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III CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA FORENSEII JORNADA LATIONOAMERICANA DE GENÉTICA FORENSE 10 a 13 de maio de 2011 • PUCRS • Porto Alegre • RS • Brasil Mosaicismo e Quimerismo tecidual, suas implicações nas análises moleculares. Juliana Medeiros1* 1Aluna do programa de pós-graduação em Biologia e genética forense, PUCRS 2010/2011. *E-mail: julivulpes@yahoo.com.br Cada vez mais a genética vem se tornando uma ferramenta importante para a investigação criminal. Porém o exame molecular é considerado uma prova con� ável, mas não infalível na busca pela verdade. Questões como o mosaicismo e o quimerismo tecidual podem gerar confusão nos exames moleculares quando não bem interpretados, e seus desdobramentos podem gerar suspeitas quanto a con� abilidade dos testes de DNA. Quimeras são indivíduos formados pela fusão de células de pelo menos dois embriões diferentes, são raros os exemplos de quimeras verdadeiras na espécie humana, a maioria dos casos de quimeras envolve transferência de células sangüíneas e podem surgir, de forma induzida, no tratamento de certas leucemias em pacientes que sofreram transplante de medula – são quimeras arti� ciais. Naturalmente pode ocorrer entre gêmeos não idênticos ou dizigóticos e entre � lho e mãe. Mesmo durante uma gestação normal, algumas células do feto passam para a circulação materna, assim como da mãe para o � lho. Nas duas situações foi relatada a permanência dessas células vários anos após o parto. Já mosaicos são indivíduos que também possuem duas linhagens celulares, mas em decorrência de modi� cações em células de um único embrião, normalmente pela perda ou duplicação de cromossomos, sendo mais comum que o quimerismo. Estes eventos fazem com que um indivíduo apresente tecidos com per� s genéticos diferentes. Neste trabalho foram relatados casos de quimerismo e mosaicismo,onde acorreu inconsistências entre as amostra-referência e amostra-teste, mesmo elas se tratando do mesmo indivíduo. A obtenção dos resultados provenientes deste levantamento permite uma re� exão sobre o cuidado que se deve tomar ao genetizar a prova penal, permitindo ampliar os conhecimentos sobre genética/biologia àqueles pro� ssinais de outras áreas, especialmente do direito. 51
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