatização da sociedade.
Análise pessimista: Segundo algumas interpretações mais pessimistas, as novas tecnologias terminam por contribuir para a uniformização do mundo e para a perda do sensível.  
Análise otimista: Nesta perspectiva, as tecnologias são as ferramentas e os instrumentos que viabilizam o encurtamento das distâncias e a aproximação entre diferentes sujeitos e contextos.
Apesar da tensão entre estas diferentes análises, é possível perceber que a utilização das diferentes tecnologias informáticas já penetra, de alguma forma, na vida cotidiana de todas as camadas sociais.
A inclusão das novas máquinas e a necessidade de interagirmos com elas para as ações mais banais do cotidiano estão contribuindo, também, para alterações de outra ordem. 
Neste contexto, é possível observar o surgimento de outras opções de procedimento de trabalho no campo da Educação e da Arte, assim como novas relações com esses instrumentos que apontam para diferentes horizontes lógicos e poéticos e chamam para uma renovação de temas, conteúdos e vias de criação.
No horizontecultural contemporâneo, por exemplo, surgem novas potencialidades no universo da representação por imagens que recebem influência direta das tecnologias digitais.
Você já parou para pensar que, atualmente, estamos vivendo um processo de deslumbre e atração diante das novas tecnologias digitais que se assemelha àquele provocado por invenções anteriores? Relembre algumas dessas invenções
A fotografia permite que o homem inaugure a era da reprodutibilidade técnica da imagem. Com isso, muitas outras descobertas se somam a este recurso e ampliam suas possibilidades expressivas e de comunicação.
Com a invenção do cinema, o homem conquista a automatização do movimento.
O homem consegue a transmissão instantânea da imagem e o seu armazenamento em fita magnética com a televisão e o vídeo, respectivamente.
Todas estas descobertas alcançam uma dimensão social e influenciam novas conformações na sensibilidade estética, nas manifestações artísticas e culturais, assim como no ensinar e aprender arte. 
Na terceira fase da Revolução Industrial, é possível observar um salto qualitativo significativo e revolucionário em relação a diferentes aspectos socioculturais. Segundo Plaza (1994), essa é a era eletrônica em que vivemos atualmente.
Conheça, agora, os diferentes processos de produção de imagens ao longo da história.
A invenção da fotografia (Com a fotografia, o homem pode “prolongar e adaptar o corpo para obter uma percepção melhor” (Santos, 1994, p.47) estabelecendo uma nova relação homem-máquina que leva em conta as metamorfoses da percepção. Explora, assim, uma relação produtiva e complementar com o aparelho técnico que é a câmera fotográfica.) inaugurou outro modo de reapresentação do mundo e trouxe um novo princípio estético baseado na relação homem-máquina que marca uma diferente relação com o campo da percepção puramente humana. 
Para que você compreenda melhor este processo instaurado pela fotografia (nos modos de ver, compreender e representar o mundo), conheça as reflexões (Com estas reflexões, você poderá pensar sobre as transformações fundamentais ocorridas, ao longo dos séculos, na produção de imagens, e as mudanças e rupturas paradigmáticas que acompanharam este processo. )de Santaella (1994). A autora aponta para três paradigmas básicos, que definem os traços determinantes da produção de imagens, denominados: pré-fotográfico, fotográfico, pós-fotográfico.
Paradigma pré-fotógrafo:
Diz respeito às imagens produzidas artesanalmente e que dependem fundamentalmente da habilidade manual do homem em criar formas visíveis, tais como, o desenho, a pintura, gravura e escultura. 
A analogia da imagem pré-fotográfica com o imaginário se deve ao fato de que esta imagem é fundamentalmente ilusionista e mítica: “ilusionista, na sua pretensão de completude, e inteiramente mítica na sua suspensão do tempo, de cuja duração, a pintura, por exemplo, extrai sua espessura” (Santaella, 1994, p.40). É um tipo de imagem produzida por um sujeito individual e que se destina à contemplação, a capturar o imaginário do observador.
Paradigma fotógrafo
Esse paradigma fotográfico se refere às imagens que dependem da intermediação de uma máquina de registro que capta e fixa a imagem do mundo real e visível. Ele inaugura o entrechoque entre o imaginário e o real, pois a partir dele observamos a defasagem e o descompasso entre o ritmo do mundo e a capacidade do registro. 
Santaella afirma que, “quanto mais um aparelho ou máquina se aperfeiçoa no registro mimético dos objetos e situações, mais evidente se torna sua impossibilidade de ser igual àquilo que registra”.
Paradigma pós-fotográfico:
Engloba as imagens sintéticas ou infográficas, inteiramente calculadas por computação. Como diz Santaella, estas imagens “não são mais, como as imagens óticas, o traço de um raio luminoso emitido por um objeto preexistente – de um modelo – captado e fixado por um dispositivo fotossensível químico (fotografia, cinema) ou eletrônico (vídeo), mas são a transformação de uma matriz de números em pontos elementares (os pixels) visualizados sobre uma tela de vídeo ou uma impressora.”
Desta forma, o simbólico relaciona-se à imagem pós-fotográfica, pois para se criar a imagem de um objeto basta a determinação aritmética de um cálculo. Não se exige neste processo “a co-presença da coisa, do olho e da imagem no espaço de tempo ideal da tomada de visão” (Santaella, 1994, p.40).
s imagens caracterizadas segundo os três paradigmas que você estudou anteriormente, convivem e se inter-relacionam no mundo contemporâneo definindo padrões imagéticos (O desenvolvimento técnico está intimamente ligado às transformações ocorridas também no campo artístico. Sob influência das novas tecnologias, novos hábitos de percepção, de concepção e de criação são desenvolvidos pelo homem que passa a interagir a partir de diferentes códigos operatórios, cognitivos, sociais e artísticos.)na civilização da imagem (Aumont, 1995).
Diante disso, é possível que você esteja se fazendo as seguintes perguntas: 
Como a fotografia digital foi incorporada na vida cotidiana?
Como a possibilidade de produção de imagens através de vários meios como, por exemplo, câmeras fotografias digitais e celulares, influencia nas interações sociais, na construção de conhecimentos, na produção artística e cultural, e na constituição de subjetividades?
Ao favorecer o contato com diferentes meios tecnológicos, a escola pode possibilitar a busca de adaptações e recursos tecnológicos mais adequados, não só, para a utilização e realização expressiva de cada educando, mas também, para que educadores e educandos possam entrar em contato com outras ferramentas e os diferentes contextos sócio-históricos em que foram produzidas.
Como educadores inseridos no mundo contemporâneo, nosso desafio é nos aproximarmos das novas tecnologias e dos meios de comunicação (televisão, vídeo, fotografia, computador, videogame, internet etc.), que também fazem parte da grande maioria das crianças e jovens, explorando a possibilidade de ampliação dos saberes mediados por essas tecnologias.
Segundo Ferraz&Fusari (2009, p.71), como educadores devemos “incluir e educar a capacidade de julgar e avaliar as atividades e as experiências em todas as linguagens consideradas como meios de comunicação e expressão”. 
No contato com as produções veiculadas pelo cinema, televisão, computadores e outros meios, o educando pode ser estimulado a trabalhar sua imaginação, a fantasia e o domínio dos sistemas simbólicos e a leitura crítica dos meios culturais. Pode, também, encontrar um vasto campo de pesquisa para o desenvolvimento de seu processo criador, utilizando esses recursos como meios expressivos e de produção artística.
Nesta aula, você: 
  viu que, sob influência das novas tecnologias, novos hábitos de percepção, de 
concepção e de criação são desenvolvidos pelo homem que passa a interagir a 
partir de diferentes códigos operatórios, cognitivos, sociais e artísticos; 
  percebeu que, ao favorecer o contato com diferentes meios tecnológicos, a escola 
amplia as possibilidades de pesquisa de novos meios e mediações que contribuam 
para o desenvolvimento do processo criador e para o conhecimento em vários 
campos do saber; 
 
	Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
		1.
		A partir das ideias de Vygotsky, pode- se compreender que a arte:
		Quest.: 1
	
	
	
	
	Deve estar sempre a serviço da ideologia dominante;
	
	 
	Entende como de suma importância a centralidade da linguagem na constituição do homem e seu reflexo sobre a função da arte na sociedade;
	
	
	Focaliza o artesanato de uma comunidade.
	
	
	Deve semprereproduzir o cotidiano do sujeito;
	
	
	Tem a sua função de simplesmente divertir;
	
	
		2.
		No contexto de ensino atual, é necessário criar mediações que favoreçam situações frequentes de uso e de reflexão sobre as novas linguagens e os recursos tecnológicos. Podemos afirmar que, no campo de ensino das linguagens artísticas, essa questão:
		Quest.: 2
	
	
	
	
	requer formação do professor para o uso mecânico das novas tecnologias em sala de aula.
	
	
	é uma questão central já que esses recursos, no campo de ensino da arte, substiuem o professor no processo pedagógico
	
	 
	requer a investigação do professor sobre como os alunos aprendem diferentes tipos de conteúdos com as novas tecnologias.
	
	
	não é uma questão central porque os meios e multimeios podem ser utilizados mecanicamente sem prejudicar o processo criador.
	
	
	é menos importante porque o foco está no processo criador e na livre expressão.
	
	
		3.
		Os trabalhos escolares que usam desenho mimeografado e formas estereotipadas e que são oferecidas para as crianças são desfavoráveis a construção de aprendizagem criativa das mesmas. Assinale a alternativa que corresponde às atividades propostas na área de Arte e Educação:
		Quest.: 3
	
	
	
	
	Modelos prontos para pintar.
	
	 
	Propiciar o conhecimento artístico e estético. Desenvolver, exercitar modos de expressão e comunicação.
	
	
	Não valorizar o desenho infantil.
	
	
	Desenhos prontos com contornos e cores pré-estabelecidas.
	
	
	Trabalhos que propõem exercícios de repetição.
AULA -07 – O TEATRO NA ESCOLA
O trabalho com as diferentes linguagens artísticas na escola, além de resgatar a dimensão estética da educação, procura garantir o ensino e a aprendizagem da arte como campo do saber e sua possível integração com as demais áreas de conhecimento do currículo.
O teatro é uma das linguagens artísticas que, trabalhada no espaço da escola, promove ao educando a possibilidade de explorar a linguagem simbólica e suas potencialidades expressivas e de comunicação.
No contato com as produções teatrais, o educando é estimulado a: conhecer outras culturas; reconhecer diferentes formas de narrar a história; perceber os modos de ser e compreender o mundo, que foram construídos pelo homem ao longo de sua história.
A linguagem teatral abre outro caminho para educadores e educandos realizarem uma leitura crítica sobre a produção artística e cultural da humanidade, percebendo e compreendendo como o homem vivencia o contexto sociocultural ao seu redor e como se relaciona com ele.
Através da experiência com a linguagem teatral, o educando compartilha ideias e sentimentos e, ao mesmo tempo, exercita o autoconhecimento e o diálogo com o outro. 
 De maneira singular, o teatro contribui para o resgate da nossa própria história e para o conhecimento do homem e do mundo, em diferentes épocas e contextos.
A experiência com o teatro possibilita ao educando a vivência de outras identidades por meio da representação ou da criação de personagens.
Através dessa linguagem simbólica, o educando pode se colocar no lugar do outro. É mobilizado a construir narrativas simbólicas, a contar histórias que falam de si próprio e do outro, a vivenciar personagens através do jogo dramático, 
O teatro, no contexto escolar, propicia um caminho de aprendizado da vivência em grupo, do exercício de criação coletiva, de compartilhar diferentes pontos de vista com a finalidade de alcançar um objetivo em comum. proporcionado pela vivência teatral.
O teatro envolve a participação de todos os alunos em várias etapas do processo de construção coletiva e permite que cada um possa descobrir e explorar suas potencialidades a favor de um fazer coletivo.
O objetivo do teatro na escola não é a profissionalização do educando para ser um ator profissional, mas proporcionar ao aluno a vivência dessa linguagem artística, apropriando-se dela no seu universo cultural.
O desenvolvimento de uma prática educativa do teatro, que considere tanto os fatores emocionais e expressivos como os relacionados com a cognição e o senso crítico, permite a construção de uma proposta que valorize tanto a expressão criadora como a formação de plateia, ou seja, a formação de um espectador/observador mais sensível e crítico, conhecedor, fruidor e decodificador da produção no campo da linguagem teatral (Martins&Picosque&Guerra, 1998).
O trabalho com os jogos dramáticos ( eSegundo Ferraz&Fusari (2009, p.187), a proposta do jogo dramático implica:
• “a delimitação de quem joga e quem assiste;
• a observação das regras de funcionamento do jogo dramático;
• a proposição de temas ou de exploração de elementos da linguagem teatral;
• a delimitação da ação, espaço, personagem como ponto de partida do jogo;
• na ação do aqui e agora que engendra o sentido.” ) a improvisação são possibilidades, que você como educador, pode desenvolver com o objetivo de favorecer o contato dos educandos com a linguagem teatral e com os elementos básicos dessa linguagem.
Através da linguagem teatral, o aluno é convidado a ressignificar o mundo e as coisas do mundo poetizando-as através da imaginação e da fantasia.
Na experiência mediada pelo educador (A mediação do educador pode ocorrer através da proposta do jogo dramático, que é entendido como uma modalidade de improvisação norteada por regras e mediada pela intervenção do educador.) , o aluno apreende a estrutura da linguagem teatral e seus elementos constitutivos, lendo e produzindo a ação dramática, construindo o espaço cênico, vivendo o personagem, explorando a relação palco/plateia.
Ao atuar numa ação improvisada, o aluno pode explorar diferentes recursos cênicos, tais como máscaras, figurinos, maquilagem, iluminação, sons, objetos e textos de diferentes gêneros (dramáticos, narrativos, poéticos, jornalísticos etc.).
No desenvolvimento dos jogos dramáticos e nas improvisações, muitas vezes, é possível observar que há uma tentativa de incorporação de dados da vivência real dos alunos, de suas características pessoais de comportamento, de sua aparência física e de seus desejos na elaboração dos personagens.
Na interação do grupo, os alunos criam histórias que falam das suas próprias experiências, de suas vivências no cotidiano e, através da linguagem simbólica, falam de si, de cada um dos participantes e das relações intersubjetivas estabelecidas no grupo.
O jogo dramático, o faz-de-conta, como outra forma de linguagem, baseada na imaginação e na fantasia, permite a aproximação da realidade, sua incorporação e reelaboração a partir do lúdico, da imaginação e do simbólico.
Segundo o filósofo Walter Benjamin (1984)( O autor reivindica o importante papel do lúdico, tanto para a experiência da criança como para o adulto: “Rodeadas por um mundo de gigantes, as crianças criam para si, brincando, o pequeno mundo próprio; mas o adulto, que se vê acossado por uma realidade ameaçadora, sem perspectivas de solução, (brincando) liberta-se dos horrores do mundo” (Benjamin, 1984, p.64).), o lúdico e a brincadeira são campos fundadores da experiência humana, que devem ser explorados como caminho de expressão e formação da personalidade.
As narrativas, o brincar, as criações culturais, pertencem ao reino intermediário entre psique e realidade e participam de ambas as dimensões.
Psique: Na psicanálise e em Benjamin, encontramos o sonho e a obra de arte possibilitando o encontro dos tempos presente, passado e futuro (...). Para Benjamin, o sonho, matéria-prima da fantasia e da obra de arte, liga o passado e o presente, e nos orienta para um despertar futuro. Mas, não é só o indivíduo que sonha, senão as épocas também, e “cada época sonha não somente com a seguinte, mas ao sonhá-la, a força a despertar” (Benjamin, 1986a, p.162). 
Em um circuito de interações entre os sonhos individuais e coletivos, os indivíduos apropriam-se de aspectos da cultura, elaboram-nos oniricamente,

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