Buscar

Perspectivas teórico-metodológicas da geografia agrária (Silvio Carlos Bray)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Exatas e da Natureza
Departamento de Geociências
Disciplina: Geografia Agrária
Educador: Dr. Anieres
Estudante: Janelson Louis Belarmino Rodrigues – 011502945
FICHAMENTO: Perspectivas teórico-metodológicas da geografia agrária
(Silvio Carlos Bray)
João Pessoa/PB, março de 2018.
OBJETIVO PRINCIPAL:
O ensaio analisado para fichamento foi desenvolvido levando em consideração as perspectivas teórico-metodológicas de todo o processo histórico em que foi construída a geografia agrária no Brasil.
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS:
As perspectivas teórico-metodológicas da geografia agrária no Brasil tendem a abarcar todo o conhecimento construído pelas gerações;
Acumulo dos referenciais teórico-metodológicos durante o século XX e início do século XXI;
Importância da existência de diferentes formas de interpretação e estudo da agropecuária brasileira.
FICHAMENTO DO TEXTO:
Pág. 11 – “O geógrafo agrário deixava de praticar, portanto, uma geografia pela geografia e aos poucos abandonava a visão mais ortodoxa dos positivismos e neo-positivismos; a ‘neutralidade científica’, por exemplo. Assim, compreendendo o estágio da dinâmica capitalista na agropecuária brasileira, ele buscava nas novas orientações teórico-metodológicas o entendimento das abordagens da realidade agrária nacional: a divisão nacional e internacional do trabalho; a industrialização da agropecuária; os diferentes estágios de desenvolvimento do modo de produção capitalista no território nacional; as relações sociais de produção no campo brasileiro; entre outros temas da atualidade”.
Pág. 12 – “A geografia agrária funcional-cultural no seio dos positivismos buscava sua afirmação como ciência – com método e objetivo próprios – por meio da indução com o trabalho de campo e da visão sistêmico-organicista na relação sociedade-natureza, caracterizando os tipos de agricultura e os sistemas agrícolas. Essa abordagem permitiu ao geógrafo de campo construir uma geografia agrária baseada em suas observações diretas, utilizando as mais variadas técnicas (desenhos, croquis, fotos, mapeamentos, questionários, etc.), o que possibilitou a caracterização dos diferentes gêneros de vida, dos tipos humanos e dos tipos de agricultura através dos vários sistemas agrícolas existentes. Vale frisar aqui que, até os anos 50 do século XX, a maioria da população residia na zona rural. Nesse período, a geografia agrária tronou-se um importante ramo da geografia no Brasil, com um imenso território agropecuário e extrativista a ser explorado”.
Pág. 13 – “Na abordagem funcional-cultural, utilizando-se a visão sistêmico-organicista, todos os elementos que envolviam o sistema agrícola deveriam ser considerados: o ritmo climático, a agricultura- se praticada no espigão ou no vale -, a tecnologia no plantio e na colheita, entre outros. Entretanto, na abordagem funcional-estrutural, dentro da moderna teoria dos sistemas somente os elementos mais significativos dos sistemas agrícolas eram levados em conta; os demais eram descartados. Além disso, modelos matemáticos e estatísticos eram largamente utilizados na caracterização dos tipos de agricultura, pois havia uma preocupação com a regionalização e a dinâmica agrícolas e com os diferentes níveis de desenvolvimento tecnológico existentes no campo. O rigor metodológico e o tratamento estatístico (do uso das amostragens até os gráficos de indicadores) são instrumentos fundamentais introduzidos pelos neo-positivismos na geografia agrária brasileira”.
Pág. 13 – “Enquanto na teoria tradicional de base positivista e neopositivista o objeto da pesquisa representa um dado externo ao sujeito, na teoria crítica de base marxista há uma relação orgânica entre sujeito e objeto, pois o sujeito do conhecimento é um sujeito histórico inserido em um processo igualmente histórico, que condiciona e molda. A teoria crítica está organicamente presa a um juízo existencial: libertar a humanidade do jugo da repressão, da ignorância e da inconsciência, Istoé, usar a razão como instrumento de libertação; por outro lado, na teoria tradicional a necessidade do trabalho teórico significa o respeito às regras gerais da lógica formal e ao princípio da identidade e da não-contradição ao procedimento dedutivo ou indutivo, em que o juízo de valor não faz parte do arcabouço científico do pesquisador”.
Págs. 14/15 – “No Brasil, as perspectivas teórico-metodológicas da teoria crítica nos ajudam a compreender como a agricultura foi abandonando gradativamente condições materiais e técnicas de produção tradicionais, substituindo-as por inovações tecnológicas, elevando assim o nível da sua produtividade. Porém, tais inovações só estariam disponíveis a uma parte mínimade agricultores que dispusessem de capitais e de acesso a créditos. A outra parte dos agricultores, na luta pela sua preservação e de sua família, aumentava a produção excedente, prolongando a jornada de trabalho, ou reduzia o consumo familiar. Os demais agricultores fora do processo desenvolvido pelo capitalismo monopolista foram se tornando expropriados da terra”.
Pág. 15 – “No final dos anos 80 e início dos anos 90, o Estado industrial brasileiro, graças à influência da globalização e do Consenso de Washington, deixou de ser um Estado regulador e acabou com o Instituto Brasileiro do Café e o Instituto do Açúcar e do Álcool, entre outros órgãos reguladores, determinando o fim dos subsídios agrícolas e fortalecendo as relações com o Mercosul nas negociações internacionais, em que os preços dos produtos agroindustriais se mostravam monopolizados e internacionalizados”.
Pág. 16 – “Além da proteção ambiental, temos diversas questões a serem discutidas hoje: o trabalho infantil, o trabalho escravo e os direitos humanos universais dos trabalhadores; as novas tecnologias, que têm substituído a mão-de-obra humana; as políticas dirigidas á preservação das florestas; o avanço contínuo das frentes agropecuárias; o respeito aos territórios dos povos indígenas; o papel dos nossos órgãos de pesquisa voltados para a agropecuária; o destino do patrimônio genético nas mãos das empresas multinacionais; e, por fim, o processo monopolista do setor – em resumo, o mercado mundial dita o que produzir como produzir e para onde destinar a produção”.

Outros materiais