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ETIMOLOGIA DO TERMO = GREGA KINESIA = MOVIMENTO THÉRAPÉIA = TERAPIA CONJUNTO DA TERAPIA PELO MOVIMENTO Hipócrates (460-370 a.C.) advogava o exercício como fator importante na cura de ligamentos lesados; Hindus e chineses (1.000 a.C.) utilizavam os exercícios terapêuticos no tratamento de lesões atléticas. “Todas as partes do corpo que têm uma função, se usadas com moderação e exercitadas em trabalhos aos quais cada uma delas está acostumada, tornam-se por esse meio saudáveis e bem desenvolvidas e envelhecem lentamente; mas, se não forem usadas e forem deixadas inativas, ficam sujeitas à doença, o seu crescimento é defeituoso e envelhecem rapidamente.” Hipócrates 2000 a.C. - Utilização do Kung Fu por monges budistas na China antiga; - Prática de exercícios militares pelos súditos do imperador chinês Yin Kang Chi como prevenção de doenças causadas pelas chuvas. 800 a.C. - O Atharva-Veda, IV volume do Ayur-Veda, na Índia antiga, recomenda o uso de exercício e massagem para tratamento do reumatismo crônico. Século III a.C. - Médicos brâmanes aplicam agentes físicos e exercícios individuais para o tratamento de diferentes partes do corpo. - Asclepsia (Templos dedicados à Esculápio): Praticantes de medicina (sacerdotes-médicos, filósofos, ginastas); - Herodicus: desenvolveu a Ars Gymnastica; - Hipócrates: utilizou exercícios para o fortalecimento de músculos enfraquecidos; no apressar da convalescença; na melhoria das atitudes mentais; - Herophilus: descobre os nervos, órgãos das sensações e do movimento voluntário. 25 a.C. - Cornelius Celsus: estuda a hemiplegia e nota que “embora uma cura perfeita seja rara, é necessário fazer exercícios graduais e caminhar tanto quanto possível” e sugere exercícios e jogos de diversão para os dementes. 131 d.C. - Galeno: “deve-se prestar atenção ao corpo que executa exercícios, os quais devem ser interrompidos assim que surjam sinais adversos.”; “O melhor exercício é aquele que treina não só o corpo, mas que também deleite o espírito”. Século II Antyllus escreve sobre os abusos do repouso e gradua os exercícios de acordo com a parte do corpo que irá executá-los. Século V - Caelius Aurelianus descreve pela primeira vez conceitos como: - Hidroginástica; - Suspensão; - Exercícios com pesos e roldanas. - Exercícios progressivos de acordo com a recuperação do paciente; - Exercícios pós-operatórios, “Porque um pequeno movimento adicional não pode provocar a reabertura da ferida; ele ajudará, pelo contrário a restituir a força ao paciente durante o período da recuperação.” - Levantamento das sobrancelhas na paralisia do facial. - Cristianismo x decadência do exercício físico (abolição dos Jogos Olímpicos) - A medicina grega e romana é mantida viva pelos árabes após a queda do Império Romano. - Avicenna descreve que para cada órgão existe um exercício e que “se o homem exercitar o seu corpo pelos movimentos e pelo trabalho em momentos apropriados, ele não virá a necessitar nem de médicos nem de remédios.” - Isaac Judaeus (Séc. X) escreve que “nada é mais perigoso para a regulação da saúde do que a inatividade”. - Arnold de Villanova (Séc. XIV) escreveu “entre outras coisas... há necessidade de remédios, exercícios e alegria.” Século XV - Reintrodução da educação física nos programas educacionais. Século XVI - Leonard Fichs sugere a criação da “Terapia Cinética Educacional” quando diz que, “há dois tipos de movimento, o primeiro é simplesmente exercício, o segundo é exercício e trabalho”. - Ambroise Paré acreditava que o exercício dos membros após fraturas era indispensável. - Hieronymus Mercurialis escreve “Da Arte da Ginástica”, onde estabelece que: - todos os exercícios devem conservar o estado de saúde existente; - o exercício não deve destruir a harmonia entre os principais humores; - os exercícios devem ser adaptados a cada parte do corpo; - todas as pessoas saudáveis devem executar exercícios com regularidade; - as pessoas doentes não devem fazer exercícios que possam piorar a situação existente; - para pacientes convalescentes devem-se prescrever exercícios especiais para cada caso particular; - as pessoas que levam vida sedentária precisam urgentemente de exercícios. - Borelli traça o caminho para a escola iatromecânica ou fisiátrica, influenciando Stahl, Hoffmann e Boerhaave; - Hoffmann publica “Dissertações Físico-Médicas” , cujo sexto capítulo foi intitulado “Do Movimento” e classifica os movimentos ocupacionais como exercício; - Tissot recomenda a mobilização dos pacientes cirúrgicos e cria a Terapia Ocupacional e Recreativa. - Ling: - Introdução da sistemática do exercício: dosagem, número e direções detalhadas; - Criação dos termos exercícios semi-ativo e semi-passivo; - John Shaw acreditava que alterações na curvatura da coluna poderiam ser corrigidas por exercícios e massagens alternados com períodos de repouso; - Pravaz descreve uma roda de ombro com manípulo ajustável; - Gustav Zander cria máquinas para tratamentos por meio de exercícios, utilizando alavancas, rodas e pesos. - Os especialistas em fisioterapia utilizavam principalmente a eletroterapia, enquanto os exercícios terapêuticos era domínio dos médicos. Na segunda guerra mundial o exercício terapêutico passa a ser parte importante da Fisioterapia; - Klapp lança um método de tratamento para a deformidade espinhal com os pacientes em posição prona; - Lovett conclui que o treino muscular constitui a mais importante das medidas terapêuticas iniciais na poliomielite; - Olive Guthrie-Smith e Sir Arthur Porrit criam os exercícios “eutônicos”; - Goldthwait e colaboradores, defendem que muitas lombalgias eram correlacionadas a posturas ou hábitos defeituosos; - Paul G. Williams associa exercícios posturais a técnicas respiratórias criando os exercícios de Williams; - Codman cria exercícios pendulares; - Thomas DeLorme cria os Exercícios de Resistência Progressiva (E.R.P.); - Herman Kabat cria o Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (F.N.P.). É A DESIGNAÇÃO DOS PROCESSOS TERAPÊUTICOS QUE VISAM A REABILITAÇÃO FUNCIONAL POR MEIO DA REALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS. TEM COMO OBJETIVO PREVENIR, ELIMINAR OU DIMINUIR OS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO E FUNÇÃO OSTEOMUSCULAR (MUSCULOESQUELÉTICA). SINTETIZA O VASTO CAMPO DA TERAPIA PELO MOVIMENTO. MOVIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS CINESIOTERAPIA ATIVA: participação ativa e consciente do doente, onde há execução voluntária dos seus movimentos. CINESIOTERAPIA PASSIVA: engloba os meios e as formas onde o paciente tem participação passiva. O movimento é executado manualmente por um terapeuta, quer seja por meio de aparelhagem especial, que imitam os movimentos fisiológicos (exercícios físicos passivos) ou realizam-se manipulações de diferentes segmentos ou tecidos, com o auxílio de diversas metodologias especiais. FUNÇÃO MOVIMENTO INDEPENDÊNCIA - TECIDO MUSCULAR - PELE - FÁSCIA - ARTICULAÇÕES - METABOLISMO - CARDIOVASCULAR - OUTROS EXERCÍCIO TREINAMENTO PLANEJADO E SISTEMÁTICO DE MOVIMENTOS CORPORAIS, POSTURAS OU ATIVIDADES FÍSICAS, CUJO OBJETIVO É: - PREVENIR FATORES DE RISCO DE PATOLOGIAS DIVERSAS; - OTIMIZAR O ESTADO DE SAÚDE; - TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE PATOLOGIAS ; - MELHORAR, RESTAURAR OU POTENCIALIZAR A FUNÇÃO CINESIOLÓGICA. PROGRAMAS INDIVIDUALIZADOS PROGRAMAS COLETIVOS - CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, - Consequências funcionais sobre o sistema corporal comprometendo o desempenho humano básico e habilidade em desempenhar funções, - Incapacidade física, emocional, social, cognitiva. FUNÇÕES DO CORPO são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas);ESTRUTURAS DO CORPO são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e seus componentes; DEFICIÊNCIAS são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como, um desvio importante ou uma perda; ATIVIDADE é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo; PARTICIPAÇÃO é o envolvimento de um indivíduo numa situação da vida real; LIMITAÇÕES DA ATIVIDADE são dificuldades que um indivíduo pode ter na execução de atividades; RESTRIÇÕES NA PARTICIPAÇÃO são problemas que um indivíduo pode enfrentar quando está envolvido em situações da vida real; FATORES AMBIENTAIS constituem o ambiente físico, social e atitudinal em que as pessoas vivem e conduzem sua vida. A INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIO TERAPÊUTICO FATORES INFLUENCIAM DIRETAMENTE FOCO É O PACIENTE E NÃO A DOENÇA. DEVEMOS TER CONHECIMENTO PRÉVIO: - PATOLOGIA E FISIPATOLOGIA DA DOENÇA; - COMPROMETIMENTOS GERADOS PELA PATOLOGIA; COMPROMETIMENTOS FÍSICOS COMUNS MUSCULOESQUELÉTICOS DOR, FRAQUEZA MUSCULAR, LIMITAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO, POSTURA. NEUROMUSCULARES DOR, EQUILÍBRIO, COORDENAÇÃO, DESENVOLVIMENTO MOTOR, TÔNUS. CARDIOVASCULARES / PULMONARES CIRCULAÇÃO COMPROMETIDA, DOR, DIMINUIÇÃO DE CAPACIDADE AERÓBICA. TEGUMENTARES HIPOMOBILIDADE, ADERÊNCIAS, ELASTICIDADE. LIMITAÇÕES FUNCIONAIS ALCANÇAR OBJETOS SUBIR E DESCER ESCADAS EMPURRAR E PUXAR PULAR E CHUTAR RODAR ORTOSTATISMO ARREMESSAR AGACHAR E AJOELHAR ATIVIDADES / INCAPACIDADES CUIDADOS PESSOAIS TAREFAS OCUPACIONAIS GERENCIAMENTO DO LAR ATIVIDADES RECREATIVAS 1) PRIMÁRIA: PROMOÇÃO DA SAÚDE; 2) SECUNDÁRIA: DIAGNÓSTICO PRECOCE; 3) TERCIÁRIA: REABILITAÇÃO PARA REDUZIR OU LIMITAR A PROGRESSÃO DA INCAPACIDADE EXISTENTE. DECISÃO CLÍNICA Pensamento analítico (crítico) Escolha, implementação, modificação Regras de Previsão Clínica PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Converter problema em pergunta Pesquisa Científica EXAME História. Revisão de Órgãos e Sistemas. Testes e Medidas. AVALIAÇÃO Achados para diagnóstico, prognóstico e tratamento. DIAGNÓSTICO Identificação das disfunções. Sinais e Sintomas. Comprometimentos. Limitações funcionais. Incapacidades. PROGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO Projeção do nível ideal de melhora e tempo esperado. Descrição do atendimento. Previsão de resultados. Planejamento de alta. INTERVENÇÃO Coordenação, documentação. Instruções para paciente. Intervenção nos procedimentos. RESULTADOS E N C A M IN H A M E N T O S / C O N S U L T A S R E E X A M E - PACIENTE x FISIOTERAPEUTA; - AMBIENTE; - DEMONSTRAÇÃO; - INSTRUÇÕES CLARAS E CONCISAS; - EXERCÍCIOS DOMICILIARES (ESCRITAS); - FAÇA PACIENTE DEMONSTRAR O EXERCÍCIO (FEEDBACK); - DÊ UM FEEDBACK ESPECÍFICO (EXPLIQUE POR QUE FOI FEITO CORRETO OU NÃO;) - EXPLIQUE O PROGRAMA DE EXERCÍCIOS POR PARTES. CONJUNTO COMPLEXO DE PROCESSOS INTERNOS QUE ENVOLVE A AQUISIÇÃO E RETENÇÃO RELATIVAMENTE PERMANENTE DE UM MOVIMENTO. AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE - EXERCÍCIO; - HABILIDADE PSICOMOTORA: 1. Tarefa Distinta: identificado o início e término do movimento. 2. Tarefa Seriada: série de movimentos distintos. 3. Tarefa Contínua: movimentos repetitivos. - AMBIENTE FECHADO; - AMBIENTE ABERTO; - CORPO ESTÁVEL OU TRANSPORTE DO CORPO; - MANIPULAÇÃO DE OBJETOS. 1) COGNITIVO 2) ASSOCIATIVO 3) AUTÔNOMO PARCIAL TAREFA É DIVIDIDA EM DIMENSÕES SEPARADAS. INTEGRAL A TAREFA É FEITA DO COMEÇO AO FIM. BLOQUEADA A TAREFA REPETIDA É FEITA SOB A MESMA CONDIÇÃO. EX: ANDAR NO MESMO AMBIENTE. ALEATÓRIA SÃO FEITAS LEVES VARIAÇÕES DA MESMA TAREFA. A TAREFA É MODIFICADA EM CADA REPETIÇÃO. ALEATÓRIA-BLOQUEADA VARIAÇÕES DA MESMA TAREFA. FÍSICA OS MOVIMENTOS DE UM EXERCÍCIO SÃO REALIZADOS. MENTAL É FEITO UM ENSAIO COGNITIVO DE COMO A TAREFA MOTORA É REALIZADA (VISUALIZAÇÃO E IMAGEM MENTAL). - CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE: IDADE, SEXO, MOTIVAÇÃO, COMPROMETIMENTO, FADIGA, MEMÓRIA, ETC. - FATORES RELACIONADOS À CONDIÇÃO DE SAÚDE OU AOS COMPROMETIMENTOS: CONDIÇÃO AGUDA OU CRÔNICA, DOR. - VARIÁVEIS RELACIONADAS AO PROGRAMA: INSTRUÇÕES, RETORNO, MOTIVAÇÃO, HORÁRIO, ETC.
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