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CRONOGRAMA Civil

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PROGRAMA DE CONTEÚDOS/ATIVIDADES 
 
DISCIPLINA: Civil V 
 
SEMESTRE: 5º ANO: 2017 
 
PROFESSOR: Adriani Freire 
 
TURMA: 05A 
 
 ATIVIDADE DESENVOLVIDAS 
 
Hoje não se fala em direito de família, mas sim em direito das famílias, já que nos dias atuais 
não se tem “famílias tradicionais”, família hierarquizada. Tem-se famílias de todos os modos, 
tamanhos e espécies, como exemplos avós com netos, casal homoafetivos com filho, tios que 
criam sobrinhos e filhos, ou seja, tem-se tipos de famílias, pois isso a mudança na 
nomenclatura. 
A família mudou muito, pois a sociedade tem mudado muito com relação as famílias, e 
normalmente quanto tem normas novas no ramo de família, a sociedade já está muito a 
frente, como exemplo, a decisão do STF sobre casais homoafetivos, novas leis de divórcio. A 
tônica do direito de família hoje é a pacificação entre as partes, que a lide tem um sofrimento 
menor para todos os envolvidos. O direito tem como tônica a conciliação. 
O direito de família tem princípios, um deles é o princípio da dignidade da pessoa humana, é 
um princípio alastrado por todo o direito de família. O princípio da isonomia entre mulher e 
homem, entre filhos, o que até um passado recente isso não existia. Princípio da liberdade, 
onde se tem as opções de escolha como e quando formar uma família. Princípio da 
solidariedade, onde os parentes(entes) em si tem que auxiliar os demais de maneira formal e 
material, os entes queridos tem que cuidar, auxiliar entre si. Princípio da parentalidade 
responsável, onde o poder passa a ser dos pais ou autoridade, e não somente o pai tem o 
poder, onde a responsabilidade tem que ser de ambos pais, e os mesmos terem direitos e 
deveres iguais sobre os filhos. Princípio a afetividade é o princípio da vez, onde se tem muitas 
discussões e com grandes inovações , onde se busca os direitos que os mesmos entes 
sanguíneos, ou, que adquiriu durante a vida uma relação jurídica. Esse princípio é de grande 
importância, principalmente para as questões materiais. O último princípio é o direito do 
melhor interesse para o menor, onde hoje tudo que se busca no direito das famílias é a melhor 
opção para o menor, sempre buscando a melhor opção de família, até mesmo dentro da 
própria família consanguíneo, o último caso é a questão de adoção para pessoas que não tem 
nenhuma relação com o menor. O foco sempre será o melhor interesse para o menor, 
princípio que está espelhado por todo o direito das famílias. 
Tipos de famílias existentes hoje: 
 Família tradicional: família matrimonial, que vem do casamento; 
 Família monoparental: um só dos genitores com os filhos; 
 Família anaparental: não tem hierarquia entre as pessoa de convivência; 
 Família mosaico, ou reconstituída, ou reconstruída: família com filhos de diversos 
casamentos. 
 Família edelmoísta: nem tem parentesco em si, mas a convivência é por afetividade, 
por gostar um do outro, estão juntos pela questão da felicidade; 
 Família poliafetiva: quando se tem mais de um relacionamento afetivo. Homem com 
várias mulher, ou vice-versa. Porém ainda se está em discussão esse tema. 
A proteção estatal para as famílias são em todos os sentidos. O planejamento familiar é de 
responsabilidade das famílias, o estado não interfere no planejamento. É de forma livre, pode 
ter quantos achar necessário e quando melhor convier. O Estado vai auxiliar a família que 
quiser ter o planejamento com todos os meios legais e preventivos. Presente no artigo 226 da 
Constituição Federal. 
As famílias perante a Constituição são: 
 Matrimonial: formada pelo matrimônio; 
 Monoparental: formada por pai ou mão com os filhos; 
 União Estável: formada pela informalidade. 
Porém o Estado reconhece e protege as demais famílias presentes em outras normas. 
Família perante o ECA: 
 Natural: que tem como origem biológica; 
 Extensa ou ampliada: família que se estende para os demais familiares; 
 Substituta: num outro tipo de família, que não é normal, que subdivide: 
o Tutela, guarda ou adoção: tira do seio natural e se tem uma nova colocação 
familiar. 
 Adotiva: que se torna parentesco civil, ditado pela lei. 
Família perante a doutrina: 
 Reconstituída, recomposta, pluriparental, mosaico, tentacular: família com muitas 
ramificações, família aberta; 
 Anaparental: família que não tem hierarquia, formada por irmãos e primos, mesmo 
parentesco; 
 Edemonista: família que está junto pela afetividade, nada os obriga para ficar juntos; 
 Homoafetiva: formada por pares do mesmo sexo, já é uma realidade jurídica. 
Família moderna: 
 E-family: pessoas que se tem um relacionamento pela rede mundial de computadores 
(internet; 
 Multiespécie: família formada por ser humano e animais de estimação. 
Parentesco é a relação que se tem com outras pessoas. 
Parentesco biológico ou natural são pai, mãe, irmão, tios, avós, primos. Já nasce sabendo 
quem são seus parentes. 
Parentesco civil que são por adoção, outra origem e afinidade. A lei traz que em virtude de um 
fato jurídico, começa a ter um parentesco. Parentesco que vem da lei. 
 Adoção: quando uma pessoa se torna parente por questão jurídica, deriva da lei a 
origem parentesco; 
 Outra origem: parentesco que vem de autorização judicial, quando o parente não é 
natural, nem por adoção, mas sim de quem cuida. Está atrelado aos novos 
procedimentos de reprodução assistida ou material genético; 
 Afinidade: parentesco que sobrevém do casamento ou união estável. São os parentes 
em linha reta do seu companheiro (a), se torna parente por afinidade. Porém na linha 
colateral é limitado aos irmãos do cônjuge. 
Parentesco socioafetivo, é uma classe muito forte. Quando se cria vínculos afetivos entre 
parentesco. Não se exclui a socioafetividade. 
Desbiologização: hoje não é questão biológica que impeça na relação familiar, e sim a 
afetividade, onde a questão biológica e afetiva está no mesmo patamar. O que caracteriza a 
partenalidade é a prestação de serviço no geral. 
A questão de parentesco em linha reta é quando se tem a descendência (vem depois) e 
ascendência (vem antes), um gera outro. Todas as pessoas em linha reta são consideradas 
como parente por lei. 
Graus: é a distância entre as gerações. 
Parentes colaterais: são os demais parentes que não fazem parte da linha reta (irmão, 
sobrinhos, tios). Não existe parente colateral em 1º grau, o mais próximo será o irmão em 2º 
grau. 
Irmãos germano: pai e mãe são dos mesmos para todos os filhos. 
Irmãos consanguíneos, unilateral: filho do mesmo pai ou mãe. 
Irmãos uterinos: filhos da mesma mãe. 
Para o código civil o parentesco vai até o 4º grau, inclusive para questões sucessórias. 
2º grau: irmão e cunhado (por afinidade); 
3º grau: tio e sobrinho; 
4º grau: primo, tio-avô, sobrinho-neto. 
Porém existe leis especificas que absorvem graus maiores, como exemplo a questão de 
nepotismo, eleitoral, tem-se uma abrangência maior. 
Quando ocorre divórcio e viúves, os parentes colaterais por afinidade, os irmãos do cônjuge 
deixam de ser parente, podendo até contrair matrimônio com estes. Agora os parentes em 
linha reta por afinidade (sogro e sogra) não é dissolvido com o divórcio e viúves. 
Tudo que foi mencionado de parentesco familiar é considerado para união estável, pode até 
viver em união estável, mas não será reconhecido os direitos. 
O CPC 2015 criou um capítulo único para o direito de família. No anterior a ação era comum, 
hoje já se tem especificações. Isso é devido a relevância que o direito de família tem no 
momento atual da sociedade. 
O direito de família em cada um dos casos se tem uma história, cada processo tem suas 
especificidades. 
No CPC as ações de família começano artigo 693. Primeiramente, o que diferencia é que todo 
processo terá audiências de conciliação, o que não é previsto nas demais relações civis, onde o 
aturo e réu podem decidir se querem ou não ter a audiência de conciliação. 
Quando uma das partes não comparece a audiência de conciliação é considerado ato 
atentatório à dignidade da justiça, tendo multa de dois por cento do pedido da causa. A 
presença é personalíssima, somente quando o advogado tem procuração para homologação 
do acordo, porém se não tiver acordo a parte que não compareceu pagará a multa (2%). 
O prazo de contestação começa a correr somente após a audiência de conciliação, tendo 15 
dias para a contestação. A citação para a audiência deve ser de no mínimo de 15 dias com 
antecedência. 
O mandato de citação não pode conter mais nada além do que a data da audiência de 
conciliação. Não vai a contrafé (cópia da petição inicial) no mandato de citação, no código 
anterior isso ocorria. Isso tudo é para que ocorra a conciliação na audiência, pois com a 
contrafé pode ser que o r[eu não queira acordo devido o que está previsto na petição inicial. 
A oitiva de incapazes até 12 anos para os casos de guarda pode ouvir, acima de 12 anos é 
obrigatório ouvir. Porém os incapazes quando forem serem ouvidos, tem que estar 
acompanhados com equipe especializada. 
O foro de competência não se tem privilégios, antes o privilégio era o foro da mulher. O foro 
de competência quando se tem filhos menores tem a preferencia, o foro padrão é do guardião. 
Quando não tem filhos, ou os filhos são maiores, o foro será o último domicílio do casal. 
O Ministério Publico vai se manifestar em todos os processos de estado (mudar estado civil), e 
que se tenha interesse de menores. As partes sendo maiores o Ministério Publico não irá se 
manifestar. 
Audiência de conciliação pode ocorrer quantas vezes forem necessárias, ou as partes 
desejarem. O prazo de contestação começa a correr somente após a audiência. O prazo é de 
60 dias para que ocorra a conciliação. 
Quando a mulher estiver grávida, não pode realizar o divórcio em cartório, de forma 
extrajudicial, somente via judicial. Pois o Ministério Publico, tem que atuar em favor do 
nascituro. 
Hoje o direito de família pode sentenciar várias vezes durante o processo, na medida em que 
as partes vão se acordando o juiz vai emitindo sentença, com isso, no final serão poucas as 
decisões para o juiz. Essas sentenças são denominadas como julgamento parcial antecipado. 
 
Do casamento 
Casamento é um instituto formal, pois tem que seguir muitas normas, na qual na falta de uma 
norma pode ocasionar nulidade. O casal (as partes) são denominadas como nubentes. 
 
Correntes: casamento em si é quando os cônjuges tem direitos e deveres, é um contrato entre 
os cônjuges, porém o Estado determina as cláusulas básicas. 
Corrente contratualista: quando é seguido as normas previstas de forma individual, é um 
contrato puro e simples, está ligado diretamente ao princípio da liberdade. 
Corrente institucionalista: o casamento não é um contrato em si, porém tem que seguir as 
regras determinadas pelo Estado (Institucional). 
Corrente eclética ou mista: corrente mais moderada, é um contrato pois as partes podem 
deliberar, porém o Estado determinada o que é preciso para formular. Tem um pouco de cada 
um das correntes anteriores. 
 
Habilitação: é necessário ir ao Cartório de Registro das Pessoas Naturais, onde os nubentes 
irão apresentar a documentação prevista no Código Civil. A habilitação tem que ser no Cartório 
da cidade em que os nubentes residem. Se cada nubente reside em uma localidade, pode ser 
em qualquer cidade de ambos, não pode ser em cidade aleatória. 
Idade núbil: é a idade em que as pessoas não estão maduras para o casamento, onde a idade 
núbil é menor de 16 anos. Porém entre 16 e 18 anos é necessário autorização dos pais, não 
podendo ser somente um (pai ou mãe), tem que ser ambos. 
Após a apresentação dos documentos, o Oficial de Registro Civil vai encaminhar ao Ministério 
Publico para que ocorra a aprovação. Ocorrendo a aprovação pelo Ministério Publico, o Oficial 
do Registro Civil vai entrega uma certidão de habilitação para os nubentes, onde essa certidão 
terá o prazo de 90 dias, não tendo a marcação no prazo de 90 dias, o processo de habilitação 
terá que iniciar novamente. 
Após a habilitação é necessário que ocorra os proclamas (divulgação na imprensa local), para 
que assim caso alguém saiba de algum impedimento, possa comprovar ou indicar a prova, 
assim o juiz vai analisar ou ir atrás da prova. Os proclamas pode ser dispensado, somente em 
casos de urgência. 
 
Suprimentos: ação de suprimentos de consentimento, é quando um dos pais não autoriza um 
filho menor (18 anos) a casar. E com isso, é necessário autorização judicial para o suprimento 
da assinatura. 
É caso-a-caso, pois no caso concreto que será analisado se os pais estão corretos e usando de 
maneira racional, ou se os pais não autorizam por questões menores. 
Ação de suprimentos de idade é quando uma das partes não tem idade mínima núbil, ou seja, 
menor de 16 anos, nesse caso é necessário a representação por um dos seus representantes 
legais. 
 
Celebração: celebra-se aqui em regra dentro do Cartório de Registro Civil, as exceções é 
somente se o Tabelião for deliberadamente. A celebração é gratuita, a primeira certidão para 
quem indicar pobreza é gratuita, às demais terão custas. 
As pessoas obrigatórias a participar sãos os Oficiais, Juiz de Paz, quando for necessário, duas 
testemunhas que podem ser quaisquer pessoas capazes. Quando a celebração for fora do 
cartório terá que ser quatro testemunhas. 
Indubio pró casamento ou matrimônio, tendo a dúvida se ocorreu ou não o casamento, tendo 
apresentado provas, o juiz terá que analisar a favor dos autores. Essa dúvida é quando ocorreu 
algum evento extraordinário no arquivo do Cartório e na qual a certidão (2ª via) não possa ser 
emitida. 
Se um dos nubentes for analfabeto será necessário também quatro testemunhas. 
Toda realização no casamento civil tem que ser de portas aberta, para que se tiver 
impedimentos, qualquer pessoa possa estar no local e indicar os impedimentos. 
O casamento se dá por realizado, no momento em que os noivos declaram que é feito se 
nenhuma coação, e que o Oficial ou Juiz de Paz declare que: “estão casados em nome da lei”. 
Qualquer situação que comprove indícios de dúvida ou coação, o casamento é suspenso pelo 
Oficial, e só poderá ser realizado no dia seguinte, para que os nubentes possam refletir, ou 
verificar a possibilidades de coação. 
Impedimentos: não podem casar. As causas de impedimentos são ordens, caso ocorra o 
casamento, será considerado como nulo. Os impedimentos são, pessoas que são casadas, 
parentes em linha reta (sanguínea ou afetiva), não podem casar os colaterais em 2º grau 
consanguíneo, porém por afinidade pode. Parentes em 3º grau colateral não podem casar, 
porém se a mulher engravidar, terá que dois médicos atestarem que não ocorrerá problemas 
de doenças genéticas ou para a mulher durante a gravidez. Cidades que tem um único médico, 
poderá somente este atestar. Parentes colaterais em 3º grau é o tio com a sobrinha (ou vice-
versa), chamado avuncular. 
Não pode casar adotantes (pais) e adotado (filho). Não podem casar homicidas, ou quem 
atentou contra à vida do parceiro, ou do atual cônjuge do parceiro. Está ligado a questões 
éticas, morais e culturais. 
Causas suspensivas: as causas suspensivas, são conselhos, não devem casar. Podem até casar, 
mas terão ressalvas, como o regime de casamento. 
São questões que envolvem patrimônio. Quem for casar novamente porém ainda não teve a 
partilha dos bens do primeiro casamento. Quem ficou viúvo e não teve a partilha ainda do 
espólio. Curadores e tutores que são responsáveis por patrimônio de terceiros.Curador e tutor 
ou parentes próximos destes, que quiserem casar como curatela e tutelado, somente após 
prestação de contas do patrimônio de ambos. Mulher grávida que ficou viúva ou que 
divorciou-se, e queira casar dentro de dez meses, chamada de turbatio sanguinis, a suspensão 
é aplicada somente a mulher, devido a gravidez. Todas essas hipóteses o regime de casamento 
a ser adotado é da separação de bens. 
 
Válidos 
Juiz de paz é nomeado pelo juiz do foro, de sua confiança. Quem realiza casamento civis. Ainda 
não se tem em Minas Gerais concurso para esse tipo de função. 
 Por procuração: é possível o casamento por procuração. Cada um dos noivos tem que 
constituir o seu próprio procurador. A procuração tem que ser por instrumento 
publico. Com validade em 90 dias para a celebração. A revogação da procuração tem 
que ser por instrumento publico também. 
 Putativo: é a pessoa que se casa conforme previsto em lei, porém não tem validade, e 
será nulo de pleno direito, as partes agiram de boa-fé. 
 Em caso de moléstia grave: quando a habitação do casamento estiver conforme 
previsto em lei, e uma das partes adquirir uma moléstia grave, esse casamento pode 
ocorrer em qualquer lugar, dia e horário, porém à parte tem que manifestar sua 
vontade de livre. 
 Muncupativo: quando as partes em situação de risco muito grande, a chance de 
morrer é eminente. As partes terão que ter seis testemunhas e as próprias partes 
farão o casamento. As seis testemunhas terão que comparecer perante a alguma 
autoridade (juiz, delegado, tabelião e afins) e relatar o ocorrido, assim o casamento 
será efetivado. Se uma das testemunhas morrer, devido a formalidade do casamento 
não pode ser efetivado. Porém o juiz pode analisar a favor do princípio do in dubio pró 
casamento. 
 Consular: são os casamentos realizados nas embaixadas brasileiras, que é considerado 
território nacional. Quando as partes retornarem ao Brasil terão 180 dias para registrar 
o casamento em um cartório. 
 Conversão de União Estável em casamento: a Constituição Federal menciona que o 
Estado deve facilitar a maneira informal para a formal. Porém para que o casamento 
seja considerado desde o início da união estável, é necessário uma sentença judicial. 
Terá que ter a mesma formalidade, o que facilita é a celebração. 
 Religioso com efeitos civis: quando o casamento é realizado no religioso primeiro, e 
posteriormente ao civil. Onde as partes terão que levar o documento formal da Igreja 
ao Cartório, o que é importante nessa modalidade, que o casamento será anotado no 
dia da cerimônia religiosa, e a documentação de habilitação pode ser apresentada 
antes ou depois da efetivação do registro. 
algumas religiões tem questionamento com a relação a essa finalidade, porém o 
entendimento vem mudando. Já que o Brasil é um país laico. 
 
Inválidos 
 Inexistente: não tem no código civil, é invenção da doutrina. Quando não existe o 
casamento na formalidade, conforme previsto em lei, é uma simulação, um ato 
teatral. 
 Nulo (uma única hipótese): tem-se uma única hipótese legal. A algumas anos pessoas 
com deficiência o casamento era considerado como nulo, porém nos dias atuais 
pessoas com deficiência tem autonomia sobre o seu corpo. Curador é somente para 
fins negociais e patrimoniais. O curador vai influenciar somente no regime de bens. 
Portanto, casamento nulo será somente aquele que tiver impedimento, é a única 
hipótese legal. A nulidade é de ofício, as partes não tem vontade nesse requisito. 
 Anulável: a anulação para um casamento é somente quando a convivência entre as 
partes deixa de ser tolerável, quando as partes não vivem em harmonia. 
o Idade núbil: é a idade em que as pessoas não estão maduras para o 
casamento, onde a idade núbil é menor de 16 anos. 
o Consentimento: quando um dos pais não autoriza um filho menor (18 anos) a 
casar. E com isso, é necessário autorização judicial para o suprimento da 
assinatura. 
Tem que ter uma sentença para anulação, as partes tem que expressar a 
vontade pela anulação do casamento, porém terceiros não podem, exceto se 
for os responsáveis por menores. 
A anulação será somente no caso concreto, não tem uma fórmula a ser 
seguida, é caso à caso. 
o Autoridade incompetente: é quando autoridade atua fora da sua área de 
atuação. Terá que analisar caso a caso para a anulação, principalmente se teve 
algum prejuízo a uma das partes. 
o Vícios de consentimento: quando uma das partes não tem o conhecimento de 
uma característica negativa da outra parte, seja por questões de doença, 
característica subjetiva, questões de honra. 
Isso terá que ser caso concreto, pois a pessoa não queira sujeitar a isso, outras 
mesmo tendo o conhecimento dessa característica queira sujeitar a isso por 
questões afetiva. 
Porém se tiver conhecimento antes do casamento, não poderá ser anulado. 
Deficiência física não anula casamento, e nem é considerado nulo. 
o Revogação por mandado: o casamento pode ser anulado por revogação, 
porém o ato tem que ser antes da celebração, após a celebração não pode ter 
coabitação, para que seja considerado inválido. Tendo coabitação o 
casamento não pode ser anulado. 
o Erro em relação à pessoa: em questões de esteiras o casamento não é 
anulado. Porém em questões que uma das partes não deixa se tocar, não ter 
relação sexual (brocha), para a doutrina e jurisprudência o casamento poderá 
ser anulado, pois a relação sexual faz parte do casamento. 
o Coação: quem casa sob coação, o casamento será anulado, pois não ocorreu o 
consentimento. 
O Código Civil determina os prazos para anulação de casamento, onde a idade 
núbil tem o menor prazo, e a coação o maior prazo. 
Deveres inerentes ao casamento entre o casal devem ser de mútua assistência, que não é só 
financeira, mas em todas as áreas familiares. A educação e criação prole é de ambas as artes 
para com os filhos. A coabitação em regra é que vivem juntos a tenham relação sexual, exceto 
quando por motivos profissionais e estudantis uma das partes tenha que se ausentar do lar. A 
fidelidade é de ambas partes, além do respeito mútuo. 
 
Art. 226/CC; § 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio após a separação judicial 
mais de um ano, e separação de fato mais de dois anos. 
A Emenda Constitucional 66/2010, o casamento pode ser dissolvido pelo divórcio. Até 2010, 
tinha que separar, para posteriormente divorciar-se, isso depois de um ano. Porém se não 
tomou nenhuma providencia na justiça o prazo é de dois anos para separação de fato. Após 
2010, o divórcio é direto, não precisa mais nenhum requisito anterior a 2010. 
Na separação judicial (até 2010) era discutido a culpa das partes, o que feriria a dignidade da 
pessoa humana. Tinha que apurar de onde veio a falta de cumplicidade do casal. Após 2010 
isso não se discute mais a culpa. 
O STJ entende que a separação judicial não acabou. Porém a doutrina é dividida sobre a 
existência da separação judicial ou não, após a Emenda Constitucional 66/2010. 
 
Deveres do casamento: sociedade conjugal X vínculo conjugal. Os deveres com relação aos 
filhos não acabam com a separação judicial. Os demais deveres do casal acabam, ou seja, a 
sociedade conjugal acaba. Porém o vínculo conjugal não acaba, é necessário aguardar os 
prazos legais. Já no divórcio, os deveres do casal é extinto de uma só vez, exceto com relação 
aos filhos. 
 
Divórcio litigioso 
Quando se tem conflito. Quando um individuo vai propor uma ação contra o outro. O processo 
litigioso pode ser transformado em consensual a qualquer momento da ação. 
Divórcio consensual 
As partes estão de acordo. As duas partes propõe a ação em conjunto. 
Ação de divórcio puro é quando se tem somente o divórcio. 
Ação de divórcio com alimentos, com guarda e bens, quando se tem além do divórcio, querem 
realizar divisões (partilhar) de outras questões com relaçãoao dever do casal 
Direito potestativo 
É um direito que independe da vontade de outro, o juiz vai analisar somente se a pessoa é 
casada civilmente. 
Restabelecimento da sociedade conjugal 
Após a separação judicial, o casal decide que vai voltar ao status quo (no momento anterior). É 
necessário propor uma ação de restabelecimento de sociedade conjugal. Quem divorciou-se, é 
necessário realizar todo o procedimento legal novamente do casamento. 
Divórcio extrajudicial 
Realizado em cartório de notas. Não pode ter litigio (não pode ter conflito). Não pode ter filhos 
menores ou incapazes, nessa questão o Ministério Publico tem que dar o parecer. Tem que 
constar advogado, onde estará assistindo as partes, onde o advogado vai assinar a escritura 
publica e a minuta do divórcio. A mulher não pode estar grávida, pois tem direito de nascituro, 
e o Ministério Publico tem que dar parecer. O divórcio pode ser feito em qualquer localidade 
do território nacional. Não exige homologação do juiz e nem parecer do promotor, a escritura 
é suficiente para requerer o seu direito e para registrar os bens, tem que constar se tem ou 
não bens a serem partilhados. 
Já o divórcio na justiça, é necessário seguir as regras de competência. O foro de competência 
não se tem privilégios, antes o privilégio era o foro da mulher. O foro de competência quando 
se tem filhos menores tem a preferencia, o foro padrão é do guardião. Quando não tem filhos, 
ou os filhos são maiores, o foro será o último domicílio do casal. 
O divórcio pode ser feito por procuração tanto na justiça, quando extrajudicial, no extrajudicial 
se tem o prazo máximo de 90 para usar a procuração, após a sua outorga. 
 
Direito Patrimonial: regime de bens 
Princípios 
Principio da mutabilidade, o fato de casar num regime, poderá ser alterado após o casamento, 
exceto o regime de separação total de bens obrigatório. Para alterar o regime é necessário 
entrar com uma ação, onde os dois cônjuges tem que estar de acordo, a petição tem que estar 
assinado pelo casal, não pode ser somente um dos cônjuges. O próprio CPC fala que é 
necessário uma motivação para a alteração do regime de bens. 
Para a alteração de regime é necessário a apresentação de documentos que comprove essa 
alteração, que ela não caracteriza fraude contra terceiros. A alteração de regime deve ser 
publicado em jornal de grande circulação no domicílio, não tendo jornal na cidade, as próprias 
partes podem determinar outros meios de divulgação, para que se torne publico a alteração. 
Uma vez publicado a alteração do regime, o juiz tem que sentenciar em no mínimo trinta dias. 
Principio da livre estipulação, pode estipular um regime próprio além dos previstos no Código 
Civil, conforme a necessidade dos cônjuges. 
Pacto antenupcial 
Pacto antenupcial é o momento que vai determinar o regime de bens, exceto para o regime da 
comunhão parcial de bens. 
O pacto antenupcial é o acordo entre os cônjuges antes das núpcias (casamento), onde é 
lavrada uma escritura de pacto antenupcial no cartório de notas, na qual será anexada ao 
processo de habilitação do casamento. Essa escritura também será registrada junto ao cartório 
de registro de imóveis no domicílio do casal, em livro próprio. 
O pacto antenupcial é um documento solene, pois é feito somente pela lavratura da escritura 
publica. É um pacto (contrato) condicional, pois se o casamento não for celebrado, o pacto não 
tem eficácia, portanto, é condicionado ao casamento. 
Regimes previstos 
Comunicável: que se partilha. 
Incomunicável: quando não se partilha, é de somente um cônjuge 
a) Separação legal ou obrigatória de bens 
Vem da própria lei. É obrigatório casar nesse regime os menores de 16 anos (idade 
núbil), mesmo o juiz autorizando o casamento o regime é obrigatório. Maiores de 70 
anos. Quando é necessário o suprimento de consentimento dos pais, para menores de 
idade. As causas suspensivas o regime obrigatório é esse, ou seja, os viúvos que não foi 
realizado o inventário do casamento anterior, divorciado que não foi realizado a 
partilha. Mulher com menos de dez meses de viúves, divórcio, se está grávida ou não, 
exceto quando comprovado que não está gravida. Tutor ou curador que não prestou 
contas ainda, e quer casar-se com a tutelada ou curatelada. 
b) Separação de bens convencional 
Tudo que se tem e adquire após o casamento será do cônjuge. Não tem divisão de 
bens na questão de divórcio. Não precisa de outorga uxória do outro cônjuge. 
Podendo dar fiança, aval e afins. 
c) Comunhão parcial de bens, regime padrão ou supletivo 
antes do casamento cada um é responsável pelo seu patrimônio. Só é partilhado 
aquilo que adquire durante a constância do casamento, que foi adquirido de forma 
onerosa. Os bens de herança não se comunica. Os bens que guarnecem a residência, 
tem a presunção que foi adquirido na constância do casamento, portanto, será 
partilhado em partes iguais. Quem não quiser dividir tem o ônus da prova, provar que 
já tinha o bem antes do casamento. 
d) Comunhão universal de bens 
É a somatória de todos os bens do casal que foi adquirido antes e depois do 
casamento, em caso de divórcio será dividido entre os cônjuges. Não se divide dívida 
antes do casamento que não foi em prol da família. Objetos de profissão também não 
ocorre a partilha. Os bens que guarnecem a residência é partilhado em 50% para cada. 
As dividas também são partilhadas em partes iguais também. 
e) Participação final dos aquestros 
está com os dias contados, será extinto pelo Estatuto da Família. Enquanto estão 
casados, cada um administra o seu patrimônio. Quando for realizado o divórcio, todos 
os bens serão somados e serão partilhados em partes iguais. Não tem aplicação no 
caso prático. 
Aprestos: são os preparativos para o casamento. Na comunhão universal e parcial as dívidas 
dos aprestos serão partilhados. 
Partilha 
 FGTS 
Parcelas de FGTS recebida na constância do casamento no regime da comunhão 
universal e parcial após o casamento, será partilhado. 
 Parcelas de financiamento 
Para todo o tipo de financiamento, tem-se duas opções, um compra a parte do outro, 
da parte que foi pago na constância do casamento. A segunda opção é vender o 
imóvel, quitar o financiamento, e o que sobrar será partilhado ao casal. Isso para 
regime da comunhão universal e parcial. 
 Bens móveis 
Os bens que guarcecem a casa. O que está dentro do imóvel, pressume-se que o casal 
adquiriu durante a constancia do casamento, será partilhado em partes iguais. 
Quando alegar que o bem foi adquirido antes do casamento, tem o ônus da prova. 
Presente de casamento, será partilhado em partes iguais, pois pressume-se que foi 
dado ao casal. 
 Subrogação 
A sub-rogação é o mesmo que permuta, e tudo que foi adquirido na constancia do 
casamento, que teve origem antos do casamento tem que ser comprovado, pois não 
tendo essa comprovação a pressunção é que o casal adquiriu juntos. 
 Frutos civis 
Os frutos civil mesmo que de bens não partilhados (veio antes do casamento),s erão 
partilhados, na comunhão parcial. Porém o bem não partilhado, não será partilhado 
 Benfeitorias 
As benfeitorias serão partilhadas, pois se ocorre assim o enriquecimento ilícito, caso 
não haja a partilha, até mesmo nos bens não partilhados. Quando se faz benfeitorias 
no imóvel de terceiros para que não ocorra o enriquecimento ilícito, tem que ser 
indenizado o valor gasto na construção e na valoração do lote. 
 Inalienabilidade, Impenhorabilidade, Incomunicabilidade 
Essas cláusulas são importantes para os regimes da comunhão universal e parcial de 
bens, principalmente na universal. 
Inalienabilidade, não pode transmitir para terceiros, como aval e penhora, o bem é 
somente da pessoa. 
Incomunicabilidade, não se tem a comunicação do imóvel com o cônjuge, e assim nãopode ser dividido no divórcio, o restante por ser realizado. 
Impenhorabilidade, só não pode ser penhora em questão de dívida. O restante pode 
ser realizado. 
Se gravar a clausula de inalienabilidade abrangerá as demais hipóteses, sendo 
chamada de hipóteses maiores, sendo assim estará explicita as demais cláusulas. As 
outras cláusulas não tem esse peso, somente tem a força da sua justificação. 
A clausula de inalienabilidade pode ser retirada com uma ação, quando comprovado 
que a clausula está atrapalhando a continuidade da vida ou de negócios. 
Bem de Família 
É o bem reservado para que a pessoa possa se sentir segura. Está ligado ao principio da 
dignidade da pessoa humana e moradia. 
Bem de família voluntário só pode instituir o imóvel que não ultrapassa um terço do 
patrimônio líquido da pessoa. Quem for doar tem que ter à vontade, será lavrado escritura ou 
testamento publico. Pode instituir bens móveis. É algo de pouca utilidade. 
Bem de família legal (involuntário) se usa todos os dias, instituído pela Lei 8009/90, no 
momento que se tinha inflação galopante. Aquela pessoa tem um único bem imóvel, não vai 
suportar o perigo de entregar o imóvel ao credor. Porém não são todas as dívidas. 
Pensão alimentícia o bem pode ser penhorado. Para questões do imóvel com alienação 
fiduciária que não foi quitado, pode ser penhorado. 
Condomínio, IPTU, taxas e contribuições, o bem imóvel pode ser penhorado. Apesar do 
condomínio não estar presente na Lei 8009, mas a jurisprudência é dominante que o 
condomínio pode penhorar o bem. 
Na questão de fiança em contrato de locação o bem pode ser penhorado, outros contratos isso 
não ocorre. Dívidas do próprio imóvel pode ser penhorado. 
Veículos de transporte, obras de arte, os bens que guarnecem, adornos luxuosos, não são 
penhorados. 
O bem de família é considerado somente o de valor menor, quando tendo mais de um bem. 
Quando se mora sozinho como solteiro, viúvo e divorciado não pode perder o bem de família, 
pois já tem a questão da solidão. O conceito do TJ é de alargar o bem de família, e nunca de 
restringir. Portanto, quando se tem um cômodo (sala) comercial, e que este é usado para 
sobrevivência da família, será considerado o bem da família, mesmo que não seja o lar da 
família. O bem de profissão é considerado como bem de família, como exemplo o carro do 
taxista. 
Usucapião familiar de imóvel urbano, com até 250m², não tendo outro bem imóvel, e passado 
dois anos do abandono, perderá a sua cota parte do imóvel. Porém tem que ser ininterrupto a 
moradia no imóvel.

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