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Aula 6 TCT e TRI

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Os modelos da Psicometria:
TCT e TRI
Capítulo 4
Livro: Psicometria – teoria dos testes na psicologia e a educação. Pasquali 
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Psicometria
Para melhor entendermos a Psicometria, alguns conceitos precisam ser explicados. São eles:
TRAÇO LATENTE
MAGNITUDE
REPRESENTAÇÃO COMPORTAMENTAL DA ESTRUTURA LATENTE
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Traço Latente
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Traço Latente
Cobre todo o “mundo psicológico”: o mundo das experiências subjetivas
As variáveis quantificadas pela psicologia e pela educação são, muitas vezes, de entendimento subjetivo, não observadas diretamente. Essas variáveis são denominadas pela psicometria de variáveis latentes ou traços latentes; exemplos delas são a inteligência, a depressão, a ansiedade, o nível de entendimento de um determinado texto e etc. 
Como não podem ser observadas diretamente, também não podem ser medidas diretamente como o peso ou altura de uma pessoa.
Magnitude
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Magnitude
Quantidade ou magnitude é um conceito matemático que se define em função dos axiomas de ordem e de aditividade dos números
Estes são concebidos não somente como diferentes uns dos outros, mas ainda que um é maior ou menor que outro, de sorte que eles podem ser ordenados numa série crescente de magnitude.
Representação Comportamental
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Representação comportamental
Pretende estudar, via medida, os processos psicológicos.
Porém, estes processos são inacessíveis à observação empírica, que é definida como o método típico da ciência.
Consequentemente, se queremos medir os processos psicológicos (traços latentes), teremos que expressá-los em termos observacionais.
Portanto, devem ser expressos em comportamentos (verbais, motores)
Na representação comportamental está situado o problema fundamental da Psicometria, que consiste em demonstrar a legitimidade do isomorfismo traço latente e comportamento
Como a Psicometria procede nesta demonstração?
Ela analisa uma série de características dos comportamentos (chamado de itens) para decidir se eles são ou não representantes válidos, legítimos e adequados do traço latente.
Teoria Clássica dos Testes(TCT) 
e 
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
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Teoria Clássica dos Testes (TCT)
Se preocupa em explicar a SOMA das respostas dadas a uma série de itens – o escore total (T).
Por ex.: o T em um teste de 30 itens de aptidão seria a soma dos itens corretamente acertados. Se você der 1 para o item certo e 0 para um errado, e o sujeito acertou 20 itens, seu escore T seria 20.
A TCT se pergunta: O que significa este 20 para este sujeito?
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
Se interessa especificamente por cada um dos 30 itens e quer saber qual é a probabilidade de cada item ser acertado ou errado.
Essa teoria tem o propósito de medir a habilidade do sujeito de acordo com as respostas dada a cada item.
TCT e TRI
Como o próprio nome indica, a TRI possui como foco o estudo individualizado dos itens componentes de um grupo – teste ou banco de itens – ao contrário da sua predecessora, a Teoria Clássica dos Testes (TCT), que tinha como objetivo a determinação das propriedades ou dos parâmetros métricos do teste.
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
Desta forma: TCT tem interesse em produzir testes de qualidade, enquanto a TRI se interessa em produzir tarefas ou itens de qualidade.
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
Teoria que começou a ser formalizada mais tecnicamente em 1952, 1960 (Lord, nos EUA e Rasch, na Dinamarca)
Apenas a partir de meados de 1980 que essa teoria efetivamente vem se desenvolvendo, após o avanço da Informática, devido à sua complexidade matemática.
No Brasil e América Latina em geral, começou a ser mais conhecida a partir de 1990.
Característica da TRI
Trabalha com traços latentes (características dos indivíduos que não podem ser medidas diretamente). Tal teoria analisa a probabilidade de um indivíduo acertar um item de acordo com a sua proficiência ou traço latente.
Características da TRI
A relação entre o:
 Desempenho na tarefa
_______________________________________________________________________________________
Conjunto dos traços latentes
Pode ser descrita por uma equação chamada CCI (Curva característica do item), onde se observa que sujeitos com aptidão maior terão maior probabilidade de responder corretamente ao item e vice-versa
Características da TRI	
Apresenta-se ao sujeito um conjunto de itens;
Ele responde;
Infere-se sobre o traço latente do sujeito;
Hipotetiza-se relações entre as respostas observadas com o nível do seu traço latente.
Essas relações podem ser expressas através de uma equação matemática
Pressupostos da TRI - UNIDIMENSIONALIDADE
Existe apenas UMA APTIDÃO RESPONSÁVEL pela realização de um conjunto de tarefas.
Como para a psicologia o desempenho humano é multideterminado, existem autores estudando um modelo dito Teoria Multidimensional de Resposta ao Item (MTRI).
No entanto, para a TRI existe uma aptidão dominante que será responsável pelo desempenho no conjunto de itens.
Unidimensionalidade
A unidimensionalidade é uma proposição teórica parcimoniosa e elegante, segundo a qual toda a complexidade intrínseca ao ato de resolução de um problema – de natureza cognitiva ou nao – deve ter como causa uma única estrutura latente, denominada θ. Assim, existirá uma relação funcional entre θ e os padrões das respostas dadas a um problema
Pressupostos da TRI – Independência Local
Mantida constantes as aptidões que afetam o teste, as respostas dos sujeitos a QUAISQUER dos itens são estatisticamente independentes.
Isto quer dizer que os itens são respondidos em função do traço latente dominante e não em função de memória ou outros traços latentes.
Independência local
a independência local dos itens baseia-se na ideia de que a resposta a um item qualquer não afeta as respostas posteriores fornecidas aos demais itens de um grupo maior. Em palavras menos técnicas: os itens de um teste não podem apresentar pistas que permitam aos respondentes acertar outros itens, posteriormente apresentados.
Pressupostos da TRI – Independência Local
Os itens que são analisados ao responder um teste medem o mesmo traço latente dominante, em função do qual as respostas a cada item são dadas.
Etapas da elaboração de instrumentos dentro da TRI
1) Procedimentos teóricos onde se incluem as etapas de:
estabelecimento do sistema ou variável (traço latente) a ser medida;
desenvolvimento da teoria psicológica sobre este traço;
operacionalização do traço através de comportamentos que o representam;
Análise teórica do itens
Etapas da elaboração de instrumentos dentro da TRI
2) Procedimentos empíricos, que consistem em:
definição da amostra de sujeitos;
Aplicação dos itens a esta amostra.
3) Procedimentos analíticos, que consistem em:
Escolha do modelo de TRI;
Aplicação dos procedimentos analíticos de TRI
TRI
É um conjunto de modelos matemáticos que relacionam um ou mais traços latentes (não observados) de um indivíduo com a probabilidade deste dar uma certa resposta a um item.
Permite uma melhor análise de cada item que constitui o instrumento de avaliação (ou medida), considerando suas características estatísticas específicas na produção das escalas.
Tem o propósito de medir a habilidade do sujeito de acordo com as respostas dadas a cada item.
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Considerações finais
o conhecimento acerca dos modelos unidimensionais de TRI, no âmbito brasileiro, e, ainda, bastante superficial. Isso e um problema que deverá ser encarado e combatido por meio da implementação de: cursos visando a formação de recursos humanos nas áreas da psicometria e da avaliação educacional; incentivo e incremento das investigações que usam a TRI; incentivo a publicação de papers, capítulos de livros e livros especializados, contendo relatos de experiências bem-sucedidas que tenham feito emprego da TRI; incentivo a divulgação de trabalhos acerca da TRI em congressos e eventos científicos de cunho nacional e/ou internacional.
Convém lembrar que os psicometristas, os psicólogos e os pedagogos manejam dados educacionais que dificilmente
podem ser considerados unidimensionais. Assim, os modelos multidimensionais de TRI, empregados minoritariamente nos Estados Unidos e em alguns países da União Europeia, surgirão com muita força nos próximos anos, pois dados politômicos e multidimensionais tem maior ocorrência no âmbito educacional. Em outras palavras: o modismo derivado do uso massivo dos modelos unidimensionais de TRI, iniciado nos anos 1980, está prestes a tornar-se procedimento ultrapassado.

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