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PARECER JURÍDICO - ANÁLISE DO CONTRATO DE UMA SOCIEDADE LIMITADA

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MINISTÉRIO DO DIREITO, FACULDADE DA SAÚDE E ECOLOGIA 
HUMANA 
DEPARTAMENTO INSTITUCIONAL DO 4º PERÍODO. 
 
PARECER JURÍDICO Nº: 01 
REFERÊNCIA: Processo 001 
INTERESSADO: Bruno Apolinário 
ASSUNTO: Análise do contrato de Sociedade Limitada. 
A constituição de uma empresa começa a partir do momento em que é 
definido o tipo de natureza jurídica da empresa, onde se define a integralização 
do capital, o nome empresarial e a administração da empresa. A 
responsabilidade limitada é aquela que reúne dois ou mais sócios para explorar 
atividade econômicas organizadas para a produção ou circulação de bens ou de 
serviços que se responsabilizam solidariamente de forma limitada ao valor de 
suas quotas pela integralização do capital social. 
A presente analise é feita sobre um contrato de sociedade limitada e se 
fundamenta nas normas do Código Civil de 2002, portanto será verificado se 
todas as disposições estão de acordo com o que diz a lei e se esta for omissa, 
verificar-se-á as normas da Resolução da Junta Comercial de Minas Gerais, 
dentre outras leis esparsas que tratem do assunto. 
O primeiro requisito apontado no art. 997, I, do CC/02 é a qualificação de 
todos os sócios que compõe a sociedade, seguido pela denominação, objeto, 
sede e prazo da sociedade, no segundo inciso. O contrato analisado obedece 
ambas disposições, pois qualifica as sócias Deuzelia Nazareth Alves e Maria 
Expedita Alves no seu preambulo e descreve corretamente a denominação e a 
sede na primeira cláusula, o objeto na terceira, e o prazo da sociedade na quarta. 
O Capital social foi estipulado em R$ 20.000,00, dividido em 12 mil cotas 
de R$ 1,00 para Deuzelia e 8 mil para Maria conforme estipula o art 997, III e IV 
os quais obrigam, respectivamente, que o capital seja expresso em moeda 
corrente e por bens suscetíveis de avaliação pecuniária, e a divisão das cotas e 
a forma de realiza-las. 
As cláusulas sétima à decima também são requisitos descritos no artigo 
997, VI do CC/02 e sua matéria estão regulamentadas pelos artigos 1060 a 1064 
do CC/02, os quais tratam da administração da sociedade. Neste contrato 
especifico apenas a sócia Deuzelia é responsável pela administração da 
sociedade, tendo a sua responsabilidade como administradora, tal como o limite 
dos seus poderes descritos na sétima cláusula, a possibilidade de nomear 
procuradores na oitava, e o dever de criar balanços de resultados e patrimonial, 
tal como as diretrizes da deliberação sobre as contas constando na nona e 
décima. 
A décima segunda cláusula se refere ao pró- laborore que será retirado 
mensalmente como gratificação aos serviços prestados por sócios à sociedade, 
estipulando que este valor dar-se-á por consenso entre ambas as sócias. 
Portanto este benefício é apenas da sócia administradora, ficando vedada a 
outra sócia a retirada mensal, contudo, a nona cláusula autoriza os sócios a 
participar dos lucros ou das perdas apuradas ao termino de cada exercício social, 
conforme exigido pelo art 997, VII do CC/02. 
Para finalizar os requisitos essenciais para a elaboração de um contrato 
social do art 997 do CC, faz-se mister identificar a presença da responsabilidade 
dos sócios. No contrato analisado, por tratar-se de sociedade limitada, apresenta 
na sexta cláusula a responsabilidade de cada sócio como restrita ao valor de 
suas quotas, conforme dispõe o art 1.052 do CC/02. 
As três últimas cláusulas são consideradas como facultativas, e têm as 
finalidades de eleger o foro e regulamentar o procedimento a ser adotado em 
caso de morte ou interdição dos sócios, previsão que é autorizada no art 1.028, 
I do CC/02. Desta forma, a sociedade não será liquidada conforme manda o 
caput do artigo 1.028, mas continuará suas atividades com os herdeiros, 
sucessores e o incapaz. 
O contrato encerra-se com assinatura das sócias, de duas testemunhas e 
do advogado responsável, conforme expresso no art. 1º, § 2º, da Lei nº 8.906, o 
qual atribui como atividade privativa da advocacia os contratos constitutivos de 
pessoas jurídicas, admitindo-os a registro apenas quando visados por 
advogados. 
Pelas razões expostas acima, tendo em vista que a sociedade atente 
todas as formalidades legais, encerra-se aqui o parecer. 
É o parecer. 
Vespasiano, 20 de setembro de 2017. 
 
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