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UNIP Trabalho "A Escola da Ponte" 2 bimestre 1 ano Psicologia pronto

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
A ESCOLA COM QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR: UMA ANÁLISE SOB A ÓPTICA DAS ABORDAGENS DE ENSINO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Swift – Campinas - SP 
A ESCOLA COM QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR: UMA ANÁLISE SOB A ÓPTICA DAS ABORDAGENS DE ENSINO. 
 
 
 
Trabalho entregue como exigência para o cumprimento da disciplina Psicologia do Desenvolvimento: Teorias da Aprendizagem, sob a orientação da Prof.ª Ms.ª Ana Cristina Cesar Zamberlan.
SUMÁRIO 
 
I – Introdução ............................................................................................................. 1 
II – A Escola da Ponte: uma breve apresentação ....................................................... 1 
III – Teorias das Abordagens de Ensino ..................................................................... 2 
Abordagem Tradicional ............................................................................................ 2 
Abordagem Comportamental ................................................................................... 4 
Abordagem Humanista ............................................................................................ 6 
Abordagem Psicanalítica ......................................................................................... 8 
Abordagem Sociocultural ....................................................................................... 10 
Abordagem Construtivista ...................................................................................... 13 
Abordagem Sistêmica ............................................................................................ 15 
Abordagem Inteligência Emocional ........................................................................ 17 
Abordagem Inteligências Múltiplas ......................................................................... 20 
IV – Considerações Finais......................................................................................... 23 
V – Referências Bibliográficas ................................................................................... 25
Introdução 
O presente trabalho tem como objetivo promover uma reflexão a partir da leitura do livro: A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir de Rubem Alves, articulando-o com todas as abordagens estudadas neste semestre. Em seu livro, Rubem Alves retrata sua experiência vivida durante uma semana em visita à Escola da Ponte localizada em Portugal e dirigida pelo educador José Pacheco. No entanto, antes de realizarmos os apontamentos que julgamos necessários, gostaríamos de realizar uma breve apresentação da escola que trataremos aqui. 
 
A Escola da Ponte: uma breve apresentação 
Buscando promover a autonomia e a solidariedade, a Escola da Ponte é uma instituição pública de ensino localizada em Portugal, no distrito do Porto, e dirigida pelo educador, especialista em música e em leitura e escrita, José Pacheco. Sem a divisão de classes ou anos de escolaridades, os alunos - de faixa etária entre 05 e 17 anos - e a maioria dos orientadores educativos são responsáveis por algum aspecto do funcionamento da escola. Dividindo-se em grupos pequenos cujo critério é o interesse em comum, os alunos determinam o que irão estudar durante um período de 15 dias podendo solicitar a ajuda de um professor, desde que façam um pedido de auxílio, deixando claro o que querem saber, o que já sabem e o que já fizeram para aprender. Passado o período estipulado, os alunos solicitam ao professor uma avaliação que poderá ser aplicada de acordo com o interesse de cada aluno, onde serão medidos os conteúdos aprendidos e os que ainda não conseguiram ser assimilados. A escola encontra-se dividida em três ciclos: 1- Núcleo da Iniciação: onde o aluno será trabalhado a fim de aprender a: ser pontual, assíduo e zeloso por seus materiais e colegas; a cumprir suas tarefas, pedindo auxílio ao professor só quando realmente precisar; desenvolver sua criatividade e participação; elaborar e atualizar seu plano de estudo; reconhecer suas falhas e acertos, nas auto avaliações; pesquisar, resolver conflitos e se comunicar – oralmente e por escrito – de forma clara e coerente. 2- Núcleo da Consolidação: após aprender a desenvolver as atividades de grupo, pesquisa e auto avaliação, o aluno irá cumprir o currículo nacional destinado ao primeiro ciclo do ensino básico de forma autônoma, consolidando suas competências desenvolvidas na primeira fase. 3- Núcleo do Aprofundamento: onde os alunos trabalham os conteúdos do segundo ciclo do ensino básico através de total autonomia de seu tempo na escola, mas devendo participar das aulas de educação física e de laboratório e podendo fazer parte de projetos de extensão e de pré-profissionalização. Baseando-se em três grandes valores: liberdade, responsabilidade e solidariedade, José Pacheco afirma que um projeto como o da Ponte só é viável quando todos reconhecem os objetivos comuns, se conhecem e passam a desenvolver uma relação íntima, como em uma família. Apesar de sua boa relação com alunos, pais, orientadores e a comunidade local, a escola ainda encontra grande resistência em ser aceita, pois no que tange à educação muitos consideram que todos precisam ser iguais e que ninguém tem direito a pensamento e ação divergentes, e que existe ainda uma grande necessidade de se seguir um programa educacional científico enquanto a Escola da Ponte educa seus alunos para a cidadania, para a vida social. 
 
Escola da Ponte e as Abordagens de Ensino 
Abordagem Tradicional Baseando-se no modelo pedagógico diretivo, planejamento é a palavra que rege abordagem que aqui trataremos onde assuntos que não se encontram no programa a ser seguido são rapidamente descartados. Tendo o professor como figura indispensável e centro da transmissão do conhecimento, a aprendizagem se dá a partir de conteúdos previamente estabelecidos pela agência de ensino com o objetivo de conduzir o aluno ao contato com as grandes realizações da humanidade. O aluno este que é tido somente uma tábua rasa, e que irá conhecer o mundo através das informações que lhe serão transmitidas não tendo autonomia para decidir sobre quais informações terá acesso, cabendo a este um papel de receptor passivo. O foco principal do ensino nesta abordagem é o domínio sobre a natureza, bem como a perpetuação do modelo e sendo o diploma fator determinante da posição na hierarquia cultural do indivíduo. A relação vertical entre professor-aluno promove uma reprodução automática dos dados e impossibilita a formação de grupos de discussão. A escola é a agência prioritária do conhecimento onde a cultura será transmitida de forma sistemática, através de uma organização lógica das ideias e, baseando-se em um modelo fixo, o ensino ocorre de forma progressiva, não permitindo a variação do método entre as classes, e não valorizando as diferenças individuais. O conhecimento adquirido ocorrerá por uma metodologia dedutiva e através de uma avaliação, as conclusões apresentadas pelo aluno passarão pelo crivo da teoria recebida, de forma em que serão medidas a quantidade e a exatidão da reprodução das informações adquiridas. Totalmente contrário ao modelo da abordagem tradicional, Rubem Alves (2012, p. 38) afirma que os modelos propostos por esta assemelham-se a uma “linha de montagem” onde a individualidade/originalidade de cada aluno acaba por se perder ao final de sua carreira escolar. Observamos que a escola da Ponte, em sua totalidade, diverge e muito do modelo proposto pela abordagem tradicional. Apesar de se encontrar localizada em um prédio escolar, na escola da Ponte as salas de aulas dão lugar a salas de estudos onde pequenos grupos heterógenos se reúnem através de um interesse em comum que estes mesmo definem a ser estudado, e não baseado em um programa pré-determinado pela escola. Identificamos que apesar de o professor não possuir o papelprincipal de transmissor de informações, na Ponte, pode assumir essa função quando solicitado por alunos que se encontram com dificuldades em desenvolver a pesquisa dos temas aos quais estão envolvidos. Desta forma, agenda-se uma “aula-direta” onde o professor põe-se a transmitir informações baseando-se, no entanto, nos questionamentos de seus alunos. Esta relação entre professor/aluno, para Ademar F. dos Santos (ALVES, 2012, p. 17), é tida a partir reformulação, absolutamente radical, dos papeis do “professor” e do “aluno” que se entendem então como membros de uma mesma comunidade educativa. 
A avaliação não é descartada na escola da Ponte, porém o que na abordagem de Snyders se daria através de provas, exames, chamadas orais, exercícios, etc. ocorrendo de acordo com a programação do professor, aqui fica a cargo do aluno escolher o tipo de avaliação que mais adequará a seu perfil. A respeito da organização da escola em relação à aplicação das avaliações Ademar (ALVES, 2012, p. 18) afirma que ainda que pareça uma modalidade romântica, a mesma produz resultados. A respeito da estrutura tradicional de uma escola, José Pacheco afirma “que somente restam vestígios da ‘estrutura tradicional’, que transformamos em cavoucos sobre os quais assentamos os andaimes de uma escola que já não é herdeira ou tributária de necessidades do século XIX” e: [...] apesar dos progressos verificados no nível da teoria (e até mesmo contra eles), subsiste uma realidade que as exceções não conseguem escamotear: no domínio das práticas, o nosso século corre o risco de se completar sem ter conseguido concretizar sequer as propostas do fim do século que o precedeu. (ALVES, 2012, p. 101). 
 
Abordagem Comportamental A abordagem comportamental se caracteriza pela primazia do objeto onde a experiência é a experimentação planejada como base do conhecimento. Tem como objetivo transferir ao homem o controle do ambiente, tornando os alunos autocontroláveis ou autossuficientes. O aluno é um receptáculo de algo, vindo vazio para a escola, para nela adquirir o conhecimento, que será algo pronto, copiado, que precisará ser transmitido e assimilado. O conteúdo transmitido visa objetivo e qualidades que levam a competência e o conhecimento é uma experiência planejada, com contingências variáveis e controladas, reforçada por recompensas. O professor está voltado para seus padrões de ensino e habilitado a detectar alunos que não se enquadrem no ensino, modificar as condições do meio para que se adéque a eles de forma que a transmissão do conhecimento ocorra. A educação aqui, se dará pela transmissão cultural e tem como objetivo o controle do comportamento e possibilitar a experimentação. O mundo está pronto e o aluno é um produto desse mundo, no entanto o meio poderá ser manipulado e em consequência o comportamento mudado para que se ajuste ao que é esperado dele. Skinner (1904-1990), psicólogo americano, é o representante dessa abordagem mais conhecidos para nós. De acordo com ele o comportamento humano é modelado e reforçado a partir da recompensa, controle e planejamento cuidadoso das contingências de aprendizagem. Nessa abordagem somente é válido o que pode ser observado. Esse sistema educacional tem como objetivo favorecer condições de mudanças favoráveis e permanentes nos sujeitos e a avaliação ocorre de forma a se verificar se o aluno aprendeu tudo o que era desejado. Na Escola da Ponte é difícil encontramos convergência com essa abordagem, para iniciarmos vamos ao planejamento. Numa abordagem que é toda estruturada no planejamento, objetivando a adequação do comportamento, em nossa escola portuguesa isso não ocorre. Apesar de existir a organização, o planejamento acontece na medida das necessidades e interesses de seus próprios alunos. O professor, na abordagem defendida por Skinner, está preocupado com a transmissão e receptividade do conteúdo enquanto que observamos na escola da Ponte, como se vê nesse depoimento de uma professora a preocupação é relacionamento interpessoal entre alunos-alunos, alunos-professores professoresprofessores de forma a promover o conhecimento a partir da cooperação, envolvendo maior entrega e trabalho, conforme o relato a seguir: Este trabalho requer uma entrega muito grande. Requer tempo para descobrir, para ir ao fundo das coisas, para nos arreliarmos, porque nós, às vezes, também nos arreliamos... Num projeto como este, a pessoa não tem aquela frieza, aquela solidão, a pessoa faz tudo com mais gosto, é mais ela e dá muito mais de si, claro. E é por isso que me sinto em família, completamente. Nas outras escolas (por onde passei) cada um está na sua sala, cada um tem os seus meninos, no seu cantinho, e todo o resto não é nada. Tudo é compartimentado: há a porta, há a parede, há a chave... Aqui, não. O nosso sentir é o mesmo e é o melhor para as crianças. (p. 50).
Para Skinner a sociedade dos sonhos, idealizada em Walden II (1948) é uma sociedade regida pelas leis da engenharia comportamental e na escola da Ponte o que se tem é a escola dos sonhos promovendo a cidadania a partir do respeito para com as regras de sua própria sociedade, como bem o disse José Pacheco: [...] nós vamos além do aprender a ler, escrever e contar, porque educar é mais do que preparar alunos para fazer exames, é ajudar as crianças a entenderem o mundo e a realizarem-se como pessoas, muito para além do tempo de escolarização. (ALVES, 2012, p. 107). 
 
Abordagem Humanista O termo “Humanismo” surgiu no Renascimento (final do século XIV e inicio do século XV), preocupando-se com o valor do homem e na tentativa de compreendê-lo. Podemos associar o Humanismo a todo movimento que procura pensar o homem a partir do que mais o caracteriza. Nessa abordagem de ensino o foco é o aluno e o professor assume o papel de facilitador, devendo possuir a compreensão empática; a congruência e a consideração positiva para que a aprendizagem ocorra. Carl Rogers (1902-1987), principal teórico desta abordagem, baseou seu trabalho no indivíduo e prega o ensino centrado no aluno, dando ênfase nas relações interpessoais e o crescimento que delas resulta passando a valorizara a vida psicológica e emocional da criança, seu autoconceito, a visão autêntica de si mesma, orientada para realidade individual e grupal. Na abordagem humanista a emoção é um termômetro, e o conteúdo vem da experiência do aluno. Cada pessoa é única e está em constante processo de construção de “vir a ser”, sendo seu próprio arquiteto e buscando sempre a plenitude, a atualizar-se e buscar a auto realização que é inerente a pessoa. O aluno tem o papel central na construção do seu conhecimento, ele se educa e a educação é ampla, um verdadeiro “celeiro” de oportunidades, cabendo à escola respeitar o aluno na sua subjetividade, para que este busque constantemente e seja responsável por seu autoconhecimento. A competência básica é a habilidade de se compreender e compreender o outro e não há ênfase na técnica ou no método. O aluno é quem se auto avalia e também é o responsável por sua aprendizagem. Esse modelo preocupa-se principalmente com a interação humana, com a finalidade de criar um pensador autônomo. Tudo que estiver a serviço do crescimento pessoal, interpessoal ou intergrupal é educação. Segundo Rogers: O único homem que se educa é aquele que aprendeu como aprender, que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que nenhum conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento oferece uma base segura. (Rogers, 1972, p. 104-105). Com base no relato de Rubem Alves, constamos a escola da Ponte enquadra-se perfeitamente no perfil de uma escola humanista onde todos podem se realizar como seres únicos que são e desenvolver suas potencialidades. Encantado ficou Rubem Alves diante de uma educação sob outra óptica, integrada ao mundo e cultura da criança onde a aprendizagem é construída por cada sujeito, na sua experiência individual. “[...] que compreenda como os saberes são gerados e nascem. Uma escolaem que o saber vá nascendo das perguntas que o corpo faz. Uma escola em que o ponto de referência não seja o programa oficial a ser cumprido (inutilmente), mas o corpo da criança que vive, admira, encanta-se, espanta-se, pergunta, enfia o dedo, prova com a boca, erra, machuca-se, brinca. Uma escola que seja iluminada pelo brilho dos inícios.” (ALVES, 2012, p. 57). Mais do que preocupados com os conhecimentos científicos, na escola dos sonhos de Rubem Alves observamos o surgimento de conhecimentos que crescem a partir das experiências pessoais de seus alunos o que traz sentido às suas vidas e torna-os assim, mais conscientes de si e da sociedade a qual estão inseridos, através da busca pela autonomia, objetivada por Rogers, conforme o relato de José Pacheco: “As nossas crianças não são educadas apenas para a autonomia, mas através dela, nas margens de uma liberdade matizada pela exigência da responsabilidade.” (ALVES, 2012, p. 110). 
Em suma, podemos concluir que na escola da Ponte os alunos recebem as condições necessárias e apropriadas para serem sujeitos construtores do seu próprio conhecimento, cidadãos conscientes, pessoas solidárias, que possuam autoconhecimento, autonomia, capacidade crítica e reflexiva e a busca, constante, por uma vivência plena, sendo constantemente convidados a olhar “o bom, o bonito, o generoso, e a falar sobre eles” onde “numa expressão de solidariedade as crianças estão aprendendo valores.” (ALVES, 2012, p. 45,48). 
 
Abordagem Psicanalítica Embora Freud nada tenha escrito sobre a educação, se preocupava com a tal e buscava compreender o que leva à “vontade do saber”, tanto em uma criança, quanto em um cientista. Desejava conhecer os caminhos para o inconsciente e quais determinantes psíquicos levariam ao desejo da aprendizagem. O que habilita uma criança para o mundo do conhecimento? Em quais circunstâncias essa busca de conhecimento se torna possível? Por que alguns são ávidos por aprender enquanto outros não? Por que as crianças perguntam tanto? Para Freud há um momento decisivo no desenvolvimento infantil, ocorrendo quando estas entendem as diferenças entre os órgãos sexuais do menino e da menina e, interpretam este fato como: falta em um (do pênis na menina) e o medo da perda em outro (do pênis no menino). Essa constatação geraria uma angústia na criança, a qual Freud nomeou como “angústia da castração”. As perguntas sobre as origens das coisas estariam na base das investigações sexuais infantis, pois de acordo com Freud, essas primeiras investigações são sempre sexuais e relacionadas ao questionamento “de onde viemos e para onde vamos?”. Passando pelo Complexo de Édipo, esta é a fase em que a libido da criança fica em latência proporcionando um desenvolvimento social e intelectual e, ao final do conflito edipiano, as crianças abandonam os questionamentos sexuais por uma necessidade própria e inerente a sua constituição onde parte dessa investigação é sublimada em “pulsão” de saber - um deslocamento dos interesses sexuais para os não-sexuais, mas a energia que move a criança continua lá - e parte em “pulsão” de domínio, onde se localiza a “pulsão” de morte e parte em “pulsão” de ver que sublimado seria o desejo de saber. Segundo Marco Antônio Coutinho Jorge, uma pulsão, acha-se sublimada quando visa um novo alvo não sexual ou objetos socialmente valorizados. As atividades sublimatórias, segundo a ótica de Freud, são constituídas pela atividade artística, pela pesquisa intelectual e pela prática de esportes (JORGE, 2008, p. 150-158 apud MENDES, 2011). Para a Psicanálise, aprender pressupõe a presença do professor que pode, ou não, propiciar a aprendizagem. A criança deve ser desejante do saber e o professor desejante do ensinar. Neste processo, a criança empodera o professor, e para que esse aprendizado aconteça é necessário que se estabeleça entre ambos uma relação de afeto. Pode-se ocorrer aqui o que Freud chamou de Transferência, que é atribuir um sentido especial à pessoa do professor. Assim, em razão da transferência de sentido operada pelo desejo, ocorre também uma transferência de poder cabendo ao professor devolver esse poder ao aluno, para conduzi-lo a um aprendizado real e autônomo. Encontramos no relato de uma das professoras participantes do corpo docente da escola, a seguir, a relação de afeto entre professor/aluno claramente evidenciada e: Aqui, o professor é o amigo a quem se pode recorrer sem receio, quando se tem uma dúvida, quando se quer desabafar, ou contar um segredo. Razão tinha a Constança quando disse para a mãe: “Oh, mãe, a minha escola não é bem como uma escola, é assim como uma família!” (ALVES, 2012, p. 77). Não conseguimos observar o “empoderamento” do professor nessa escola, como Freud acreditava precisar haver para que a aprendizagem ocorresse de maneira plena. Para a psicanálise o professor é investido de autoridade e deve submeter o aluno à sua figura, mas claramente isso não acontece nas relações professor/aluno dessa escola. Quando é dito: “Os saberes do cardápio ‘programa’ não são ‘respostas’ às perguntas que as crianças fazem. Por isso as crianças não entendem por que têm de aprender o que lhes está sendo ensinado.” (ALVES, 2012, p. 54), percebemos que vêm de encontro com teoria freudiana a respeito das perguntas das crianças, seus desejos de saber. Através do depoimento de seu pai, observamos em Francisco, um aluno de 5 anos, a preocupação e questionamento da criança em relação à morte, perguntas essas que, segundo Freud que são as primeiras feitas pela criança e que são as forças motrizes de sua curiosidade primária: Ao deitar, Francisco revelou uma enorme angústia perante a morte, ou melhor, por sua consequência - o deixarmos de nos ver e o poder ficar sozinho no mundo. Já na cama, interrogou a mãe acerca da morte – “o que é que acontece depois de morrermos?" (ALVES, 2012, p.92). Fica claro que embora exista o professor e a relação de afeto, não há, na Escola da Ponte, o professor como “mestre”, pois este não desempenha o papel principal na aprendizagem do aluno. Em entrevista, a respeito do papel do professor como instrutor, José Pacheco afirma que as dúvidas que não são resolvidas durante as pesquisas dos alunos são esclarecidas em uma “aula direta” com o professor quando esses a solicitam. “Remetemos para plano secundário a função transmissora. Os professores só poderão dar respostas se os alunos lhes dirigirem Perguntas.” (ALVES, 2012, p. 107). 
 
Abordagem Sociocultural A abordagem sociocultural ocupa-se de um ensino que tem como preocupação a cultura popular, em que o homem vai criando a sua cultura na medida em que se integra com a sociedade, tendo como base uma epistemologia interacionista, onde o homem e mundo interagem conjuntamente para construir/adquirir o conhecimento e o pensamento crítico, ou seja, um pensamento que o leve a discursar ou falar de forma consciente e com suas próprias palavras, tornando-o mais consciente de si e de sua realidade. Esta abordagem tem Paulo Freire como principal autor e certas de suas tendências que concretizam essa abordagem de ensino, como:  Neotomismo: que consiste na preservação do direito humano, sob a influência de São Tomás de Aquino;  Humanismo: onde se valoriza a ação humana e a vocação do homem como um ser de sua práxis, compreendida por Freire como ação e reflexão e também ter vocação para assumir suas responsabilidades;  Fenomenologia: significativa separação do sujeito e objeto, tendo que olhar para o fenômeno, a partir da forma como ele se manifesta;  Existencialismo: o homem é responsável por sua existência e, desta forma há uma grande ênfase no sujeito, para que este consiga se educar desenvolvendo uma consciência crítica, por conseguinte tendo discernimento para escolher, decidir, e libertar-se, desenvolvendo assim melhor seu papel, e modificando não apenas a realidade em que está inserido como também a si próprio;  Neomarxismo: ênfase na vida cotidiana. De acordo com Freire toda ação educativa, para ser válida, deve promover uma reflexão no homema respeito de si mesmo e do meio em que se encontra inserido, de modo que, tome consciência da realidade, a caminho de se tornar sujeito de sua educação. Esse caminho é justamente o proposto pela Escola da Ponte a seus alunos e que faz com que o educador Rubem Alves se encante por seu sistema educativo. Constatamos que a escola aqui tratada se relaciona muito bem com a abordagem sociocultural, onde se respeita a singularidade de cada aluno, dando espaço para que eles tomem consciência de si, de sua realidade e do mundo. Nessa instituição, a aprendizagem e o ensino são comunitários e retratam principalmente as relações interpessoais, sem divisão de classes, sem um programa para diferir uns de outros, promovendo uma relação de reciprocidade onde um ajuda ao outro de forma que as crianças que sabem ensinam as que não sabem: “Na Escola da Ponte é assim. As crianças que sabem ensinam as crianças que não sabem. Isso não é exceção. É a rotina do dia a dia. A aprendizagem e o ensino são um empreendimento comunitário, uma expressão de solidariedade.” (ALVES, 2012, p. 45) Os professores estão no meio para auxiliar, mas não de forma autoritária promovendo os deveres a serem cumpridos pelos alunos que não têm que cumprir um programa pronto e prefixado. Podendo estudar aquilo que são de seu próprio interesse, os alunos se organizam a partir de interesses comuns para desenvolver projetos de pesquisa e, além das atividades escolares, pesquisam também na prática, indo às ruas em grupos com seus professores. O homem, estabelecendo relações e encarando os desafios que a natureza coloca, promove uma autocritica e um autoconhecimento, conseguindo cultivar e criar sua cultura. Na medida em que faz sua conscientização, se liberta dos desafios que encontra o qual, de acordo com Paulo Freire, não ocorre por acaso, mas através da práxis de sua busca, não dependendo de processos culturais alienantes. O homem precisa então de autenticidade, de se relacionar com a realidade objetiva, ou melhor, como um verdadeiro sujeito consciente e pensante. A partir da proposta aqui tratada, observamos que as tarefas realizadas em grupos na Escola da Ponte melhor formarão seus alunos para que estejam cada vez mais de frente com a realidade do mundo, assim como despertará uma crítica mais apurada entre eles e a autocrítica. Essas crianças vão cultivando e criando a sua cultura, e crescendo a partir das experiências vividas e não por experiências alienantes. A educação, para Freire, assume um caráter amplo, não restrito a escola em si e nem a um processo de educação formal, no entanto é preciso ter na escola a possibilidade de um crescimento mútuo, no processo de conscientização. Esse crescimento é muito favorecido na Escola da Ponte, pois lá os alunos aprendem de tudo um pouco e todo conteúdo aprendido relaciona-se com a vida de cada um, o que torna tudo isso mais interessante para as crianças, sendo muito mais fácil de humanizar aquilo que é vivenciado, do que simplesmente seguir um programa estipulado, com conteúdos que não fazem sentido algum para a criança e que deixa de valorizar aquilo que esta tem de melhor. Constatamos esse aspecto através da fala de Rubem Alves (2012, p. 63) a seguir, a respeito dos programas préestabelecidos pelas agências educadoras: “Programa cumprido não é programa aprendido - mesmo que os alunos tenham passado nos exames [...] Esse é o destino de toda ciência que não é aprendida a partir da experiência: o esquecimento. Quanto à ciência que se aprende a partir da vida, ela não é esquecida nunca. A vida é único programa que merece ser seguido.” “Aprender a ler e a escrever deveria ser uma oportunidade para que o homem saiba qual é o significado verdadeiro de ‘falar a palavra’, um ato humano que implica reflexão e ação.” (FREIRE, 1975 apud MIZUKAMI, 2014). Na citação que acabamos de ler, observamos que para Freire, “falar a palavra” não é um ato verdadeiro se não estiver associado com o direito de “expressar si mesmo” e, simultaneamente, a “expressão do mundo”, criando e recriando, decidindo, elegendo, participando, para que se construa um diálogo propriamente seu. É mais uma grande convergência, dentre várias outras, que observamos entre a Escola da Ponte e a obra Sociocultural de Freire. Na Escola da Ponte as crianças aprendem, com elas mesmas, a ler frases inteiras, pois de acordo com Rubem Alves, é o que faz sentido e aprendem a escrever escrevendo aquilo que estão vivendo, ou seja, aquilo que traz um significado junto àquilo que é existencial e não abstrato, tornando mais fácil de compreender e alfabetizar. “E que as frases que se encontravam escritas na parede da Escola da Ponte eram frases propostas pelas próprias crianças, frases que diziam o que elas estavam vivendo, Aprendiam, assim, que a escrita serve para dizer à vida que cada um vive.” (ALVES, 2012, p. 44) A relação professor/aluno na abordagem de Freire e na Escola da Ponte é uma relação horizontal e não imposta. O educador se torna educando e o educando, por sua vez, se torna educador e quando a educação não se efetiva é porque o homem ainda não tomou consciência de si. Os professores da Ponte têm a preocupação com esse processo de conscientização, porém, não é um processo com produtos de aprendizagem acadêmicos padronizados. A partir do momento que o homem busca participação ativa e exploram suas temáticas, sua consciência crítica da realidade se aprofunda. Para Freire, a verdadeira avaliação é a auto avaliação, ou a avaliação mútua, pois ela é uma prática educativa e não um processo formal de notas, que deixa de ter sentido nessa abordagem. Na escola da Ponte, após o período de 15 dias, o grupo de alunos se reúne com seu tutor, e juntos avaliam como foi processo de aprendizagem e se os objetivos foram alcançados e assimilados, num processo de diálogos e bem educativo. 
 
Abordagem Construtivista Para iniciarmos, o Construtivismo não é considerado um método, nem tampouco uma abordagem e sim uma teoria, um modo de ser do conhecimento que nos permite interpretar o mundo em que vivemos que parte da crença de que o saber não é algo que está concluído, terminado, mas sim um processo em incessante construção e criação. Essa construção é realizada através da ação e não por dons concedidos anteriormente ao sujeito, como o apriorismo (bagagem hereditária) e empirismo (bagagem do meio), de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismos, nem consciência e, muito menos, pensamento. De acordo com Becker (1994) a educação é um processo de construção de conhecimento ocorrendo a partir de condições de complementaridade, envolvendo, de um lado, os alunos e professores, e de outro, os problemas sócios atuais e o conhecimento já construído. Com base na proposta da teoria construtivista a aprendizagem ocorre pela assimilação e por acomodação: a) Assimilação: é um processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra um novo dado perceptual, motor ou conceitual as estruturas cognitivas prévias, ou seja, quando a criança tem novas experiências ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui. b) Acomodação: chamaremos acomodação (por analogia com os “acomodatos” biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) aos quais se aplicam. Pela assimilação o aluno muda o mundo e pela acomodação, muda a si mesmo. O aluno de Piaget é um sujeito culturalmente ativo, agindo espontaneamente, independentemente do ensino, mas não independentemente dos estímulos sociais. Nessa visão, sujeito e meio têm toda a importância que se pode imaginar, mas essa importância é radicalmente relativa. O professor nesse processo facilita a reflexão, inclusive a sua própria. A busca é também pela autonomia do aluno. O construtivismo propõe a busca da coerência ou interdependência entre teoria e prática e permite plasticidade na aprendizagem, pois facilita outras aprendizagens. Nela o erro não é visto como algo negativo e sim uma possibilidade de descoberta, de compreensão, e a partir da compreensãodo erro se constrói o conhecimento, desta forma erros e acertos fazem parte do processo. No entanto, nossa cultura não valoriza o erro; na natureza não é assim, com a criança não é assim; a criança repete uma ação incansavelmente até conseguir realizar com êxito. Na Escola da Ponte conseguimos ver a Teoria Construtivista logo de início, pois tudo se faz a partir das escolhas dos próprios alunos, sendo a autonomia não somente e valorizada como constituinte de seus pilares. Nessa escola tudo é decidido em assembleias democráticas que dá voz igualitária a todos, independente de idade ou conhecimento. Notam-se claramente os objetivos de construir um conhecimento a partir da criança e do mundo a partir da fala de José Pacheco: Esse projeto sugere um modelo de escola que já não e a mera soma de atividades, de tempos letivos, de professores e alunos justapostos. É uma formação social em que convergem processos de mudança desejada e refletida, um lugar onde conscientemente se transgride, para libertar a escola de atavismos, para repensá-la. Não é um projeto de um professor, mas de uma escola, pois só poderemos falar de projeto quando todos os envolvidos forem efetivamente participantes, quando todos se conhecerem entre si e se reconhecerem em objetivos comuns. (ALVES, 2012, p. 104). Finalizamos essa teoria, que nos mostra que os saberes da criança e os nossos (pois inconclusos que somos), estão em permanente e incansável construção e, que, numa escola assim, dará condições para que isso aconteça por toda a vida: “Quanto à ciência que se aprende a partir da vida, ela não é esquecida nunca.” (ALVES, 2012, p. 64). 
 
Abordagem Sistêmica A visão da abordagem que aqui trataremos baseia-se em uma análise do processo de ensino-aprendizado onde se considera as características dos professores e dos alunos e o contexto em que se dá esse processo, remetendo-se aos aspectos sociais, afetivos, biológicos e culturais inter-relacionados. A abordagem sistêmica caracteriza-se por sua capacidade de olhar para o humano como um ser capaz de influenciar e de ser influenciado pela sociedade, adaptando sua estrutura e reequilibrando-se num nível mais elevado de complexidade à medida que a sociedade se transforma. A Escola torna-se um instrumento de operacionalização da política educacional e que define o perfil inicial do sistema e no processo de ensinoaprendizagem encontramos o relacionamento do trinômio professor-aluno-matéria de ensino. Este processo é considerado aqui como um conjunto de tomada de decisões por parte do professor e do aluno, pois ambos são vistos como seres compostos de significados sociais. Considerado como um ser social, o professor deixa de ser um mero transmissor de informações e torna-se um educador que visa transmitir e compartilhar conhecimento com seu aluno, tomando suas decisões com base na sua formação cultural, nas suas concepções filosóficas e pedagógicas. Compartilhar o conhecimento é assimilar e transmitir o conteúdo pretendido retroativamente de acordo com as diferentes situações, pois o conhecimento muda à medida que o ser humano muda e como este processo é cíclico e dinâmico. Nesta perspectiva o aluno é visto como um ser social que influencia e que é influenciado constantemente por outros e pelo meio que o cerca. Para contemplar esta visão abrangente a prática pedagógica do professor deve ser complexa e capaz de estruturar os caminhos que devem ser traçados no processo de ensino para aprendizagem, devendo ser regida por este com bom senso, sabedoria, criatividade e acima de tudo responsabilidade, que saiba ainda respeitar as especificidades inerentes nele, no outro, no meio, no mundo e no universo. Através da “caixinha de segredos” identificamos uma preocupação da escola da Ponte com a rotina de seus alunos, a qual classificamos como sendo parte de seu contexto social. A partir dessas informações depositadas na “caixinha”, alunos e professores se comunicam de forma a identificarem o que está se passando entre seus colegas, promovendo assim a possibilidade de uma intervenção e ajuda caso necessário. Todas as manhãs, o Arnaldo já chega cansado de duas horas de trabalho. Antes de rumar à escola, o Rui foi ao lavrador buscar o leite, levou os irmãos menores ao infantário, fez os recados da Dona Alice, arrumou a casa toda. O Carlos falta quase todas as tardes. O pai manda-o distribuir por toda a vila as folhas que dão notícia dos falecimentos da véspera, ou tem que carregar as alfaias dos funerais. (ALVES, 2012, p. 113). A partir da valorização das experiências vivenciadas por seus alunos, vemos que na escola de José Pacheco ao receber alunos considerados como “indisciplinados”, existe a promoção de um trabalho com estes de forma a desenvolver suas potencialidades e alterando então a sua realidade, transformando em alunos cooperadores. Desta forma a aprendizagem desenvolvida os promoverá para a vida em sociedade, de forma que o aluno possa transformar e ser transformado por ela. O Marco era um menino rotulado de filho de pai incógnito. Sofria por não ter um pai como os outros meninos. O André era um menino rotulado de mongolóide. Sofria de "necessidades educativas especiais", que o isolavam dos outros meninos. Até que, um dia, mudou de escola, foi acolhido num grupo e deixou de ter o rótulo. O Marco e os seus amigos já tinham descoberto o valor do trabalho cooperativo. Quando Ana “foi para outra escola” deixou a Sabrina entregue aos cuidados de Maria do Céu. E o Marco envolvia o André num novelo de atenção que operava milagres no aprender com os outros. (ALVES, 2012, p. 103). Observamos também, a figura do professor com um orientador que irá promover o melhor caminho para a aprendizagem, no entanto, ao contrário do proposto pela abordagem sistêmica, este não o faz previamente, mas somente quando é solicitado por seus alunos, quando então consegue apontar as diretrizes para que o conhecimento se desenvolva. No obstante, não identificamos uma metodologia sistêmica de forma a tratar a individualidade de cada aluno e a resolver as dificuldades encontradas, antes identificamos que estas são resolvidas de acordo com o seu surgimento. 
 
Abordagem Inteligência Emocional O objetivo desta abordagem é elevar o nível de competência social e emocional do aluno, e não ensinar com afeto, mas sim ensinar o afeto. É importante que o aluno aprenda: a) Autoconsciência: reconhecer seus sentimentos, saber nomeá-los, o que fazer com seus afetos e como expressá-los. Pretende-se que a criança reconheça suas forças e fraquezas; b) Controle das emoções: compreender o que desperta uma emoção, como lidar com ela e assumir a responsabilidade por seus atos.
Destaca-se a importância de trabalhar a emoção no momento em que ela aparece, entender a estrutura dos conflitos, para não levar a ruptura da comunicação. Nesse caso treinar a assertividade é o mais importante, ou seja, conseguir dizer o que se pensa com clareza e a escuta ativa, escutar o outro com atenção e só depois construir a sua fala. O foco aqui não é evitar inteiramente o conflito, mas resolver a causa da discordância e ressentimento antes que se transformem em uma briga aberta. A maior dificuldade é que no domínio do campo emocional as aptidões precisam ser adquiridas no momento em que as pessoas estão perturbadas sendo necessário treiná-las nesse momento. Embora flexível para resolver os conflitos que surgirem, esta abordagem trabalha com planejamento. A aptidão maior que se busca despertar na criança é a empatia, com foco na facilitação dos relacionamentos se pretende uma “Alfabetização emocional”. O currículo da “Ciência do Eu” é usado nas escolas como modelo para o ensino da Inteligência Emocional e em sala de aula normalmente utiliza-se uma caixa de correspondência, onde as crianças podem escrever anonimamente suas queixas. Esta abordagem pode ter início antes mesmo do nascimento da criança, na barriga da mãe. Não devemos esquecer, porém que o desenvolvimento emocional de uma criança deve acompanhar a maturação do cérebro e do seu desenvolvimentobiológico. A alfabetização emocional é usada preventivamente para os problemas das crianças com álcool, drogas, violência, vida sexual, como dizer não quando o grupo os pressiona. A palavra que define o conjunto de aptidões que a Inteligência Emocional representa: caráter. (Goleman D, Inteligência Emocional 1995, pág. 299). Na realidade da “nossa” Escola da Ponte, conseguimos observar inúmeros exemplos que condizem com essa abordagem. Quando é dito que “Mais que aprender saberes, as crianças estão aprendendo valores. A ética perpassa silenciosamente, sem explicações, as relações naquela sala imensa.” (ALVES, 2012, p. 45), percebemos a preocupação de se formar pessoas e não somente alunos. A respeito dos sentimentos das crianças identificamos variados aspectos que são levados em consideração pela escola, como o estabelecimento dos direitos da leitura e de se ouvir música; e o uso dos computadores do "Acho bom" e do "Acho mau" se assemelha com à caixa de correspondência proposta por essa abordagem: “Quando nos sentimos contentes com algo, escrevemos no ‘Acho bom’. Quando, ao contrário, nos sentimos infelizes, escrevemos no ‘Acho mau’. (ALVES, 2012, p. 47). Ainda em comparação à caixa de correspondências, constatamos também a instituição da "caixinha dos segredos" na Escola da Ponte, onde as “almas inquietas (indisciplinadas?) [...] deixam recados, cartas, pedidos de ajuda. A ‘caixinha dos segredos’ ensina os professores a reaprender.” (ALVES, 2012, p. 113). Em relação aos conflitos, observamos uma diferença na resolução dos mesmos, como por exemplo, a instituição do “Tribunal” que se ocupa dos que desrespeitam as regras de convivência impondo aos “transgressores” uma pena que, de acordo com o relato de Rubem Alves, implicará na reflexão das atitudes durante três dias, os quais de acordo com a IE seriam abordados na hora, para que as crianças aprendam a lidar com os sentimentos desencadeados. Assim como na abordagem aqui tratada, observamos que o respeito dos alunos para com seus pares e para com as regras, regras estas que são estabelecidas por eles próprios para que haja uma boa convivência e bom funcionamento do espaço. Pelo compartilhamento dos espaços que vemos nessa escola, inclusive sem que as crianças não se separem por idade ou por desempenho, eles aprendem a não competir entre si, mas sim cooperarem. Observamos que aqueles que possuem melhor desenvolvimento ajudam os que possuem maior dificuldade na aprendizagem, dessa forma constrói-se um ambiente de compreensão, respeito, colaboração e solidariedade, propício para a construção do caráter. Identificamos essa formação de caráter no depoimento de uma mãe/professora da escola a seguir: “A minha filha aprendeu a ter respeito por ela própria e pelos outros. Aprendeu a ser feliz e a fazer os outros felizes. Aprendeu a liberdade respeitando a liberdade dos outros.” (ALVES, 2012, p. 74). Quer maior exemplo de uma aprendizagem emocional?! O desejo dessa mãe é que seus filhos aprendam a serem cidadãos democráticos, solidários e autônomos e tendo uma filha que lá estudou e sendo professora, conseguiu perceber que lá, na Escola da Ponte, isso tende a ocorrer. A Escola da Ponte se ocupa em educar crianças para a vida plena em suas relações com o outro. No trecho da entrevista concedida pelo professor Jose Pacheco, a seguir, percebemos claramente que os alunos dessa escola conseguem resolver e expor seus conflitos com serenidade tal como se propõe, através do treino, a IE: Sei de crianças que não entendem a indisciplina do gritar mais alto que o próximo, nas assembleias de adultos, porque na sua assembleia semanal erguem o braço quando pretendem intervir. Sei de crianças de seis, sete anos, que sabem falar e calar, propor e acatar decisões. São crianças capazes de expor, com serenidade, conflitos e de, serenamente, encontrar soluções. São cidadãos de tenra idade que, no exercício de uma liberdade responsavelmente assumida, instituíram regras que fazem cumprir no seu cotidiano. (ALVES, 2012, p. 114). 
 
Abordagem Inteligências Múltiplas Ainda que muitos não acreditem, todos os seres são providos de inteligência, no entanto de acordo com o psicólogo norte-americano Howard Gardner, após vários anos realizando pesquisas sobre a inteligência humana, conclui que o cérebro humano possui oito tipos de inteligências, no entanto, a maioria dos indivíduos possui amplamente desenvolvida, duas ou mais dessas inteligências. Tais inteligências não nascem “prontas” nos indivíduos, ainda que uns possam desenvolver algumas delas em níveis mais elevados do que outros, tudo dependerá: da predisposição que o indivíduo possui para uma determinada inteligência, do estímulo que o ambiente oferece e do contexto social em que se encontra inserido bem como suas vivências e experiências que podem contribuir ou não para que a inteligência se desenvolva. Ao se perceber que um indivíduo possui maior pré-disposição e gosto para uma determinada atividade, e não haver um mínimo de incentivo e valorização pela família e pelo contexto que ela se insere, sua inteligência poderá acabar não se desenvolvendo de forma que atinja um maior potencial. De acordo com Celso Antunes (2008), inteligência está relacionada à capacidade de se escolher o melhor caminho, sendo “a formação das ideias, o juízo e o raciocínio frequentemente apontados como atos essenciais da inteligência”. Para Antunes, é a inteligência que promove a resolução dos problemas buscando as melhores opções. No entanto, apesar de ser um fluxo neurológico, não ocorre de forma isolada, dependendo da língua, da herança cultural, da ideologia, da crença, da escrita, de métodos intelectuais e outros meios do ambiente a qual o indivíduo se encontra inserido. As inteligências propostas por Gardner são: 1. Linguística ou verbal: alta capacidade para lidar criativamente com as palavras e de utilizar a língua para comunicação e expressão. 2. Logico-matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos e para raciocínio dedutivo. 3. Cenestésica corporal: grande capacidade de utilizar o corpo para se expressar ou em atividades artísticas e esportivas envolvendo autocontrole e destreza corporal. 4. Espacial: capacidade de formar um modelo mental preciso de uma situação espacial e utilizá-lo para orientar-se entre objetos ou para transportar as características de um determinado 5. Sonora ou musical: inteligência voltada para a interpretação e produção de sons com a utilização de instrumentos musicais bem como organizar sons de maneira criativa, a partir da discriminação de elementos como tons, timbres e temas. 6. Pessoais (Intra e Interpessoal): Intrapessoal – pessoas com esta inteligência possuem a capacidade de se autoconhecerem, tomando atitudes capazes de melhorar a vida com base nestes conhecimentos e de relacionar-se consigo mesmo, autoconhecimento, sabendo administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos; Interpessoal: facilidade em estabelecer relacionamentos com outras pessoas. 7. Pictórica: habilidade que a pessoa possui de transmitir pelo desenho que faz objetos e situações reais ou mentais. 8. Naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente natural e defender, estudar, pesquisar os fenômenos do ambiente voltandose para a análise e compreensão dos fenômenos da natureza. A “visão pluralista da mente” proposta por Gardner através de suas pesquisas revela que devemos descobrir em qual perfil de inteligência nos enquadramos, e propõe os testes de QI como meio para descobrirmos. Constatamos na Escola da Ponte que, ainda que de forma inconsciente, os alunos são incentivados a buscar a inteligência que mais se adequa a seu perfil através da valorização do indivíduo e sua subjetividade por meio da liberdade de escolha dos conteúdos que mais lhes identificam. Ao escolher a matéria a ser estudado, o tema do projeto que irão realizar, os alunos estão levando o foco para aquilo que seu cérebro absorva com mais facilidade, sendo assim desenvolvendo uma de suas inteligênciasdas múltiplas que ele pode possuir. Observamos a coerência entre a proposta da abordagem aqui tratada e o encontrado na escola da Ponte onde, de acordo com Rubem Alves (2012), a prática desenvolve a inteligência, e que aprender aquilo que se encontra em um programa sem o entendimento de sua necessidade, não faz com que os alunos compreendam o conteúdo e, portanto não se lembrem depois. A esse esquecimento, Rubem Ales faz uma comparação à agua que escorre pelos furos do escorredor de macarrão que retêm somente o que importa. Como relatado anteriormente, na escola da Ponte as avaliações são definidas pelos próprios alunos, não fazendo parte da metodologia os testes de inteligências, no entanto, ao se auto avaliarem promovem uma autocrítica de forma que descobrem suas capacidades e inteligências sem precisar que os testes o façam. Em seu livro “As inteligências múltiplas e seus estímulos” (1998), Celso Antunes afirma que o modelo de escola como centro transmissor de informações é ultrapassado, e a uma “nova” escola assumiria o papel de “central estimuladora da inteligência” onde o aluno não se contente em aprender simplesmente, mas em desenvolver e estimular suas inteligências. Ora, qual o papel da escola da Ponte senão este? Observamos através de Rubem Alves, que a Escola da Ponte promove o conhecimento através da autonomia de escolha por parte dos alunos, e dessa forma o “ato de aprender acontece em resposta a um desejo” (ALVES, 2012, p. 60), e consequentemente, descobrindo a inteligência que mais se enquadra em seu perfil, como já relatamos aqui. 
Considerações Finais 
A leitura do livro “A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” somado ao estudo das abordagem tratadas durante este semestre acabou por promover uma intensa análise a respeito da trajetória escolar pelo qual a maioria de nós passa e que, no entanto, a maioria de nós não possui informações a respeito de diferentes formas de abordagens que não sejam as mais tradicionalmente determinadas pelas agências governamentais de educação. Porém, não nos atentaremos a falar sobre uma massa social mas sim sobre as experiências do grupo responsável pelo presente trabalho. Somos um grupo heterogêneo, com idades e condições econômicas variadas, no entanto nossas experiências escolares em muito se assemelha. Tivemos contato com escolas que não se ocupavam em olhar para seus alunos de forma a respeitar sua subjetividade e avaliando-os de forma igualitária, esperando que o resultado obtido se enquadrasse dentro de um padrão imposto por elas. O professor, obrigado a seguir um cronograma de atividades e conteúdos estipulados pela direção da escola, atendia aos questionamentos que condiziam com o tema tratado em aula, não abrindo espaço para discussões que fugissem ao proposto e não raramente deixava perguntas em aberto sem que soubesse as respostas pois seu tempo havia esgotado. Em um ambiente, muitas vezes desorganizado e esmagador, o professor detém a fala e o aluno a escuta, e os que não conseguiam manter o padrão proposto se viam obrigados a buscar ajuda em professores particulares. Um ou outro professor com um viés se não humanista, pelo menos humano tentavam “olhar” um pouco mais para cada aluno, no entanto seu fazer acabava sendo limitado devido ao padrão seguido por sua instituição. A partir da retomada de nossas experiências, nos questionamos a respeito de nossa trajetória escolar na escola da Ponte, caso nos fosse possível essa escolha, e a decisão foi unanime: Sim, gostaríamos de termos estudado numa escola como a da Ponte. Observamos que essa escola se fundamenta no princípio que a escola são as pessoas, e, que cada uma tem sua individualidade respeitada, proporcionando assim um ambiente em que pode ser aflorado o melhor de cada aluno e a ênfase na realidade da criança, o que consideramos de extrema importância, acaba por promover o bom desenvolvimento, permitindo que as crianças desenvolvam respeito pelo outro, estimulando o pensamento crítico e respeitando a curiosidade natural e saudável da criança. O que encontramos foi uma escola humanizada onde a aprendizagem se da através da cooperação. Após finalizar seu relato a respeito de sua experiência em Portugal, Rubem Alves questiona a nós leitores se matricularíamos nossos filhos numa escola como esta, e a partir do que apontamos aqui, acreditamos que a escola da Ponte seria um ótimo lugar para nossos filhos e que sem dúvidas nós os matricularíamos ali. É extraordinário saber que nossos filhos pode construir uma historia diferente da que nos foi imposta devido à falta de conhecimento de nossos responsáveis. Saber que existe um lugar onde nossos filhos serão educados para a vida, onde aprenderão a conviver em sociedade, respeitando os limites e diferenças dos demais, onde mais do que conhecimentos científicos levarão valores de cidadania, é animador. Acreditamos que não somente nossos filhos, mas a sociedade como um todo deveria ter acesso a este forma de educação, onde o outro é respeitado por ser o outro e não por compartilhar dos valores com os quais no identificamos. Finalizamos este trabalho, tentando trazer resposta ao questionamento proposto por Rubem Alves ao finalizar sua obra: “Só que antes tenho de resolver um problema: ‘como é que o guaxo coloca o primeiro gaveto para construir o seu ninho?” (2012, p. 70). Conhecido como João-de-Pau, o guaxo é uma de pequeno porte que, medindo cerca de 16 centímetros, constrói ninhos suspensos que podem chegar ao tamanho de até 2m de altura. Utilizando-se de gravetos relativamente grandes para o tamanho do passarinho, ao localizar o galho ideal para construção de seu ninho, juntamente com a ajuda de outro pássaro, a ave posiciona o primeiro graveto de forma em que haja sustentação para os demais que serão acrescentados. Ao contrário de outros tipos de pássaros, o ninho do guaxo não é construído somente pela fêmea do casal, mas sim com a ajuda de várias aves se unem em um mutirão para a construção do “lar”. Aprendemos aqui que é a cooperação que promove um trabalho de sucesso, e que mesmo sendo um grande arquiteto, o guaxo não conseguiria nada sem a ajuda de seus colegas de trabalho. Fica aqui uma lição de solidariedade, respeito e cooperação, pois ainda que a escola da Ponte tenha nascido de um projeto de José Pacheco, sua existência não seria possível sem a participação de seus orientadores, alunos e envolvimento da comunidade a qual se encontra inserida. 
 
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