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Fase Analítica Bioquímica Clínica Profª. Carolina M. Wallauer carolinawallauer@gmail.com Fase Analítica • Destinada à manipulação da amostra • Processos de calibração de equipamentos e de técnicas • Quantificação do parâmetro em estudo • Uso e o controle de reagentes, padrões e controles É onde ocorre 13,3% dos erros laboratoriais O DESEMPENHO DA FASE ANALÍTICA DEPENDE DE DIVERSOS FATORES: • Preparação das amostras • Diluição, fator de diluição, perdas • Amostras • Posição no equipamento ou estante de leitura, amostras hemolisadas, mal centrifugadas, lipêmicas, expostas à luz, temperatura de armazenagem • Padrões, Controles e Calibradores • Reconstituição, perda de liofilizado, homogeinização após descongelamento, temperatura de armazenagem, cálculos de Média e DP, concentração por evaporação, programação incorreta dos protocolos... FASE ANALÍTICA • Calibração • Preparo inadequado dos calibradores, ajustes incorretos dos equipamentos • Metodologia • Desvios de protocolo analítico (filtro de leitura, volume de amostra, volume de reagente, diluições obrigatórias), desconsiderar limites de detecção e linearidade, diluições muito elevadas ou insuficientes, desconsiderar diluições, unidades de medidas (urinas de 24 hr). • Reagentes • Temp. de armazenagem, validade, preparo (proporção/estabilidade), concentração (vedação), solventes (qualidade da água), estabilidade , exposição à luz. FASE ANALÍTICA •Equipamentos e Instrumentos e operadores • Manutenção inadequada, tubulações rompidas, com ar ou com rachaduras, ajustes inadequados comp. de onda, ajuste do zero, temp. de leitura, leitura instável, carreamento, volume de leitura incorreto, interferências físicas temperatura da sala, campos eletromagnéticos (ruídos na rede), tripidações... • Pipetas não calibradas, pipetas ou ponteiras molhadas ou com pontas danificadas, ponteiras mal adaptadas, ajuste incorreto do menisco, contaminação por limpeza inadequada ou por produtos de limpeza inadequados, uso incorreto das pipetas automáticas. • Calibração incorreta de equipamentos, vazamentos, obstrução ou nas linhas de ar dos reagentes • Erros operacionais técnicos: operadores FASE ANALÍTICA Processamento das amostras e reagentes 1. Manipulação e conservação das amostras adequados. 2. Controle de reagentes, padrões, temperatura e equipamentos. 3. Limpeza das vidrarias e equipamentos conforme legislação. 4. Pipetagem dos reagentes e das amostras, homogeneização adequada. Manipulação da amostra FASE ANALÍTICA Análise da amostra Metodologias utilizadas em bioquímica clínica estão baseadas na medida quantitativa da absorção da luz pelas soluções. • Tais medidas são efetuadas por instrumentos fotocolorímetros ou espectrofotômetros. FASE ANALÍTICA Análise espectrofotométrica • Os componentes desconhecidos de uma solução podem ser identificados por seus espectros característicos ao ultravioleta, visível, ou infravermelho. • Quando um feixe de luz monocromática atravessa uma solução com moléculas absorventes, parte da luz é absorvida pela solução e o restante é transmitido. • A absorção de luz depende basicamente da concentração das moléculas absorventes e da espessura da solução – caminho óptico • Metodologia (UV- Visível): Condições da reação: tempo de incubação, seleção do comprimento de onda. Análise espectrofotométrica REAÇÃO = TEMPO x TEMPERATURA Mais utilizada!! Fase Analítica (CQ) ▪ Cálculo para obtenção dos resultados Concentração do analito na amostra Ex: CP = 100mg/dL Abs P = 1,4 CA = ??mg/dL Abs A = 0,7 CA(?) = CP/Abs P x Abs A Fator DEFINIÇÃO: Sistema dinâmico e complexo, sistema esse que envolve – direta ou indiretamente – todos os setores da empresa, com o intuito de melhorar e assegurar economicamente a qualidade do produto final (Paladini, 1995) . • A qualidade está apoiada no tripé: recursos humanos, recursos físicos e recursos tecnológicos. Controle de Qualidade (CQ) FASE ANALÍTICA Controle de Qualidade Analítico (CQA) Serve para fornecer, tanto ao analista quanto aos clientes, critérios objetivos para avaliar o desempenho laboratorial. O objetivo principal é ter uma menor variabilidade dos resultados obtidos . PRECISÃO E EXATIDÃO FASE ANALÍTICA 1.Controle de qualidade interno (CQI). Intra-laboratorial - Soro controle 2. Controle de qualidade externo (CQE). Inter-laboratorial - PNCQ(SBAC) www.pncq.com.br - PELM (SBPC/ML) www.control-lab.com.br FASE ANALÍTICA Fase Pós-Analítica Fase Pós-Analítica • Transcrição dos resultados • Redação dos laudos pelo Analista Clínico, Médico Patologista ou Biomédico. • Análise de consistência dos resultados • Liberação do laudo • Armazenamento dos resultados • Armazenamento das amostras (soroteca) Fase Pós-Analítica (Laudo) O laudo deve conter os seguintes registros: 1. Identificação clara, completa e precisa do paciente, estabelecimento e responsável técnico 2. Data da coleta ou recebimento das amostras e data da emissão do laudo. 3. Nome do material biológico analisado, exame realizado e método utilizado. 4. Valores de referência normais e respectivas unidades. Fase Pós-Analítica 5. Todo laudo deve ser assinado pelo Resp. técnico e ou profissional legalmente habilitado. 6. Os laudos podem ser entregues diretamente ao paciente, ou ainda por fax, comunicação on line, telefone e indiretamente quando autorizado pelo paciente. 7. Os Responsáveis Técnicos pelo Laboratório Clínico deverão garantir a privacidade dos cidadãos através da implantação de medidas eficazes que confiram caráter confidencial a quaisquer resultados de exames e testes laboratoriais Fase Pós-Analítica • A comunicação dos resultados críticos e também as tentativas de contato mal sucedidas com o médico, devem ser registradas. • O laboratório pode optar por incorporar os dados provenientes do laudo do laboratório de apoio ao seu próprio. Contudo, nenhuma informação clinicamente relevante, enviada pelo laboratório de apoio, pode ser omitida ou modificada inapropriadamente. Fonte: RDC 302-2005 Fase Pós-Analítica (back up) • A documentação armazenada apenas em meio eletrônico é polêmica, deve ser vista com cautela e, quando praticada, deve ser cercada de procedimentos que garantam a segurança da informação. Fase Pós-Analítica • Interpretação dos resultados 1. Verificar se os resultados são normais ou anormais 2. Verificar se os resultados são compatíveis com o estado do paciente 3. Verificar se ocorreu alguma mudança significativa nos resultados quando comparados aos dados prévios Fase Pós-Analítica Fases laboratoriais Pré-Analítica Analítica Pós-Analítica POPs RDC 302/2005. Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos. Fase Pós-Analítica EXAME É o conjunto de procedimentos pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos, realizados nos pacientes e/ou em suas amostras e aplicados à saúde humana. Erros em Laboratórios •Fase pré-analítica –68,2% •Fase analítica –13,3% •Fase pós-analítica –18,5% Plebani & Carraro, ClinChem, 43(8), 1448-1451, 1997. Laboratório Clínico Além dos procedimentos para as fases pré, analítica e pós – analítica, o laboratório deve possuir também: ➢ Treinamento de pessoal ➢ Prevenção e extinção de incêndio ➢ Segurança do trabalho ➢ Descarte do material (lixo biológico, perfurocortante, químico) Laboratório Clínico ➢ Profissional capaz de tomar decisões; ➢ Comunicador; líder; Gerente; Atualizado permanentemente; Educador. Laboratório Clínico O BIOMÉDICO ou BIOQUÍMICO deve procurar estar sempre disponível e preparadopara prestar informações e auxiliar na interpretação dos laudos Considerações finais • Os volumes de amostra utilizados são cada vez menores • A importância dos resultados laboratoriais nas decisões clínicas é cada vez maior • O exame de laboratório, apesar das similaridades, não pode ser considerado como um processo fabril • Cada material, cada amostra e cada teste têm particularidades que exigem cuidado, atenção e conhecimentos específicos. Cada diagnóstico, uma vida!! Questões 1. Diferencie soro controle de padrão: 2. Descreva as três fases que compõe o processo laboratorial: 3. Quais das fases que geram mais erros? Porque? 4. Cite três exemplos de erros que podem ocorrer na nas três fases do processo laboratorial e quais as possíveis soluções para os mesmos. 5. Qual a diferença entre variações intra-individuais e inter-individuais? Dê exemplos. REFERÊNCIAS ➢ RDC 302: 2005 - Edição Comentada Compreendendo o Regulamento. ➢www.controllab.com.br - Regras Múltiplas e “Regras de Westgard”: O que são? Multirule and “Westgard Rules”: What are They? James O. Westgard.
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