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* * Regulação da Resposta Imune GAMALIEL PIRES DE MOURA * * SISTEMA IMUNE NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO * * Questionamento: Se muitos antígenos próprios tem acesso aos linfócitos, então por que normalmente os linfócitos não elaboram respostas imunes contra eles? * * Quando linfócitos encontram os antígenos (Ag), diferentes resultados podem ocorrer: Linfócitos são ativados induzindo resposta imune; Linfócitos são inativados induzindo tolerância; O antígeno é ignorado e não há produção de qualquer resposta induzindo ignorância; * * * * * * Tolerância imunológica é definida como a falta de resposta a um antígeno. TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA * * Indivíduos normais são tolerantes para seus próprios antígenos (Tolerância Imunológica); Tolerância imunológica é uma propriedade fundamental do sistema imune normal; A falha da tolerância imunológica resulta em reações do sistema imune contra antígenos próprios (auto-imunidade); * * Características Gerais A tolerância pode ser: Central Periférica ou * * CENTRAL: antígenos que estão presentes nos órgãos geradores - medula óssea e timo; PERIFÉRICA: antígenos que estão presentes nos órgãos linfóides periféricos - linfonodos, baço. * * * * * * Tolerância de Linfócitos T * * Tolerância Central Linfócitos ao reconhecerem antígenos próprios não desenvolvem resposta imune; Há eliminação dos linfócitos auto-reativos (seleção negativa); O reconhecimento do antígeno próprio implica na morte ou parada no desenvolvimento do linfócito auto-reativo; * * Assegura que as células que deixam os órgãos geradores e vão para os órgãos linfóides periféricos não vão reagir aos antígenos próprios que penetraram nos órgãos geradores; * * * * Tolerância Periférica É o mecanismo pelo qual as células T maduras que reconhecem antígenos próprios dos tecidos periféricos se tornam incapazes de responder subsequentemente a esses antígenos. * * Tolerância Periférica Assegura que as respostas aos antígenos próprios e a alguns antígenos estranhos tolerogênicos que não penetram nos órgãos geradores não sejam ativadas; É devido à anergia, deleção e supressão da ativação e das funções efetoras dos linfócitos; * * Mecanismos de Tolerância Periférica * * Exposição das células T CD4 a um antígeno na ausência de coestimulação ou imunidade natural pode tornar as células incapazes de responder a esse antígeno. Anergia resulta de alterações bioquímicas que reduzem a capacidade dos linfócitos de responder a antígenos próprios. Anergia * * Antígenos apresentados por células apresentadoras de antígenos (APCs) deficientes em co-estimuladores; Linfócitos T apresentam receptores para os co-estimuladores alterados; Linfócitos T tornam-se incapazes de responder (anérgicos); Anergia * * Resposta Imune: co-estimulador (B7) + receptor CD28 Anergia: ausência de co-estimulador co-estimulador (B7) + receptor CTLA-4 * * * * Baixos níveis de co-estimuladores B7 sobre as APCs, os linfócitos T incorporam preferencialmente receptores CTLA-4; APCs em repouso expressam poucos ou nenhum co-estimuladores; Citocinas produzidas durante as infecções e inflamações ativam as APCs aumentarem a expressão de co-estimuladores; * * Levam a reações imunes contra antígenos estranhos e a reações auto-imunes contra os antígenos teciduais (quebra da anergia); A natureza das APCs e dos receptores nos linfócitos são determinantes importantes da auto-tolerância ou imunidade; * * Os linfócitos T reguladores são um subconjunto de células T CD4 cuja função é suprimir respostas imunes e manter a autotolerância. Respostas imunes inibidas por linfócitos T supressores; Produzem citocinas capazes de bloquear a ativação e a função dos linfócitos T efetores; Supressão dos Linfócitos Efetores * * * * A maioria dos linfócitos T CD4 reguladores expressa altos níveis do receptor à interleucina -2 (IL-2), mas não outros marcadores de ativação. A geração e a sobrevida dessas células são dependentes das citocina IL-2 e TGF- e da coestimulação pela via B7: CD8. Um fator de transcrição chamado FoxP3 é crítico para o desenvolvimento e função da maioria das células T reguladoras apesar de não se saber que estímulos determinam se uma célula T se tornará efetora ou de memória ou uma célula reguladora. Supressão dos Linfócitos Efetores * * * * * * Deleção Os linfócitos T que reconhecem antígenos próprios sem inflamação ou que são repetidamente estimulados por antígenos morrem por apoptose. As células T que reconhecem antígenos próprios sem co-estimulação ou uma resposta imune natural acompanhante podem ativar uma proteína pró-apoptótica chamada Bim, resultando em apoptose pela via mitocondrial. * * Deleção A estimulação repetida das células T resulta na coexpressão de receptores de morte e os seus ligantes, e o empenho dos receptores de morte desencadeia morte apoptótica. O receptor de morte relevante é chamado Faz e o seu ligante é ligante de Fas (FasL). O Fas é uma membro da família de receptores ao TNF, e FasL é homólogo à citocina TNF. Quando as células T são repetidamente ativadas, FasL é expresso na superfície celular, e se liga ao Fas de superfície na mesma célula ou em células T adjacentes . Isto ativa uma cascata de proteases intracelulares, chamadas caspases, as quais causam morte apoptótica da célula. * * Altas concentrações de IL-2 aumentam a sensibilidade das células para apoptose mediada pelo Fas; Mecanismo responsável pela eliminação das células T específicas para abundantes antígenos próprios periféricos que desencadeiam repetidas ativações (morte celular induzida por ativação); * * * * * * Tolerância de Linfócitos B * * A tolerância de linfócitos B é necessária para manter a irresponsividade aos antígenos próprios timo-independentes e os não peptídicos; * * Tolerância Central Os linfócitos B imaturos capazes de reconhecer antígenos próprios na medula óssea são deletados (seleção negativa) ou mudam sua especificidade (edição de receptor); * * Tolerância Periférica Linfócitos B maduros que reconhecem antígenos próprios nos tecidos linfóides periféricos podem se tornar funcionalmente irresponsivos ou excluídos dos tecidos linfóides; Mecanismo de tolerância - anergia funcional (incapacidade de responder a antígenos); * * * * Alguns antígenos próprios são ignorados pelo sistema imune porque os linfócitos auto-reativos não reagem a esses antígenos de modo detectável IGNORÂNCIA IMUNOLÓGICA * * Os linfócitos auto-reativos não morrem nem ficam anérgicos, só deixam de reconhecer antígenos; * * Os linfócitos podem deixar de reconhecer antígenos próprios que: não entram nos órgãos linfóides; que estão anatomicamente seqüestrados em órgãos específicos; em concentrações muito baixas sem co-estimuladores; * * FATORES QUE FAVORECEM A AUSÊNCIA DE RESPOSTA A ANTÍGENOS PRÓPRIOS Presentes nos órgãos geradores (seleção negativa); APCs apresentam pouco ou nenhum co-estimulador (anergia); Persistência prolongada nos órgãos periféricos favorecendo a estimulação repetida dos linfócitos (deleção); *
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