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TCC reutilização de RCD provenienta da construção civil

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FACULDADEGUANAMBI ENGENHARIA CIVIL
IGOR GONÇALVES RODRIGUES
 KARLAN SANTANA DE CARVALHO
A IMPORTANCIA DO REAPROVEITAMENTO DOS ENTULHOS GERADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA UMA ENGENHARIA SUSTENTÁVEL
Guanambi, BA
 2017
IGOR GONÇALVES RODRIGUES
 KARLAN SANTANA DE CARVALHO
A IMPORTANCIA DO REAPROVEITAMENTO DOS ENTULHOS GERADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA UMA ENGENHARIA SUSTENTÁVEL
Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Engenharia Civil da Faculdade Guanambi como requisito de avaliação da disciplina TCC I.
Orientador: Esp. Marco Antônio Silva 
Guanambi, BA 
2017
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO
A construção civil está diretamente conectada com o desenvolvimento da humanidade, é uma das atividades mais antigas que se tem conhecimento, e à medida que a humanidade se desenvolvia, se tornava necessária a mudança do meio ambiente para atender as suas necessidades. Com o paulatino desenvolvimento da raça humana, principalmente após a revolução industrial, fez com que a exploração dos recursos naturais e a sua utilização e descarte de forma inadequada e negligente, provoca-se um crescimento continuo de resíduos gerados.
A construção civil é a atividade responsável pela maior produção de resíduos sólidos. Pesquisas apontam que mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados no Brasil são provenientes da construção civil (IBGE 2010). O descarte do entulho de forma inadequada em aterros e lixões, é um fator determinante para o surgimento de diversos problemas ambientais, sociais e econômicos, podendo destacar os alagamentos, proliferação de vetores transmissores de doenças, poluição e diversos outros.
Diante dos agravantes problemas ocasionados pelo descarte impróprio dos resíduos da construção e demolição (RCD), foi criada diversas políticas e práticas que visam buscar um melhor destino aos entulhos. No Brasil, foi criado a Lei n° 12.305/10 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que tem como objetivo levantar dados acerca da situação atual dos resíduos da construção e demolição e, a partir destas informações, criar planos e ações, além de fiscalizar e responsabilizar as empresas, poder público e a sociedade em geral, acerca do descarte e ou reutilização correta dos RCD.
PROBLEMA
Fatores econômicos como a escassez de recursos naturais associados ao crescimento da engenharia civil apresenta o lado negativo do mercado, os impactos ambientais, a mudança de paisagem e o elevado consumo de recursos naturais antes tidos como inesgotáveis, tem cooperado para uma maior preocupação econômica e ambiental, sendo ela umas das atividades mais importantes para o desenvolvimento do meio socioeconômico, além dos resíduos antes apresentados como lixo, sua disposição final agrega valor de custos de transporte. 
Uma possível alternativa para esses problemas encontra se na utilização dos resíduos reciclados provenientes da construção e demolição (RCD), que além da redução da exploração de recursos não renováveis, há também a carência de locais para a disposição dos resíduos que agrega custos de transporte. Segundo (BRASILEIRO, 2013) “A reciclagem de RCD traz benefícios econômicos e ambientais para as cidades em que é implantada. Além da diminuição dos custos de gerenciamento do resíduo, o custo do produto reciclado é bem menor que o agregado natural”. Permitindo que a população de baixa renda tenha acesso a materiais de boa qualidade e baixo custo de mercado.
	Em decorrência disso, a problemática apresentada questiona a pratica diante da importância do reaproveitamento dos entulhos gerados na construção civil para uma engenharia sustentável. 
HIPÓTESE 
A utilização dos RCD, pode favorecer na redução dos impactos ambientais gerados pelas atividades da construção civil, da mesma forma também pode reduzir especialmente os custos financeiros de uma obra, tendo em vista que o custo deste é inferior ao de materiais convencionais, podendo ser utilizado em casas de programas sociais para população de baixa renda, na pavimentação de estradas e ruas, e como agregado para produção de concreto. No contexto econômico é importante destacar a oferta de novas vagas de emprego, nas usinas de reciclagem o que contribui para a redução nos níveis de desemprego. 
4 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho justifica-se pela importância em expor a situação que se encontra os resíduos gerados na construção civil, bem como, as consequências que a disposição em locais incorretos como: terrenos baldios, aterros e lixões a céu aberto, podem influenciar na degradação do meio ambiente e ocasionar diversos problemas dentre os quais destacam-se: 
Proliferação de animais peçonhentos;
Sobrecarga dos aterros e lixões;
Enchentes oriundas do entupimento de galerias de esgoto;
Assoreamento de rios e lagos;
Contaminação do solo;
Degradação da paisagem urbana.
Nesse contexto é perceptível que as lideranças mundiais e a sociedade atual têm observado com mais preocupação as práticas que promovem o desenvolvimento sustentável. Pode-se citar como exemplo as medidas para fomentar o assunto, as reuniões da Agenda 21 e a Eco 92, na qual as pautas estão direcionadas para a sustentabilidade em uma escala global.
 	No Brasil, a criação o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que através da Resolução Nº 307 de 05/07/02- DOU de 17/07/02, estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais, tendo para esse fim, definido as especificações de resíduos da construção civil. Foi uma iniciativa importante para orientar a sociedade à prática de ações responsáveis e sustentáveis. 
5. OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
Apresentar como são tratados os resíduos da construção civil e os materiais de demolição resultantes.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Analisar o contexto histórico da reciclagem no âmbito da construção civil;
Expor os conceitos iniciais do RCD (Resíduo de construção e demolição), e a situação atual em que o mesmo se encontra; 
Demonstrar os procedimentos utilizados na coleta, triagem e processamento dos resíduos sólidos;
Apontas as aplicabilidades dos RCD, após o seu processamento e as vantagens obtidas a partir da sua reciclagem.
6 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
6.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA RECICLAGEM NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Desde a Pré-História o homem tem transformado matérias-primas, pedras, barro, peles, lã, trigo, etc. em produtos úteis a sua sobrevivência. Trata-se de um antigo método de transformação a que se denominou artesanato, na qual através de instrumentos transformava a matéria-prima até chegar ao produto final (Portal Brasil, 2017).
Nos séculos XVIII e XIX, houve o início da Revolução Industrial em algumas cidades europeias e americanas, e a consequente criação de fábricas nas cidades. A população de muitas cidades começou a aumentar rapidamente, recebendo milhares de pessoas vindas dos campos, abandonando trabalhos nas áreas rurais, para trabalhar na indústria. Este fato gerou imensas aglomerações humanas que passaram a consumir uma grande quantidade de energia, alimentos e espaço, ocasionando em cidades superlotadas, barulhentas, sujas e sem nenhum saneamento. Esses grandes aglomerados humanos originaram os mais variados problemas de urbanização: abastecimento de água, canalização de esgotos, criação e fornecimento de mercadorias, modernização de estradas, fornecimento de iluminação, fundação de escolas, construção de habitações e etc. (Portal Brasil, 2017). 
Os impactos ecológicos não eram considerados nas sociedades primitivas, pois a produção de resíduos era pequena e a assimilação ambiental era grande. Somente após o desenvolvimento tecnológico da revolução industrial no mundo, é que esta preocupação veio à tona (BRASILEIRO, 2013).
Contudo, a prática de reciclagem dos entulhos teve seu desenvolvimento noano de 1946, na Europa, logo após a II Guerra Mundial, como uma grande parte das construções na época foram destruídas, começaram a utilizar os escombros das ruínas, conduzindo o material para um processo de britagem e refinamento, transformando-os em um novo material construtivo, dando início a prática de reaproveitamento dos entulhos; garantiu desse modo, o início ao desenvolvimento sustentável. Segundo Leal (2008), a implicação mais imediata é a necessidade de se produzir a maior quantidade de bens com a menor quantidade de recursos naturais e a menor poluição, ou seja, o desenvolvimento econômico deverá ser desvinculado da geração de impactos ambientais negativos. Para conseguir esta desvinculação são necessárias várias ações:
Redução do consumo de matérias primas, que pode ser obtido pela redução e reciclagem de resíduos, aperfeiçoamento de projetos, substituição dos materiais tradicionais por outros mais eficientes e aumento da durabilidade dos produtos;
Redução do consumo de energia (especialmente a produzida pela queima de combustíveis não renováveis);
Redução global da poluição (incluindo resíduos).
6.1.2. O cenário atual acerca dos resíduos gerados na construção civil 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA. O gerenciamento e manuseamento de resíduos da construção civil e de demolição estão baseados, desde 05 de julho de 2002, pela Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. As legislações que definem a política nacional para os resíduos englobam as orientações, os critérios e os procedimentos gerais para o gerenciamento dos resíduos da construção civil, delimitando as ações necessárias para diminuição dos impactos ambientais. 
Conforme a Resolução os resíduos da construção civil são classificados da seguinte maneira:
- Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré- moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
- Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
- Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;
- Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros. (CONAMA, 2002)
Sendo assim, a reciclagem de resíduos pela indústria da construção civil vem se fortificando como uma prática importante e necessária para o meio ambiente e para a sustentabilidade (ZORDAN, 2012).
De acordo com a Associação Brasileira de Empresa de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). “Estima-se que a geração de resíduos de construção e ou demolição é de trinta e duas milhões de toneladas por ano. Uma assombrosa perda para o meio ambiente e a economia, conseguindo aferir que o Brasil joga fora oito bilhões de reais ao ano porque não recicla seus produtos”. Ainda, é possível observar que, em conformidade com a ABRECON – Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição, os números indicam que 60% do lixo sólido das cidades vêm da construção civil e 70% desse total poderia ser reutilizado.
Isto posto, na tabela que se segue encontra-se um referencial acerca da quantidade anual dos resíduos produzidos. 
	
País
	Quantidade Anual
	
	Milhões t/ano
	Kg/hab./ano
	Fonte
	Suécia
	1,2 – 6
	136 – 680
	Tolstoy, Borklund, Carlos (1998)
	EUA
	136 – 171
	463 – 584
	EPA (1998); Peng, Grosskopf,
Kibert (1994)
	Bélgica
	7,5 – 34,7
	735 – 3.359
	
Lauritzen (1998); EU (1999)
	Dinamarca
	2,3 – 10,7
	440 – 2.010
	
	Itália
	35 – 40
	600 - 690
	
	Alemanha
	79 – 300
	963 – 3.658
	
	
Brasil
	
31
	
230 – 760
	ABRELPE (2011); Pinto (1999);
Carneiro et. al. (2001); Pinto e Gonzalez (2005)
Fonte: Adaptado de Córdoba (2010)
A (ABRELPE), na tabela abaixo é apresentada a comparação entre os dados de RCD entre os anos 2011 e 2012, resulta na constatação de um aumento de mais de 5% na quantidade coletada.
A ABRECON (2017) afirma que apesar do momento turbulento da economia com resultados dramáticos para a construção civil, nunca empresas de sistemas eletrônicos venderam tanto para cidades e usinas de reciclagem de entulho. Isto leva a crer que há uma maior sensibilização por parte das cidades no controle dos resíduos.
6.2 OS CONCEITOS INICIAIS ACERCA DO RCD
O campo da construção civil está passando por um processo de reestruturação. Os recursos financeiros são cada vez menores, o mercado consumidor está cada vez mais exigente, os trabalhadores, por sua vez, têm buscado melhores condições de trabalho. Todos estes fatores têm exigido uma nova postura das empresas. Estas estão sendo obrigadas a adotar estratégias empresariais mais modernas, focadas na qualidade, na racionalização e na produtividade, possibilitando a obtenção de um produto final de melhor qualidade e mais barato (COSTA; FORMOSO, 1998).	 
É possível corroborar com BRASILEIRO (2013) quando explana acerca das disparidades da indústria da construção com os conceitos de sustentabilidade, da quantidade de RCD gerado no mundo, das legislações implantadas com o intuito de minimizar os impactos ambientais gerados pelo RCD, da reciclagem do RCD e sua aplicabilidade nos mais diversos ramos da construção civil. 
Assim, o entulho apesar de causar tantos problemas, é visto como fonte de matérias para a construção civil. Essa mudança de enfoque vem transformando os resíduos, cada vez mais atraentes e lucrativos. De forma que este conceito se baseia na gerência ambiental, social econômica de recursos naturais, visando à gerência do ciclo de vida de materiais. (BLUMENSCHEIN, 2007); conforme pode ser visualizado a seguir: 
 
6.2.1 O processo de reciclagem dos RCD
Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha; (CONAMA Art. 2º, § I) 
A grande quantidade e variedade de materiais empregados durante a construção ou reforma de uma obra é um fator que dificulta o processo de separação dos resíduos, dentre os quais existem materiais com diferentes tipos de métodos de reciclagem e até mesmo aqueles que não são recicláveis. Como forma de estabelecer critérios para o processos de coleta e separação dos resíduos foi elaborada pela CONAMA a resolução Nº 307/2002, que define diversas diretrizes para a gestão dos resíduos da construção civil.
Na tabela a seguir e possível visualizar os tipos de resíduos de acordo a suas características: 
	Classe A
	Classe B
	Classe C
	Classe D
	Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura,
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações, tais como componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças prémoldadas em concreto: (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras.
	Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras etc. 
	Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação, como por exemplo: a lã de vidro e gesso.
	Resíduos perigosos oriundos do processo de construção tais como: tintas, solventes, óleos, vernizes e outros, ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como: telhas e demolição. 
Fonte:http://www.sindusconsp.com.br/envios/2012/eventos/residuos/folheto_sinduscon_2012_3.pdf
6.2.2 Usina de Reciclagem de RCD
Conforme Cunha (2007), o processo de reciclagem do RCD, realizado pelas usinas para a produção de agregados no Brasil, é composto pelas etapas de segregação, triagem, britagem e peneiramento. A primeira etapa consiste no depósito dos resíduos em pátios preestabelecidos, conforme o teor de impurezas ou o tipo predominante de componente do resíduo (concreto, resíduos de alvenaria, etc.).
De modo geral, os equipamentos utilizados na reciclagem de resíduos de construção são provenientes do setor de mineração, que são adaptados ou simplesmente utilizados na reciclagem (LIMA, 1999).
As máquinas necessárias para implantação e funcionamento de uma usina são: 
Alimentador vibratório: É a máquina responsável em conduzir o material até o triturador de forma contínua e uniforme por meio da vibração.
Britador de mandíbulas: Usado para fragmentar materiais pesados, possui mandíbulas resistentes que são responsáveis em triturar o entulho em diversas escalas granulométricas.
Transportador de correias: encarregada de transportar os resíduos, são capazes de transportar qualquer tipo de material sólido.
Peneiras vibratórias: São utilizados para gradação e peneiramento dos matérias e separa-los segundo sua granulometria;
Extrator de metal: O aparelho possui um grande imã que atrai os materiais metálicos separando-os dos demais resíduos.
Para um bom funcionamento das usinas de reciclagem de RCD é necessário atentar-se às normas estabelecidas, principalmente pela ABNT dentre as quais destacam-se:
NBR 15112 (ABNT 2004b): Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
 NBR 15113 (ABNT 2004c): Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
NBR 15114 (ABNT 2004d): Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem.
NBR 15115 (ABNT 2004e): Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – procedimentos.
NBR 15116 (ABNT 2004f): Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – requisitos.
6.2.3. Aplicabilidade dos RCD após a sua reciclagem 
As principais características do agregado reciclado influenciadas pelo processo de reciclagem são (I) composição, (II) teor de impurezas, (III) granulometria e (IV) forma e resistência dos grãos. A composição e o teor de impurezas variam por conta da procedência e da natureza dos resíduos (compostos de diferentes materiais), tornando a separação necessária para que seja viável a obtenção de agregados reciclados adequados para aplicações mais complexas, como argamassas e concretos. A granulometria, a forma (presenças de partículas cúbicas ou lamelares) e a resistência (presença de linhas de fratura) dos grãos dos agregados reciclados variam conforme o equipamento de britagem e o número de vezes que o resíduo é britado, alterando potenciais aplicações (ÂNGULO, 2000).
Para utilizar resíduos como matéria-prima em substituição aos materiais tradicionais, é necessário que esse insumo alternativo apresente padrões de desempenho compatíveis com a sua utilização. Nos casos em que o material reciclado e o natural têm o mesmo custo, o diferencial será a qualidade ou a confiabilidade do produto e a utilização de instrumentos de marketing, como selos verdes, de forma a garantir que o produto é ambientalmente correto (CARNEIRO et al., 2001).
Embora a reutilização dos resíduos da construção e demolição no Brasil seja pouco difundido, a gama de possibilidades de aplicação do mesmo é bastante diversificada podendo-se destacar: 
Agregado, de concretos e argamassas;
Aplicação em sistemas de drenagens;
Base e sub-base de pavimentação de vias;
6.3 UTILIZAÇÃO DE RCD COMO AGREGADO NA PREPARAÇÃO DE CONCRETO
Na preparação do concreto não estrutural, é utilizado os resíduos provenientes do próprio concreto e também da areia e dos materiais cerâmicos, esse material é utilizado substituindo os agregados como a brita e a areia. O concreto preparado com adição de material reaproveitado é aplicado em partes não estruturais da construção como reboco, preenchimento de fissuras, na fixação de marcos de portas, janelas, dentre outros. 
Outra aplicação interessante é a possibilidade de aplicação do RCD em elementos estruturais que não necessitam de uma capacidade de resistência elevada. Embora necessite de estudos mais aprofundados.
ASSIS (2015) realizou um estudo comparativo de resistência do concreto utilizando materiais convencionais e agregados reciclados. As amostras de RCD foram coletadas de uma Usina de Reciclagem e eram compostas principalmente de resíduos de concreto, argamassa e material cerâmico. As amostras foram secas em estufas, peneiradas e separadas em agregados miúdos e graúdos, para produção de dois traços de concreto, conforme a tabela a seguir:
	Id. CP
	Agregado
	Idade (dias)
	Tensão Ruptura
(Mpa)
	Carga Ruptura
(kgf)
	01
02
03
	Natural
Natural
Natural
	7
7
7
	7,3
6,2
7,5
	5.850
4.950
6.000
	07
08
09
	RCD - Graúdo
RCD - Graúdo
RCD - Graúdo
	7
7
7
	9,6
8,4
9,5
	7.680
6.730
7.630
	13
14
15
	RCD - Miúdo
RCD - Miúdo
RCD - Miúdo
	7
7
7
	8,7
8,4
7,4
	6.960
6.750
5.890
	04
05
06
	Natural
Natural
Natural
	28
28
28
	10,2
9,1
10,2
	8.180
7.320
8.200
	10
11
12
	RCD - Graúdo
RCD - Graúdo
RCD - Graúdo
	28
28
28
	12,1
13,7
13,7
	9.700
11.010
10.990
	16
17
18
	RCD - Miúdo
RCD - Miúdo
RCD - Miúdo
	28
28
28
	13,5
13,4
14,6
	10.850
COLUNAR
COLUNAR
Fonte: ASSIS,2015
. 	Em estudo experimental, utilizando 50% de agregado reciclado miúdo, obteve resistência média aos 7 dias de 17,7 MPa, o que comprova que utilizando em menores proporções, o agregado reciclado miúdo pode apresentar melhores resistências a compressão. LEITE (2001)
ASSIS (2015) observou que utilizando 100% de agregado reciclado miúdo a maior resistência à compressão, alcançada aos 7 dias foi de 8,7 Mpa.
6.3.1 Aplicação em sistemas de drenagem 
Dadas as características de resistência mecânica dos entulhos, podem ser usados com segurança em obras de drenagem como lastro, para assentamento de tubos, envelopamento de galerias e como camadas drenantes, sendo para esta última, com ausência de finos. Pátios de estacionamento onde não existem pavimentação, e devidamente instaladas, existem redes de drenagem, os agregados graúdos que envolvem as tubulações de drenagem, são substituídas por agregados graúdos recicláveis sem presença de finos e de torrões de argamassa (GRIGOLI, 2002).
6.3.2 Utilização do RCD em base e sub-base de pavimentação de vias
No Brasil o maior setor de aplicação do RCD é na pavimentação e reforma de vias, tendo em vista que o país possui uma extensa malha rodoviária que ainda não possui pavimentação. De acordo com pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) o Brasil possui somente 12,3% da extensão rodoviária pavimentada.
Além disso, grande parte das rodovias pavimentadas não estão em boas condições. De acordo com pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) em 2016:o Brasil ocupa a 111ª posição no ranking de competitividade global, no quesito qualidade de infraestrutura rodoviária. Países da américa do sul como Chile(30ª), Argentina(103ª) e Uruguai(98ª) possuem melhor avaliação que o Brasil.
De acordo com LEITE (2007), a primeira via pavimentada com resíduo da construção civil foi na cidade de São Paulo no ano de 1984, localizada na zona oeste da cidade, caracterizada por um baixo volume de tráfego, e recebeu o RCD em sua camada de reforço de subleito. A aplicação teve bons resultados. A figura a seguir demonstra o esquema estrutural do pavimento.
 3cm de PMF1
 15cm de brita corrida comum
 
 10cm de entulho 2
 10cm de entulho2
CBR3 do subleito de 12%
Pré-misturado a frio
Designação popular para resíduo de construção e demolição
California Bearing Ratio ou Índice de Suporte Califórnia 
O gráfico a seguir, representa os principais tipos de resíduos utilizados na pavimentação de rodovias, bem como, um comparativo entre valores em R$/m3 na aplicação de material convencional e o material proveniente de resíduos da construção civil.
Característica da estrutura do pavimento com RCD.
	Camada
	Material
	Espessura (cm)
	ISC
	Base
	Brita Corrida
	10
	0,82
	Sub-base
	Pó de pedra
	10
	0,267
	Reforço do subleito
	Selec. CBR >10
	40
	3,00%
Fonte: Adaptado de GUIMARÃES (2011)
Comparativo entre material convencional e RCD.
	Material
	Brita corrida
	Pó de pedra
	Transporte
	Total
	Convencional
	R$ 54.740,00
	R$ 52.050,00
	R$ 56.206,89
	R$ 162.996,89
	RCD
	R$ 5.000,00
	R$ 25.000,00
	R$ 12.040,37
	R$ 62.040,37
	Diferença
	R$ 29.740,00
	R$ 27.052,00
	R$ 44.166,52
	R$100.958,52
	RCD/Convencional
	47,40%
	48,03%
	21,40%
	38,06%
Fonte: Adaptado de GUIMARÃES (2011)
Diante desta situação, a aplicação de matérias provenientes da reciclagem de resíduos que possuem custo menor do que materiais convencionais, além de reduzir o impacto desta atividade ao meio ambiente, torna-se uma prática promissora.
6.4 BENEFÍCIOS OBTIDOS PELA PRATICA DE REUTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A utilização de RCD em diversos setores da construção civil apresenta diversos benefícios, principalmente ambientais e financeiros. De acordo com FERREIRA E MOREIRA (2013), a primeira e mais notória vantagem é a preservação dos recursos naturais, já que mesmo em locais de abundância de matéria-prima este fato representa um ganho visto que qualquer extração gera impactos locais. Tanto que processo de fabricação de materiais provenientes dos resíduos da construção civil, produz uma quantidade significativamente menor de poluentes do que a produção de material convencional, além do mais, o gasto energético em seu processo é reduzido.
Conforme apresentado em gráficos, pode-se afirmar que a utilização de RCD gera um impacto financeiro positivo, tendo em vista os menores valores dos materiais reciclados em relação aos convencionais. As argamassas produzidas com entulho apresentam uma redução de 10 a 15% no consumo de cimento, 100% no consumo de cal e, de 15 a 30% no consumo de areia (ZORDAN,1997).
Outro fator que contribui para a utilização de resíduos reciclados é a preocupação cada vez maior da sociedade e do governo em estabelecer um desenvolvimento sustentável em todos os setores, principalmente o setor da construção civil que é responsável pela maior quantidade de lixo produzido no mundo. Também as certificações ambientais, são consideradas fatores importantes para a busca do crescimento sustentável; na construção civil existem diversos órgãos de certificação nos quais podem-se destacar:
Certificação LEED ou Leadership in Energy and Environmental Design: certificação que é atribuída às construções sustentáveis, e são analisados quais os requisitos utilizados que proporcionam benefícios ambientais, econômicos e sociais. A LEED encontra-se presente em 160 países.
Selo Qualiverde: Qualifica os projetos que adotarem práticas e ações de sustentabilidade, e pela Lei de Benefícios Fiscais, que concede tais benefícios aos edifícios qualificados. O decreto envolve diversas ações relativas à Gestão da Água, Eficiência Energética, Desempenho Térmico e Projeto, sendo qualificado o projeto que aplicar, no mínimo, 70 pontos nas ações de sustentabilidade propostas no Decreto. Os projetos que obtiverem 100 pontos serão qualificados como Qualiverde Total. (Rio de Janeiro. Decreto 35.745/2012.)
Selo Casa Azul Caixa: É uma classificação socioambiental dos projetos habitacionais financiados pela Caixa. É a forma que o banco encontrou de promover o uso racional de recursos naturais nas construções e a melhoria da qualidade da habitação. A principal missão do selo é reconhecer projetos que adotam soluções eficientes na construção, uso, ocupação e manutenção dos edifícios. (CAIXA,2010).
7 METODOLOGIA
O trabalho tem como fundamento a pesquisa bibliográfica, na qual se utiliza o método hipotético-dedutivo, através das quais se buscou as fontes correspondentes à temática na expectativa de alcançar os objetivos que foram propostos.
A Revisão bibliográfica, fundamentou o assunto, tendo em vista as correntes teóricas que abordam o tema. Neste sentido, foram consultados livros, revistas, endereços eletrônicos de órgãos governamentais e empresas especializadas na área. É inegável que a comunicação com profissionais da área foi relevante no direcionamento do tema e na formatação do conhecimento e informações obtidas. 
A organização do trabalho, foi feita no que tange à abordagem, organiza-se em torno de aspectos qualitativos cujos contexto histórico da reciclagem, conceitos e procedimentos desde os RCD, evidenciam a compreensão dos de coleta, triagem, processamento, aplicação dos entulhos após o processamento, que demonstram as vantagens obtidas pela reciclagem dos resíduos da construção civil. Sob esta perspectiva, propõe-se a utilização dos materiais reciclados provenientes do RCD na construção de habitações de baixa renda de forma a proporcionar a população desprovida de recursos financeiros materiais de qualidade e com baixo custo de mercado, além de evitar o descarte de forma inadequada dos resíduos, contribuindo para a prevenção e manutenção do meio ambiente.
8 RESULTADOS ESPERADOS
 O presente estudo tem como intuito demonstrar o contexto histórico sobre os resíduos gerados na construção civil, bem como a situação atual em que o mesmo se encontra, buscando a partir do levantamento de dados demonstrar as principais fontes geradoras de resíduos e a forma que o mesmo é gerenciado, além de expor as alternativas existentes para que o resíduo possa ser descartado de forma consciente. Para tal espera-se evidenciar que a implantação de usinas de reciclagem de resíduos provenientes da construção e demolição, consiste em uma alternativa capaz de suprir a necessidade de viabilizar a utilização sustentável dos entulhos, ademais a implantação da mesma favorece a geração de novas vagas de emprego, promovendo benefícios não somente ambientais, mas também financeiros. Contudo se faz necessário a elaboração de práticas que procure conscientizar as construtoras, órgãos governamentais assim como a população em geral sobre os diversos problemas acarretados pelo descarte incorreto do entulho. 
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