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ACIDENTES AMBIENTAIS
Demétrio Duarte Oliveira
Régis Barlem Machado
Tatiely Kukarz Degues
Prof. Tutor Externo Dr. Marcus Hübner
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental (GAM 0350) – Seminário Interdisciplinar I
04/07/2017
RESUMO
O presente paper busca tecer uma análise histórica dos maiores e mais impactantes desastres ambientais ocorridos na era moderna da humanidade. Como metodologia opta-se pela revisão bibliográfica. A análise dos dados e fatos destes desastres revelou muito descaso, política e carência na recuperação da qualidade ambiental mundial. Há a necessidade em olhar para os aspectos históricos como forma de aprendizagem e alerta para que, possamos garantir um futuro para as presentes e futuras gerações; bem como, para todos os seres que coabitam esse maravilhoso planeta chamado Terra. 
Palavras-chave: Acidentes nucleares. Acidentes ambientais. Aspectos históricos.
1  Introdução
Os Acidentes Ambientais são eventos inesperados que ao ficarem fora de controle, afetam então a segurança e a saúde da comunidade envolvida e causam impactos ao meio ambiente como um todo.
São caracterizados de duas formas distintas:
a. Os Desastres Naturais causados por fenômenos da natureza, e nestes os casos não depende das intervenções do homem tais como terremotos, maremotos, furacões, etc.
B. Os Desastres Tecnológicos causados por atividades desenvolvidas pelo homem, tais como os acidentes nucleares, vazamentos e na produção ou transporte de substâncias químicas, etc.
Estas ocorrências são independentes quanto às suas causas, mas em alguns casos pode haver certa relação entre as mesmas, como por exemplo, quando uma tempestade implique danos numa instalação industrial. Então além dos danos diretos causados pelo fenômeno natural, podem-se ter outras complicações provenientes dos impactos causados nas instalações da empresa atingida, como no caso de Fukushima no Japão. 
As intervenções do homem na natureza contribuem às vezes para a ocorrência dos acidentes naturais, como no uso e ocupação do solo de uma forma desordenada podendo vir a acelerar processos de deslizamentos de terra.
Nos acidentes de origem tecnológica, a grande maioria dos casos é previsível, e temos então que atuar na prevenção e na intervenção quando ocorrerem estes acidentes.
Nestes acidentes, é usada a ideia de gerenciamento de riscos quando este pode ser diminuído agindo-se tanto na "probabilidade" da ocorrência de um evento indesejado, como nas "consequências" geradas por este mesmo evento.
Entre os diversos tipos de acidentes, em especial o acidente químico, geralmente resulta numa situação que libera substâncias perigosas para a saúde humana e o meio ambiente, a curto ou mesmo em longo prazo.
2 JUSTIFICATIVA 
Na década de 80 (BVSDE, 2017), a preocupação com os acidentes industriais ganhou um maior interesse na prevenção destas ocorrências. Após os danosos casos de Chernobyl, Cidade do México, Seveso e Bhopal, então a partir disso diferentes programas deram atenção aos aspectos preventivos e intervenção direta nas emergências. 
Alguns destes programas:
The Emergency Planning and Community Right-to-Know Act; 
CAER-Community Awareness and Emergency Response; 
APELL - Awareness and Preparedness for Emergency at Local Level e
International Metropolis Committee or Major Hazards, entre outros.
A prevenção dos acidentes ambientais, e o controle dos seus impactos tem que ser feita utilizando um modelo atualizado, com os seguintes objetivos:
Preservar a vida humana;
Evitar impactos significativos ao meio ambiente;
Evitar ou minimizar as perdas materiais.
Nas situações emergenciais deve-se sempre agir de forma coordenada com a participação de todos os envolvidos (bombeiros, equipes de emergência, defesa civil, dentre outros) razão pela qual o estabelecimento de planos específicos, associados a constantes treinamentos periódicos, são importantes para o pleno sucesso destas operações (ELETRONUCLEAR, 2017).
3 CAUSAS 
3.1 MAIORES ACIDENTES AMBIENTAIS DA HISTÓRIA
Quando a humanidade falha e empresas junto com o governo se omitem, os impactos ambientais desses "acidentes" são piores, além dos prejuízos ecológicos, temos também o prejuízo econômico e social (EDUCACAO, 2017). 
Figura 1. A Radiação está no ambiente.
 Erro humano
Tipo de acidente: Vazamento químico Local: Cubatão, São Paulo, Brasil, em 25 de fevereiro de 1984.
Figura 2. Explosão em Cubatão, SP.
Após o vazamento de 700 mil litros de gasolina de um oleoduto da PETROBRAS, ocorreu então um incêndio de grandes proporções na Vila Socó, em Cubatão. Aproximadamente 500 pessoas perderam suas vidas naquele acidente, sendo que 60% eram crianças. Os dados oficiais da época apontaram que apenas 93 corpos foram encontrados e 4000 pessoas ficaram feridas. A temperatura das chamas chegou a 1000ºC (EDUCACAO, 2017).
 
Pó branco azulado
Tipo: Vazamento radioativo Local: Goiânia, Goiás, Brasil em 13 de setembro de 1987. 
O dono de um ferro velho encontrou em um aparelho desativado de radioterapia, uma cápsula com 19g de um pó branco com luz azulada. Acreditando que esse tal pó era valioso, levou para casa e mostrou para a família e amigos, só que ele não sabia que o pó era cloreto de césio (césio 137, material radioativo), que causou horas mais tardes, vômitos e tonturas e por fim 4 mortes. Aproximadamente 120 pessoas foram contaminadas e 1000 são monitoradas até hoje. Esse acidente é considerado o maior do Brasil e o maior do mundo, considerando-se que ocorreu fora de usinas nucleares (EDUCACAO, 2017).
 Figura 3. “Pó”azul da morte.
 O segredo
Tipo: Vazamento radioativo Local: Kyshtym, Rússia, em 29 de setembro de 1957.
O sistema de resfriamento de um dos reatores da Usina de Mayak falhou, causando uma explosão que espalhou uma nuvem radioativa com cerca de 20 mil km² de extensão. Na mesma época, a Guerra Fria estava no seu auge, que fez o governo soviético acobertar o acidente, evacuando 10 mil pessoas em segredo. Aproximadamente 8 mil pessoas morreram depois disso e até hoje a região possui traços radioativos daquele acidente (BVSDE, 2017).
 FIGURA 4. Usina de Kyshtym, Rússia, 1957. 
Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1445&evento=4>
 Erro humano n.º 2
Tipo: Vazamento químico Local: Seveso, Itália, em 10 de julho de 1976. 
Uma falha humana provocou explosão e vazamento de veneno no ar. Foi numa fábrica suíça, a Hoffman-La Roche, que produzia na época, o triclorofenol, usado em produtos bactericidas. Foram contaminadas 2 milhões de m2 com cerca de 200 gramas desse veneno. Como consequência 75 mil animais morreram ou tiveram de ser abatidos (BVSDE, 2017).
Figura 5. Veneno no ar, e agora?
 A ressaca
Tipo: Vazamento químico. 
Local: Mar de Prince William Sound, EUA em 24 de março de 1986. 
O petroleiro Exxon Valdez encalhou e despejaram 250 mil barris de óleo cru na costa do Alasca. O motivo foi absurdo porque o capitão do navio abandonou o posto depois de ter bebido demais. Então 250 mil pássaros marinhos, 22 orcas, 250 águias e milhões de ovas de salmão morreram (SHIP DISASTERS, 2017).
A justiça puniu a empresa com uma multa de 507 milhões de dólares. Ainda é possível ver as consequências desse desastre pelo Alasca.
Figura 6. Óleo da morte.
 
87 dias sem água
Tipo: Vazamento químico Local: Golfo do México, EUA em 20 de abril de 2010.
Após 3,9 milhões de barris de petróleo vazarem a plataforma Deepwater Horizon explodiu e 11 pessoas morreram e 17 pessoas feridas, além do rompimento dos dutos no oceano. Então a água ficou contaminada por 87 dias, tempo que a empresa levou para fechar o vazamento.  As praias da região ficaram interditadas por vários meses e a vida marinhafoi completamente afetada. Os dados não oficiais do acidente: 1146 tartarugas, 128 golfinhos, 8209 aves marinhas morreram, porém, especialistas acreditam que o número de mortes de animais foi muito maior (SHIP DISASTERS, 2017).
Figura 7. Mar de óleo.
Figura 8. Mapa da ameaça do desastre ambiental.
Tarda, mas não falha
Tipo: Vazamento químico Local Minamata, Japão, de 1930 a 1970.
Nos anis 50, moradores da cidade de Minamata, no Japão, começaram a ter convulsões e nascer com deformações no corpo. Era o efeito do mercúrio que uma empresa eletro química despejava na água desde os anos 30. A empresa além de negar envolvimento no caso da poluição, escondeu vários relatórios que provavam a sua culpa e ainda aumentou a produção nos 18 anos seguintes (BVSDE, 2017).
Aproximadamente 2200 pessoas morreram e 3000 ficaram doentes. Só em 1997 que o processo de descontaminação terminou.
Figura 9. A herança dos metais pesados.
 Mau perdedor
Tipo: Vazamento químico Onde: Golfo Pérsico, Kuwait Quando: 1991.
Após perder a guerra para o Kuwait, os militares iraquianos explodiram 700 poços de petróleo do país (BVSDE, 2017).
Figura 10. Um Golfo contaminado.
O incêndio causado durou 8 meses (você leu certo), até ser controlado por 10 mil bombeiros de 34 países. A fumaça se dispersou por 7 mil km² chegando até a Rússia (BVSDE, 2017).
 	 "Não fui eu"
 Tipo: Vazamento químico Onde: Bhopal, Índia Quando: 3 de dezembro de 1984.
Mais um caso em que a falta de transparência da empresa dificultou o tratamento, e quem pagou o pato foi o meio ambiente e a população.
A fábrica Union Carbide, que produzia pesticidas, liberou no ar 40 toneladas de gás tóxico, e o gás continha isocianato de metila. Mais de 500 mil pessoas ficaram expostas e 150 mil sofreram com o ardor dos olhos, na garganta e muitas ficaram cegas. Aproximadamente 10 mil pessoas morreram (BVSDE, 2017).
Figura 11. A indiferença com o acidente ambiental.
 	Desastre de Chernobyl
Tipo: Vazamento radioativo Onde: Chernobyl, Ucrânia Quando: 26 de abril de 1986.
Considerado o pior acidente radioativo do mundo. A radiação emitida no acidente foi 100X maior que as da bomba de Hiroshima e Nagasaki. Foi ocasionado por uma explosão após uma série de falhas humanas em uma usina de energia. O incêndio foi controlado 9 dias depois, mas já era tarde. Uma nuvem radioativa exigiu a evacuação de 45 mil pessoas e chegou a atingir outros países da Europa. Mesmo o governo russo tentando encobrir tudo, na Suécia, pesquisadores estranharam o aumento nos níveis de radiação em seu território. Na época houve 31 mortes, mas as piores consequências vieram a longo prazo: mais de 300 mil pessoas com doenças graves - doenças essas que surgiram após a explosão - foram remanejadas. Foram gastos 480 milhões de dólares para limpar a região. Até hoje existem evidências desse acidente, além de uma cidade fantasma (EDUCACAO, 2017).
Figura 12. Usina de Chernobyl
Também o acidente nuclear de Fukushima, que ocorreu no Japão em 2011, causado pelo tsunami. Talvez daqui alguns anos, possa ser considerado o pior, porque as consequências não pararam e até hoje, ocorre algum tipo de vazamento radioativo e 50 mil pessoas ainda não puderam retornar para sua casas (EDUCACAO, 2017).
4 metodologia DOS ACIDENTES NUCLEARES
	Conforme G1.Globo (2017):
A escala usada para classificar acidentes nucleares 
Numerada de 1 a 7, classificação é voltada ao público leigo e à mídia.
Informação não deve ser usada pelos países para tomar providências.
A Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, na sigla em inglês) é usada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para explicar ao público e à mídia a gravidade de acidentes nucleares, como o que ocorreu na usina nuclear de Fukushima, no Japão, após o terremoto e o posterior tsunami de 11 de março de 2011. 
A escala é numerada de um a sete. Os três primeiros níveis são usados para "incidentes" – eventos que não representam risco à população local. Os quatro últimos para os acidentes" – quando então há a chance de contaminação do meio ambiente ou até mesmo uma morte por conta da radiação.
A escala utiliza três diferentes critérios para classificar desde explosões em usinas nucleares até o contato de humanos com substâncias radioativas:
- o impacto do caso nas pessoas e no meio ambiente;
- como as barreiras naturais e de controle foram afetadas;
- e como a "defesa em profundidade" (medidas de prevenção para evitar acidentes) foi comprometida.
Segundo a AIEA, a escala não serve como um padrão internacional para avaliar o que os países devem fazer em caso de desastres nucleares. Ela serve, de acordo com o órgão, apenas para facilitar a compreensão do impacto do evento em questão.
 
Figura 13. Escala para Avaliação de Acidentes Nucleares (G1.GLOBO, 2017).
Figura 14. Escala para Classificar Acidentes Nucleares (G1.GLOBO, 2017).
5 CONSEQUÊNCIAS
Tipo de Acidentes que uma boa Gestão Ambiental pode perceber e evitar:
Evitar que desastres ambientais aconteçam é o maior desafio do gestor ambiental.
Isso porque mesmo com um plano de prevenção e uma gestão de riscos bem elaborada, profissionais acabam encontrando mesmo assim alguns empecilhos no momento de implantar suas ideias e projetos. Empecilho como falta de recursos ou até mesmo falta de visão do gestor são os mais comuns.
Rompimento de barragens 
O rompimento de barragens ao causar um desastre ambiental, deixa milhares de desabrigados com um impacto social enorme à vida de animais e pessoas onde moram viver.
Vazamento de agrotóxicos 
O tipo de acidente ambiental que pode ser evitado pelo gestor ambiental são os vazamentos de agrotóxicos. Esses materiais, por serem extremamente tóxicos, precisam ser armazenados de forma correta. O gestor ambiental precisa planejar com muita eficiência a compra, o nível de toxicidade, o transporte, a aplicação e, principalmente, a sua armazenagem. O local de armazenamento deve estar afastado de fontes de água, residências e animais, ter boa ventilação, iluminação natural, telhados e instalações elétricas adequadas para evitar vazamentos ou curtos-circuitos. A embalagem do produto também deve ser uma responsabilidade do gestor. É preciso escolher materiais resistentes ao produto e como às embalagens devem ser distribuídas e armazenadas. Evitar desastres como esse é uma das principais tarefas do gestor ambiental. Para isso, esse profissional precisa fazer minuciosas análises sobre o solo, vegetação e formação geológica do terreno, para prever possíveis fenômenos naturais, como terremotos, por exemplo. Além disso, é seu dever indicar o melhor material para a construção desses reservatórios e fazer um acompanhamento contínuo da resistência desse material (EDUCACAO, 2017). 
Prever todos os possíveis acidentes é uma tarefa praticamente impossível, porém, quanto mais conhecimento o profissional possuir, mais danos podem ser evitados e medidas mais eficazes poderão ser tomadas. Quando a humanidade falha e empresas junto com o governo se omitem, os impactos ambientais desses "acidentes" são piores, além de ter prejuízos ecológicos, existe o prejuízo econômico e social (EDUCACAO, 2017). 
Derramamento de óleo 
Essa é uma das principais fontes de poluição em diversos países. 
No Brasil, acidentes com petróleo já aconteceram pelo menos umas 50 vezes. Um dos piores aconteceu em 2001, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Mais de 588 mil litros de petróleo foram derramados no mar formando uma mancha de 18 quilômetros de extensão e 6 dias foram necessários para conter o vazamento (EDUCACAO, 2017). 
Além das falhas existentes nos poços de petróleo, investigações apontam que o acidente poderia sim ter sido evitado. Percebe a importância desse profissional dentro das empresas? 
Desmatamento 
O desmatamento talvez seja uma das atividades predatórias do meio ambiente mais antigas do Brasil.Desde a sua descoberta, os portugueses buscavam o pau-brasil para produzir artigos valiosos para vender na Europa. De acordo com o levantamento de uma ONG no Pará, a devastação da floresta Amazônica, por exemplo, chega a 2.898 km² (EDUCACAO, 2017). 
O gestor ambiental precisa criar políticas concretas de controle e prevenção do desmatamento. Lembrando que o desmatamento não autorizado é crime, por isso, além de monitorar e organizar a utilização dos recursos naturais dentro das empresas, esse profissional precisa ainda garantir que as organizações estejam sempre de acordo com a legislação ambiental brasileira. 
 
Acidentes radioativos 
O maior acidente radioativo do Brasil aconteceu 1987 e matou pelo menos 11 pessoas, entre elas, uma menina de 6 anos, e deixou 600 contaminadas em Goiânia. Tudo isso aconteceu devido a um irresponsável descarte de material radioativo. Para evitar a contaminação por elementos radioativos, o gestor ambiental precisa ser extremamente cauteloso com o armazenamento e, principalmente, com o descarte desses materiais. Mesmo que as usinas nucleares sejam totalmente seguras, o descarte de resíduos radioativos ainda será um problema. Estima-se que existam mais de 90.000 toneladas desses materiais no fundo dos oceanos (ELETRONUCLEAR, 2017). 
Atualmente, há centenas de estudos e métodos alternativos sendo testados, porém, nenhum adotado plenamente, o que torna o trabalho do especialista em meio ambiente ainda mais importante para as grandes usinas do Brasil e do mundo.
A seguir mapa da nuvem radioativa de Chernobyl e regiões atingidas por zona de danos e uma foto do sistema de contenção para tentar evitar a contaminação.
Figura 15. Mapa Que Muestra La Contaminación Por Cesio-137 En Bielorrusia, Rusia Y Ucrania. En Curios Por M² (1 Curio Son 37 Gigabequerelios (Gbq)).
 Fonte:< https://es.wikipedia.org/wiki/Accidente_de_Chern%C3%B3bil>
Figura 16. Novo Confinamento Seguro Em Chernobyl Em Construção E Antes De Ser Transferido Para O Local (Imagem: Berd)
Fonte:<http://www.world-nuclear.org/information-library/safety-and-security/safety-of-plants/chernobyl-accident.aspx>
A Análise Histórica de Acidentes – AH – caracteriza-se pela investigação dos eventos acidentais ocorridos na própria instalação em estudo e/ou em instalações similares, por meio da consulta a bancos de dados de registros de acidentes, e consiste no levantamento dos principais acidentes ocorridos no passado, das suas causas e consequências.
O acidente de “Three-Mile” Island (TMI 2) liberou para a atmosfera externa gases nobres, mas em quantidades que não resultaram em doses relevantes para a população do entorno. Milhares de amostras ambientais – ar, solo, água, leite, vegetação e alimentos – foram coletadas e analisadas.
Todos os resultados demonstraram que a dose resultante para a população foi significativamente baixa. O principal impacto sobre a saúde da população foi o estresse e o medo gerado pelo acidente. Por esse motivo o acidente de TMI-2 é considerado um acidente Classe 5 na Escala INES.
Por outro lado o acidente de Chernobyl ocorreu durante a realização de um teste elétrico, que previa o desligamento do sistema de resfriamento de emergência do núcleo, cuja função é fornecer água para resfriamento do núcleo em situações de emergência, o que se constitui, por si só, numa degradação da segurança se não devidamente compensada por outras medidas. O reator tinha sido desligado para manutenção de rotina no dia 25 de abril de 1986, e foi decidido se aproveitar a parada para a realização do teste. Para realização do teste, o reator deveria ter sido estabilizado em cerca de 1.000 MWt antes do desligamento. Entretanto, devido a problemas de funcionamento do sistema, a potência caiu para 30 MWt. Os operadores tentaram elevar a potência, desligando os reguladores automáticos e retirando todas as barras de controle manualmente (mais uma degradação da segurança). Por volta de 1h de 26 de abril, o reator se estabilizou em 200 MWt e, a partir daí, tornou-se muito instável. O súbito aumento na produção de vapor rompeu parte do combustível, e pequenas partículas quentes de combustível reagiram com a água, causando uma explosão de vapor, que destruiu o núcleo do reator. Houve uma segunda explosão, dois ou três segundos depois, aumentando a destruição do prédio do reator. A nuvem de fumaça, produtos de fissão radioativos e fragmentos do núcleo alcançaram a atmosfera. Os materiais mais pesados se depositaram próximo à usina, mas muitos produtos de fissão, especialmente o inventário de gases nobres, alcançaram grandes distâncias, atingindo vários outros países.
Um incêndio na Unidade 4 da central teve início, e principalmente a queima do grafite foi de difícil controle. Por um período de 10 dias, uma grande quantidade de material radioativo foi liberada para o meio ambiente.
Assim, segundo a IAEA (1992), os principais fatores que contribuíram para o acidente foram:
 a- Características inseguras do projeto do reator (exemplo: ausência de contenção);
b- Análise de segurança inadequada;
c- Atenção insuficiente na revisão da segurança do reator por órgão independente;
d- Procedimentos inadequados, não satisfatoriamente embasados na análise de segurança;
e- Inadequada troca de informações de segurança, importantes entre os operadores entre si e entre os operadores e os projetistas;
f- Inadequado entendimento por parte dos operadores de aspectos de segurança da usina, denotando falta de treinamento adequado;
g- Não conformidade, por parte dos operadores, dos requisitos operacionais formais e dos procedimentos de testes;
h- Insuficiente controle regulatório, incapaz de fazer frente à pressão por parte da produção;
i- Falta de cultura de segurança, tanto local quanto nacional.
O acidente de Chernobyl foi considerado um acidente Classe 7 na escala INES, isto é, um “acidente grave”. (FONTE: <http://www.eletronuclear.gov.br/Portals/0/RIMAdeAngra3/10_quais.html#j101>)
Acidente Nuclear de Fukushima 
Onde: Fukushima, Japão Quando: 2011
O acidente nuclear de Fukushima, que ocorreu no Japão em 2011, causado pelo tsunami. Talvez daqui alguns anos, possa ser considerado o pior, porque as consequências não pararam e até hoje, ocorre algum tipo de vazamento radioativo e 50 mil pessoas ainda não puderam retornar para sua casas (ELETRONUCLEAR, 2017).
A seguir mapa da agencia americana NOAA sobre a contaminação de material radioativo após a explosão dos reatores de Fukushima, no oceano Pacífico.
Figura 17. Lembra-Se Do Mapa Da Radiação Que Se Espalhava De Fukushima? …. Na Verdade, É Um Mapa Das Alturas Das Ondas Do Tsunami ... Imagem: Noaa
Fonte: ELETRONUCLEAR, 2017.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
O homem deve fazer constante avaliação de sua experiência e continuar descobrindo, inventando, criando e progredindo. Hoje em dia, a capacidade do homem de transformar o que o cerca, utilizada com discernimento, pode levar a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e oferecer-lhes a oportunidade de enobrecer sua existência.
Aplicado errônea e imprudentemente, o mesmo poder pode causar danos incalculáveis ao ser humano e a seu meio ambiente. Em nosso redor vemos multiplicarem-se as provas do dano causado pelo homem em muitas regiões da terra. Níveis perigosos de poluição da água, do ar, da terra e dos seres vivos e grandes transtornos de equilíbrio ecológico da biosfera são relatados, assim como a destruição e esgotamento de recursos insubstituíveis.
O que se percebe claramente é que essas empresas quando foram instaladas não se imaginava acidentes, e sim geração de mão de obra, impostos, importância para o município, publicidade em razão do vulto da empresa, e por aí vai. As discussões mais técnicas envolvendo os riscos dos processos ou instalações e mesmo as questões ambientais eram sempre “abafadas” em detrimento de outras mais relevantes, como a famosa “geração de emprego e renda”. 
7 REFERÊNCIASBVSDE. Acidentes Ambientais: Conceitos Básicos. Disponível em: <http://www.bvsde.paho.org/tutorial1/p/acciambi/index.html> Acesso em: maio 2017.
EDUCACAO. Maiores acidentes nucleares da história. Disponível em: <http://educacao.globo.com/artigo/maiores-acidentes-nucleares-da-historia.html> Acesso em: maio 2017.
ELETRONUCLEAR. Quais as Análises de Segurança e Riscos, e Planejamento de Ação de Emergência? Disponível em: <http://www.eletronuclear.gov.br/Portals/0/RIMAdeAngra3/10_quais.html> Acesso em: jun.2017.
G1 GLOBO. Entenda a escala usada para classificar acidentes nucleares. Disponível em: <http://g1.globo.com/tsunami-no-pacifico/noticia/2011/03/entenda-escala-usada-para-classificar-acidentes-nucleares.html> Acesso em: maio 2017.
SHIP DISASTERS. Exxon Valdez. Disponível em: <http://www.ship-disasters.com/commercial-ship-disasters/tankers/exxon-valdez/> Acesso em: jun. 2017.

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