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QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 1 8. Enolatos 8.1. Formação de Enolatos 8.2. Reações de Alquilação 8.3. Reações de Alquilação Assimétrica 8.4. Reações Aldólicas 8.5. Reações de Acilação 8.6. Adições Conjugadas de Enolatos Excelente material sobre alquilação assimétrica e reações aldólicas: http://www.chem.harvard.edu/groups/myers/page8/page8.html 9 Substâncias Carboniladas e Derivados, P. Costa, R. Pilli, S. Pinheiro, M. Vasconcellos, Bookman, São Paulo, 2003, p. 155-178; 288-299; 301-305; 326- 339; 347-354. Bibliografia 9 Organic Chemistry, J. Clayden, N. Greeves, S. Warren, P. Wothers, Oxford, Oxford, 2001, cap. 27, 28, 29. 9 Classics in Total Synthesis II – More Targets, Strategies, Methods, K. C. Nicolaou e S. A. Snyder, Wiley-VCH, Weinheim, 2003, p. 33 até Scheme 5. 9 Advanced Organic Chemistry Part B: Reactions and Synthesis F A Carey R9 Advanced Organic Chemistry – Part B: Reactions and Synthesis, F. A. Carey, R. J. Sundberg, Plenum, New York, 2007, 5th ed., cap. 1 e 2. 9 Organic Synthesis, Michael B. Smith, McGraw-Hill, New York, 1994, cap. 9. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 2 A acidez do reagente irá determinar qual base pode ser utilizada na geração do ânion. Em geral, as reações podem ser realizadas em condições na qual o enolato á í á é 8.1. Formação de Enolatos está em equilíbrio com o seu ácido conjugado ou em condições na qual o reagente é completamente convertido a sua base conjugada. A última é normalmente a melhor alternativa. Os valores de pKa em DMSO são normalmente maiores do que em água, pois a água estabiliza ânions de maneira mais efetiva por ligação de hidrogênio do que o DMSO. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 3 Uma cetona não simétrica pode formar dois enolatos regio-isoméricos na desprotonação. Controle nesta regiosseletividade é vital nas reações. As condições experimentais podem favorecer um dos regioisômeros. A composição do enolato pode ser governada por fatores cinéticos ou termodinâmicos. Regio- e Estereosseletividade na Formação de Enolatos Fatores importantes na determinação da regiosseletividade (cinético/termodinâmico) e estereosseletividade (Z/E): 9 Força da base;9 Força da base; 9 Identidade do cátion; 9 Natureza do solvente; 9 Presença de aditivos. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 4 9 Condições para controle cinético são aquelas na qual a desprotonação é rápida, quantitativa e irreversível. 9 Lítio é um melhor contra-íon do que sódio ou potássio, pois mantém uma Enolato Cinético coordenação mais forte com o oxigênio, reduzindo a velocidade de troca do próton. 9 Solvente aprótico é essencial, pois o solvente prótico permite a equilibração do enolato por uma protonação/desprotonação reversível, levando à formação do enolato termodinâmicoenolato termodinâmico. 9 Excesso da cetona deve ser evitado, pois também catalisa a equilibração pela troca de próton. 9 A desprotonação é realizada a baixa temperatura, tipicamente – 78 °C. O uso de bases fortes e estericamente impedidas (LDA, LiHMDS e NaHMDS, por exemplo) em solventes apróticos favorece a formação do enolato cinético, que é normalmente o menos substituído. A remoção do hidrogênio Enolato Cinético menos impedido é mais rápida por questões estéricas. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 5 Enolato Cinético 9 Em condições em que é possível equilibração, ocorre a formação do enolato termodinâmico, que normalmente é o mais substituído. 9 Equilibração também é favorecida pela presença de agentes aditivos dissociantes, Enolato Termodinâmico Equilibração também é favorecida pela presença de agentes aditivos dissociantes, tal como HMPA. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 6 Enolato Termodinâmico: Mecanismo do Exemplo 9 Se os grupos alquilas são suficientemente ramificados, interferindo na solvatação, pode ocorrer uma exceção e o enolato termodinâmico vai ser o menos substituído Enolatos Termodinâmico e Cinético menos substituído. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 7 Enolatos Termodinâmico e Cinético 9 A presença de um grupo fenila torna o hidrogênio mais ácido, o que sobrepõe o efeito estérico, resultando em um enolato conjugado que é favorecido tanto em termos cinéticos quanto termodinâmicosem termos cinéticos quanto termodinâmicos. 9 Ciclo-hexanonas substituídas na posição 2 são desprotonadas na posição 6 cineticamente, enquanto que o enolato mais substituído de C2 é normalmente o termodinâmico. Enolatos Termodinâmico e Cinético: Cetonas Cíclicas QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 8 9 No caso de cetonas cíclicas, efeitos conformacionais podem influenciar na composição dos possíveis enolatos. A previsão do enolato termodinâmico pode ser mais complicada. Enolatos Termodinâmico e Cinético: Cetonas Cíclicas Enolatos Z e E 9 Muitos enolatos podem existir como isômeros Z e E. A geometria do enolato é muito importante na estereosseletividade de muitas reações. Na desprotonação da 2-pentanona, a formação do enolato Z é favorecida quando HMPA está presente. O efeito do HMPA é solvatar o íon Li+, reduzindo a importância da coordenação do Li+ com o oxigênio carbonílico. Neste caso, a reação ocorre via um estado de transição diferente que leva ao enolato Z. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 9 9 LiHMDS e outras bases favorecem a formação do enolato Z. Enolatos Z e E 9 A adição de 1 equiv de LiBr aumenta a proporção E:Z de 10:1 para 60:1 na desprotonação da 3-pentanona com LiTMP. A seletividade Z parece estar associada principalmente com a reduzida basicidade do íon amideto. Acredita-se que a mudança para a Z-estereosseletividade é o resultado de um “looser TS”, no qual os efeitos estéricos da cadeira no estado de Enolatos Z e E transição são reduzidos. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 10 Enolatos Z e E: Mais um Exemplo QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 11 Estado de Transição de Ireland Aumenta conforme aumenta o tamanho de R! Preferencial para R=Et Constante independente de R! Preferencial para R=t-Bu, Ph, i-Pr. Desprotonação de Cetonas α,β-Insaturadas: Enolato Cinético A desprotonação cinética de cetonas a,b-insaturadas normalmente ocorre preferencialmente no carbono α’.p a o a bo o α QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 12 Em condições termodinâmicas, o enolato formado é o correspondente da desprotonação na posição γ. O enolato mais estável é totalmente conjugado, d l ã d lé Desprotonação de Cetonas α,β-Insaturadas: Enolato Termodinâmico enquanto que o sistema π do outro enolato tem uma conjugação cruzada. Além disso, a carga negativa está distribuída em dois átomos, enquanto no sistema totalmente conjugado em três. Formação Enantiosseletiva de Enolatos com Bases Quirais Bases utilizadas na discriminação entre dois hidrogênios enantiotópicos. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 13 Formação de Enolatos pela Clivagem de Enol Éteres e Enol Acetatos 9 A clivagem de trimetilsilil enol éteres ou enol acetatos com MeLi leva a formaçãode enolatos. t-BuOK também pode ser utilizado, mas leva a uma equilibração ao l d â é l lenolato termodinâmico. TBAF é uma outra alternativa para gerar o enolato, embora também leva a equilibração. Ligação Si-F: 142 Kcal/mol Preparação de Trimetilsilil Enol Éteres Alguns métodos para a preparação de trimetilsilil enol éteres: 9 TMSCl e amina terciária: favorece o enol éter termodinâmico. 9 TMSOTf: enol éter menos substituído. 9 TMSCl, LDA (ou LOBA, amideto de lítio da t-octil-t-butilamina), -78 °C: enol éter menos substituídoéter menos substituído. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 14 Efeito do Cátion na Reatividade A reatividade dos enolatos é afetada pelo contra-íon. Dentre os mais utilizados, a ordem de reatividade é Mg2+ < Li+ < Na+ < K+. Os cátions menores e mais duros Mg2+ e Li+ ficam mais firmemente associados com o enolato do que Na+ e K+. A coordenação mais forte diminui a reatividade do enolato e fornece espécies mais associadas. 8.2. Reações de Alquilação 8.2.1. Considerações Gerais sobre Reações de Alquilação 8.2.2. Alquilação de Enolatos Altamente Estabilizadas 8 2 3 Outras Reações de Alquilação8.2.3. Outras Reações de Alquilação 8.2.4. Estereosseletividade em Substratos Acíclicos 8.2.5. Estereosseletividade em Compostos Cíclicos QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 15 Reações de alquilação são tipicamente reações de SN2 na qual um nucleófilo de carbono desloca um haleto ou outro grupo de partida com inversão de configuração. Reações de alquilação podem ser realizadas diversos compostos 8.2.1. Considerações Gerais sobre Reações de Alquilação carbonílicos, principalmente aldeídos, cetonas, ésteres e amidas. Fatores importantes em uma reação de alquilação: 9 Condições para a geração do nucleófilo de carbono; 9 O efeito das condições de reação na estrutura e reatividade do nucleófilo; 9 Análise da aspectos de regio- e estereosseletividade. Reações de alquilação análogas podem ser realizadas com os análogos de nitrogênio, chamados muitas vezes de aza-enolatos. A imina alquilada pode ser hidrolisada para a correspondente cetona. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 16 Enolatos são nucleófilos ambidentados. C-Alquilação predomina com haletos de alquila. Haletos de metila, de alila, de benzila, primários e, mesmo, secundários, podem ser utilizados como alquilantes. Grupos arílicos e terciários não podem ser introduzidos por uma reação de SN2. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 17 Efeito do Solvente na Velocidade da Alquilação A reação de alquilação é mais rápida em solventes polares apróticos. Solventes polares apróticos possuem excelente coordenação com o cátion metálico, de forma que podem solvatar e dissociar o enolato e outros carbânions dos pares iônicos e clusters. Reação com n-BuBr Efeito do Solvente na Velocidade da Alquilação Apesar da reatividade dos enolatos agregados não ser tão grande, THF e DMF são os solventes mais comumente utilizados em reações de alquilação. Eles são os mais apropriados para a geração do enolato cinético e têm vantagens em A natureza do solvente determina o grau de par iônico e de ã termos de isolamento e purificação dos produtos. A reatividade pode ser acentuada pela adição de aditivos como HMPA, DMPU, TMEDA e éteres coroas. agregação, o que afeta a reatividade. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 18 Solventes polares apróticos (DMSO, DMF, HMPA) favorecem O-alquilação. Solventes próticos favorecem C-alquilação. Exemplo: As maiores proporções de C/O-alquilação são obtidas com iodetos de alquila. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 19 8.2.2. Alquilação de Enolatos Altamente Estabilizadas Compostos 1,3-dicarbonílicos podem ser facilmente alquilados com bases como carbonatos, hidróxidos e alcóxidos. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 20 É possível promover a formação e alquilação de diânions de compostos 1,3- dicarbonílicos. Exemplo: Alquilação de Diânions Ésteres malônicos são materiais de partida úteis para a síntese de ácidos carboxílicos substituídos. A primeira etapa é uma alquilação: Síntese de Ácidos Carboxílicos com o Éster Malônico (Malonic ester Synthesis) Informações adicionais: Malonic ester Synthesis, p. 272-273 “Strategic Applications of Named Reactions in Organic Synthesis”, Laszlo Kurti, Barbara Czako, Academic Press, 1 ed., 2005. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 21 Síntese de Ácidos Carboxílicos com o Éster Malônico (Malonic ester Synthesis) Após a alquilação é feita uma hidrólise seguida de descarboxilação. Estas etapas podem ser feitas em meio ácido ou básico. Analogamente o éster acetoacético pode ser utilizado para a obtenção de metil cetonas. Exemplo: Síntese de Metilcetonas com Éster Acetoacético (Acetoacetic Ester Synthesis) Informações adicionais: Malonic ester Synthesis, p. 2-3 “Strategic Applications of Named Reactions in Organic Synthesis”, Laszlo Kurti, Barbara Czako, Academic Press, 1 ed., 2005. QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 22 8.2.3. Outras Reações de Alquilação O desenvolvimento de condições para a formação estequiométrica tanto do enolato termodinâmico quanto cinético tem permitido o grande uso de reações de alquilação na síntese de moléculas complexas. Métodos via alquilação, hidrólise e descarboxilação são menos utilizados atualmente. A alquilação tem a preferência estereoeletrônica para aproximação do eletrófilo perpendicular ao plano do enolato. O principal fator na determinação da estereosseletividade é a diferença em impedimento estérico entre as duas faces do enolatoenolato. A alquilação de aldeídos e de cetonas com bases como EtONa, costuma levar a uma mistura de produtos. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 23 Este problema pode ser evitado utilizando uma base mais forte como o LDA em um solvente aprótico, como THF. Exemplo: Preparação do LDA: Outras bases muito utilizadas são LiN(SiMe3)2 (LHMDS), LiN(c-C6H11), LICA, LTMP, NaH e KH. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 24 A entrada do eletrófilo costuma ocorrer pela face menos impedida do enolato. Exemplo: É possível fazer a alquilação assimétrica com catalisadores quirais de transferência de fase. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 25 Exemplo da utilização de éteres enólicos de silício em reações de alquilação: Uma maneira eficiente para realizar a alquilação de aldeídos, evitando auto-condensação, consiste em efetuar a alquilação via uma enamina. Este método também tem sido utilizado na alquilação de cetonas, já que problemas com poli- alquilações são diminuídos. Exemplos: Alquilação de Enaminas QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 26 Mecanismo: Regiosseletividade na alquilação de cetonas: ocorre a formação do produto menos substituído. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 27 Uma desvantagem no uso de enaminas é a possibilidade de alquilação no nitrogênio. Exemplo: Ésteres,amidas terciárias e ácidos carboxílicos podem ser alquilados com bases fortes, como LDA. Exemplo: A alquilação de nitrilas e nitroalcanos também é rotineiramenteA alquilação de nitrilas e nitroalcanos também é rotineiramente empregada. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 28 O modelo utilizada na previsão das reações de epoxidação pode ser utilizado para interpretar a diastereosseletivdade da reação de alquilação mostrada a seguir. 8.2.4. Estereosseletividade em Substratos Acíclicos QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 29 A transformação de um composto acíclico em um cíclico pode ser uma alternativa para realizar uma reação estereosseletiva. Exemplo: 8.2.5. Estereosseletividade em Compostos Cíclicos Exemplo: Qual a conformação cadeira do produto da reação acima? E no caso da reação abaixo? O que indicam estes resultados? QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 30 A aproximação do eletrófilo em reações de alquilação de enaminas e de enolatos de ciclo-hexanonas ocorre perpendicular à ligação dupla, ou seja, de maneira axial. Este ataque axial ocorre preferencialmente via o estado de transição mais estável, o que explica a diastereosseletividade das reações mostradas no slide t ianterior. Em enonas, após a adição conjugada, o eletrófilo também é adicionado na posição axial. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 31 Na redução de octalonas nas condições de Birch ocorre a formação regiosseletiva de um enolato que pode ser alquilado. Octalona A alquilação do enolato ocorre de forma axial, como exemplificado a seguir: Contudo, exceções podem ocorrer como no exemplo abaixo. Por que neste caso não ocorreu o ataque axial? Qual a diferença com relação à reação do slide anterior? QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 32 Alguns sistemas possuem faces bem definidas. No exemplo abaixo, o enolato reage com o CNCO2Me somente pela face convexa. Reação de alquilação em anéis de quatro membros: Mecanismo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 33 8.3. Reações de Alquilação Assimétrica 8.3.1. Oxazolidinonas Quirais de Evans 8.3.2. Alquilação de Enaminas Quirais 8.3.3. Alquilação com Hidrazonas SAMP/RAMP de Enders 8.3.4. Alquilação Assimétrica de Myers 8.3.1. Oxazolidinonas Quirais de Evans QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 34 QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 35 QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 36 Ocorre a formação do enolato Z. Pq? QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 37 Oxazolidinonas Quirais de Evans em Reações de Alquilação A mistura de diastereoisômeros pode ser purificada antes da remoção do auxiliar quiral, levando ao produto final de forma (quase) enantiomericamente pura. Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 38 Obtenção do ácido oticamente ativo e recuperação do auxiliar quiral: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 39 QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 40 Enaminas quirais podem ser uma boa estratégia para a obtenção de aldeídos e de cetonas oticamente ativos. Exemplo: 8.3.2. Alquilação de Enaminas Quirais QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 41 8.3.3. Alquilação com Hidrazonas SAMP/RAMP de Enders 9 Enders, 1976. 9 O auxiliar quiral SAMP pode ser obtido a partir da (S)-prolina em 4 etapas. O auxiliar quiral RAMP pode ser obtido a partir do ácido (R)-glutâmico em 6 etapas. 9 Outros auxiliares quirais foram desenvolvidos: SADP, SAEP, SAPP e RAMBO. Alquilação Assimétrica de Hidrazonas com SAMP e RAMP: Mecanismo QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 42 Alquilação Assimétrica de Hidrazonas com SAMP e RAMP Exemplo: QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 43 Alquilação Assimétrica de Hidrazonas com SAMP e RAMP 9 Classics I, Nicolaou, p. 703-704. 9 Alquilação de Evans e Oppolzer não forneceram bons resultados na obtenção de 117. 8.3.4. Alquilação Assimétrica de Myers QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 44 Alquilação Assimétrica de Myers: Esquema Geral Alquilação Assimétrica de Myers: Mecanismo QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 45 QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 46 QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 47 QFL-5928 - Síntese Orgânica 10. Enolatos - Parte 1 Prof. Luiz F. Silva Jr - IQ-USP - 2004 48 Alquilação Assimétrica de Myers: Exemplos em Síntese Total
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