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FICHAMENTO DE HISTÓRIA DO DIREITO 28.02.2018 (1)

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Professor Claiton Ricardo
O DIREITO EM ROMA
Goiânia
Fevereiro de 2018
Pontifica Universidade Católica de Goiás
Escola de Direito e Relações Internacionais
História do Direito
Professor Claiton Ricardo
Turma: B04
Aluna: Fernanda Lima Costa
 MACIEL, José Fábio Rodrigues, AGUIAR, Renan. História do Direito. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Pp. 64-85
ROMA 
“A evolução do direito romano é mais tardia que a do direito egípcio e a do direito grego. Nos séculos VI e V a.C, enquanto o Egito e a Grécia já adotavam um direito individualista, Roma permanecia ainda no estádio clânico.’’ (MACIEL; AGUIAR,2011p. 64)
Maciel e Aguiar (2011) falam sobre como o direito Romano demorou a sofrer uma evolução, pois sua história perpetuou durante 20 anos entre os séculos V e VI.a.C, com a queda do Império Romano do Ocidente e foi prolongada até o Império Romano do Oriente no século XV.
No século XII, a ciência jurídica passa por um renascimento, quando ela passa a ser estudada em universidades europeias. Este acontecimento faz com que o Direito Romano influencie o direito Europeu. (P.p 64.65)
 1.2-BREVE HISTÓRIA
“ O crescimento na cidade não se baseava em uma economia tipicamente urbana, mas sim em uma economia essencialmente agrícola, com larga utilização do trabalho escravo” (MACIEL, AGUIAR, 2011 p.65)
O modo de produção do Império Romano estava ligado ao meio de produção escravagista, e sua economia era voltada a agricultura. O Império Romano detinha de uma aristocracia patriarcal, onde as grandes propriedades controlavam os meios de produção, terras e ferramentas, além de dominarem as classes mais desfavorecidas. Nesse período os escravos eram apenas coisas, ou seja, eram usados apenas como ferramentas de trabalho. (p.65)
 Outro ponto adotado pelos autores, foi o da divisão da história romana em 
 três períodos:
Realeza (até 509 a.C)
 No período da Realeza a população vivia em aldeias, e muitas vezes em locais 
altos para se protegerem de ataques de outros grupos, o idioma em comum no período era o latim, e o cultivo do solo era fraco. A antiga Roma era ocupada por grandes famílias patriarcais agrupadas em grupos, e o chefes de família denominados patres, estes faziam reuniões que mais tarde essa reunião passa a ser chamada de Senado romano. Havia também um Chefe comum, denominado rex (rei), este costumava ser estrangeiro e de origem etrusca e tinha o papel de comandar Roma. Com a queda do domínio etrusco o poder do rei diminui. (p.65)
 
República (509 a 27 a.C)
“Esse novo regime, capitaneado pelo Senado romano, é caracterizado pela pluralidade das assembléias e magistraturas, anuais e colegiais. Vale dizer que o magistrado romano era um órgão da cidade, um titular do poder, ou seja, não era um juiz como hoje entendemos, mas sim o detentor de importantes cargos públicos, como era o caso do pretor e do cônsul. (MACIEL, AGUIAR, 2011 p.66)
Como falado pelos autores no período republicano, o comando de Roma era feito por apenas uma classe social, além de haver diferenças de tratamentos entre os habitantes de Roma, os patrícios e os plebeus. Havia também distinções jurídicas, como o concilia plebis, que era uma assembleia própria dos plebeus onde eram votados os peblicitos, leis destinadas aos plebis, mas, antes de entrar em vigor era necessário passar pelo Senado. Em 287 a.C, os plebiscitos passaram a ser aplicados também aos patrícios.(p.66)
“O comando de Roma estava totalmente nas mãos dos patrícios, já que o Senado tinha por incumbência intervir na autorização das despesas públicas, no recrutamento de tropas, nas relações externas, no controle dos magistrados e na ratificação das decisões das assembleias (MACIEL, AGUIAR, 2011 p.67) 
“ [...]A concentração da terra, associada ás inúmeras guerras de conquista, fez com que os assidui, pequenos proprietários, fossem cada vez mais reduzidos á condição de proletari” (MACIEL E AGUIAR – P.p.66 e 65)
Com o Comando e à concentração de terras nas mãos dos patrícios, muitas pessoas que antes eram pequenos proprietários chamados de assidui , fosse reduzidos de classes gerando uma aglomeração nas cidades e iam associando-se aos exércitos romanos.(p.67)
“As guerras de conquista eram um dos motores da economia romana. ” (MACIEL, AGUIAR, 2011 p.67)
 As guerras motivavam a economia, pois além de ganharem com os saques que praticavam nas terras inimigas, tinham lucros com aprisionamento do inimigo derrotado, que viravam escravos para os latifúndios que pertenciam aos patrícios. Os patrícios retribuíam disponibilizando pequenos proprietários para irem para as guerras com o exército, mas, no fim das guerras vários eram dispensados sem nenhum tipo de ressarcimento ou indenização, o que gerou revoltas e contribuiu para o fim da República. (p.67)
Império (27 a.C) 
Divide se em períodos diferentes, são eles:
 Alto Império (27 a.C): “Surgiu com a crise política provocada pelas dificuldades sociais, pelas vastas conquistas e pela má administração do progresso econômico.” (MACIEL; AGUIAR, 2011 p.67)
 Baixa Império: “Surgiu com o governo de Dicceciano, em 284, marcando o inicío da decadência do povo romano, e foi até o término do império de Justiniano I. “(MACIEL; AGUIAR,2011, p 67)
 1.3- PERÍODOS DO DIREITO
 Para facilitar o estudo os autores separam os períodos do direito da seguinte forma:
 Época Antiga ou Arcaica: Nesse período o Estado possuía um poder 
 limitado somente às questões ligadas a sobrevivência da sociedade. Os cida-
 dãos romanos detinham de uma segurança privada, pelo fato de dependerem 
 mais da própria comunidade. Outra característica está no direito como demos- 
 trado pelos autores, que caracterizam o direito como primitivo e arcaico, e em
 alguns casos dependentes da solidariedade clânica “[...]tendo como principais 
 características um direito tipo arcaico, primitivo, direito de uma sociedade rural 
 baseada na solidariedade clânica [...] ” (MACIEL,AGUIAR,2011, p.68)
 Época Clássica: Possuía um direito individualista, baseado na coerên- 
 cia e racionalidade como descrito pelos autores no trecho a seguir:
 “caracteriza-se por ser um direito de uma sociedade evoluída individualista, fixado por juristas numa ciência jurídica coerente e racional. É o tempo do processo formular em que a produção do direito está nas mãos dos pretores, ao lado de importantes juristas. (MACIEL, AGUIAR,2011, p68)
 Época do Baixo Império: 
 Segundo Maciel e Aguiar o direito se concentrava exclusivamente nas
mãos dos Imperadores “ direito dominado pelo absolutismo imperial, com 
grande atividade Legislativa dos imperadores” (MACIEL; AGUIAR,2011.p,68)
 
 1.4- CARACTERÍSTICAS DO DIREITO NA ÉPOCA ANTIGA
 Os autores dissertam a respeito das peculiaridades do período da época 
antiga, como o termo lex que passa a ser utilizado de forma parecida com as 
 leis que utilizamos nos dias atuais depois da chegada da republica e a
 ascensão do Senado. Essa semelhança é descrita pelos autores como:
“[...] ato emanado das autoridades públicas que formulavam regras
 obrigatórias” (MACIEL; AGUIAR, 2011.p,68), onde somente o magistrado 
 possuíam diligência sobre as regras e leis do período. (p.70)
 
 Plebiscito: Segundo os autores as determinações eram diferentes de
 acordo com a classificação social, gerando insatisfações por parte dos plebeus,
 pois,atos legislativos de obrigações denominados de plebiscitos valiam apenas
 para os plebeus. Estes por sua vez lutaram até obterem resultado através da
 Lex Hortênsia (287 a.C) que generalizava essas obrigações. (p.70)Lei das XII Tábuas: A lei XII Tábuas foi inspirada nas leis de Sólon, após 
 reinvindicações por parte dos plebeus que não concordavam com o fato de 
 somente os magistrados possuírem conhecimento e poder de aplicação das 
 leis, pois, dessa forma os plebeus estavam à mercê de costumes incertos.
 Entre suas reinvindicações estava a redução e a escrita desses costumes.
 Entre os temas abordados pela lei XII Tábuas, estavam o fim da solidariedade
 familiar, igualdade jurídica, proibição de guerras privadas, inicio do processo
 penal, entre outros.
 Segundo o autor “A redação da lei tendeu a resolver parte dos conflitos entre plebeus e patrícios, mas não solucionou todas as pendências” (MACIEL; AGUIAR,2011, p.70), pois a interpretação das leis continuou nas mãos dos magistrados. (p.70).
 Lus civille : Essa denominação é devido o direito aplicar-se a todos os cidadãos 
 (Homens ,maiores de 20 anos, livres ). (p.70)
 Inquérito policial: Em roma o acusado possuia magistrado direto para atuar 
 nas diligências do processo, havia também inquisito generalis , onde os agentes
 da polícia procediam nas investigações e só então transmitiam para os órgãos 
jurisdicionais.
 Pater Familias: Era caracterizado como o poder dos chefes de família, sobre
 os agregados e membros do conjunto familiar. Este detinha poderes como o de escolha em relação aos recém-nascidos, pois estes só eram recebidos na sociedade se o pater famílias decidisse, já que o aborto e o infanticídio eram livres, além disso os filhos só saiam do pátrio poder através de uma emancipação, (p.71)
 1.5-CARACTERISTICAS DO DIREITO NA ÉPOCA CLÁSSICA: 
 Nesse período o direito privado passou a possui um caráter laico e individualista, enquanto no direito público a liberdade do cidadão diminuía, no direito privado só aumentava.
 O costume: Nessa época foram os primeiros a criar obras importantes que posteriormente serviram para o estudo do direito, isso fez com que o costume fosse conservado por meio de obras e de fontes romanas.
 A legislação: Depois de 13.d.C o poder de legislar passa totalmente para o Imperador, porem havia distinções entre as constituições imperiais e dividia-se em quatro , sendo elas:
 Os editos: Dispõe de ordem aplicáveis a todo império, com algumas exceções
 Os decretos: Julgamento feito pelo Imperador ou pelo seu conselho nos assuntos judiciários. Tornavam-se precedentes aos quais os juízes inferiores deviam obediência em razão da autoridade de que emanavam
Os rescritos: Respostas dadas pelo Imperador ou pelo seu conselho a um funcionário, um magistrado ou mesmo um particular que tinha pedido uma consulta sobre um ponto do direito
 As instruções: Dirigidas pelo Imperador aos governantes de província, sobretudo em matérias administrativas e fiscais. (MACIEL; AGUIAR, 2011.p 72)
 A jurisprudência: É o que atualmente chamamos de doutrina , foram obras
 produzidas por jurisconsultos que ofereciam consultas jurídicas.
 1.5.1- O processo formular 
 Segundo os autores o processo formular caracteriza-se por duas divisões:
 “In iure: ocorria perante o magistrado (autoridade pública) , o pretor que tinha por tarefa organizar a controvérsia, transformando o conflito real num conflito judicial 
 In iudicium: após estar configurado um conflito judicial, a controvérsia desenvolvia-se perante o juiz ou árbitro.” (MACIEL;AGUIAR,2011.p.73)
 Como na parte incial do processo o autor deveria levar o réu ate o magistrato, para que falasse sua pretensão , porém, havia muitas pois pessoas que possuíam algum tipo de poder dificilmente receberiam uma punição. Diante disso, com o passar do tempo foi criado punições para quem não comparecia ao magistrado.
 1.5.2-Processo Formula- a evolução do direito romano
 Durante a Época clássica surge o Processo Formular ,que se torna um diferencial em relação 
 as épocas anteriores. A lei das XII Tábuas , não podia ser alteradas por pretores, mas estes introduziram modificações que trouxeram um aperfeiçoamento do direito. A partir da Lex Aebutia no sec II a.C , os pretores passaram a ter autorização de dar conselhos aos juízes por escrito através da Formula. Segundo os autores a Formula tinha a função de “[...] organizar a controvérsia , transformando o conflito real num conflito judicial” (MACIEL; AGUIAR, 2011.p.74),. Essa forma poderia vir na primeira fase do processo denominada in iure ,e posteriormente na segunda fase denominada in iudicum , “era o momento em que a controvérsia desenvolvia-se perante o juiz ” (MACIEL;AGUIAR ,2011).Nessa época quem julgava a causa era o juiz , e a Formula vinha em forme de carta para ele que por sua vez resolvia a formula.(p.74).
Exemplos de Fórmulas extraídas da obra Manual de direito romano, v.1, Alexandre Correia e Gaetano Sciascia apud:
 1.Nomeação do juiz: "Tício seja juiz".
 2. Demonstração: "Desde que Aulo Agério vendeu um cavalo a Numério Negídio"
 3. Pretensão: "Provar que Numério Negídio deve dar a Aulo Agério dez mil sestércios."
 4. Condenação: "O juiz condenará Numério Negídio a pagar a Aulo Agério dez mil
 sestércios; se não provar, absolverá Numério Negídio."
 
–Época do Baixo Império
 Foi um período de grandes conflitos e decadências, mas o grande destaque foi o fim das divisões entre juízes e pretores que resultou na valorização dos juristas, no poder de julgamento nas mãos de um único órgão e no aparecimento de recursos e apelações devido não ser autoriza a divergência entre decisões dos juízes e pretores.
 1.6.1-A contribuição de Justiano para o nosso Direito.
 Flaviud Petrus Sabbatius Iustinianos, assumiu o Império em agosto de 527 através de seu tio Justino I. O principal objetivo de Justiano segundo os autores era “ recuperar o artigo esplendor de Roma”(MACIEL,AGUIAR;2011.p.76) , pois para ele somente as coisas produzidas anteriormente tinham algum valor, inclusive as produções juridicas. Justiniano conseguiu recuperar com êxito todos as produções juridicas produzidas no tempo de maior desenvolvimento de Roma. Segundo Maciel e Aguiar “Uma das principais "recolhas" oficiais, isto é, compilação de textos jurídicos antigos, foi feita no período denominado Pós-Clássico a mando de Teodosiano II, ficando conhecida como Código Teodosiano” (MACIEL, AGUIAR,2011.p.76). No Oriente médio foi revogado devido a publicação do Corpus Juris Civilis, dividido em 4 partes sendo elas:
“a) o Código (Codex): recolha de leis imperiais, que visava substituir o Código Teodosiano;
b) o Digesto (Digesta ou Pandectas): enorme compilação de extratos de mais de 1500 livros escritos por jurisconsultos da época clássica. Praticamente um terço do texto do Digesto é tirado das obras de Ulpiano, Gaio, Papiniano, Paulo e Modestino. Obra gigantesca, composta por 50 livros, contém algumas imperfeições e repetições, fatos que não retiram o mérito da compilação;
c) as Instituições (Institutiones): manual elementar destinado ao ensino do direito, de caráter didático. Segue o plano original do jurisconsulto Gaio. Compõe-se de quatro livros;
d) as Novelas (Novellae ou leis novas): compêndio das constituições imperiais mais recentes do próprio imperador Justiniano, promulgadas depois da publicação do seu Codex. São em número de 177.” (MACIEL;AGUIAR,2011.p.77)
1.6.2-Principais institutos
Os autores optam nos institutos focarem no direito privado, por este ter marcado a cultura jurídica ocidental.
1.6.3-Direito da família: Famílias nesse período eram grupos de pessoas submissas ao pater famílias
Casamento: Segundo os autores o casamento era uma relação social , não propriamente uma relação jurídica, com o principal intuito de procriação ,além de ser vitalícia, além o casamento só era considerado se pelo menos o homemfosse cidadão romano ou os dois. O manus (poder marital) permitia que o marido castiga-se sua esposa ou a repuldia-se; que por sua vez não tinha direito a patrimônio, tudo que ganhava era destinado ao pater família. No casamento sine manum: a mulher fica em seu grupo familiar original. Nesta forma, a mulher permanecia sob a tutela do seu pai, no casamento cum manum: a mulher passava da autoridade do seu pai para a do marido. Outras curiosidades a respeito do casamento apontado pelos autores foi que “ o matrimônio romano tinha alguns efeitos , como o reconhecimento social da mulher casada, os filhos poderem continuar a família paterna como descendentes , o dever de fidelidade conjugal (apenas da mulher), além dos efeitos patrimoniais” (MACEL;AGUIAR,2011.P.p 78 e 79)
Divórcio: O divócio existia de início somente se o homem repudiava a esposa, posteriormente os dois poderiam solicitar , mas , para a mulher pedir o divórcio sem culpa ela deveria ser estéril .Já no casamento cum manu , além do divórcio deveria anular o poder marital. Quando o cristianismo é adotado , o divórcio passa a ser restrito.
Bens materiais: No casamento cum manu , todos os bens da mulher pertenciam ao homem , se a filha fosse filiafamilias , ou seja, não pudesse adquirir capacidade patrimonial , continuaria assim quando passa-se a ser esposa cum manum. O autor fala que “se era sui iuris , Perde a capacidade patrimonial e todo seu PATRIMÔNIO PASSA PARA O MARIDO (ou para quem tem poder sobre ele )” (MACIEL;AGUIAR,2011.p.80).
Já o casamento sine manu era marcado pela presença de dote, e os esposos viviam em regime de separação de bens e ; neste tipo de casamento o marido era proprietário de todos os bens ,e os filhos maiores tinham seus bens a partir do patrimônio familiar, já os filhos menores não eram reconhecidos como sujeitos de direito.
1.6.4- Direitos reias
 A palavra res vem de coisas , por isso os autores falam que “Advém dai podermos falar tanto em direitos reais como em direitos das coisas” (MACIEL;AGUIAR,2011.p80) .
Não podem ser objeto de propriedade os Res divini juris que são propriedade dos deuses e o
Res publicae que são coisas em propriedade do Estado.
Posse: Segundo o autor posse e propriedade “Estava relacionada a quem a coisa pertencia, a quem exercia o poder jurídico absoluto sobre a coisa” (MACIEL. AGUIAR,2011.p81) , ou
seja a propriedade era um direito e a posse se caracterizava como um fato.
“Segundo o direito civil clássico, aquisição da posse precisa ter um fundamento jurídico que
Justifique a aquisição da propriedade- é a denominada possessio civilis” (MACIEL; AGUIAR,2011.p 81), portanto era necessário a comprovação de vontade de possuir a coisa , e isso se dava por meio de compras e vendar por exemplo.
Propriedade : É definida como poder total sobre determinada coisa, relação direta entre a pessoa que possuía a posse e a coisa . O direito de propriedade segundo Maciel e Aguiar era “um direito real, ou seja, uma relação entre uma pessoa e todas as outras relativamente a um bem”. Somente os cidadãos possuíam o direito de desfrutar da propriedade quitariana que lhes permitia usufruir dos bens livremente, porem haviam limites ou seja era um direito limitado. (p.81)
Direitos reais limitados: São incluídos nele:
A servidão: Segundo os autores caracteriza-se quando “[...] o detentor da posse tem de tolerar determinada intromissão ou se abster de certa atuação própria.” (MACIEL, AGUIAR,2011,p82) 
O usufruto: O direito de usufruir de determinada coisa mesmo que não seja o proprietário da mesma.
A enfiteuse: Propriedade pública disponibilizada para uso privado.
1.6.5-A sucessão
Dividido em duas formas , sendo elas:
Sucessão testamentária: como o próprio nome fala é dada através de um testamento , onde a vontade do falecido prevalece.
Sucessão ab-intestado : “quando a lei e o costume supriam a vontade do de cujus” (MACIEL,AGUIAR,2011.p82).
Há um reforma através das novelas do Justiniano , onde os herdeiros legítimos passam a ser divididos em quatro classes em ordem : descendentes, ascendentes,irmãos ou irmãs de sangue,e parentes paralelos do lado materno e paterno.
1.6.6-Obrigações
É conceituada pelos autores como “ uma relação jurídica entre duas ou mais pessoas ,pelo qual uma delas, o credor, tem o direito de exigir certo fato de outro, denominado devedor” (MACIEL,AGUIAR,2011.p83)
A obrigação cria um direito de crédito que só é válido entre duas partes, de acordo com o erga omnes .O cumprimento dessa obrigação é feito pelo devedor através do “pagamento, solução ou liquidação”. O não pagamento poderia gerar um constrangimento para o devedor, que se tornaria inadimplente, e teria que pagar a obrigação por meio de uma ação.
Para os romanos arcaicos somente os contratos formais chamados nexum e stipulatio, ou seja que possuíam formalidades, entre elas a presença de testemunhas e atos simbólicos, portanto, um simples acordo não era valido como contrato.
Na época clássica os contratos reais ganham força , além deles os contratos inominados onde as duas partes tinham obrigações equivalentes e os contratos consensuais onde o bem era trocado por dinheiro.

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