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CadernoTratamentoeOrganiza C eodeRecursosEletr EnicoseAudiovisuais2014.1

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Técnico em Biblioteca 
Ana Cláudia Gouveia Araújo 
 
 
 
 
2014 
Tratamento e Organização 
de Recursos Eletrônicos e 
Audiovisuais 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
José Henrique Paim Fernandes 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Aléssio Trindade de Barros 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
Coordenador Rede e-Tec Brasil 
Cleanto César Gonçalves 
 
 
 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação e Esportes de 
Pernambuco 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Josefa Rita de Cássia Lima Serafim 
 
Coordenador de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação do Curso 
Hugo Carlos Cavalcanti 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Letícia Garcia 
 
Diagramação 
Izabela Cavalcanti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 
1.COMPETÊNCIA 01 | CONHECER OS FORMATOS/PADRÕES PARA DESCRIÇÃO DA 
INFORMAÇÃO ELETRÔNICA E AUDIOVISUAL ........................................................................... 5 
1.1 O que é Informação Audiovisual? .......................................................................... 5 
1.1.1 Tratamento e Organização de Expressões Sonoras ............................................ 7 
1.1.1.1 Música .............................................................................................................. 7 
1.1.1.2 Gravações de Som .......................................................................................... 12 
1.1.2 Tratamento e Organização de Imagens em Movimento .................................. 18 
1.1.3 Tratamento e Organização de Materiais Gráficos ............................................ 24 
2.COMPETÊNCIA 02 | IDENTIFICAR OS TIPOS DE OBJETOS DIGITAIS (OD) E PRINCIPAIS 
REQUISITOS PARA REPRESENTAÇÃO E RECUPERAÇÃO ADEQUADAS .................................... 32 
2.1 Recursos Eletrônicos ............................................................................................ 33 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 51 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 52 
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ........................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
INTRODUÇÃO 
 
Caro aluno! 
 
Você já parou para pensar que uma biblioteca ou unidade de informação não 
contém apenas livros e revistas impressas? Pois é... Uma biblioteca, arquivo, 
museu ou centro de documentação pode conter tipologias documentais 
variadas, como: disco (vinil), filmes cinematográficos, gravações de som, 
música impressa, fitas cassete, CDs, DVDs, fotografias, slides, ou seja, 
materiais especiais. 
 
Esses documentos precisam de tratamento diferenciado, que muitas vezes 
não deve ser o mesmo dispensado ao material impresso. Apesar de 
eventualmente os padrões serem os mesmos, as peculiaridades na descrição 
de objetos audiovisuais e digitais existem. Já pensou por exemplo na 
especificidade de uma partitura musical? Que informação e conhecimento ela 
contêm? Como poderíamos “imaginar musicalmente” toda a paisagem sonora 
inscrita na partitura musical e que dela deriva um tipo de conhecimento 
estético para o leitor certo, o músico? E a fotografia, caro aluno? Como o 
olhar de um observador humano, tão carregado de subjetividade poderá 
influenciar na categorização da informação ali contida? Aliás, o que uma 
imagem quer dizer a seu expectador? 
 
Bem diante desses questionamentos, além do entendimento e tratamento de 
linguagens específicas que tais documentos são constituídos, temos a 
necessidade de organizá-los como etapa última de nosso trabalho nos 
arquivos, bibliotecas e centro de documento! 
 
É então, caro aluno, que fica mais evidente o papel do profissional da 
informação como responsável pelo tratamento e organização dos 
documentos supracitados (materiais audiovisuais e imagéticos), a fim de 
permitir o acesso adequado à informação e ao conhecimento contido neles e, 
assim, viabilizar a produção de novos conhecimentos. 
 
 
 4 
Técnico em Biblioteca 
O conteúdo a ser estudado será relacionado às disciplinas anteriores. 
Aspectos técnicos e teóricos precisam ser abordados no sentido de conceituar 
a informação audiovisual e digital, explicitar os tipos de documentos que as 
contém e apresentar como devem ser tratadas, baseando‐se em dois 
instrumentos/padrões utilizados na nossa área: o AACR2 e o padrão de 
metadados Dublin Core, principalmente. Outros recursos podem ser citados, 
entretanto, a ênfase da disciplina será nos dois instrumentos apresentados. 
 
O caderno de estudos apresenta aspectos teóricos e práticos referentes ao 
tratamento documental, fundamentalmente o gerenciamento de materiais 
especiais. A disciplina será apresentada em duas competências, a saber: 1) 
Conhecer os formatos/padrões para descrição da informação eletrônica e 
audiovisual; 2) Identificar os tipos de objetos digitais (OD) e principais 
requisitos para representação e recuperação adequadas. 
 
A reflexão sobre o conteúdo é fundamental e a busca por outras fontes de 
informação que tratem sobre o assunto deve ser constante. Isso contribui de 
maneira considerável no processo de ensino-aprendizagem. 
 
Bons estudos a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
 Competência 01 
1.COMPETÊNCIA 01 | CONHECER OS FORMATOS/PADRÕES PARA 
DESCRIÇÃO DA INFORMAÇÃO ELETRÔNICA E AUDIOVISUAL 
 
Os profissionais da informação são responsáveis por desenvolver 
metodologias, ou basear‐se nas já existentes, para atuar no tratamento e 
organização não apenas de documentação impressa, mas também de 
documentação especial: os chamados materiais audiovisuais, imagéticos e 
eletrônicos, esses últimos preferiremos chamar aqui de digitais. 
 
Todas essas tipologias documentais são também chamadas de: não 
convencionais, multimeios, materiais não impressos, materiais não 
bibliográficos, dentre outros termos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Material audiovisual 
Fonte:www.documentosaudiovisuais.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/ 
sys/star.htm 
 
1.1 O que é Informação Audiovisual? 
 
Conforme Oliveira; Silva (2011, p. 6), informação audiovisual: 
 
É signo, representação, significação, construção cultural 
em complexo (unidade e conjunto) de sentidos em 
forma e conteúdo articulados, numa polifonia de 
linguagens. O potencial de informatividade de um signo 
está na sua capacidade de produzir sentidos. 
 
 
 
 6 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
Diante do exposto, consideramos, então, que os elementos de sentido que 
constituem a informação audiovisual compõe o contexto cultural em que está 
inserida, ou seja, os documentos audiovisuais contêm informações que são 
elementosde sentido da realidade cultural em que foram produzidos, 
servindo como elemento de memória social, ou podem servir de insumos para 
novas produções socioculturais. 
 
Neste sentido, possibilitam várias interpretações, a depender da situação e da 
leitura do observador ou profissional da informação que precise descrever 
essas informações, tendo em vista o caráter polissêmico de tal conteúdo 
informacional. Para Oliveira; Silva (2011), a polissemia1 no gerenciamento da 
documentação audiovisual deve ser um pouco preservada. Além disso, o 
autor supracitado também afirma que “devemos tomar muito cuidado com a 
interpretação, com a leitura da informação audiovisual, para não 
empobrecerem as possibilidades de pesquisa, busca e recuperação da 
informação pelos sujeitos” (OLIVEIRA; SILVA, 2011, p. 6). 
 
A informação audiovisual está presente em diversos suportes de pesquisa, 
dentre os quais iremos enfatizar a descrição física da imagem fotográfica, das 
imagens em movimento, das expressões sonoras e das mídias digitais. 
 
Conforme estudado na disciplina Representação Descritiva, a descrição física 
se refere à catalogação dos materiais informacionais e está vinculada à área 
de organização da informação (que envolve descrição física e temática dos 
acervos) e objetiva a recuperação da informação adequada pelos usuários. 
Além disso, tratou‐se também que o instrumento para descrever fisicamente 
acervos bibliográficos e audiovisuais é o AACR2. Iremos, então, trabalhar com 
suas regras de descrição para materiais especiais, tais como: fotografia, 
música, gravações de som, filmes cinematográficos e gravações de vídeo. 
Todas as outras seções e subseções abordarão regras de descrição contidas 
 
1 “Fenômeno semântico em que uma mesma palavra tem dois ou mais significados inter-
relacionados, podendo, portanto, ocorrer em contextos diferentes” (OLIVEIRA, 2008, p. 19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
 Competência 01 
no AACR2, padrão internacional para catalogação. As regras apresentadas na 
disciplina Representação Descritiva devem sempre ser relembradas. 
 
O tratamento e organização das mídias digitais serão abordados na seção 3. 
 
“Fenômeno semântico em que uma mesma palavra tem dois ou mais 
significados inter-relacionados, podendo, portanto, ocorrer em contextos 
diferentes” (OLIVEIRA, 2008, p. 19). 
 
1.1.1 Tratamento e Organização de Expressões Sonoras 
 
Uma biblioteca ou centro de documentação pode conter entrevistas gravadas 
em fitas cassete, partituras, música impressa etc., em seu acervo. E como 
podemos tratar essa tipologia documental? Como considerar os 
termos/descritores para representar o conteúdo informacional? Iremos dividir 
esta subseção aqui em duas: Música impressa e Gravações de Som, conforme 
é dividido no AACR2. 
 
1.1.1.1 Música 
 
As regras do Cap. 5 do AACR2 dizem respeito à descrição de música publicada. 
 
Entendamos, então, para este item as partituras musicais. Perota (1997) traz 
um resumo da descrição de música publicada. Inicialmente, a autora afirma 
que: 
 
A partitura musical é constituída de uma série de pautas 
nas quais estão escritas todas as partes instrumentais 
e/ou vocais de uma obra musical colocada uma abaixo 
da outra em alinhamento vertical, de modo a permitir 
sua leitura simultânea (PEROTA, 1997, p. 165). 
 
 
 
 
 
 8 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
A autora acrescenta que as partituras podem ser: 
 
 Partitura condensada ‐ partitura musical em que aparecem apenas as 
partes musicais mais importantes, no menor número possível de 
pentagramas2, geralmente organizadas por seções instrumentais; 
 Partitura de bolso ‐ partitura musical de tamanho reduzido, a princípio 
não destinada à execução; 
 Partitura de coro ‐ partitura de obra para canto, que mostra somente as 
partes do coro, com acompanhamento (se houver), arranjado para 
instrumento de teclado; 
 Partitura fechada – partitura de música, em que aparecem todas as 
partes, no menor número possível de pentagramas, normalmente dois, como 
hinos; 
 Partitura incompleta – esboço feito por um compositor para uma obra 
destinada a conjunto, ressaltando em poucas pautas as características 
principais de composição; 
 Partitura vocal – partitura que apresenta todas as partes vocais, com o 
acompanhamento – caso haja – arranjado para instrumentos de teclado; 
 Partitura do regente – pianista [violinista, etc.] – A parte para um 
instrumento determinado. 
 
As regras para descrição de música são resumidas por Perota (1997) e pelo 
AACR2 da seguinte forma: 
 
 Ponto de acesso principal: O compositor da música é o autor da obra por 
ele criada, portanto, a entrada é pelo nome do compositor. 
 Pontos de acessos secundários: são feitos pontos de acesso secundários 
para pessoas e instituições consideradas relevantes na execução da obra, bem 
como deve ser feita entrada secundária para o título. 
 
Mas qual seria a principal fonte de informação? De onde retirar as 
informações para conseguir identificar compositor e outros pontos relevantes 
 
2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pauta_%28m%C3%BAsica%29 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
para descrever o item? 
 
Regra 5.0B1 – Se a página de rosto consistir de uma lista de títulos, incluindo 
o título do item que está sendo catalogado, escolha como fonte principal de 
informação a página de rosto, a capa ou o título de partida; dependendo de 
qual deles apresentar a informação mais completa. Em todos os outros casos 
use a página de rosto ou substituta a página de rosto como fonte principal de 
informação. Se a informação não estiver disponível na fonte principal, retire‐a 
das seguintes fontes (na seguinte ordem de preferência): 
 
1. Título de partida 
2. Capa 
3. Colofão 
4. Outras preliminares 
5. Outras fontes 
 
Fontes de informação prescritas. A(s) fonte(s) de informação prescrita(s) para 
cada área da descrição de música publicada está (ão) indicada(s) a seguir. 
Coloque entre colchetes as informações extraídas de outras fontes que não 
a(s) fonte(s) prescrita(s): 
 
ÁREA FONTES DE INFORMAÇÕES PRESCRITAS 
Título e indicação de responsabilidade Fonte principal de informação 
Edição 
Fonte principal de informação, título de 
partida, capa, colofão, outras preliminares 
Apresentação física da música Fonte principal de informação. 
Publicação, distribuição etc. 
Fonte principal de informação, título de 
partida, capa, colofão, outras preliminares, 
primeira página de música 
Descrição física Qualquer fonte 
Série 
Página de rosto da série, página de rosto, 
título de partida, capa, colofão, outras 
preliminares 
Notas Qualquer fonte 
Número normalizado e modalidades de 
aquisição 
Qualquer fonte 
Quadro 01-Fontes de informações prescritas para descrição de música publicada 
Fonte: CÓDIGO... (2002) 
 Competência 01 
 
 
 10 
Técnico em Biblioteca 
A fonte principal de informação de uma partitura é a 
página de rosto. As partituras apresentam um tipo 
particular de página de rosto denominada “página de 
rosto em lista” das músicas contidas no item ou uma 
relação de músicas publicadas pela mesma editora, 
entre as quais está relacionado o título da partitura a ser 
catalogada (PEROTA, 1997, p. 166). 
 
Área do título: registre o título como aparece no item. Ex: Bacarola op. 14, 
piano. 
 
Designação geral do material (acréscimoopcional) – acrescente 
imediatamente após o título principal a designação geral do material, 
“música” entre colchetes. Ex: Mandinga [música]. 
 
Outras informações sobre o título – normalmente a indicação de um subtítulo. 
Ex: Mandinga [música]: batuque 
 
Indicação de responsabilidade: Transcreva as indicações de responsabilidade 
relativas a pessoas ou entidades. 
 
Área da edição: Indica‐se a edição quando esta informação constar do item. 
 
Área da Publicação, Distribuição, etc.: registre o local, a editora e a data de 
publicação do item. 
 
Área da descrição física: registre o número de unidades físicas do item e a 
designação específica do material (tipo de partitura: condensada, fechada, 
vocal, redução para piano, parte, etc.). 
 
1 partitura 
1 partitura vocal 
4 partes 
 
 
 
Não registre lugar 
de publicação, 
distribuição, etc., 
no caso de um item 
não 
publicado. Não 
registre s. l. neste 
caso. 
 
Não registre nome 
do editor, 
distribuidor etc., no 
caso de um item 
não publicado. Não 
registre s. n. neste 
caso. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
‐ Acréscimo da extensão do item em páginas, ou número de volumes e o 
número de partes, se for o caso. 
 
1 partitura (5 p.) 
1 partitura (2 v.) 
1 partitura vocal (3p.) + 1 parte 
 
‐ registre os detalhes de ilustrações 
 
1 partitura (23 p.): retr. 
1 partitura (23 p.): Il. + 16 partes 
 
Área da Série: Caso o item pertença a uma série faça a indicação. 
 
Área das Notas: As notas mais comuns são notas de: 
 
. Indicação de forma de composição e meio de execução; 
. Registro da língua do texto; 
. Indicação de responsabilidade; 
. Público a que se destina; 
. Conteúdo do item; 
. Nº de chapa e nº do editor 
 
Vamos observar modelos de fichas catalográficas de partituras musicais na 
nossa videoaula? 
 
Quanto à definição do assunto de música publicada, deve‐se considerar que o 
“grau de exaustividade (a extensão com que é analisado o documento) e 
especificidade (o grau de precisão ao se especificar o assunto do documento) 
vai depender da política da instituição em relação aos seus usuários.” 
(PEROTA, 1997, p. 172). 
 
 
 Competência 01 
 
 
 12 
Técnico em Biblioteca 
Perota (1997) acrescenta alguns princípios que devem ser considerados para 
facilitar o trabalho de indexação de música: 
 
1. Anteceder a música vocal da instrumental; 
2. Iniciar a música vocal com os solos, seguidos da segunda, terceira vozes 
etc.; 
3. Organizar a música instrumental na seguinte ordem: instrumentos de 
sopro, corda, teclado e percussão; 
4. Incluir primeiro a música de câmera e depois a orquestral. 
 
1.1.1.2 Gravações de Som 
 
O capítulo 6 do AACR trata de descrição de gravações sonoras em todos os 
meios: discos, fitas (bobinas abertas, cartuchos, cassetes), rolos para pianola 
(e outros rolos) e gravações de som em filme (com exceção daquelas 
destinadas a acompanhar imagens visuais, para as quais você deve ver o 
capítulo 7). Resumiremos aqui algumas regras contidas no código. 
 
“São consideradas gravações sonoras ou registrogramas toda gravação onde 
as vibrações sonoras são registradas por processo mecânico ou eletrônico sob 
o qual o som possa ser reproduzido.” (PEROTA, 1997, p. 55). A autora também 
afirma que os principais tipos de gravações sonoras são: 
 
‐ Discos (fonodiscos ou disco sonoro, disco laser); 
‐ Fitas cassetes; 
‐ Cartuchos (cassetes com um único registro sonoro onde a gravação é feita 
ao mesmo tempo, dos dois lados da fita. É muito usado em rádios para a 
divulgação de comerciais); 
‐ Fita de rolo (usadas para gravações que exigem melhor qualidade sonora); 
‐ Rolos para pianolas ou órgãos; 
‐ Trilhas sonoras. 
 
A documentação fonológica não inclui apenas discos 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
com gravações de músicas clássicas ou populares; ‐ ela é 
muito mais abrangente como: ‐ gravações de discursos 
políticos e figuras literárias de interesse para estudiosos 
de ciências sociais e literatura; ‐ acontecimentos sociais, 
sessões legislativas e outros fenômenos típicos da 
sociedade primitiva e contemporânea, de interesse para 
historiadores e antropólogos; ‐ gravações com 
finalidade de estudar as variações fonéticas dentro de 
uma mesma língua; ‐ no ensino de línguas; ‐ gravações 
de textos para pessoas com problemas visuais ‘livros 
falados’. (PEROTA, 1997, p. 55). 
 
Qual será a fonte principal de informação de gravações sonoras? 
 
Fonte principal de informação: 
 
Veja a fonte principal de informação para cada um dos tipos de gravação de 
som: 
 
TIPO FONTE PRINCIPAL 
Disco Disco e etiqueta 
Fita(bobina aberta) Bobina e etiqueta 
Fita cassete Cassete e etiqueta 
Fita cartucho Cartucho e etiqueta 
Rolo Etiqueta 
Gravação de som de filme Contêiner e etiqueta 
Quadro 2 – Fonte principal de informação para cada um dos tipos de gravação de som 
Fonte: AACR2 
 
Se a informação não estiver disponível na fonte principal, retire‐a das 
seguintes fontes (nesta ordem de preferência): 
 
 Material adicional constituído de texto; 
 Contêiner (capa, caixa, etc.); 
 Outras fontes. 
 
 Competência 01 
 
 
 14 
Técnico em Biblioteca 
Prefira dados fornecidos no texto a dados sonoros. Por exemplo, se um disco 
sonoro tiver uma etiqueta e também informações apresentadas em forma 
sonora no disco, prefira as informações da etiqueta. 
 
Fontes de informação prescritas: A(s) fonte(s) de informação prescrita(s) para 
cada área da descrição de gravações de som está (ão) indicada(s) a seguir. 
Coloque entre colchetes as informações extraídas de outras fontes que não 
a(s) fonte(s) prescrita(s): 
 
ÁREA FONTES DE INFORMAÇÃO PRESCRITAS 
Título e indicação de responsabilidade Fonte principal de informação 
Edição 
Fonte principal de informação, material adicional 
constituído de texto e contêiner 
Publicação, distribuição etc. 
Fonte principal de informação, material adicional 
constituído de texto e contêiner 
Descrição física Qualquer fonte 
Série 
Fonte principal de informação, material adicional 
constituído de texto e contêiner 
Notas Qualquer fonte 
Número normalizado e modalidades 
de aquisição 
Qualquer fonte 
Quadro 03 – Fontes de informação prescrita para gravações de som 
Fonte: AACR2 
 
Área do título: transcreva o título principal de acordo com a fonte principal de 
informação. 
 
Se o título principal não for extraído da fonte principal de informação ou se 
for obtido de um contêiner que seja um elemento unificador, registre a fonte 
principal do título em nota. 
 
O registro da designação geral do material após o título principal é opcional, 
descrita “Gravação de som”. Entretanto, algumas unidades de informação 
usam a designação específica do material, ou seja, “disco” (para discos 
sonoros), “fita cassete” (para cassetes). 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
Se um item contiver partes constituídas de materiais que pertençam a duas 
ou mais categorias e se nenhuma delas for o elemento predominante do item, 
use a designação multimeios ou conjunto de peças. 
 
Indicações de responsabilidade: transcreva as indicações de responsabilidade 
relativas àquelas pessoas ou entidades mencionadas como desempenhando 
um papel mais importante na criação do conteúdo intelectual da gravaçãode 
som (por ex.: autor de texto falado, compositores de música executada, 
coletores de material de campo, produtores que tiveram responsabilidade 
artística e/ou intelectual). 
 
 Se a participação da(s) pessoa(s) ou entidades mencionada(s) numa 
indicação encontrada na fonte principal de informação for além da atuação, 
execução ou interpretação de uma obra (como é usual no caso de música 
popular, rock ou jazz), registre essa indicação como uma indicação de 
responsabilidade. 
 Se, entretanto, a participação estiver limitada à atuação, execução ou 
interpretação (como acontece no caso de música erudita ou clássica e 
discursos gravados) registre a indicação na área das notas. 
 
Área da Edição: Indica‐se a edição de uma gravação de som quando esta 
informação constar do item. 
 
Área da publicação, distribuição, etc.: Indica-se o local, o nome comercial da 
gravadora ou companhia fabricante e data de distribuição. 
 
 Não registre um lugar de publicação, distribuição, etc. para uma gravação 
de som não processada3. Neste caso, não registre s. l. 
 Não registre um editor, distribuidor para uma gravação de som não 
processada. Neste caso, não registre s. n. 
 
3 Uma gravação de som não processada é um registro não comercial do qual existe, 
geralmente, somente um único exemplar. 
 
 Competência 01 
 
 
 16 
Técnico em Biblioteca 
Área da Descrição Física: 
 
Para disco sonoro, registrar: 
 
 Número de unidades físicas do item, seguido da designação específica do 
item; 
 Tempo de duração (em minutos) da gravação (entre parênteses); 
 Velocidade de execução em rotações por minuto (abreviatura = rpm); 
 Número de canais sonoros; 
 Dimensões em polegadas. 
 
Exemplo: 
 
1 disco sonoro (ca 50min): 33 1/3 rpm, estéreo; 12 pol. 
 
Para cassete sonoro, registrar: 
 
 Número de unidades físicas do item; 
 Tempo de duração (em minutos) da gravação (entre parênteses); 
 Velocidade de execução (para fita cassete é em polegadas por segundo – 
pps); 
 Termo que identifica o canal sonoro; 
 Características de gravação e reprodução (nem todas as fitas trazem essa 
informação). 
 
Exemplo: 
 
1 cassete sonoro (ca. 60min): 3 ¾ pps, estéreo, método Dolby 
 
Área da Série: A série será mencionada quando conhecida, seguindo‐se as 
mesmas regras adotadas na catalogação de livros. 
 
Área das notas: As principais notas a serem consideradas são: 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
• Fonte do título, caso este não seja encontrado na própria gravação; 
• Indicação de participantes, executantes e meio de execução: orquestras, 
quartetos, violinos, pianos, narradores etc.; 
• Detalhes sobre o evento (caso seja de importância); 
• Nota de conteúdo: títulos e autores para música popular, revistas musicais e 
trilhas sonoras de filmes; 
• Nome comercial da gravadora ou companhia fabricante e do número de 
catálogo da gravadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura – Modelo de Ficha Catalográfica de Disco 
Fonte: PEROTA (1997). 
 
Entrada principal pelo autor 
 
Título Uniforme 
 
Descrição física: nº de unidades físicas e designação específica do material, 
indicação de duração aproximada (ca.) porque esta informação não consta no 
item, velocidade de execução em rotações por minutos (rpm) e nº de canais 
sonoros, dimensões do disco em polegadas. 
 
Veja mais exemplos de fichas na videoaula! 
 
Tratamos aqui de descrição de música e gravações sonoras. Vamos agora 
observar como deve ser a catalogação de vídeos? Você pode, em algum 
 Competência 01 
 
 
 18 
Técnico em Biblioteca 
momento, precisar descrever materiais que tenham entrevistas filmadas, 
filmes, vídeos sobre indígenas em suas aldeias ou comportamentos sociais 
diversos. É crescente a formação de acervos em unidades de informação que 
envolve material especial para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. 
Você já pensou nisso? 
 
1.1.2 Tratamento e Organização de Imagens em Movimento 
 
As imagens em movimento ou filmes cinematográficos e gravações de vídeo, 
como são chamados pelo AACR2, são estudadas no Capítulo 7 do referido 
código de catalogação. O profissional da informação pode deparar‐se com 
esse tipo de acervo em bibliotecas, arquivos de empresas de televisão, 
jornais, dentre outros. 
 
Perota (1997, p. 33) define: 
 
Filmes são uma reprodução em miniatura de uma 
imagem ou outro material gráfico, o qual não pode ser 
utilizado sem ampliação. Apresenta‐se contendo uma 
sucessão de imagens projetadas para serem vistas, 
figura por figura, com ou sem som [...] São riquíssimas 
fontes de informação e meios eficazes de educação 
audiovisual e de cultura histórica. 
 
A autora também afirma que os filmes podem se apresentar com as seguintes 
larguras (bitolas): 
 
8mm Introduzido pela Kodak em 1933, são usados por amadores. 
16mm Introduzido pela Kodak em 1923, são usados para fins científicos e 
culturais e pela TV 
35mm Para fins comerciais (é o tamanho padrão). Aparecem nos fins do século 
XIX. São usados comercialmente pelas grandes companhias 
cinematográficas. 
70mm Para filmes de visão panorâmica. 
Quadro – Larguras(bitolas) dos Filmes 
Fonte:PEROTA (1997, p. 33) 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
Qual seria a principal fonte de informação prescrita a ser considerada na 
descrição física desse tipo de material? 
 
A regra 7.0B1 traz que a fonte principal de informação para filmes 
cinematográficos e gravações de vídeo é (nesta ordem de preferência): 
 
a) o próprio item (por ex., os fotogramas do título); 
b) seu contêiner (e sua etiqueta) se este for parte integrante da peça (por ex., 
um vídeo cassete). 
 
Se a informação não estiver disponível na fonte principal, retire‐a das 
seguintes fontes (nesta ordem de preferência): 
 
 Material adicional constituído de texto (por ex., roteiros, listas das 
tomadas de cenas, material de publicidade); 
 Contêiner (se não for parte integrante da peça); 
 Outras fontes. 
 
O processamento técnico de filmes ocorre, muitas vezes, por não serem 
identificadas informações nos rótulos de suas caixas que auxiliem na descrição 
e aí há a necessidade de o profissional da informação projetar o filme para 
maiores esclarecimentos. 
 
Regra 7.0B2 Fontes de informação prescritas. A(s) fonte(s) de informação 
prescrita(s) para cada área da descrição de filmes cinematográficos e 
gravações de vídeo está (ão) indicada (s) a seguir. Coloque entre colchetes as 
informações extraídas de outras fontes que não a(s) fonte(s) prescrita(s): 
 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 20 
Técnico em Biblioteca 
ÁREA FONTES DE INFORMAÇÃO PRESCRITAS 
Título e indicação de responsabilidade Fonte principal de informação 
Edição 
Fonte principal de informação, contêiner, 
material adicional 
Publicação, distribuição etc. 
Fonte principal de informação, contêiner, 
material adicional 
Descrição física Qualquer fonte 
Série 
Fonte principal de informação, contêiner, 
material adicional 
Notas Qualquer fonte 
Número normalizado e modalidades de 
aquisição 
Qualquer fonte de aquisição 
Quadro 04 – Fontes de informação prescritas para filmes cinematográficos e gravações de vídeo 
Fonte: AACR2 
 
Resumiremos o que o AACR2 traz sobre descrição de filmes e gravações de 
vídeo: 
 
Regra 7.1B. Área do título 
 
Observações:1. Se o título principal não for extraído da fonte principal de informação, 
registre a fonte do título em nota; 
2. Se o item não tiver título, este deve ser fornecido pelo catalogador e 
transcrito entre colchetes, indicando‐se em nota que é um título fornecido – 
Ex.: [Cenas de verão]; 
3. A descrição de um filme comercial é iniciada pela palavra “Propaganda” e 
nome do produto/serviço anunciado – Ex.: [Propaganda da Campanha de 
Segurança nas Estradas] 
 
Após o título principal, adicione a designação geral do material (acréscimo 
opcional). Ex.: Morte e Vida Severina [gravação de vídeo] 
 ou 
 Morte e Vida Severina [vídeo cassete] 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
Títulos equivalentes 
 
 Devem seguir a regra 1.1D; 
 Transcreva como título equivalente, um título original que aparecer em 
outra língua na fonte principal de informação. 
 
Regra 7.1F. Indicação de responsabilidade 
 
Transcreva as entidades ou pessoas credenciadas na fonte principal de 
informação (produtor, diretor e animador). 
 
Regra 7.2. Área da Edição. Transcreva a indicação de edição que contenha 
diferenças em relação a outras edições do mesmo filme, ou que seja 
mencionada como uma reedição desse filme. 
 
Regra 7.4. Área da publicação, distribuição, etc. 
Indicar o local, o nome do editor, distribuidor, agência lançadora, data de 
publicação. 
 
São Paulo: Central Globo de Produções, 1982 
 
Regra 7.5. Área da Descrição Física 
 
Registre, nesta ordem: 
 
1. O número de unidades físicas; 
2. O tempo de duração em minutos, entre parênteses; 
3. Os requisitos especiais de projeção, indicando o tipo de forma sucinta; 
4. A presença de trilha sonora, usando a abreviatura “son.”; 
5. A cor (usar as abreviaturas color – para colorido; p&b – para preto e 
branco); 
6. A largura (bitola) do filme em milímetros. 
 
 
 
A área dos detalhes 
específicos do 
material (ou do tipo 
de publicação) não 
se aplica para essa 
tipologia 
documental). 
 
 
 
Não registre lugar 
de publicação, 
distribuição nem 
nome do editor 
para um item não 
editado. Não 
registre S.n., nem s. 
l. 
 
 Competência 01 
 
 
 22 
Técnico em Biblioteca 
 
Exemplo: 
 
1 vídeo cassete (120min.): VHS, son., p&b; 16mm 
 
ATENÇÃO 
 
Ficar atento à pontuação utilizada 
 
Regra 7.6 Área da Série 
 
Se o item pertencer a uma série, registre essa informação. 
 
Regra 7.7. Área das notas 
 
As notas mais comuns são mencionadas a seguir: 
 
1. Natureza ou forma 
Documentário 
Peça para TV 
2. Língua 
3. Fonte do título principal; 
4. Variações do título 
Título extraído do contêiner: Papaya e Gava 
5. Títulos equivalentes e outras informações sobre o título 
6. Indicações de responsabilidade: elenco, créditos 
7. Edição e histórico 
Versão resumida do filme cinematográfico de 1969 do mesmo nome 
8. Resumo 
9. Nota de conteúdo 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
Exemplos de fichas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura - Filme Cinematográfico 
Fonte: PEROTA (1997) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura - Vídeo cassete sem indicação de autoria 
Fonte: PEROTA (1997). 
 
E o conteúdo informacional do vídeo? Como identificar? Quais pontos a 
serem priorizados? 
 
A definição do assunto de que trata o filme ou vídeo deve ser feita a partir de 
uma análise das diversas cenas e das pessoas filmadas (PAZIN, 1993). 
Exemplo: Em filmoteca especializada em ornitologia serão indicados detalhes 
de um filme sobre pássaros tais como: lugar, dia e hora onde foram vistos; 
condições climáticas, circunstâncias, etc. 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Acesse o Manual de 
Catalogação de 
Vídeos da 
ECA/Universidade 
de São Paulo 
www3.eca.usp.br/si
tes/default/files/for
m/biblioteca/acerv
o/textos/Manual_d
e_catalogacao_de_f
ilmes.pdf 
ATENÇÃO 
O manual 
apresenta outro 
padrão para 
descrição de filmes, 
não o AACR2, que é 
instrumento oficial 
para catalogação. 
Fique ligado! 
l. 
 
 Competência 01 
 
 
 24 
Técnico em Biblioteca 
É recomendável incluir um resumo na indexação4 de filmes, pois permitirá ao 
usuário identificar se o conteúdo lhe interessa. Para isso, é imprescindível o 
estabelecimento das finalidades da unidade de informação para decidir o grau 
de especificidade que deseja dar aos termos de entrada (PAZIN, 1993, p. 22). 
 
1.1.3 Tratamento e Organização de Materiais Gráficos 
 
 O capítulo 8 do AACR2 trata de Materiais Gráficos: originais e reproduções de 
artes bidimensionais, quadros, fotografias, desenhos técnicos, diafilmes, 
radiografias, diapositivos, ou seja, imagens. Portanto, além da questão 
técnico‐descritiva do AACR2, também abordaremos teorias e reflexões da 
Análise Documentária da Imagem, já que a disciplina é Tratamento e 
Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisuais e a organização da 
informação envolve a descrição física e definição do conteúdo informacional 
de acervos. 
 
A regra 8.0B1 do AACR2 também enfatiza que se o item que estiver sendo 
descrito consistir de duas ou mais partes físicas separadas (por ex. um 
conjunto de diapositivos), considere como fonte principal de informação o 
contêiner que é o elemento unificador, se este apresentar um título coletivo 
não fornecido pelos próprios itens e suas etiquetas. Nesse caso, é preciso 
redigir uma nota indicando a fonte de informação. 
 
Além disso, a mesma regra afirma que se a fonte de informação não estiver 
disponível na fonte principal, deve‐se retirá‐la das seguintes fontes (nesta 
ordem de preferência): 
 
1) Contêiner (por ex. caixa, moldura); 
2) Material adicional textual (por ex. manuais, folhetos); 
3) Outras fontes. 
 
E quais são as fontes de informações prescritas para materiais gráficos, você 
 
4
 Indexação e Resumos Ainda será Disciplina Ministrada 
 
 
A fonte principal de 
informação para 
materiais gráficos é 
o próprio item, 
incluindo quaisquer 
etiquetas que 
estejam fixadas no 
item ou em um 
contêiner que seja 
parte integrante do 
item (CÓDIGO..., 
p.3, regra 8.0B1). 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
sabe? 
 
Veremos então... 
 
Regra 8.0B2. Fontes de informação prescritas. A(s) fonte(s) de informação 
prescrita(s) para cada área da descrição dos materiais gráficos está(ão) 
indicada(s) a seguir. Coloque entre colchetes as informações extraídas de 
outras fontes que não a(s) fonte(s) prescrita(s). 
 
ÁREA FONTES DE INFORMAÇÃO PRESCRITAS 
Título e indicação de responsabilidade Fonte principal de informação 
Edição 
Fonte principal de informação, contêiner, 
material adicional 
Publicação, distribuição etc. 
Fonte principal de informação, contêiner, 
material adicional 
Descrição física Qualquer fonte 
Série 
Fonte principal de informação, contêiner, 
material adicional 
Notas Qualquer fonte 
Número normalizado e modalidades de 
aquisição 
Qualquer fonte 
Quadro 05 – Fontes de informação prescritas para materiais gráficos 
Fonte: AACR2 
 
Exemplos de fichas catalográficas podem ser vistas na nossa videoaula. 
Vamos conferir? 
 
Até o momento, abordamos sobre a descrição física da imagem: título,data, 
fotógrafo, etc. Entretanto, além de identificar os elementos de descrição, 
precisamos definir sobre o que o documento aborda. Como estabelecer, 
então, o assunto de que o item trata? Como identificar o conteúdo 
informacional de uma imagem, por exemplo? Priorizaremos aqui a imagem 
fixa, estática, sem movimento. As imagens em movimento foram observadas 
no item 2.1.2. 
 
O tratamento e organização de materiais gráficos implica observarmos 
também conceitos e reflexões de uma área chamada Análise Documentária da 
Imagem, visto que essa tipologia envolve as imagens em geral e, 
 Competência 01 
 
 
 26 
Técnico em Biblioteca 
principalmente, as imagens fotográficas, que enfatizaremos aqui. 
 
As técnicas para descrição da informação imagética apresentam lacunas e 
este problema da indexação de imagens reflete significativamente na sua 
recuperação (SMIT, 1996). A dificuldade de indexar os conteúdos desta 
tipologia documental deve‐se à grande quantidade de informações que elas 
podem conter, e ao alto nível de abstração e de subjetividade de seus 
componentes. 
 
Apesar de ainda não existir um modelo de indexação que represente de modo 
preciso a informação presente numa imagem, existem técnicas que 
recuperam as informações mais relevantes. A literatura da área apresenta 
atualmente duas técnicas de indexação: a indexação baseada no conteúdo da 
imagem e a indexação baseada no conceito da imagem (MIRANDA, 2007). 
 
Rasmussen (1997) apud Lancaster (2004, p. 214) esclarece sobre as duas 
técnicas citadas anteriormente, afirmando que “a descrição de imagens, com 
palavras, feita por seres humanos, denomina‐se, em geral, indexação baseada 
em conceitos, e a indexação de imagens por seus atributos intrínsecos é 
baseada em conteúdos.” A técnica baseada em conceitos é aquela na qual os 
termos são atribuídos pelo indexador, seja em linguagem natural ou 
linguagem controlada. 
 
Este método apresenta algumas limitações, como “a dificuldade em se obter 
uma consistência efetiva nos dados de uma coleção, devido à própria 
polissemia das imagens, ao repertório cultural do indexador e à subjetividade 
que envolve a operação” (ESTORNIOLO FILHO, 2004, p. 58). Além disso, há 
outra limitação na indexação por conceito: a dificuldade em antecipar, no 
momento da indexação, como uma imagem poderá ser utilizada, podendo, 
desta maneira, não serem supridas as informações no momento de uma 
consulta, pois a forma que o indexador a descreve pode não fazer parte da 
estratégia de busca. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
Na abordagem baseada em conteúdo, a indexação e recuperação de imagens 
de uma coleção são feitas pela comparação de atributos automaticamente 
extraídos das imagens, usando como parâmetro de comparação medidas 
matemáticas de cor, textura ou forma. Conforme Estorniolo Filho (2004, p. 
62), 
 
Enquanto a indexação por conceito usa, para a 
representação da imagem, principalmente os atributos 
temáticos, a técnica de indexação por conteúdo tem 
empregado [...] os atributos primários, que são as 
características inerentes da imagem. Enquanto na 
indexação por conceitos a decisão na escolha dos 
atributos a serem considerados para a representação da 
imagem é um dos principais problemas do profissional 
da informação, na indexação baseada no conteúdo da 
imagem esses aspectos são escolhidos pela capacidade 
do programa em extrair as informações pelo 
processamento da imagem, e de fazer a combinação 
entre o atributo e o campo de ação da imagem (por 
exemplo, forma e logotipos; textura e imagens de 
radiologia). Cabe ao documentalista, nesta técnica de 
indexação, determinar e nomear os atributos para que o 
programa possa recuperar as imagens com os padrões 
solicitados. 
 
Conforme Smit (1996, p. 30), existem três níveis de análise de imagem, 
considerados pela Análise Documentária da imagem: 
 
Nível pré‐iconográfico: nele são descritos, 
genericamente, os objetos e ações representados pela 
imagem; 
Nível iconográfico: estabelece o assunto secundário ou 
convencional ilustrado pela imagem. Trata‐se, em suma, 
da determinação do significado mítico, abstrato ou 
simbólico da imagem, sintetizado a partir de seus 
elementos componentes, detectados pela análise pré‐
iconográfica; 
 Competência 01 
 
 
 28 
Técnico em Biblioteca 
Nível iconológico: propõe uma interpretação do 
significado intrínseco do conteúdo da imagem. A análise 
iconológica constrói‐se a partir das anteriores, mas 
recebe fortes influências do conhecimento do analista 
sobre o ambiente cultural, artístico e social no qual a 
imagem foi gerada. 
 
A autora supracitada acrescenta um exemplo elucidativo, referindo‐se aos 
dois primeiros níveis, sobre a figura de uma ponte. “A imagem de uma ponte, 
por exemplo, representa tanto a categoria genérica das pontes como também 
– e forçosamente – uma ponte particular, por exemplo, a Ponte das 
Bandeiras, em São Paulo.” (SMIT, 1996, p. 31). E diz que usar os dois níveis de 
descrição ou priorizar um deles é questão que precisa ser definida a depender 
do perfil do usuário e da política do sistema. Ao abordar sobre o terceiro nível, 
Smit (1996) cita que a imagem de um homem levantando o chapéu permite 
descrever a imagem pelos elementos visíveis: objeto enfocado, homem, ação 
de tirar o chapéu. Entretanto, salienta que: 
 
o significado expressivo não é apreendido pela 
identificação dos componentes da imagem, mas pelo 
‘significado’ que pode ser atribuído ao conjunto destes 
(p. ex.: o gesto diz que o homem está de bom humor ou 
que seu sentido de normas sociais fala mais alto do que 
os problemas) (SMIT, 1996, p. 31). 
 
Verificamos, portanto, que a área de Análise Documentária da Imagem 
considera relevante a interpretação do conteúdo visual. Isso precisa ser 
representado de alguma forma pelo profissional da informação e elementos 
da descrição física não são suficientes. 
 
A leitura/interpretação de imagens fotográficas transpõe a descrição de cor e 
forma apenas. É necessário descrever o significado da imagem. Por exemplo, 
na figura 2, temos imagens que poderiam apenas nos remeter a traços e 
formas, entretanto, elas carregam um significado, ou seja, um conteúdo 
semântico que não é totalmente visível. Tais elementos figurativos 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
representam a maçonaria e o início da República no Brasil. Para identificar 
isso, é preciso considerar aspectos sociopolíticos culturais. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Marcas que representam a maçonaria. Registradas em 1902. 
Fonte: Acervo digital JUCEPE (2012) 
 
Responder questões relacionadas à análise documentária de imagens 
propostas por Shatford (1986 apud Smit, 1996) quanto à indexação de 
imagens: QUEM, O QUE, QUANDO, COMO, ONDE e SOBRE, contribui 
consideravelmente para atingir os objetivos de descrição física e temática da 
imagem. Além disso, é preciso considerar a técnica que foi utilizada na sua 
produção. 
 
CATEGORIAS REPRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DAS IMAGENS 
QUEM 
Identificação do “objeto enfocado”: seres vivos, artefatos, 
construções, acidentes naturais etc. 
ONDE 
Localização da imagem no “espaço”: espaço geográfico ou 
espaço da imagem( por ex. São Paulo ou interior de 
danceteria) 
QUANDO 
Localização da imagem no “tempo”: tempo cronológico ou 
momento da imagem (por ex. 1996, noite, verão) 
COMO/O QUE 
Descrição de “atitudes” ou “detalhes” relacionados ao “objeto 
enfocado”, quando este é umser vivo( por ex. cavalo 
correndo, criança trajando roupa do século XVIII) 
Quadro 06-O que descrever na imagem? 
Fonte: SMIT, 1997, p. 32 (2012) 
 
Miranda (2007) cita Shatford (1986), afirmando que a autora diz que a 
imagem é DE alguma coisa ou SOBRE alguma coisa. E estes aspectos tornam‐
se mais genéricos ou mais específicos, a depender do nível de análise: pré‐
iconográfico ou iconográfico. Vamos observar o quadro de categorias para 
representação da imagem que explica melhor essas questões? 
 
 
 Competência 01 
 
 
 30 
Técnico em Biblioteca 
 
 
 
CATEGORIA DEFINIÇÃO GERAL DE GENÉRICO DE ESPECÍFICO SOBRE 
QUEM 
Animado e 
inanimado, 
objetos e seres 
concretos 
Esta imagem é 
de quem? De 
que objetos? 
De que seres? 
De quem, 
especificamente, 
se trata? 
Os seres ou objetos 
funcionam como 
símbolos de seres ou 
objetos? 
Representam a 
manifestação de 
uma abstração 
Exemplo Ponte 
Pontes das 
Bandeiras 
Urbanização 
Exemplo 
Arquitetura dos anos 
40 
ONDE 
Onde está a 
imagem no 
espaço 
Tipos de 
lugares 
geográficos, 
arquitetônicos 
ou 
cosmográficos 
Nomes de 
lugares 
geográficos, 
arquitetônicos 
ou 
cosmográficos 
O lugar simboliza um 
lugar diferente ou 
mítico? O lugar 
representa a 
manifestação de um 
pensamento 
abstrato? 
Exemplo Selva Amazonas 
Paraíso(supõe um 
contexto que 
permita esta 
interpretação) 
Exemplo Perfil de cidade Paris 
Monte Olímpo(como 
o exemplo anterior) 
QUANDO 
Tempo linear, ou 
cíclico, datas e 
períodos 
específicos, 
tempos 
recorrentes 
Tempo cíclico Tempo linear 
Raramente utilizado, 
representa o tempo, 
a manifestação de 
uma ideia abstrata 
ou símbolo? 
Exemplo primavera 1996 
Esperança, 
fertilidade, 
juventude 
O QUE 
O que os objetos 
e seres estão 
fazendo? Ações, 
eventos e 
emoções 
Ações, eventos 
Eventos 
individualmente 
nomeados 
Que ideias 
abstratas(ou 
emoções) estas 
ações podem 
simbolizar? 
Exemplo Morte Pietá Dor(emoção) 
Exemplo 
Jogo de futebol 
(ação) 
Copa do mundo 
de 1995 
Esporte 
Quadro 07 ‐ Categorias para a representação da imagem 
Fonte: SMIT, 1997, p. 33 (2012) 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
A produção de imagens fotográficas cresceu exponencialmente em função do 
aparecimento das novas tecnologias. Atualmente, produzir uma imagem 
fotográfica, por exemplo, não é privilégio de poucos, de fotógrafos apenas. As 
câmeras digitais ou os celulares possibilitaram uma autonomia social no que 
diz respeito à produção de imagens fixas. Não significa aqui que estamos 
afirmando que há qualidade, mas é fato que a quantidade cresceu ao longo 
dos anos em função dessa independência viabilizada pelas novas tecnologias. 
O ambiente digital transformou‐se em um mundo de oportunidades, de 
informações que viabilizam a rapidez nas pesquisas. Porém, você consegue 
encontrar com facilidade uma imagem na internet? Quando você faz a busca 
no Google, por exemplo, o resultado é preciso, ou seja, refere‐se ao que você 
quer? Percebemos que, muitas vezes, não. Os objetos digitais, então, 
precisam de tratamento também. Não se deve apenas jogar informação no 
meio digital. É preciso tratá‐la para que seja recuperada pelos usuários. 
 
A competência 2 irá abordar aspectos referentes a essa temática tão atual e 
que muitas pessoas nem imaginam como o profissional da informação pode 
contribuir para a organização da informação na web. 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 32 
Técnico em Biblioteca 
2.COMPETÊNCIA 02 | IDENTIFICAR OS TIPOS DE OBJETOS DIGITAIS 
(OD) E PRINCIPAIS REQUISITOS PARA REPRESENTAÇÃO E 
RECUPERAÇÃO ADEQUADAS 
 
As Tecnologias de Informação e Comunicação, ou TICs, e a Internet, 
proporcionaram mudanças socioculturais, viabilizando maior disseminação de 
textos, documentos, informações, dentre elas, as do contexto científico e 
tecnológico que, durante longo período, esteve acessível a poucas pessoas. 
Com o advento da Internet e, consequentemente da web, o crescimento de 
informações e produção de conhecimento ocorreu de forma exponencial, 
implicando esforços maiores no que diz respeito às práticas de organizar a 
informação. 
 
Diante do exposto, vemos que a importância do tratamento informacional 
suplanta a concepção de organização de documentos analógicos, estendendo‐
se ao mundo digital. 
 
[...] surge um novo tema nas discussões no âmbito da CI, 
referindo‐se ao tratamento de informação no ambiente 
web, [...]. Discutem‐se assuntos os mais variados, desde 
a semântica dos sites até os metadados para descrição 
de informações e documentos on‐line. Tais discussões 
extrapolam os limites da biblioteconomia, campo do 
conhecimento que há muitos anos vem estudando e 
desenvolvendo técnicas de organização, tratamento e 
recuperação da informação, processos estes que 
atualmente são de interesse de outros campos de 
estudo, dentre os quais se pode destacar a ciência da 
computação (LOURENÇO, 2007, p. 72). 
 
Os itens a serem tratados nesta competência, caros alunos, referem‐se a 
documentos audiovisuais que são digitalizados e disponibilizados em um 
sistema multimídia, como também, itens que já são essencialmente 
eletrônicos ou digitais. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
2.1 Recursos Eletrônicos 
 
Antes de tratarmos dos metadados para descrição de itens em ambiente 
digital, vamos apresentar a vocês conteúdo do capítulo 9 do AACR2, que trata 
de Catalogação de Recursos Eletrônicos. 
 
E o que são os recursos eletrônicos? Você sabe? 
 
O Código AACR2 (2002) diz que “consistem de dados (informações que 
representam números, texto, gráficos, imagens, imagens em movimento, 
mapas, música, sons, etc.), programas ou combinações de dados e 
programas.” Ou seja, referem‐se a bases de dados em DVD, programas 
interativos, programas de computador. Hoje em dia, é mais apropriado 
chamar de documentos digitais. 
 
Perota (1997, p. 13) afirma que 
 
[...] todas as informações armazenadas na memória de 
um computador são codificadas com algumas 
combinações únicas dos algarismos 0 e 1. Estes 
algarismos são denominados BITS (Binary Digits), cada 
bit é representado por um componente eletrônico que 
estará no estado desligado (0 – sem corrente) e ligado 
(1 – com corrente). 
 
Os recursos eletrônicos podem ser: 
 
• Digitais: criados diretamente em formato digital. 
• Digitalizados: levados a formato digital através de um scanner ou similar a 
partir de um documento impresso ou audiovisual. 
 
Exemplo de documento eletrônico originalmente digital: vários vídeos do 
Youtube, que são gerados através de uma câmera digital ou de um 
smartphone e disponibilizado em rede; um arquivo de música em extensão 
 
 
Em informática, 
dado é a 
representação 
convencional, 
codificada, de uma 
informação em 
uma forma que 
permita submetê-la 
a processamento 
eletrônico: a 
representação da 
palavra Informação 
do código ASCII é o 
conjunto de sinais 
elétricos 1001001 
1001110 
10001101001111 
1010010 1001101 
1000001 1010100 
1001001 1001111 
1001110 
Em que cada letra é 
representada por 
sete sinais 
numéricos binários 
(em dois estados 0 
e 1). Assim, a letra 
“i” é 1001001 (LE 
COADIC, 2004, p. 
8). 
 
 Competência 02 
 
 
 34 
Técnico em Biblioteca 
.mp3 ou .mp4 que vocês costumam baixar de alguns sitescomo Torrent, o 
4shared, etc. 
 
Exemplo de documento eletrônico digitalizado: fotografias do escritor 
Gilberto Freyre que foram digitalizadas em uma máquina de scanner e 
disponibilizadas na Biblioteca Virtual Gilberto Freyre: http://bvgf.fgf.org.br 
/portugues/colecoes/fotografias/gf_individuais.htm 
 
O AACR2 diz que o tratamento de recursos eletrônicos pode ser de duas 
formas diferentes, a depender do acesso: 
 
• Recursos de acesso remoto: quando nenhum suporte físico é manipulado. 
São os compartilhados através de Internet ou que estão armazenados em 
disco rígido; 
• Recursos de acesso local: são aqueles que podem ser manuseados por 
estarem fisicamente ‘gravados’ em suporte físico. Ex.: CD, DVD. 
 
O Capítulo 9 do AACR2 é o que trata de recursos eletrônicos. Iremos 
considerar, portanto, algumas regras apresentadas por ele para descrição 
física desse tipo de material. 
 
Regra 9.0B1 Fonte principal de informação: A fonte principal de informação é 
o próprio recurso. Se a informação requerida não estiver no próprio recurso, 
você deve retirá‐la das seguintes fontes (na ordem de preferência): 
 
• Documentação impressa ou “on line” ou outro material adicional (por ex. 
carta do editor, arquivo “a respeito”, página da Web de um editor sobre um 
recurso eletrônico); 
• Informação impressa no contêiner fornecida pelo editor, distribuidor, etc. 
 
Se o item for constituído por mais de uma unidade física separada, trate o 
contêiner ou seu rótulo afixado permanentemente, que é o elemento 
unificador, como fonte principal de informação, se ele fornecer um título 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
coletivo e a informação apresentada formalmente nas partes, ou nos seus 
rótulos, não o fornecerem. 
 
Outra situação que pode ocorrer é a informação requerida não estar 
disponível em nenhuma das fontes já citadas. Neste caso, retire‐as, então, das 
seguintes fontes (na ordem de preferência): 
 
 Outras descrições publicadas do recurso 
 Outras fontes (por ex.: registros de metadados) 
 
Regra 9.0B2. Fontes de informações prescritas. A(s) fonte(s) de informação 
prescrita(s) para cada área da descrição de recursos eletrônicos está(ão) 
indicada(s) a seguir. Coloque entre colchetes as informações extraídas de 
outras fontes que não a(s) fonte(s) prescrita(s). 
 
ÁREA FONTES DE INFORMAÇÃO PRESCRITAS 
Título e indicação de responsabilidade 
Fonte principal de informação, informação 
fornecida pelo editor, criador etc., contêiner 
Edição 
Fonte principal de informação, informação 
fornecida pelo editor, criador etc., contêiner 
Tipo de extensão do recurso Qualquer fonte 
Publicação, distribuição etc 
Fonte principal de informação, informação 
fornecida pelo editor, criador etc., contêiner 
Descrição física Qualquer fonte 
Série 
Fonte principal de informação, informação 
fornecida pelo editor, criador etc., contêiner 
Notas Qualquer fonte 
Número normalizado e modalidades de 
aquisição 
Qualquer fonte 
Quadro 08 ‐ Fontes de informação prescritas para recursos eletrônicos 
Fonte: CÓDIGO... (2002). 
 
Regra 9.1 Área do título e da indicação de responsabilidade. Transcreva o 
título principal de acordo com a fonte principal de informação. 
 
Após o título principal, registre a designação geral do material apropriada. 
[recurso eletrônico] 
 
 
Registre sempre a 
fonte de um título 
principal em notas. 
Se o título for 
fornecido pelo 
catalogador, 
registre a fonte 
deste título em 
uma nota. 
 
 Competência 02 
 
 
 36 
Técnico em Biblioteca 
Indicações de responsabilidade – transcreva indicações de responsabilidade 
relativas a pessoas ou entidades responsáveis pelo papel principal na criação 
do conteúdo do recurso. 
 
 Registre em notas todas as outras indicações de responsabilidade; 
 Acrescente uma palavra ou frase sucinta antes da indicação de 
responsabilidade se a relação entre o título da obra e a pessoa ou entidade 
mencionada não for clara. Exemplo: Jogo interativo em inglês / [desenvolvido 
por] James Brandon. 
 
Regra 9.2. Área da Edição. Transcreva uma indicação relativa a uma edição de 
um recurso eletrônico que contenha diferenças em relação a outras edições 
desse recurso ou a uma reedição mencionada de um recurso. 
 
Em caso de dúvida sobre uma indicação ser ou não de edição, considere a 
presença de palavras como: edição, tiragem, versão, emissão, nível, 
atualização (ou seus equivalentes em outras línguas) como evidência de que a 
indicação é uma indicação de edição e transcreva‐a como tal. 
 
Regra 9.3. Área do tipo e extensão do recurso. 
 
9.3B1 – Tipo do recurso: indique o tipo do recurso que está sendo catalogado. 
Use um dos seguintes termos: 
 
Dados eletrônicos 
Programa(s) eletrônico(s) 
Dados e programa(s) eletrônico(s) 
 
9.3B2. Extensão do recurso: Se a informação estiver facilmente disponível, 
registre o número ou o número aproximado de arquivos, registros, etc., que 
compõem a extensão e/ou estes outros detalhes. Se o recurso estiver em 
forma compacta, omita a indicação da extensão. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
a) Dados: Forneça o número ou o número aproximado de registros (use 
registros) e/ou bytes (a palavra pode ser registrada tanto de forma completa 
quanto abreviada). Exemplo: Dados eletrônicos (1 arquivo: 600 registros, 2400 
bytes) 
 
b) Programas: registre o número ou o número aproximado de instruções (use 
instruções) e/ou bytes (a palavra pode ser registrada tanto de forma completa 
quanto abreviada). Exemplo: Programa eletrônico (1 arquivo : 200 instruções) 
 
c) Arquivos múltiplos: forneça o número ou o número aproximado de 
registros e/ou bytes e de instruções e/ou bytes de cada parte de acordo com 
os itens a) e b) acima. Exemplo: Dados eletrônicos (3 arquivos: 100, 460, 550 
registros) 
 
Regra 9.4. Área da Publicação, Distribuição, etc. Registre a informação a 
respeito do lugar, nome e data de todos os tipos de atividades de publicação. 
 
Considere como publicado todo recurso eletrônico de acesso remoto. 
 
Regra 9.4C. Lugar de publicação, distribuição, etc. Registre o lugar de 
publicação, distribuição de um recurso eletrônico publicado. 
 
Não registre um lugar de publicação, distribuição, etc. de um recurso não 
publicado. Não registre s. l. nesse caso. 
 
9.4D. Nome do editor, distribuidor. Registre o nome do editor etc. e, 
opcionalmente, o do distribuidor de um recurso publicado. 
 
Não registre o nome de um distribuidor, etc. de um recurso não publicado. 
Não registre S. n. nesse caso. 
 
 Competência 02 
 
 
 38 
Técnico em Biblioteca 
9.4F. Data de publicação, distribuição, etc.: Registre a data de publicação, 
distribuição, etc. de um recurso eletrônico publicado. 
 
 Registre a data de criação de um recurso não publicado. 
 Registre em nota quaisquer datas que possam ser úteis. 
 
Regra 9.5. Área da Descrição Física. 
 
• Registre o número de unidades do suporte físico, em algarismos arábicos. 
Exemplo: 
 
1 disquete de computador 
1 CD‐ROM 
1 Blue‐Ray 
 
• Registre son. Se o recurso foi codificado para produzir som e registre color. 
Se codificado para apresentar duas ou mais cores. Exemplo: 1 disquete de 
computador: son., color. 
 
• Registre as dimensões físicas. Exemplo: 1 disquete de computador: color.; 3 
½” 
 
• Registra‐se o material adicional existente. Exemplo: 1 disquete de 
computador: color.; 3 ½” + 1v(51p.: il.; 20cm) 
 
9.6 Área da Série. A série será indicada quando constar do item. 
 
9.7 Área das Notas. As notas mais comuns são: 
 
• Fonte do título principal; 
• Requisitos do sistema, ou seja, qual software o recurso deve rodar; 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
• Língua e alfabeto; 
• Fonte do título principal; 
• Indicações de responsabilidade; 
• Público a que se destina; 
• Resumo; 
• Conteúdo. 
 
Ampliemos a situação até o momento abordada para imagens, texto, vídeos, 
gravações sonoras em ambiente digital. Você sabia que um sistema de 
informação pode contemplar várias tipologias documentais, ou seja, materiais 
audiovisuais em formato digital e que precisam ser processados e 
recuperados através de computador? Chamamos tais sistemas de sistemas 
multimídia. 
 
E como descrever esses objetos digitais para que sejam devidamente 
recuperados pelos usuários em ambiente web? 
 
Vamos nos reportar mais uma vez à disciplina Representação Descritiva, que 
trabalhou com o padrão de metadados Dublin Core. Lembra‐se dele? 
Evitaremos aprofundar cada elemento de descrição, visto que a professora 
Vildeane Borba já o fez com bastante propriedade. A importância que 
daremos aqui é a aplicação prática para vídeo, áudio, imagem, entretanto, 
não deixaremos de relembrar quais são os elementos de descrição trazidos 
pelo Dublin Core. 
 
Borba (2009, p. 59) diz que “O Dublin Core é um padrão de metadados 
mantido pela Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) e suas especificações são 
autorizadas pelos padrões ISO 15836‐2003 e NISO Z39.85‐ 2001, que 
autorizam a descrição documental com qualidade.” Ele apresenta os seguintes 
elementos de descrição, de acordo com o quadro 09: 
 
 
 
 
Veja aqui textos 
sobre sistemas 
multimídia já 
desenvolvidos: 
www.rnp.br/_arqui
vo/wrnp2/2003/ts
mdd01a.pdf 
http://inf.unisul.br/
~ines/workcomp/c
d/pdfs/2232.pdf 
 
 Competência 02 
 
 
 40 
Técnico em Biblioteca 
TÍTULO Um título dado ao recurso 
CRIADOR 
Uma entidade principal responsável pela elaboração do conteúdo do 
recurso 
ASSUNTO Assunto referente ao conteúdo do recurso 
DESCRIÇÃO Uma descrição sobre o conteúdo do recurso 
EDITOR A instituição responsável pela difusão do recurso 
CONTRIBUINTE Uma entidade responsável pela contribuição ao conteúdo do recurso 
DATA Data associada com um evento no ciclo de vida do recurso 
TIPO A natureza ou gênero do conteúdo do recurso 
FORMATO Manifestação física ou digital do recurso 
IDENTIFICAÇÃO Identificação não ambígua do recurso dentro de um dado contexto 
FONTE 
Uma referência para outro recurso o qual o presente recurso é 
derivado 
IDIOMA Idioma do conteúdo intelectual do recurso 
RELAÇÃO Uma referência a outro recurso que se relaciona com o recurso 
COBERTURA A extensão ou cobertura espaço-temporal do conteúdo do recurso 
DIREITOS Informações sobre os direitos do recurso e seu uso 
Quadro 09 ‐ Elementos de descrição do Dublin Core 
Fonte: Borba (2009). 
 
Outra autora, Breitman (2005), salienta que, o Dublin Core tem seu ponto 
forte relacionado à sua simplicidade, o que permite a utilização em larga 
escala, contudo, um fator que o enfraquece é não acomodar uma semântica 
mais expressiva, pois atua apenas como elemento de descrição de um recurso 
informacional em sentido restrito, não envolvendo significados ou conceitos 
relacionados. Diante disso, nada garante que dois conjuntos de metadados 
possam estar utilizando um conceito com significados diferentes ou dois 
conceitos com o mesmo significado. 
 
O DC, embora forneça descritores extensíveis, ainda não 
permite descrever de forma expressiva os diferentes 
recursos e conteúdos disponíveis na Web, tendo em 
vista os agentes de software. Por exemplo, não é 
possível associar ao autor de um livro outros recursos na 
Web, tais como sua página pessoal, seu e‐mail e a 
página da instituição a que ele pertence (CAMPOS; 
CAMPOS; CAMPOS, 2006, p. 64). 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
Apesar dos pontos fracos, o Dublin Core tem se considerado elemento 
essencial para viabilizar a descrição de objetos digitais (OD) a fim de viabilizar 
a recuperação e a comunicação (interoperabilidade) com outros sistemas. 
 
Em projeto desenvolvido no ano de 2005, a Fundação Gilberto Freyre, 
representada pela sua equipe do Centro de Documentação, tentou esboçar 
requisitos funcionais para um futuro sistema multimídia a ser instalado. O 
sistema envolveria conteúdos de vídeos, entrevistas gravadas em fitas 
cassetes que foram digitalizadas com equipamentos específicos, fotografias 
digitalizadas, desenhos, correspondências, etc. 
 
Diante disso, foi preciso definir quais seriam os elementos de descrição que 
atenderiam as tipologias documentais como um todo. A opção foi utilizar o 
Dublin Core como padrão de metadados e, apesar de não ser dada 
continuidade ao projeto, apresentamos alguns requisitos que foram definidos. 
Porém, é preciso considerar que a definição dos elementos de descrição 
(metadados) para gerenciamento de objetos digitais multimídia depende do 
contexto e objetivos da instituição e do público a que se destina. É 
fundamental pensar sempre no usuário da informação. Além disso, é preciso 
considerar aspectos específicos de cada tipologia documental, ou seja, alguns 
campos mais gerais como autor, título, local podem ser utilizados em comum, 
entretanto, outras informações relevantes de cada item precisavam ser 
consideradas. 
 
Exemplo de elementos de descrição utilizados para acervo da Fundação 
Gilberto Freyre, que continha os fundos documentais de Gilberto Freyre, 
Mário Souto Maior e José Antonio Gonsalves de Mello em seu acervo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 02 
 
 
 42 
Técnico em Biblioteca 
 
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS PRIVADOS E/OU HISTÓRICOS 
 
Detalhamento do preenchimento dos campos para a base de dados. 
 
Código 
 
DESCRIÇÃO: Código identificador do documento. É composto por um conjunto de números 
identificadores do fundo, série, subsérie documental e registro de cada documento. 
Preenchimento obrigatório. 
 
MODELO: XXYYZZ‐NNNNN‐KKK 
 
XX = número identificador do fundo documental 
YY = identificador da série documental 
ZZ = identificador da subsérie 
NNNNN = identificador do documento/registro (sequencial) 
KKK = identificador do número de páginas do documento (sequencial) 
 
EXEMPLO: 020101‐00001‐001 
 
Fundo 
 
DESCRIÇÃO: Conjunto maior da Coleção no qual pertence o acervo. Preenchimento 
obrigatório. 
 
EXEMPLO: Mário Souto Maior (XX=02) 
 
Série 
 
DESCRIÇÃO: Indica o tipo do documento. Preenchimento obrigatório. 
EXEMPLO: Correspondência (YY=01) 
 
Subsérie 
 
DESCRIÇÃO: Diretamente ligado à série documental, a subsérie é uma divisão desta. Só se 
faz necessária quando um acervo é composto por diversas tipologias documentais e 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
necessita de um maior detalhamento da coleção. Quando não houver subsérie, este campo 
deverá ficar em branco, e o código ZZ receberá a numeração 00. 
 
EXEMPLO: Correspondência (série) ‐ Recebida de brasileiros (subsérie ‐ ZZ=01) 
 
Áudio (série) – não possui subsérie (ZZ=00) 
 
OBS.: Para o preenchimento da série e subsérie, observar a estrutura de organização do 
acervo Mário Souto Maior ao final destedocumento. 
 
Autor 
 
DESCRIÇÃO: Autor da obra/documento. Caso não haja, deixar o campo em branco. 
 
MODELO POR SÉRIE: 
 
CORRESPONDÊNCIA Nome do remetente 
ICONOGRAFIA Nome do autor da obra (fotógrafo, desenhista, pintor etc.) 
ÁUDIO 
Quando uma entrevista, nome do entrevistador. 
Quando uma música, o compositor. 
Se um disco inteiro, o intérprete.* 
VÍDEO Nome do diretor 
DOCUMENTOS PESSOAIS Nome do autor do documento (normalmente não há). 
DOCUMENTOS TEXTUAIS 
Nome do autor do texto. 
No caso de uma obra com vários autores, o organizador.* 
* A definição do autor, nesses casos, será dada de acordo com o documento que está sendo indexado. Se ao invés da 
obra completa estiver sendo tratada uma peça única (uma música, um artigo, um capítulo de livro), o autor será o 
autor do texto ou o compositor da música, sendo que o intérprete ou o organizador da obra completa será indexado 
no campo contribuição. 
 
EXEMPLO: Mário Souto Maior 
 
Titulo 
 
DESCRIÇÃO: Título da Obra. Caso não tenha, deixar o campo em branco. 
 
MODELO POR SÉRIE: 
 
 
 
 Competência 02 
 
 
 44 
Técnico em Biblioteca 
 
CORRESPONDÊNCIA 
Sem título (deixar em 
branco) 
 
ICONOGRAFIA 
Título da obra/motivo 
fotográfico 
EX.: Gilberto Freyre em sua casa de 
Apipucos 
ÁUDIO 
Título da obra EX.: Entrevista concedida ao Diário 
de Pernambuco 
VÍDEO 
Título do vídeo EX.: Os 80 anos de Mário Souto 
Maior 
DOCUMENTOS PESSOAIS O que é o documento EX.: Passaporte de Gilberto Freyre 
DOCUMENTOS TEXTUAIS Título da obra EX.: Casa‐grande & Senzala 
 
 
Edição 
 
DESCRIÇÃO: A edição do documento. Campo alfanumérico. Caso não haja, deixar em 
branco. 
 
MODELO POR SÉRIE: 
 
CORRESPONDÊNCIA Não há (deixar em branco). 
ICONOGRAFIA 
Pode haver no caso de mapas ou ilustrações em série. Na 
maioria dos documentos não há. 
ÁUDIO Não há (deixar em branco). 
VÍDEO Não há (deixar em branco). 
DOCUMENTOS PESSOAIS O número da via do documento. Ex.: Se 2ª via, edição = 2. 
DOCUMENTOS TEXTUAIS O número da edição do documento. Ex.: se 15ª edição = 15. 
 
Local_origem 
 
DESCRIÇÃO: Local onde o documento foi produzido/impresso. Se não houver, deixar em 
branco. 
 
DESCRIÇÃO POR SÉRIE: 
 
CORRESPONDÊNCIA Local onde o remetente enviou a correspondência. 
ICONOGRAFIA 
Local onde foi produzida a obra. ÁUDIO 
VÍDEO 
DOCUMENTOS PESSOAIS Local onde foi expedido o documento. 
DOCUMENTOS TEXTUAIS Cidade onde foi publicado o documento. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
MODELO: Cidade – Sigla do Estado ‐ País; Sigla do Estado ‐ País; Cidade ‐ País; País. 
 
* Somente para os documentos textuais deve‐se utilizar apenas a cidade de publicação do 
documento. 
 
EXEMPLOS: Recife ‐ PE ‐ Brasil 
 
BA ‐ Brasil 
Paris ‐ França 
Estados Unidos 
 
Editor 
 
DESCRIÇÃO: Editora, gravadora etc. Caso não haja, deixar em branco. 
 
MODELO POR SÉRIE: 
 
CORRESPONDÊNCIA Não há (deixar em branco). 
ICONOGRAFIA 
Pode haver no caso de mapas ou ilustrações impressas. Na 
maioria dos documentos não há. 
ÁUDIO Nome da gravadora (se houver) 
VÍDEO Nome do estúdio de gravação (se houver). 
DOCUMENTOS PESSOAIS 
Nome do órgão expedidor. Ex.: Polícia Federal (no caso de 
passaporte); Universidade Federal de Pernambuco (no caso de 
diploma). 
DOCUMENTOS TEXTUAIS Nome da editora 
 
 
 
Data_publicação 
 
DESCRIÇÃO: Data de publicação, produção ou expedição do documento. Preenchimento 
obrigatório. 
 
MODELO: Data completa ‐ dd/mm/aaaa Ex.: 18/02/1978 
 Somente mês e ano ‐ mm/aaaa Ex.: 02/1978 
 Somente o ano – aaaa Ex.: 1978 
 Período – mm/aaaa a mm/aaaa Ex.: 09/1969 a 12/1969 
 Década – Década de XXXX Ex.: Década de 1970 
 Sem data 
 
 Competência 02 
 
 
 46 
Técnico em Biblioteca 
 
Contribuição 
 
DESCRIÇÃO: Dados de colaboração ou coautoria da obra. Se não houver, deixar em branco. 
 
DESCRIÇÃO POR SÉRIE: 
 
CORRESPONDÊNCIA O destinatário da correspondência. 
ICONOGRAFIA 
Coautoria, gravação, impressão (quando pessoa física, ou seja, 
quando não estiver caracterizado como editor). 
ÁUDIO O entrevistado, intérprete, arranjador, locutor etc. 
VÍDEO Produtor, roteirista, locutor etc. 
DOCUMENTOS PESSOAIS 
Pode haver nos casos de contrato(contratante ou contratado), 
certidão de casamento (cônjuge), entre outros. 
DOCUMENTOS TEXTUAIS Coautoria, organização, ilustração, prefácio, apresentação. 
 
MODELO: Tipo de contribuição: Nome do Colaborador. 
 
OBS.: Usar, sempre que possível, o nome do tipo de contribuição (ou função) na forma 
impessoal: organização, produção, coautoria, locução, roteiro, ilustração etc. 
 
EXEMPLOS: Ilustração: Luiz Jardim. Prefácio: Sérgio Buarque de Holanda. 
 
Organização: Fátima Quintas. 
Entrevistado: Gilberto Freyre. 
 
Coautoria: Edson Nery da Fonseca. 
 
Palavras-chave 
 
DESCRIÇÃO: Assuntos ou palavras‐chave que fazem referência ao documento. 
Não usar verbos. Devem ser separados por ponto‐e‐vírgula (;). 
 
EXEMPLO: Folclore; Danças populares; Carnaval. 
 
Fonte 
 
DESCRIÇÃO: Dados complementares da obra (se faz parte de uma série ou coleção) ou 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
Tratamento e Organização de Recursos Eletrônicos e Audiovisual 
referência da obra ao qual o documento está relacionado – “in”. Se não houver, deixar em 
branco. 
 
MODELO: Quando se tratar de parte de uma obra (por exemplo, um artigo de periódico ou 
um capítulo de livro), colocar a referência da obra completa. 
 
EXEMPLOS: Série Documentos Brasileiros. 
Ciência da Informação. Brasília, v. 2, n. 2. 
 
Resumo 
 
DESCRIÇÃO: Resumo do conteúdo do documento. Máximo de 500 caracteres. 
MODELO: Usar texto corrido. 
 
EXEMPLO: "Casa‐Grande & Senzala é a primeira parte de uma vasta obra sobre a sociedade 
patriarcal no Brasil. 
“(...) são estudadas as características gerais da colonização portuguesa, visando à 
formação de uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração 
econômica e híbrida em sua composição étnica e cultural." (Edson Nery da Fonseca). 
 
Notas 
 
DESCRIÇÃO: Refere‐se a informações relevantes a respeito da obra. 
 
MODELO: Usar texto corrido. 
 
EXEMPLO: Edição mais recente: 50ª ed. São Paulo, Editora Global, 2005. 719p., il. 
Imagem utilizada na publicação tal. 
Quadro utilizado numa exposição no Museu de Arte de São Paulo. 
 
Descrição_física 
 
DESCRIÇÃO: Dados físicos da obra. 
 
MODELO POR SÉRIE: 
 
 Competência 02 
 
 
 48 
Técnico em Biblioteca 
CORRESPONDÊNCIA 
Se manuscrita ou datilografada; 
quantidade de páginas. 
Ex.: manuscrita, 15p. 
ICONOGRAFIA* 
Técnica, dimensões, se em cores ou 
preto e branco etc. 
Ex.: 10x15 cm. Cor. 
Litogravura, 35x45,5 cm. 
Óleo sobre tela, 55x78cm. 
ÁUDIO 
Tipo de mídia(fita cassete, CD, LP, 
mini-disc), duração e quantidade 
de partes ou volumes. 
Ex.: fita cassete, 32 min. 
Parte 1. 
VÍDEO 
Tipo de mídia(VHS, Betacam, DVD), 
duração, em cor ou preto e branco, 
quantidade de partes ou volumes. 
Ex.: VHS, 96 min. P&B. 2 
vol. 
DOCUMENTOS PESSOAIS Quantidade de páginas. Ex.: 2p. 
DOCUMENTOS TEXTUAIS 
Quantidade de volumes ou partes, 
páginas, se capa dura ou brochura, 
ilustrado, colorido, preto e branco. 
Ex.: 2 vol., il., P&B. 150. 
* Ver tabela de descrição detalhada para iconografia

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