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NEOPLASIAS

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NEOPLASIAS
Prof: Gamaliel Moura
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Proliferação celular descontrolada
Sofrem alterações nos mecanismos regulatórios da multiplicação
Autonomia do crescimento
Perda da diferenciação celular
As células se tornam atípicas
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CONCEITO
Proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma (fora do controle dos mecanismos que regulam a multiplicação celular), na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em conseqüência de alterações nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular. Logo nesse contexto o que diferencia de uma hiperplasia é a autonomia de proliferação. Quando ocorre em órgãos sólidos formam tumor.
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Classificação 
Do ponto de vista clínico, evolutivo e de comportamento, as neoplasias são divididas em benignas e malignas.
As benignas geralmente não são letais nem causam sérios transtornos para o hospedeiro.
As malignas em geral têm crescimento rápido e provocam perturbações na homeostasia que acabem levando o paciente a morte. 
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Nomenclatura e classificação
As neoplasias são chamadas de tumores (lesão expansiva formada por proliferação celular).
O termo câncer é a tradução latina da palavra grega carcinoma ( de karkinos=crustáceo, carangueijo). O termo é usado para indicar qualquer neoplasia maligna.
O critério mais usado para dar nome a um tumor é o histomorfológico, no qual a neoplasia é identificada pelo tecido ou célula que está proliferando.
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Nomenclatura e classificação
Algumas regras importantes:
O sufixo –oma é empregado na denominação de qualquer neoplasia, bengina ou maligna;
A palavra carcinoma indica tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento; se usada como sufixo, sempre indica malignidade (p.ex., adenocarcinoma);
 O termo sarcoma refere-se a uma neoplasia maligna mesenquimal; usada como sufixo, indica tumor maligno de determinado tecido (p. ex., fibrossarcomo, lipossarcoma etc.) 
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Nomenclatura e classificação
4) A palavra blastoma pode ser usada como sinônimo de neoplasia e, quando empregada como sufixo, indica que tumor reproduz estruturas com características embrionárias (neuroblastoma).
Teratomas são tumores originados de células totipotentes que se formam nas gônadas (testículos ou ovários)
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NOMENCLATURA
Epitelial benígno de projeções digitiformes ou verrucosas:
 PAPILOMA
Projeções acima da superfície mucosa: PÓLIPO
 CÂNCER POLIPÓIDE
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PAPILOMA
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PÓLIPO COLÔNICO
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PÓLIPO COLÔNICO
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NEOPLASIAS BENIGNAS
Com efeito, seja por seu volume, seja por sua localização, tumores benignos podem causar vários transtornos, inclusive a morte. Nesse sentido, o termo “benigno” deve ser usado com reservas.
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NEOPLASIA BENIGNA
Transtornos (volume, localização e outros) e morte
Crescimento
	- não-infiltrativo = sem ulceração
 	 =expansivo
	- cápsula fibrosa (delimitação)
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NEOPLASIA BENIGNA
- Cres. lento = vasos boa nutrição = raras degenerações e necroses
- ação espoliativa discreta
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NEOPLASIA BENIGNA
- não produzem subst. que causam caquexia ou anemia
- Geralmente não recidivam
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NEOPLASIA BENIGNA
Histologia
		- Nos neoplasmas benignos as células são 		 diferenciadas e maduras conservando as funções e 		 a morfologia das células-matriz.
		- Atipias celulares e arquiteturais discretas
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NEOPLASIA MALÍGNA
Crescimento
-  índice mitótico
- velocidade - nutrição / degenerações-hemorragias
-  aderência = infiltração ulcerações
 difícil remoção
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NEOPLASIA MALÍGNA
Histologia
		- células pequenas e/ou grandes e monstruosas;
		- células crescem de maneira anárquica e 	desorganizada (hipercelularidade); 
		- núcleos gigantes e em maior número; 
		- núcleo volumoso e citoplasma escasso;
		- estruturas funcionais específicas do citoplasma são 	rudimentares ou estão ausentes;
		- variações pronunciadas no volume e forma das células (pleomorfismo celular). 
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CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS
a) Características bioquímicas
- Realizam a glicólise com mais eficiência;
-  captação de aa;
- Elevada síntese proteica.
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CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS
b) Adesividade e Motilidade
- cél. malígnas = perda da inibição por contato
-  adesão entre si (células malígnas) devido diminuição de moléculas de adesão como as caderinas; diminuição de fibronectina, que fixa células no interstício; liberação de enzimas proteolíticas que alteram o glicocálice.
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CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS
c) Funções celulares
- Tendência a perda das funções específicas por perda da diferenciação.
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Propagação e disseminação das neoplasias
Os tumores benignos são geralmente bem delimitados e crescem de maneira expansiva,comprimindo as estruturas adjacentes, mas sem infiltrá-las. Ao contrário,a propriedade mais importante das células é sua capacidade de invadir localmente, de ganhar uma via de disseminação, de chegar a sítios distantes e de neles originar novos tumores (metástases).
Metástases são o selo definitivo de malignidade. Quando surge metástase quase sempre o tumor é incurável. 
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METÁSTASE
É a formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas.
A formação da metástase envolve: 1) destacamento da célula da massa tumoral; 2) deslocamento dessa célula através da matriz extracelular; 3) invasão de vasos sanguíneos ou linfáticos; 4) sobrevivência da célula na circulação; 5) adesão ao endotélio vascular no órgão onde irão se instalar; 6) saída dos vasos nesse órgão; 7) proliferação no órgão invadido e indução de vasos para o suprimento sanguíneo da nova colônia. 
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METÁSTASE
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METÁSTASE
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METÁSTASE
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Vias de disseminação dos tumores
1) Via linfática: é a principal via de disseminação inicial dos carcinomas. Como regra geral, o primeiro sítio das metástases é o linfonodo mais próximo na via de drenagem do tumor.
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Vias de disseminação dos tumores
2) Via sanguínea: células cancerosas que penetram na corrente sanguínea podem ser levadas a qualquer parte do corpo. Em geral as metástases se formam no primeiro órgão que as células encontram a sua frente. Assim tumores no TGI, dão metástase no fígado, nos tumores próximo da coluna vertebral pode originar metástase nas vértebras.
O número de células malignas que conseguem sobreviver na circulação sanguínea é < 1%, devido a ação do sistema de defesa.
As metástases em geral apresentam-se macroscopicamente como nódulos múltiplos, bem delimitados, na superfície ou na intimidade dos órgão.
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Mecanismos básicos de formação e desenvolvimento dos tumores
Células tumorais se originam de células normais que sofrem ação de um ou mais agentes cancerígenos, os quais provocaram alterações no DNA. Ao receberem a agressão de um agente tumorigênico, células que estão no ciclo celular ou que são capazes de nele entrar dão origem a clones de células transformadas.
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Mecanismos básicos de formação e desenvolvimento dos tumores
Algumas características dos processos neoplásicos são comuns aos diferentes tipos de câncer. Os tumores são monoclonais, ou seja, formado por um clone que venceu a barreira do controle da proliferação celular e tornou-se imortal; desse clone surgem descendentes (subclones) com capacidade de sobreviver, invadir os tecidos e se implantar a distância.
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Mecanismos básicos de formação e desenvolvimento dos tumores
Na primeiras fases do desenvolvimento de um
câncer, ocorrem alterações genéticas que levam a quebra das barreiras que governam e contêm a proliferação celular normal, favorecendo o surgimento de clones de células imortalizadas, ou seja, com a capacidade de realizar divisões indefinidamente.
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Mecanismos básicos de formação e desenvolvimento dos tumores
As células normais, ao contrário, têm a capacidade limitada de duplicação, porque estão submetidas a um rígido controle. Ao lado disso, em cada duplicação há uma redução progressiva do tamanho dos telômeros, que após um certo número de divisões se tornam muito curtos, o que induz inibição de novas divisões e apoptose. 
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Mecanismos básicos de formação e desenvolvimento dos tumores
A imortalização decorre basicamente dos seguintes fatores:
Auto-suficiência nos sinais necessários para entrar no ciclo celular. Isso ocorre devido a expressão exagerada dos genes que codificam proteínas que participam da ativação da proliferação celular;
Insensibilidade aos estímulos inibidores da proliferação celular (p53 e pRb);
Capacidade de se evadir da apoptose por mutações que inativam genes pró-apoptóticos;
Síntese continuada da telomerase, enzima responsável pelo alongamento dos telômeros, mantendo assim a capacidade indefinida de replicação das células.
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Etiopatogênese das neoplasias 
Os tumores são entendidos como o resultado de agressões ambientais em um indivíduo geneticamente suscetível.
Todos os cancerígenos químicos, físicos ou biológicos têm como alvo o DNA e, portanto, os genes.
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Genes e neoplasias
Oncogenes: são genes que quando expresso em células do hospedeiro, nele causa o aparecimento de um câncer. 
O primeiro oncogene isolado foi o src, no vírus do sarcomo aviário. Os ras foi o primeiro oncogene isolado de um tumor humano.
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Genes supressores de tumor
São genes que estão envolvidos no controle de pontos estratégicos da multiplicação e diferenciação celular. Quando perdidos ou defeituosos, favorecem o aparecimento de neoplasias (gene Rb, p53, etc).
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Carcinogênese viral
Estima-se que cerca de 20% dos cânceres humanos têm relação com algum tipo de vírus.
Tanto vírus de DNA como de RNA podem induzir tumores.
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Carcinogênese viral
Todos os vírus oncogênicos de RNA são retrovírus. Estes são vírus de RNA de fita simples que, após penetrarem nas células e por ação da transcriptase reversa, são convertidos em DNA de fita dupla e se integram ao genoma celular.
Alguns retrovírus possuem oncogenes.
Em humanos, são conhecidos a leucemia de células T causada por um retrovírus (HTLV-1 e 2) e o carcinoma hepatocelular e linfomas causados pelo vírus da hepatite C. 
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Carcinogênese viral
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Carcinogênese viral
Vírus do papiloma humano (HPV) tem tropismo para o epitélio escamoso da pele e mucosas, onde provoca lesões proliferativas.
Estudos epidemiológicos mostram que a infecção crônica pelo vírus da hepatite B (VHB) associa-se a maior incidência de carcinoma hepatocelular.
Vírus HHV 8 (Vírus 8 do Herpes Humano). Demonstrou-se sua associação com o sarcoma de Kaposi.
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Carcinógenos químicos
Os cancerígenos químicos são divididos em duas categorias:
Carcinónenos diretos que por si mesmo, pode provocar câncer diretamente;
Carcinógenos indiretos que precisam sofrer modificações químicas no organismo antes de se tornarem carcinógenos.
Os carcinógenos atuam sobre o DNA e causam mutações aumentando a chance de erro durante a replicação. 
Os principais carcinógenos conhecidos podem ser exemplificados através dos hidrocarbonetos aromáticos encontrados derivados do petróleo e tabaco; aminas aromáticas encontradas em corantes; asbesto encontrado na indústria de amianto 
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Carcinógenos químicos
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Carcinogênese por radiações
As radiações provocam mutações gênicas e podem ativar oncogenes. Ou inativar genes supressores de tumor.
Os raios ultravioletas (UV) da luz solar são o agente cancerígeno mais atuante na espécie humana. Os cânceres da pele são encontrados principalmente nas pessoas expostas à luz solar por períodos prolongados. 
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Etapas da carcinogênese
A formação e o desenvolvimento das neoplasias ocorre em múltiplas etapas. Envolve as fases de INICIAÇÃO (o agente carcinogênico induz alterações genéticas permanentes na célula), PROMOÇÃO (a célula iniciada é estimulada a proliferar, ampliando o clone transformado), PROGRESSÃO (o clone transformado prolifera e o tumor cresce) e DISSEMINAÇÃO (surgem células com potencial metastatizante).
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Etapas da carcinogênese
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Efeitos locais e sistêmicos das neoplasias
EFEITOS LOCAIS: 
Compressão e deslocamento de órgãos e estruturas
	- Tumores intracranianos
 	- Compressão e infiltração de nervos sensitivos
 Obstruções 
		- do fluxo do líquor (hidrocefalia)
		- obstrução vesical
		- obstrução das vias urinárias (hidronefrose)
		- obstrução intestinal
Ulcerações e hemorragia
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Efeitos locais e sistêmicos das neoplasias
EFEITOS SISTÊMICOS: estão relacionados com transtornos metabólicos devido a produção de substâncias tóxicas ou de ação fisiológica.
a) Produção de hormônios: aumento ou diminuição na produção de hormônios podendo levar a uma hipoglicemia, aumento das catecolaminas, hipofunção da tireóide, etc.
	b) Caquexia: fraqueza generalizada, anemia e emagrecimento
		-TNF e INF -  de apetite e catabolismo
		- Expoliação
		- Estado emocional
		- Efeitos colaterais do tratamento
	
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Efeitos locais e sistêmicos das neoplasias
c) Alterações hematológicas 
- trombose
- anemia
d) Manifestações neurológicas: degeneração cerebelar, demência
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