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Aula Modelo Keynesiano Simples de Determinação da Renda [Modo de Compatibilidade]

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22/07/2013
1
Modelo Keynesiano de determinação da
renda: o princípio da demanda efetiva
Prof. Alan F. de Arêdes
Disciplina Teoria Macroeconômica II
Modelo Clássico
• Deixando a economia funcionar livremente,
na ausência de imperfeições, a economia
tende ao equilíbrio de pleno emprego.
• Sem sindicatos e leis que deixem o salário real
rígido e acima do seu nível de equilíbrio, não
haverá desemprego involuntário (apenas
friccional e voluntário) e o nível de emprego e
produto são plenos.
• Assim, pelo modelo clássico:
W/PNY.
• Além disso, quem determina Y são os fatores
de produção e a tecnologia. Logo, qualquer
política monetária expansionista (M) que
desloque DA para a direita apenas P, e
qualquer política fiscal expansionista (G),
apenas r e altera a composição da DA,
deixando Y constante (Y=C+I+G).
Modelo Keynesiano: 
o princípio da demanda efetiva
• Se a renda nacional depende dos fatores de
produção e da tecnologia, então porque entre 1929
e 1933, durante a Grande Depressão, a renda esteve
a níveis tão baixos e com elevados níveis de
desemprego se os níveis de insumos e a tecnologia
não foram alterados substancialmente nesse
período.
• Assim, o Modelo Clássico não podia explicar a
Grande Depressão.
• Foi necessário o surgimento de um novo
modelo. Assim, em 1936 John Maynard
Keynes apresentou a sua obra “Teoria geral do
emprego, do juro e da moeda”.
• Sua teoria foi contraditória à teoria clássica.
Argumentou que a DA determina a renda e
que políticas monetárias e fiscais possuem
efeitos sobre a renda e sobre o nível de
emprego.
• Segundo ele, mesmo que o produto retorne
ao seu nível de equilíbrio, esse processo é
lento e “No longo prazo, estaremos todos
mortos”.
• Dessa forma, defendeu a intervenção do
estado na economia, pois as políticas
monetárias e fiscais não são neutras e podem
elevar a renda e o emprego.
22/07/2013
2
Relação entre emprego e renda
• Embora ocorra uma relação inversa entre W/P
e PMgN (=DN), não é o W/P quem determina
o nível de N e Y.
• Não é o mercado de trabalho quem determina
W/P e N (pelo cruzamento de oferta e
demanda de trabalho) e o nível de produção
(dado N na função de produção) e a OA.
• N e Y são determinados pela DA, a
partir das expectativas do volume de
venda dos empresários.
Expectativas de vendas  quantidade
a produzir  nível de emprego a
contratar.
• Logo, N é determinado no mercado de bens e
serviços pelo cruzamento da DA e OA, e não
pelo cruzamento de SN e DN no mercado de
trabalho.
• Assim, uma queda no salário real poderia até
mesmo promover o desemprego, caso os
empresário acharem que isso provocará uma
queda na demanda de seus produtos.
• Além disso, os trabalhadores lutam pelo nível de
salário nominal (W), e não pelo salário real
(W/P), pois eles não controlam os preços.
O Princípio da Demanda Efetiva
• Nesse sentido, vale o Princípio da Demanda
Efetiva, pelo qual:
• O nível de emprego e de renda da economia
depende dos gastos esperados, isto é, das
expectativas empresarias sobre a demanda
futura, a saber:
– Gastos esperados com investimento (bens
de capital).
– Gastos esperados com consumo.
• O Gasto com bens de capital depende da
Eficiência Marginal do Capital (EMC) e da
Taxa de Juros.
• Já o Gasto com consumo depende da
renda (Y) e da Propensão Marginal a
Consumir (PMgC).
• Assim:
– D=D1+D2, é quem determina a Y e o N (emprego)
da economia.
– Em que:
• D= Valor esperado monetário das vendas,
Demanda Agregada esperada.
• D1=gastos esperados na forma de novos
investimentos, D1=f(EMC,taxa de juros).
• D2=Gastos esperados de consumo,
D2=f(Y,PMgC).
22/07/2013
3
• Em resumo:
– São as expectativas sobre as vendas futuras
que determinam o nível da atividade
econômica corrente (N e Y).
– Isto é, é o valor monetário esperado das
vendas derivado dos gastos em consumo e
investimento que determinam N e Y.
• Porém, dado um nível de renda constante,
apenas podemos considerar um nível de
Demanda Efetiva mais alto (e de N e Y),
quando ocorrer um crescimento da EMC,
uma queda da taxa de juros ou uma
elevação da PMC da população.
Fonte de instabilidade da economia 
• Como DA determina N e Y, e DA = C + 
I; então C ou I devem ser a fonte de 
oscilação da produção e emprego da 
economia.
Consumo
• Não pode ser fonte de instabilidade,
pois o consumo é uma função estável
do nível da renda, elevando-se
proporcionalmente a renda conforme
a PMgC (Propensão Marginal a
Consumir).
Ou seja:
C=C(Y)
Ou
C=cY,
onde c=PMgC e 0<c<1.
0<PMgC = pela própria necessidade biológica
PMgC<1 = pois nem toda renda é consumida, e uma
parte é poupada
PMgC e C são determinados por fatores como: distribuição de
renda, necessidades biológicas, avareza, precaução.
Investimento
• Essa variável deve ser a fonte de
instabilidade, pois ela depende das
expectativas dos empresários sobre o
volume de vendas.
• Como as suas previsões são incertas, a
decisão de investir também deve ser
incerta.
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4
• O I além de ser um componente de longo
prazo, pois eleva a capacidade de
produção, é também um componente de
curto prazo formador da DA.
• Logo, qualquer variação nas expectativas
devem promover uma variação no nível
de I e em DA.
Como ocorre a tomada de decisão de
investimento pelos empresários:
• Os empresários confrontam o preço de
demanda do bem de capital (valor
presente do fluxo de receita esperada do
investimento) com o preço de oferta do
bem de capital (custo de realizar o
investimento).
• Com base nesses dois conceitos, definem
a Eficiência Marginal do Capital (EMC),
que é a taxa de retorno do capital, dada
pela taxa de desconto que iguala o fluxo
de receitas esperadas ao custo de
investimento.
• Quando a EMC > taxa de juros, o
empresário investe.
• Quando a EMC < taxa de juros, o
empresário não investe.
• Porém, como a EMC é calculada com
base em receitas futuras formadas por
expectativas, a EMC é incerta e instável.
Logo, como o nível de investimento
depende da EMC, I também será incerto
e instável.
• Como DA = C + I, a DA também será
instável devido a instabilidade de I.
• Suponha:
Uma IDA e Y.
Então, o Governo deve M, G ou T (ou utilizar
mecanismos fiscais compensatórios como o de
proteção social (como seguro desemprego) e
estabilizados automáticos (como a tributação
progressiva) para que C, e DA e Y.
Ou seja: Y=C+I+G
22/07/2013
5
FIM
BIBLIOGRAFIA
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. (org.)
Manual de Macroeconomia: Básico e
Intermediário. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LIMA, G. T.; SICSÚ, J. (Org.) Macroeconomia do
Emprego e da Renda: Keynes e o
Keynesianismo. São Paulo: Manole, 2003.

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