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PRISÃO EM FLAGRANTE

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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO PARANÁ
Curso de Preparação à Magistratura
Prática Processual Penal – ano 2013
					
PRISÃO EM FLAGRANTE
Conceito de Flagrante: deriva do latim flagrante (queimar), algo que esta queimando. 
Prisão em Flagrante 
- Medida de autodefesa da sociedade. 
- Exceção à regra de que “ninguém pode fazer justiça pelas próprias mãos”
- Privação da liberdade de locomoção de quem está em situação de flagrância;
- Independe de prévia autorização judicial.
SUJEITOS DA PRISÃO EM FLAGRANTE
1. Sujeito Ativo: aquele que efetua a prisão em flagrante. 
1.1 autoridade policial (obrigatório): 
- estrito cumprimento do dever legal.
- 24h – exceção: ação controlada (previstas nas Leis 9613/98, 11343/06 e 9034/95). 
1.2 Particular – qualquer do povo. (facultativo). 
- exercício regular de direito.
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa que estiver cometendo um delito. 
- Exceto o Presidente da República, menores de 18 anos, diplomatas estrangeiros; nos crimes afiançáveis os deputados e senadores, juízes e promotores de justiça, e advogados se o crime for cometido no desempenho de suas atividades.
ESPÉCIES DE FLAGRANTE DELITO 
(artigo 302 do Código de Processo Penal):
1. flagrante próprio / Perfeito / Real / Verdadeiro:
- Inciso I - está cometendo a infração penal 
- Inciso II - acaba de cometê-la;
2. Flagrante Impróprio / Imperfeito / Irreal / Quase Flagrante:
- Inciso III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
- A “perseguição”: 
- deve se iniciar logo após a prática do crime 
- deve ser ininterrupta (ver Art. 290, § 1º, CPP)
3. Flagrante Presumido / Ficto:
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
	- não há perseguição.
EM RELAÇÃO À ORIGEM O FLAGRANTE PODE SER:
1. provocado / Preparado / Crime de Ensaio / delito Putativo por obra do agente provocador
- Requisitos cumulativos:
I – Indução a pratica do delito (agente provocador)
II – Adoção de precauções para que o delito não se consume.
Crime impossível (ineficácia absoluta do meio):
 
SUM 145 do STF: não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
No caso de flagrante preparado a prisão é ilegal. 
Deve haver relaxamento da prisão.
2. Esperado / aguardado
- A autoridade policial sabe que vai ocorrer o crime e apenas aguarda o momento da prática delituosa para efetuar a prisão. 
- Não há agente provocador e a prisão é valida.
3. Forjado / Fabricado / Maquinado 
- As provas são criadas para incriminar o agente. Ex. policial coloca drogas na bagagem ou carro de alguém para prendê-lo em flagrante.
- flagrante ilegal, crime impossível
- aquele que forjou as provas (particular ou agente público) pode responder criminalmente. 
4. Prorrogado / Diferido / Ação Controlada
- Retardamento da prisão para que ocorra no melhor momento para obtenção de provas.
Previsão legal: 
- Lei de Lavagem de bens e valores (Lei 9613/98); 
- Lei de Drogas (Lei 11343/06) 
 	(Nestas há necessidade de autorização judicial)
- Lei das Organizações Criminosas (Lei 9034/95). 
(Não exige autorização judicial) 
FLAGRANTE CONFORME ESPÉCIES DE CRIMES
- Crimes Permanentes: a consumação se prolonga no Tempo (CPP, Art. 303). Ex: seqüestro, cárcere privado, posse de drogas.
- Crimes Habituais: pratica reiterada de determinada conduta. 
Ex: exercício ilegal da profissão de dentista (Art. 282, do CP).
DUAS CORRENTES: 
1ª Corrente: não é possível – exige-se a habitualidade 
2ª Corrente: é possível - depende do caso concreto – medico que está atendendo vários pacientes (MIRABETE)
- Crimes de Ação penal Privada e ação penal pública condicionada a representação: 
- Possível, SE houver manifestação do ofendido (Para DAMÁSIO a manifestação da vítima dever feita em 24 horas – senão o preso deve ser solto).
- Crimes Culposos
POSSIVEL, mas é cabível a concessão de fiança pela autoridade policial (ver Art. 301 do CTB)
- Crimes Formais
A Prisão em flagrante é possível, mas deve ocorrer no momento da execução do delito e não no exaurimento.
- Crime continuado (flagrante fracionado)
FASES DA PRISÃO EM FLAGRANTE
1. Captura do Agente
- emprego de força - art. 292 do CPP.
- uso de algemas (STF sumula Vinculante nº 11�)
2. Condução Coercitiva
- Concessão de fiança pela autoridade policial (art. 322 do CPP – desde que a pena máxima não seja superior a 4 anos)
3. Lavratura do APF
- art. 290 do CPP: Pessoa perseguida e presa em território de outra comarca. Apresenta-se o preso à autoridade local
 Procedimento do APFD:
- Oitiva do condutor, assinatura no termo de declarações e entrega de cópia e recibo de entrega do preso. 
- Presença de no mínimo duas testemunhas 
- os policiais e o condutor poderão servir de testemunhas se presenciaram o flagrante
- testemunhas de apresentação são as que presenciaram a apresentação do preso na delegacia
- ouve-se o conduzido que é informado de seus direitos.
Não será lavrado APF 
- Posse de drogas para uso próprio (art. 11.343/06 - art. 48, § 2º) 
- Infração penal de menor potencial ofensivo (Lei 9099/95 - art. 69, § unico)
4. Recolhimento à PRISÃO
5. Comunicação à Família e entrega de nota de culpa – CF, art. 5º, LXIV, CPP, art. 306 § 2º (nota de culpa em até 24h)
	- emissão da Nota de Culpa: informação formal da prisão e do local da prisão. O preso recebe a nota e emite recibo.
6. Comunicação e remessa do APF em até 24 horas ao juiz e ao MP. 
- Se o autuado não informar o nome de seu advogado, também a defensoria pública.
(Art. 306 do CPP)
- Descumprimento da formalidade legal: ilegalidade da prisão em flagrante, que deve ser relaxada, mas pode haver decretação da prisão da preventiva, se preenchidos os requisitos legais.
- Terminada a lavratura, remete-se o APFD por ofício ao Juiz competente.
8. Providências do Juiz ao receber o APF – Auto de Prisão em Flagrante:
Deverá o juiz fundamentadamente:
I – relaxar a prisão ilegal
II – Converter a prisão em flagrante em preventiva (quando presentes os requisitos do artigo 312 (+ 313), e forem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão.
III – Conceder a Liberdade Provisória com ou sem Fiança, cumulada (ou não) com as medidas cautelares diversas da prisão (CPP, art. 319).
� “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
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