TECIDO SANGUINEO

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TECIDO SANGUÍNEO
Jequié/BA 
Novembro de 2017 
Aline Sampaio Evangelista e Rebecca Santos Andrade 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: TECIDO SANGUÍNEO
Jequié/BA 
Relatório de aula prática
solicitado pela Prof.
Girlande de Souza Brandão,
como forma avaliativa para a
segunda unidade da turma
do semestre 2017.2 do curso
de Nutrição.
Novembro de 2017 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
O tecido conjuntivo caracteriza-se pela grande variedade de células e
pela abundância de matriz extracelular. Suas principais funções são fornecer
sustentação e preencher espaços entre os tecidos, além de nutri-los. 
O tecido conjuntivo foi assim denominado porque unem tecidos,
servindo para conexão, sustentação e preenchimento. A composição
diferenciada da sua matriz extracelular faz com que absorva impactos, resista à
tração ou tenha elasticidade. Pode ser especializado em armazenar gordura,
que é utilizada na produção de energia ou calor, ou em armazenar íons, como
o Ca2+, importante em vários processos metabólicos. Ele é ainda responsável
pela defesa do organismo, pela coagulação sanguínea, pela cicatrização e pelo
transporte de gases, nutrientes e catabólitos (JUNQUEIRA, 2004). 
De uma forma geral, todos os tecidos conjuntivos
são originários de células alongadas
no mesênquima embrionário, e são formados essencialmente
por células mesenquimais e uma matriz extracelular
abundante. Serão variações tanto nas características celulares quanto nas
peculiaridades da matriz extracelular que determinarão, nos diferentes tecidos
conjuntivos, suas especializações no desempenho de determinadas atividades
e funções (GITIRANA, 2007). 
O tecido conjuntivo compreende um tecido tradicionalmente conhecido
como tecido conjuntivo propriamente dito e um amplo grupo de tecidos
chamados tecidos conjuntivos especiais, com funções altamente
especializadas. Esse grupo de tecidos conjuntivos especiais compreende os
tecidos adiposo, cartilaginoso, ósseo, sanguíneo e hematopoiético. 
O sangue é um tecido conjuntivo que se caracteriza pelo fato de sua
substância intercelular ser líquida, não possuindo fibras ou proteoglicanas. As
funções básicas do sangue são o transporte de substâncias como nutrientes,
gases respiratórios e excretos, além de proporcionar a defesa corporal. O
sangue apresenta ao microscópio óptico duas partes bem definidas, a parte
líquida ou plasma e a parte sólida ou elementos figurados. 
 De acordo com STEVENS, 2001, os elementos figurados
correspondem a células ou fragmentos de células que desempenham funções
específicas dentro do sangue. Esses elementos figurados são as hemácias, as
plaquetas e os leucócitos. 
As hemácias são também chamadas eritrócitos (do grego erythron,
‘vermelho’) ou glóbulos vermelhos. Sua função é o transporte de oxigênio
no sangue. As plaquetas ou trombócitos não são células, mas fragmentos de
uma célula proveniente da medula óssea vermelha denominada megacariócito.
As plaquetas participam do processo de coagulação sangüínea, pois acumulam
vesículas que contêm a enzima tromboplastina. Os leucócitos (do grego leukós,
‘branco’) também são chamados de glóbulos brancos e são as principais
células de defesa do organismo. A maioria deles age através de mecanismos
de fagocitose de microorganismos invasores, apesar de que, alguns deles, não
têm essa capacidade.
De acordo com a FIGURA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS LEUCÓCITOS
existe duas categorias de leucócitos: granulócitos e agranulócitos
 FIGURA 1 - Classificação dos leucócitos 
 Fonte: STEVENS 2001 
. 
2.0 OBJETIVO 
Reconhecer e classificar através dos conhecimentos teóricos sobre
histologia/tecido conjuntivo adquiridos em classe, os elementos figurados do
sangue: hemácias, leucócitos (granulócitos e agranulócitos) e as plaquetas em
aula prática. 
3.0 MATERIAIS UTILIZADOS 
 
 Microscópio óptico; 
 Lâminas; 
 Lamínulas; 
 Lancetas; 
 Solução Giemsa; 
 Álcool etílico absoluto; 
 Luvas descartáveis; 
 Metanol (fixador); 
4.0 PROCEDIMENTOS: 
 
 Coletou-se uma gota de sangue da ponta do dedo, através de uma
lanceta. 
 Em seguida colocou-se a gota de sangue a aproximadamente 1 cm de
distância da extremidade da lâmina. 
 Após, apóie à extremidade que contém a gota uma segunda lâmina,
com uma inclinação com cerca de 45°. Aguardar que o sangue, por
capilaridade se espalhe. 
 Distenda a gota de sangue, empurrando com movimento uniforme,
mantendo as lâminas em contato de modo que forme uma área franjada na
parte final do estiraço. 
 Em seguida mergulhou-se a lâmina em um Becker contando metanol
(fixador), por 4 segundos.
 Tira-se o excesso com o auxilio do papel-toalha.
 Aplicou-se Giemsa (corante), por 4 segundos.
 Tira-se o excesso com o auxilio do papel-toalha.
 Finaliza-se aplicando a lamínula e o olho de imersão.
5.0 Resultado e Discussão
Durante a aula prática em laboratório foi possível observar, graças ao
microscópio os elementos figurados do sangue, hemácias, leucócitos e
plaquetas, com a lente em um aumento de 100 vezes.
Na observação das lâminas identificamos as principais estruturas do
tecido sanguíneo e seus formatos característicos, bem como o quantitativo
dessas células/fragmentos na amostra.
As hemácias são o tipo de células que aparecem em grande abundância
nas amostras, já que elas são responsáveis por fazer todo o tipo de transporte
de gazes no sangue. Os leucócitos surgem em um pequeno quantitativo na
lâmina, entretanto ainda podem ser visualizados e classificados de acordo com
os tipos (granulócitos e agranulócitos), e as plaquetas aparecem como forma
mínima de fragmento celular na amostra.
5.1 Diagnóstico
Na FIGURA 2, é possível observar a coloração em roxo, adquirida pela
hemácia através da aplicação do corante. A hemácia possui formato bicôncavo
por conta de serem anucleadas e transportadoras de gazes, portanto é visível
na figura observar a cor esbranquiçada no centro dessas células, bem como
sua grande numerologia. 
Na FIGURA 3, é possível observar os fragmentos de células maiores,
denominadas como plaquetas. Esses fragmentos aparecem na lâmina em
pequeno quantitativo, são importantes, pois auxiliam o processo de cicatrização
e são menores em tamanhos do que os outros elementos figurados.
Na FIGURA 4, é possível observar as células denominadas como leucócitos ou
glóbulos brancos. Os leucócitos são células de formas esféricas com núcleo,
As Hemácias aparecem em
grande quantidade e
aglomerados na lâmina, já
que realizam o transporte de
gazes.
Centro das Hemácias
apresenta-se de forma
esbranquiçada por serem
anucleadas. 
FIGURA 2 – LÂMINA 1
Fonte: Aula prática
FIGURA 3 – Lâmina 2
Fonte: Aula prática
Fragmentos celulares,
plaquetas. Apresentam-se
em pequenas quantidades
na amostra.
defendem o organismo dos micróbios invasores, deslocando-se para onde for
necessário. São maiores que as hemácias e podem ter forma variada de
acordo com a classificação, granulócitos (neutrófilo, eosinófilo, basófilo) e
agranulócitos (monócitos e linfócitos).
. 
Leucócito, do tipo linfócito
( agranulócitos). São células
que possuem um núcleo
esférico e resultam da
diferenciação de células da
medula óssea chamadas de
linfoblastos.
Leucócito, do tipo monócito
(agranulócitos). São
capazes de abandonar os
vasos, migrando para os
tecidos, onde se diferenciam
em células fagocitárias de
grandes dimensões
designadas macrófagos. 
FIGURA 4 – Lâmina 3
Fonte: Aula prática
6.0 CONCLUÃO
A aula prática da disciplina foi defundamental importância para o
aprendizado e entendimento das estruturas físicas e formatos, bem como o
comportamento das células sanguíneas.
Foi possível observar as estruturas dos elementos figurados do sangue,
plaquetas, glóbulos brancos e glóbulos vermelhos, suas formas, tamanhos e
quantidade.
Logo, é importante saber que o tecido sanguíneo contribui de forma
significativa para a manutenção da vida, por meio do transporte de gases e
nutrientes no corpo.
REFERÊNCIAS
GITIRANA, Lycia de Brito. Histologia: conceitos básicos dos tecidos. 2. ed. Rio
de Janeiro: Atheneu, 2007. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004.
STEVENS, A.; LOWE, J. Histologia humana. 2. ed. S„o Paulo: Manole, 2001.