Buscar

AULA 01 E 02 DE DIREITO PENAL

Prévia do material em texto

Penal (23/02/2018)
CONCEITO
Transação penal
OBS: Não é pena, é um benéfico legal, e é pré-processual
Cumprir penas alternativas, serviços à comunidade, pagamento de valores a instituições de caridade, entre outras.
Prescrito no artigo
ART 61 Lei de nº 9099/95
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
B) medida de segurança.
OBS: Não é pena, é medida ambulatorial, e tem caráter de tratamento.
A quem se aplica a medida de segurança?
Àqueles que praticam crimes e que, por serem portadores de doenças mentais, não podem ser considerados responsáveis pelos seus atos e, portanto, devem ser tratados e não punidos.
Qual o prazo de duração da medida de segurança?
O prazo mínimo deve ser estabelecido pelo Juiz que aplica a medida de segurança: é de um a três anos (art. 97, § 1º, do CP). Não foi previsto pelo Código Penal prazo máximo de duração da medida de segurança.
FINALIDADES DA PENA
Teoria absolutista (ou retribucionistas)
Retribuição do mal causado
“Olho por olho
Dente por dente”
OBS: Para as teorias absolutas também denominadas de retributivas a pena é uma forma de retribuição ao criminoso pela conduta ilícita realizada, é a maneira de o Estado lhe contrapesar pelo possível mal causado à uma pessoa específica ou à própria sociedade como um todo (bens jurídicos).
Teoria utilitarista (ou preventiva)
Prevenir novos delitos
OBS: Esta teoria possui uma pretensão diversa da anterior, e têm por objetivo a prevenção de novos delitos, ou seja, busca obstruir a realização de novas condutas criminosas; impedir que os condenados voltem a delinquir.
Teoria mista (eclética)
Retribuir o mal causado e prevenir novos delitos. Art. 59 CP
* Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Para a teoria mista ou eclética a pena é tanto uma retribuição ao condenado pela realização de um delito, como uma forma de prevenir a realização de novos delitos.
Ou seja, é uma mescla entre tais teorias, sendo a pena uma forma de punição ao criminoso, ante o fato do mesmo desrespeitar as determinações legais. E também uma forma de prevenir a ocorrência dos delitos, tanto na forma geral como na forma específica.
FINAIDADES DA PENA NO BRASIL
Prevenção 
 Geral – Protege a todos, visa a sociedade
 Especial- voltada ao delinquente. (Não voltar a cometer mais crimes).
Retribuição
São ligadas essencialmente às doutrinas da retribuição ou da expiação, uma vez que sustentam que a pena deve ter caráter retributivo ou repressivo, ou seja, que ela funciona como um castigo reparador de um mal. O mal justo da pena compensa o mal injusto do delito. Seu mérito reside em reconhecer a necessidade de que a pena seja proporcional ao crime cometido.
Ressocialização
Lei 7.210 art. 1º
A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
Regime, fechado, semi aberto, aberto.
No caso do condenado a mais de oito anos de prisão, por exemplo, o início do cumprimento da pena deve ser no regime fechado. Nessa condição, o detento fica proibido de deixar a unidade prisional, como presídio e penitenciária ou mesmo a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) em que estiver cumprindo a pena.
Já o condenado a pena superior a quatro anos e não superior a oito anos de prisão, se não for reincidente, deve iniciar o cumprimento de pena no regime semiaberto, em colônia agrícola ou estabelecimento similar, como as APACs. Nessa condição, ele é autorizado a deixar a unidade penitenciária durante o dia para trabalhar, devendo retornar à noite. No caso do réu reincidente, ele inicia o cumprimento da pena no regime fechado.
A legislação penal brasileira permite que o condenado em regime fechado ingresse no semiaberto após o cumprimento de 1/6 da pena, desde que tenha bom comportamento carcerário. Nos crimes contra a Administração Pública, como, por exemplo, a corrupção, o condenado só muda de regime, após 1/6 da pena, se tiver bom comportamento e também reparar o prejuízo aos cofres públicos, exceto quando ele comprovar a impossibilidade de fazê-lo. Para os crimes hediondos, como estupro, a progressão de regime se dá após o cumprimento de 2/5 da pena, se o condenado for primário, e de 3/5 da pena, se reincidente.
O regime aberto, por sua vez, é imposto a todo réu condenado a até quatro anos de prisão, desde que não reincidente. Nesse regime, a pena é cumprida em casa de albergado ou, na falta deste, em estabelecimento adequado, como, por exemplo, a residência do réu. O condenado é autorizado a deixar o local durante o dia, devendo retornar à noite. Para o regime aberto podem progredir os que se encontram no semiaberto, após o cumprimento dos requisitos previstos na legislação penal brasileira, como tempo de cumprimento de pena e bom comportamento.
4) Cominações das penas
a) Isoladamente – pena privativa de liberdade:
ex Art. 121
OBS: Homicídio simples – art. 121CP. Matar alguém
Penas= reclusão de seis a vinte anos.
É APLICADO SOMENTE A PENA.
Cumulativamente – Privativa de liberdade = multa
Art. 155CP
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Alternativamente – privativa de liberdade ou multa
 Ex; art. 147CP
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
5) princípios informados da pena
a) Principio da personalidade ou da responsabilidade ou da intranscedência.
OBS: Segundo este princípio a pena deve ser imposta ao condenado, ela não pode transcender, ou seja, não pode passar da pessoa do condenado. Somente o condenado que deverá ser submetido à uma sanção penal. Caso o condenado venha falecer, mesmo que a pena aplicada a ele seja de natureza pecuniária, não poderá ser estendida à outras pessoas, devido ao seu caráter personalíssimo. 
Porém, se a responsabilidade “não for penal”, como por exemplo, na obrigação de reparar o dano, e tendo falecido o condenado e seus bens tenham sido transferidos aos seus sucessores, nada impede que estes respondam até as forças da herança.
Então, em se tratando de responsabilidade penal, se o condenado falecer, não poderá o valor correspondente à pena de multa a ele aplicada ser cobrada de seus herdeiros, em respeito ao princípio da responsabilidade pessoal.
Art. 5º XLV, CF/88
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
b) Princípio da legalidade
art. 5o, XXXIX, verbis: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
O princípio da legalidade, segundo o qual nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada, sem que antes desse mesmo fato tenham sido instituídos por lei o tipo delitivo e a pena respectiva, constitui uma real limitação ao poder estatal de interferir na esfera das liberdades individuais.
Princípio da inderrogabilidade ou da inevitabilidade de pena
Constatada a prática delitiva, a pena deve ser aplicada. A pena deve atingir sua eficácia, e para isso é necessária a responsabilização do agente pelo crime cometido. O Estado-juiz não pode deixar de aplicare executar a pena ao culpado pela infração penal, com apenas uma exceção: o perdão judicial (art. 121, parágrafo 5º do CP).
· Obs.: Exemplo de perdão judicial: o pai, que, dirigindo pela estrada, passa por uma linha férrea e culposamente é atingido pelo trem, matando sua filha que estava no banco de trás. O princípio do perdão judicial entende que nenhuma pena pode atingir tanto o agente quanto o fato que ocasionou a crime.
Art.121. Matar alguém:
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Princípio da proporcionalidade.
A pena deve guardar proporcionalidade entre o crime e a sanção imposta. Tanto o juiz quanto o Ministério Público devem ter essa noção de proporcionalidade.
A pena deve ser proporcional à gravidade do crime.
art. 5, XLVI, CF.
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
Princípio da individualidade da pena:
Art. 5º XLVI CF/88
 Garante aos indivíduos no momento da condenação em um processo penal, que sua pena seja individualizada, isto é, levando em conta as peculiaridades aplicadas para cada caso concreto.
Princípio da humanidade ou humanização das penas. Art. XLVII CF/88
 O princípio da humanidade consiste no benefício Constitucional concedido para que a pena não ultrapasse a pessoa do réu. Com ressalvas aos efeitos extrapenais da pena, nem que esta atende desnecessariamente contra sua vigência física e mental.
Princípio ‘no bis idem’ art. 20 do Estatuto de Roma.
O princípio “no bis idem” proíbe que uma pessoa seja processada e julgada e condenada mais de uma vez pela mesma conduta.
6. Penas Proibidas no Brasil.
Art. 5º XLVII: Não haverá:
Pens de morte, salvo em guerra declarada(...); b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) Cruéis.
Exceções:
 Lei do abate (lei nº 7565/86 art.303 incisos 2)
Art. 303. A aeronave poderá ser detida por autoridades aeronáuticas, fazendárias ou da Polícia Federal, nos seguintes casos:
I - se voar no espaço aéreo brasileiro com infração das convenções ou atos internacionais, ou das autorizações para tal fim;
II - se, entrando no espaço aéreo brasileiro, desrespeitar a obrigatoriedade de pouso em aeroporto internacional;
Lei dos crimes ambientais 9 9505/86 art. 24)
Prevê a morte da pessoa jurídica que comete crimes graves ambientais.
7) Penas Permitidas no Brasil art. 5 XLVI CF
Infração Penal refere-se aos crimes ou delitos, bem como as contravenções penais. Cada infração penal Tem uma Sanção correspondente.
As penas são:
Privativas de liberdade, Restritivas de Direitos e Multas
 Sanção Penal (Penas art. 32CP)
Privativas de Liberdade:
Reclusão Art.121CP: 
Reservadas Para os crimes mais graves.
IMPORTANTE: 
A pena de Reclusão será inicialmente em regime fechado, semiaberto, ou aberto: dependendo do valor da pena;
A pena de detenção será cumprida inicialmente em regime semiaberto ou aberto, dependendo do valor da pena;
A) fechado: Se apena for Superior a 8 anos- art. 32, inciso 2 ‘a’ CP
B) semiaberto: se apena for maior que 4 anos e menor ou igual a 8 anos art3 inciso 2, o local de cumprimento – colônia agrícola, industrial ou similar.
C) se a pena for de até 4 anos (em casa de albergado ou lugar adequado) porém no Brasil o preso cumpre em liberdade com algumas regras.
Condenado reincidente; art. 63CP
“Verifica-se reincidência quando o agente comete novo crime depois de transitar em julgado a sentença, que, no país ou no estrangeiro o tenha condenado por crime anterior.
É de natureza agravante
Em caso de reincidência, o juiz pode mudar o local de cumprimento da pena independente de quantos anos será cumprido.
OS crimes definidos como hediondos e os equiparados T T T Possuem tratamento constitucional mais rigoroso
Trafico, Terrorismo, Tortura.
 Art. 5º, XLVIII CF/88 A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos(...) o INDULTO também é vedado.
Privativas de Direito:
Multa
Advertência é uma modalidade de pena.
Regime especial- Art. 37, cumprimento de penas- Mulheres.
STF HC Coletivo.
Conceder HC coletivo para determinar substituição de pena preventiva por domiciliar de mulheres preses, em todo território nacional, que sejam gestantes ou mães de crianças até 12 anos ou de pessoas c/ deficiência.
2) Pena de detenção.
* Reservada para crimes menos graves.
A) fechado (nunca) em caso de reincidência.
b) Semiaberto- Se apena for MAIOR que 4 anos ou igual a 8.
C) aberto- Se apena for ATÈ 4 anos.
OBS:
SULULA 719 STF
A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.
SUMULA 718 STF
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
SUMULA 440 STJ
Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.

Outros materiais

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes