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trabalho direito de familia223

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Primeiro grupo de exercícios teóricos e práticos
Observações: 
A) todas as respostas devem ter fundamentos teóricos, legais e jurisprudênciais
B) o aluno deve entregar a folha de perguntas e respostas com nome e número de matrícula
C) data de entrega: primeira prova
	
Valor: 20 pontos
Teóricos:
01)Qual o princípio inspira a regra do § 6º do art. 226 da CF/88? Por quê?
 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana,liberdade individual porque basea no princípio da interferência mínima do Estado a fim de respeitar a dignidade da pessoa humana de cada um a alteração ocorrida no Artigo 226 da CF , suprimiu o requisito temporal para o divórcio suprimi a cláusula final do dispositivo que se referia à prévia separação, de fato ou de direito como requisito para o divórcio, Inexistindo requisitos a serem comprovados, cabe, caso o magistrado entenda ser a hipótese de concessão de plano do divórcio, a sua homologação.
02)O que significa e como é aplicado à diferença de sexos, o princípio da isonomia? Onde está o princípio da isonomia na Constituição Federal de 1988?
O tratamento igualitário entre homens e mulheres, previsto no inciso I, do artigo 5,º da Constituição Federal, portanto, pressupõe que o sexo não possa ser utilizado como discriminação com o propósito de desnivelar substancialmente homens e mulheres, mas pode e deve ser utilizado com a finalidade de atenuar os desníveis social, político, econômico, cultural e jurídico existentes entre eles os cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei.
 O princípio da igualdade pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de forma desigual dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.
 O Artigo 5º, caput , e o inciso n. I da CF de 1988 estabelecem que todos são iguais perante a lei .
03) Apresente um conceito de família compatível com as conquistas do texto constitucional de 1988.
 
Família monoparental -226 4° contitui através do vinculo entre um dos genitores,se constituem a partir de um homem ou mulher, que não deseja sacrificar seu desejo de paternidade ou maternidade, pelo fato de não ter formado um casal. Nesse caso, recorrem à adoção ou às técnicas de fertilização assistida
04)Quais as novas tendências constitucionais assumidas pela proposta codificada de 2002?
 Relações familiares,inclusive abordando de maneira especial, o Princípio da dignidade da Pessoa Humana. O Princípio da Igualdade relaciona-se à paridade de
 direitos entre os cônjuges e companheiros e entre os filhos.ão bastou a Constituição Federal proclamar o Princípio da Igualdade em seu preâmbulo. Reafirmou o direito a igualdade no Art.5 da CF – “todos são iguais perante a le indo além, art.5, I, da CF “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações e definitivamente demonstrando mais uma vez a igualdade em direitos e deveres de ambos no referente à sociedade conjugal essas alterações sofridas constitucionalmente fazem entender que somente com a igualdade material, para além da formal, dar-se-á uma efetiva igualdade para que sejam devidamente afastadas as desigualdades atribuídas pelas legislações anteriores, fazendo-se necessária uma nova leitura e profunda reflexão no tocante as mudanças referentes ao CCB, as quais devem assegurar os princípios e valores pertinentes com a norma constitucional.
O Princípio da Liberdade diz respeito: ao livre poder de escolha da autonomia 
da constituição, realização e extinção de entidade familiar, sem imposição ou 
 restrições externas de parentes, da sociedade ou do legislador; à livre aquisição e administração do patrimônio familiar; ao livre planejamento familiar; à livre definição dos modelos educacionais, dos valores culturais e religiosos; à livre formação dos filhos, desde que respeitadas suas dignidades como pessoas humanas; respeitadas à integridade física mental e moral.
A liberdade e a igualdade se correlacionam. Os Princípios da Liberdade e 
da Igualdade no âmbito familiar são consagrados em sede constitucional. A 
liberdade floresceu na relação familiar e redimensionou o conteúdo da autoridade 
parental ao consagrar os laços de solidariedade entre pais e filhos.
Em face do primado da liberdade, é assegurado o direito de constituir uma 
relação conjugal ou união estável (art.226, § 3, daCF), bem como há a liberdade de 
extinguir ou dissolver o casamento e a união estável e o direito de recompor novas 
estruturas de convívio.
05) O amor é princípio do direito de família?
 O amor está para o Direito de Família, assim como a vontade está para o Direito das Obrigações. Assim, a Mediação Familiar é o instrumento para a compreensão dos litígios de família, inserindo-se, definitivamente, no novo código, como expressão da principiologia norteadora das relações jurídicas privadas, com ênfase no Direito de Família.
 A família é raiz e base de uma sociedade, historicamente este conceito foi se erigindo em todos os ordenamentos jurídicos existentes. Na ainda hoje o conceito família persiste no conceito de célula mãe e amplamente protegido pelo direito. Ao conceituar a família como comunhão plena de vida, o legislador adotou a moderna concepção tendente a valorizar as relações intrínsecas, relativas aos papéis de estado de filho, de pai, de mãe etc., e não apenas as relações extrínsecas da família, esta vista apenas sob o enfoque de seu papel social de célula mãe da sociedade.
06) Não se pode confundir a mudança do sistema patriarcal com a desvalorização da figura paterna. Comente
Partir da Constituição Federal de 1988, é que esta visão passou a ter novos horizontes. A partir de sua entrada em vigor instaurouse a igualdade entre homem e mulher, o conceito de família foi elastecido protegendo agora todos os seus integrantes e ainda tutela expressamente além do casamento a união estável e a família monoparental.
A construção da família contemporânea através das mudanças sociais e da evolução legislativa,possibilitando a inclusão das uniões homoafetivas como entidades familiares. 
 O artigo 226 da Constituição pretende demonstrar a amplitude do termo entidade familiar, possibilitando às uniões homoafetivas tratamento igual ao dispensado às uniões estáveis por meio de analogia na falta de norma que as albergue. 
 Estas mudanças trouxeram à tona um novo conceito de família, denominado eudemonista, que prima pelo afeto entre os integrantes da família.
07) Quais as diversas significações jurídicas atribuíveis a palavra família?
 
 Entidade histórica,ancestral como a história,interligada com os rumos e desvios 
da história ela mesma, mutável na exata em que mudam as estruturas ea arquitetura 
da prória história dos tempos.
 A palavra família é de origem romana,famulus,que significa escravo. 
Verifica-se, assim, que o termo família não se referia ao casal e seus filhos ,ou ao casal
e seus parentes,mais ao conjunto de escravos,servos que trabalham para a substência e de parentes que se acham sob a autoridade do pater familias.
 De outro giro, na noção romana de família ,a família representava um conjunto enorme de pessoas que se encontrava ao poder familiar . 
 O pater familias era o chefe sob cuja ordens se encontram os descendentes e a mulher a qual era considerada em condição análoga a de uma flha todos os integrantes daquele organismo social submetiam se ao poder familiar.
08) Quais são os princípios que regem a matéria matrimonial?
São os princípios que abrangem a validade do casamento, ou seja, aqueles que disciplinam e podem ensejar os impedimentos matrimoniais, dentre os quais estão adstritas à celebração, prova, nulidade e anulabilidade do casamento, e ainda, as relações pessoais entre os cônjuges, com a imposição de direitos e deveres recíprocos, bem como as suas relações econômicas que chegam até constituir um autêntico instituto queé o regime de bens entre os cônjuges, dissolução da sociedade conjugal e o vínculo do matrimônio. Portanto, casamento ou matrimônio é a união permanente entre o homem e a mulher, de acordo com a lei, a fim de se reproduzirem, de se ajudarem mutuamente e de criarem os seus filhos, levando em consideração que o casamento é de ordem pública; implica união exclusiva; é permanente; importa comunidade de vida para os cônjuges e não comporta termo ou condição.
A liberdade de união: A livre união dos futuros cônjuges, pois o casamento advém do consentimento dos próprios nubentes que devem ser capazes para manifestá-lo.
 Monogamia: Por entender que a entrega mútua só é possível no casamento monogâmico, que não permite a existência simultânea de dois ou mais vínculos matrimoniais contraídos pela mesma pessoa; decorre da mais tradicional postura ocidental, perpetrando a proibição de novas núpcias para quem já está casado. No cenário pátrio, Art. 1521, VI, CCB.
 Comunhão de vida ou indivisa: valorização do aspecto moral da união sexual de dois seres, que além disso, os nubentes comungam os mesmos ideais, renunciam os institutos egoísticos ou personalistas, em função de um bem maior, que é a família.
E em um segundo momento, a idéia central contida nesta resposta foi a de buscar na doutrina os princípios fundamentais e norteadores que regem a matéria matrimonial, por seguinte, para o Direito de Família em geral. Com base fundada na pesquisa em várias fontes e alguns autores tradicionais na área de família, posso afirmar que matrimônio e casamento civil são sinônimos, e assim por estar inserido no Direito de Família, cabe aos operadores do direito e magistrados, valorizar a importância da base principiológica para a discussão jurídica e judicial sobre as relações de família. Sendo assim, e a partir desta compreensão, torna-se imprescindível que toda e qualquer discussão ou julgamento envolvendo Direito de Família devem considerar também esses princípios:
Princípio da dignidade humana.
Princípio do melhor interesse da criança/adolescente.
Princípio da igualdade e respeito às diferenças.
Princípio da autonomia e da menor intervenção estatal.
Princípio da pluralidade de formas de família.
Princípio da afetividade.
10) Quais são as finalidades do casamento?
 Criar a comunhão de vida, regularizar as relações sexuais, cuidar e educar a prole e a mútua assistência entre os cônjuges.
 É o vículo jurídico entre os conjugues,estabelecido conforme a lei ,com a finalidade de instituir família.
11) Discorra sobre a natureza jurídica do casamento.
TEORIA CONTRATUALISTA -Para os primeiros defensores desta teoria, o casamento é um CONTRATO CIVIL - exige agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei – e o ELEMENTO mais importante é a MANIFESTAÇÃO DE VONTADE – inequívoca e consciente.
No Brasil, são adeptos dessa teoria Clóvis Beviláqua e Pontes de Miranda.
CONTRATO SUI GENERIS-De direito de família o elemento importante é a manifestação de vontade.
O fato de ser de ordem pública não interfere porque há outros contratos de ordem pública;
 INSTITUCIONALISTAS-No contrato, as partes têm a liberdade de convencionar cláusulas no casamento as regras são NORMAS DE ORDEM PÚBLICA, estabelecidas pelo Estado, a que AS PESSOAS ADEREM no contrato, as pessoas podem desfazer o negócio. No casamento, não casamento é UMA INSTITUIÇÃO SOCIAL TOTALMENTE REGULADA pelo Estado e não basta a simples declaração de vontade, mas também a de uma AUTORIDADE CELEBRANTE.
 TEORIA ECLÉTICA OU MISTA-Casamento e um contrato uma instituição no momento de sua formação, o casamento é um contrato. Mas no seu conteúdo direitos e deveres entre os cônjuges, pais e filhos, é uma instituição.
É a posição mais recente casamento– ato = contrato,estado = instituição
A TEORIA CONTRATUALISTA divide-se em dois ramos:
- contrato civil e
- contrato de direito de família 
Todas são boas teorias.
Deve-se fazer uma escolha consciente e fundamentada.
O Código Civil de 1916 adotou a posição de Silvio Rodrigues (contrato de Direito de Família).
Já o Código Civil de 2002 estabelece a teoria eclética ou mista.
12) Quais críticas que podem ser feitas ao casamento nuncupativo?
Sendo que a pessoa já esta em um estado terminal os requisitos acabam sendo exagerados para o ponto em que o individuo e os demais que o rodeiam se encontram psicologicamente exemplo as pessoas tem que ser convocadas por parte do enfermo a pressoa amada esteja presente e você consiga reunir mais seis testemunhas que não sejam seus parentes para oficializar a cerimônia .
13) Que lei se aplica ao casamento de estrangeiros que casam no Brasil?
É válido tanto para o país estrangeiro como para o Brasil, cujo respaldo encontra-se, entre outros fundamentos legais, no artigo 32 da Lei de Registros Públicos, inclusive com traslado automático no 1o. Ofício do Registro Civil do Distrito Federal.
Para ter eficácia no Brasil o casamento de brasileiro realizado no exterior deverá ser registrado no consulado brasileiro do país estrangeiro onde foi realizado o casamento e depois transcrito no 1º ofício do domicílio no Brasil ou no 1ºofício de Brasília.
14) Quais são os pressupostos de regularidade do casamento? Quem não atingiu a maioridade civil pode se habilitar para o casamento? Como?
Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a 
idade núbil emaso de gravidez ou evitatar imposição ou cumprimento de pena criminal-(revogado)
15) Um brasileiro e uma estrangeira podem casar validamente no consulado brasileiro no estrangeiro?
Questões práticas:
1)Pedro  casou  com  Inês (1), viúva  do seu irmão consanguíneo  , Dinis. Dez  anos  
depois,  Inês  faleceu  e  Pedro  pretende  celebrar  novo  casamento  com  Catarina , 
 filha  do  anterior  casamento  de  Inês  com  Dinis,  com  quem  já  vivia  há  3  anos. Explique se há impedimentos ou causas suspensivas
 
Pedro e Inês (casamento – Noção – art.º 1577); 2 – Tipo de relação familiar – afins (art.º 1584 e 1585) de 2.º grau (art.º 1581/2); na linha colateral (art.º 1580/1); Provinham de progenitor comum (art.º 1580/1). 
Relação entre Pedro e Dinis – Irmãos consanguíneos (art.º 1578) 
 Consanguíneos (mesmo pai) 
 Irmãos Uterinos (mesma mãe) 
Germanos (mesmo pai e mesma mãe) 
Pedro e Catarina – Tio e sobrinha (parentes - art.º 1578, na linha colateral – art.º 1580/1), em 3.º grau (art.º 1581/2), conforme art.º 1604, al. c), impedimento impediente, mas podendo ser dispensado por força do art.º 1609, al. a). Mas Pedro é padrasto de Catarina (afins em linha recta de 1.º grau – art.º 1581/1 que advém do art.º 1585. Temos então impedimento dirimente ao abrigo do art.º 1602, al. c), anulável nos termos do art.º 1631. 
Relação entre Catarina e Inês ou entre Catarina e Dinis – Parentes em linha recta (art.º 1578 - filha e mãe – (art.º 1580/1) – relação de filiação (poder paternal)
02) Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.
Para haver o casamento os dois teriam que atingir a idade núbil segundo art. 
1550, I., o estado de casados implicam responsabilidades que exigem maturidade, Faz-se necessário atingir a idade núbil para casar -se, que é de 16 anos, e é necessário também a autorização dos pais.
 Contudo, como Luana aindanão atingiu a idade núbil não tem capacidade para casar, 
pois o casamento antes dos 16 anos só é permitido nos casos em que a menor estiver grávida exceção a regra no art 1520 do CC ou para evitar imposição de cumprimento de pena criminal (este último hipótese revogada tacitamente). No entanto, parte da jurisprudência tem aceitado o suprimento quando já estabelecida a situação fática e da oitiva dos nubentes o juiz entender que já possuem capacidade de compreensão sobre as obrigações matrimoniais. Cabe, então, o recurso de apelação demonstrando-se a situação fática já estabelecida entre os menores. 
 Art. 1517 CC. E sse configura o entendim ento da res peitada doutrin a, verbis
Quando a Consti tuição Federal, em seu arti go 226, §3 º, garante a proteção estatal a todas as formas familiares, sejam elas decorrentes ou não do casamento, cabe aos pro fissionai s do direito encontrar os mei os necessá rios para a observar. 
É certo, c ontudo, que essa prote ção não significa necessariamente uma equiparação total e absoluta às regras do casamento, como defendem inúmeros doutrinadores e v árias de cisões judi ciais. Tal insistênci a mostra -se em completo desacordo 
com o própri o espírito constitucional de proteção à diferença e ao pluralismo. 
 É perfeitam ente possível e desejável que as uniões estáveis tenham um estatuto próprio que observe suas peculiaridades, sem qu e se recorra de forma inexorável às normas que regem os casamento. Nessa ordem de pensamento, a própria Constituição reconhece abertamente que ambos os institutos são diversos, uma vez que não haveria qual quer senti do em afirmar que a lei deve facilitar a conversão 
das uniões estáveis em casamento se am bos fosse i dênticos
 ( metáfora).Quando o legislador constituinte requer do legislador ordinário que crie mecanismos facilit adores da conversão da união estável em casamento, o que ele demonstra é respeito à di ferença e à vontade in dividual. O respeit o ao pluralismo decorre do reconhecimento de que o ca samento e a união estável não são idênticos (igualdade como diferença), o que exige do legislador ordinário e do intérprete o desenvol vimento de regimes jurídi cos e interpretações qu e assegurem as diferenças próprias de cada um . 
03) Ana quando tinha 18 anos viu sua mãe casar com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas a mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Ana tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarem a morte prematura da mãe acabaram descobrindo que tinham muita coisa em comum. Resultado, começaram a namorar em 2008 e, em 2009 resolveram casar. Fizeram todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casaram-se . Neste mês, no entanto, foram surpreendidos por uma ação de anulação do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o casamento em virtude do parentesco. Ana ama João e depois de tantos anos juntos não consegue acreditar que o casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito?
Art. 1521, é causa de impedimento o casamento dos ascendentes natural ou civil, que é o caso de João, que é padrasto e ela enteada pois na linha reta sucessória é infinita e os laços de enteado não se rompem nem com divórcio e nem com a morte.
04) Lourdes foi casada com Vitor por dez anos, casamento que foi dissolvido em 2006 e do qual não resultou nenhum filho. Após o divórcio Lourdes descobriu-se apaixonada por Ricardo, seu ex-sogro. Após alguns meses de namoro foram morar juntos e nesse ‘status’ se mantiveram até 2013quando Ricardo faleceu em um acidente de carro. Lourdes, superada a dor da perda, deu entrada no instituto previdenciário pleiteando a pensão deixada por Ricardo uma vez que viviam em união estável inclusive reconhecida por instrumento particular por eles firmado em 2009. No instituto previdenciário Ricardo já havia incluído Lourdes como sua única beneficiária. O instituto previdenciário negou o pagamento do benefício sustentando que entre eles havia concubinato e não união estável. A negativa do instituto está correta? Explique sua resposta
Sim , a negativa do benefício está correta conforme dispõe o art. 1521/cc,II juntamente com o art. 1723,§1 /cc Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. 
05) Ana casou-se com Eduardo com regime de comunhão parcial de bens, durante o casamento compraram uma casa, um sítio e dois carros. Eduardo saiu de casa, casa essa adquirida na constância do casamento, com seu carro, deixando um para Ana, e foi viver no sítio com Beatriz, não formalizaram o divórcio, no período em que esteve com Beatriz construiu duas casas no sítio, e fez uma grande plantação de frutas que gera uma renda mensal de R$30.000,00. Mas apesar disso Eduardo, mantém desde o período em que era casado com Ana, um relacionamento amoroso com Joana, que inclusive, sempre emprestou dinheiro a ele.
Agora Ana, Beatriz e Joana querem saber seus direitos, esclareça.
06) Ricardo constituiu uma união estável com Maria em 2.000, e comprou dois terrenos até 2011, quando passou a ter outra união estável com Ana, com o conhecimento de Maria, e até 2.016, comprou mais dois terrenos, tudo apenas em seu nome. Como queria separar-se de ambas vendeu todos os terrenos para seu irmão. O que Maria e Ana devem fazer para garantir seus direitos?
07) Miguel e Josefina, que já foram casados, ele tem 03 filhos, ela tem 02 filhos, ele tem dois apartamentos, dois carros e uma fazenda, ela tem duas casas, um carro e uma chácara, querem se casar, mas não sabem o melhor regime de casamento para eles, sugira e explique o porquê.

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