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CAPITULO 3 Gestao Financeira de Suprimentos e Logistica da Obra2

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Prof. Luciano da Costa Bandeira 
 
 
 1
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO: ENGENHARIA CIVIL 
DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE OBRAS CIVIS 
PROFESSOR: Msc. Luciano da Costa Bandeira. 
 
CAPÍTULO 3: Gestão Financeira, de Suprimentos e Logística da Obra 
 
GESTÃO FINANCEIRA DA OBRA 
 Por mais que alguns filósofos do mercado usem bonitas palavras para dizer algo 
diferente, o objetivo principal de qualquer empresa é o mesmo: obter lucro. E com as 
empresas de engenharia e nas obras civis não é diferente. 
 Especificamente, no caso das obras civis, o valor total de venda da obra pronta 
envolve os custos de construção e o BDI (Capítulo 2: Técnicas de Planejamento). O 
LUCRO, que é um dos elementos do BDI, não é um valor definido pela empresa. Como, 
em decorrência da competitividade do mercado, os preços de venda dos produtos são 
definidos pela concorrência e pela lei da oferta e procura, o lucro se torna a diferença 
entre o preço de custo (incluindo os custos indiretos) e o valor efetivo da venda. 
 Sendo assim, se o preço de venda já está praticamente definido pelo mercado, 
para se aumentar a margem de lucro o único caminho passa a ser reduzir custos. 
 OLIVEIRA e MELHADO (2006, pág. 53) apresentam uma tabela com os conceitos 
básicos sobre custos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano da Costa Bandeira 
 2
 Ainda segundo OLIVEIRA e MELHADO (2006), obter-se um lucro menor que o 
esperado significa perda de eficiência. Ao contrário, lucro maior que o esperado, significa 
provavelmente perda futura de mercado, pois os empreendimentos não conseguem 
manter-se com lucros acima do mercado durante longos prazos. Esta última situação só 
ocorre se os custos de produção forem muito inferiores (já que o preço final está 
definido), e essa vantagem competitiva não se mantém por muito tempo (funcionários 
passam de uma empresa para outra, fornecedores vendem o mesmo produto para várias 
empresas, profissionais se comunicam). 
CAPITAL DE GIRO 
É o valor efetivamente disponível para as despesas da obra. A escassez de 
dinheiro, em momentos em que o valor das despesas é alto, pode provocar problemas 
como greves de operários, atrasos na entrega de suprimentos e descontentamento dos 
funcionários administrativos. 
 OLIVEIRA e MELHADO (2006) apresentam as principais causas que provocam a 
escassez do capital de giro: 
 Redução de Vendas. 
 Crescimento da Inadimplência. 
 Aumento das despesas financeiras. 
 Aumento de custos. 
Para resolver o problema da falta de capital de giro, os autores sugerem: 
1. Formação de reserva de capital – uma poupança para os momentos de crise. 
2. Encurtamento do ciclo econômico – tempo necessário para receber o valor 
correspondente ao serviço final. No caso de uma obra pública, por exemplo, 
encurtar o ciclo econômico seria antecipar serviços que podem ser medidos mais 
rapidamente, como a instalação de equipamentos, em que o pagamento pode ser 
parcelado ou postergado. No caso de obras de um conjunto habitacional, por 
exemplo, encurtar o ciclo econômico seria antecipar a entrega de algumas 
unidades de forma que o recebimento de parcelaschave seja antecipado. 
3. Controle da inadimplência – criar formas alternativas de pagamento 
(permutas, parcelamento, financiamentos). 
4. Avaliar bem o custo de endividamento – não se utilizar de empréstimos com 
taxas altas. 
5. Alongar o perfil de endividamento – dívidas mais longas evitam o desembolso 
imediato, melhorando o fluxo de caixa. 
6. Redução de custos – desde que não traga restrições às vendas nem à qualidade 
do produto final. 
Prof. Luciano da Costa Bandeira 
 
 
 3
7. Substituição de passivos – troca de uma dívida por outra, com um custo 
financeiro (juros) menor. 
CONTROLES FINANCEIROS 
 De acordo com OLIVEIRA e MELHADO (2006), os principais controles da situação 
financeira de uma obra são: 
1. Controle do caixa – acompanhamento da origem e do destino do dinheiro 
disponível. 
2. Controle de bancos – monitoramento das entradas e saídas das contas bancárias 
da obra. 
3. Controle de contas a receber – indicam valores a receber com a respectiva data, e 
clientes que não estão com os pagamentos em dia. 
4. Controle de contas a pagar – vencimentos das contas com valores e prioridades 
de pagamento. 
5. Fluxo de caixa – mais importante ferramenta de controle financeiro, o fluxo de 
caixa mostra a diferença entre receitas e despesas em cada período. Permite 
projetar e fazer o deslocamento de serviços conforme a disponibilidade financeira, 
fazer o planejamento das dívidas e aplicar excessos momentâneos no caixa. 
 
GESTÃO DE SUPRIMENTOS 
 Gestão de suprimentos de uma obra civil não significa apenas “organizar as 
compras e o almoxarifado”, como muitos pensam. De acordo com SANTOS e JUNGLES 
(2006), a cadeia de suprimentos em uma obra civil inicia-se com a confecção ou extração 
da matéria prima a ser utilizada no canteiro e termina com a reciclagem do material após 
o uso. E esse processo não funciona automaticamente: é necessário que se tenha uma 
gestão sobre toda a cadeia para que ela funcione corretamente. Essa gestão é conhecida 
pelo termo supply chain management ou pela sigla SCM. 
 Segundo OLIVEIRA e LONGO (2008), os principais problemas relacionados à 
gestão de suprimentos estão relacionados aos seguintes fatos: 
1. As relações entre empresa construtora e fornecedores são pouco cordiais e de 
curta duração, não se estabelecendo vínculos quanto à continuidade de 
fornecimento; 
2. As pessoas responsáveis por efetuar as compras, em geral, não possuem 
habilidades técnicas para obter sempre o menor preço possível a qualquer 
material solicitado; 
Prof. Luciano da Costa Bandeira 
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3. Novos materiais e componentes são introduzidos no mercado a cada dia e poucos 
fornecedores são descartados por razões de qualidade dos produtos oferecidos, 
mesmo porque os fornecedores problemáticos não são facilmente identificados, 
devido às deficiências no processo de comunicação obra-escritório; 
4. Há carência de procedimentos para a seleção de fornecedores, uma vez que 
existem inúmeros fornecedores para o mesmo produto, uns com mais qualidade 
que outros; 
5. O monitoramento da capacidade dos fornecedores em atender solicitações da 
empresa construtora quanto a prazos e qualidade é pouco comum; 
6. A inspeção de recebimento é frequentemente contornada e a retroalimentação é 
limitada e não sistemática. 
DIRETRIZES 
 De acordo com OLIVEIRA e LONGO (2008), a gestão de suprimentos 
interferir/relacionar-se com diversos elementos da obra consiste em: (faltou mesmo 
este verbo?) 
 Especificações do projeto (relação com os projetistas). 
 Aquisição e o transporte de mercadorias (relação com os fornecedores). 
 Planejamento, Orçamento da obra e Lay Out do canteiro (administração da obra). 
 Recebimento, inspeção, estocagem, transporte interno e utilização dos materiais. 
(procedimentos internos da obra). 
As decisões relacionadas a todas essas atividades devem ter como diretrizes: 
1. Estoques mínimos – “Estoque não é um bem, mas um custo”. Grande parte dos 
estudos relacionados atualmente com a gestão de suprimentos está relacionada à 
redução dos estoques. O conceito do JIT (Just In Time) trabalha com a ideia de 
que nada deve ser produzido, armazenado ou transportado antes do momento 
exato de aplicação. Esse procedimento gera economia através da redução do 
desembolso, redução da necessidade de espaço e até redução na necessidade de 
recursos humanos. 
2. Priorização de decisões a partir da curva ABC - A curva ABC é um método 
que hierarquiza insumos e serviços em A, B ou C.Os materiais, negociações e 
cotações com custo total mais alto ocupam o topo da tabela (A), com cerca de 
60% do valor total dos suprimentos. As intermediárias se distribuem na faixa B 
(30%) e as que requerem menos prioridades distribuem-se na parte inferior da 
planilha (C)(10%). Após a elaboração do orçamento detalhado, a curva ABC já 
pode ser montada pela lista de materiais, classificados em ordem decrescente de 
valor. 
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 5
3. Decisões tomadas a partir de uma rede de informações atualizadas – para 
proporcionar um planejamento de forma que o fornecimento dos suprimentos não 
adiante nem atrase a execução de um determinado serviço, as informações sobre 
o andamento dos serviços e o estoque devem estar sempre atualizadas. Ao 
mesmo tempo, as informações sobre disponibilidade de produtos, programação de 
entrega e dados do faturamento precisam estar acessíveis. Atualmente, os 
programas de gerenciamento de suprimentos conciliam módulos que inter-
relacionam essas informações. 
4. Padronização nos procedimentos de recebimento e inspeção de materiais 
– procedimentos muito superficiais causam desconformidade nos padrões dos 
materiais mas se muito detalhados causam desperdício de tempo e de dinheiro. 
5. Seleção de fornecedores – verificação da qualidade do material entregue, 
pontualidade, erro de quantidade ou preço, garantia dos produtos, transporte, 
atendimento, uso de equipamentos de proteção e flexibilidade. 
6. Desenvolvimento de parcerias – o relacionamento constante com os mesmos 
fornecedores de materiais gera relações de confiança, economiza tempo, 
padroniza preços, facilita os pagamentos e faz com que as duas organizações 
(obra e fornecedor) adaptem suas rotinas de trabalho. Isso não significa que, 
mesmo acertando o “parceiro” para o fornecimento de determinado suprimento, o 
gestor deixe de fazer novos contatos com novos fornecedores. 
7. Implantação de sistema de controle de estoque - este procedimento 
informa, antecipadamente, a necessidade de aquisição de algum material. 
Observe o modelo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OBSERVAÇÕES: 
 No exemplo de controle de estoque apresentado, o consumo diário é estimado 
pelo cronograma físico-financeiro, utilizando-se as composições unitárias 
específicas. 
 O estoque mínimo é estabelecido em parceria com o setor de compras. O 
OBRA: Edifício X
CÓDIGO MATERIAL UNID CONSUMO DIÁRIO ESTOQUE MÍNIMO ESTOQUE ATUAL SITUAÇÃO
Cimento Sc. 30 150 316
Cal. Sc. 15 75 90
Areia m3 8 20 16
Brita m3 4 12 20
Argamassa Sc. 10 50 40
Tábua m 200 1000 1300
CONTROLE DE ESTOQUE
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comprador precisa de cinco dias para cotar, negociar e entregar o cimento na 
obra, por exemplo. Portanto, o estoque mínimo deve ser de cinco dias de 
consumo. O mesmo raciocínio vale para os demais materiais. 
 A coluna da situação mostra o STATUS do produto: VERDE = estoque suficiente. 
AMARELO = menos que 20% acima do estoque mínimo. VERMELHO = abaixo do 
estoque mínimo. 
 
LOGÍSTICA DA OBRA 
 A preocupação com a logística no canteiro de obras está diretamente ligada à 
redução dos desperdícios e retrabalhos. Os dois aspectos se relacionam ao custo da obra. 
Além disso, um canteiro onde os suprimentos fluem organizadamente para o seu destino 
final proporciona uma sensação de organização e de limpeza, colaborando para a 
formação de uma imagem positiva da empresa na mente dos clientes e criando, assim, 
uma vantagem competitiva para a empresa. 
 Segundo ANTUNES (2013), Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de 
Abastecimento que planeja, programa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e 
econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem 
como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
com o propósito de atender às exigências dos clientes. 
 Segundo o autor, a logística pode ser dividida em dois tipos de atividades: 
 PRINCIPAIS – Transportes, Gerenciamento de estoques, Processamento de 
pedidos. 
 SECUNDÁRIAS – Armazenamento, Manuseio de materiais, Embalagem, Obtenção 
/ Compras, Programação de produtos e sistema de informação. 
DIRETRIZES PRINCIPAIS PARA A ORGANIZAÇÃO DO FLUXO DE MATERIAIS: 
 Reduzir as distâncias entre os materiais, equipamentos e o seu local de 
aplicação/utilização. 
 Setorizar espacialmente o canteiro de obras. 
 Estruturação de centrais de produção 
(formas, armações, instalações). 
 Fornecimento de Kits de materiais 
diretamente no local de trabalho. 
 Identificação clara dos locais de 
armazenamento de materiais. 
 Paletização dos materiais. 
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 Em edifícios, uso preferencial de carrinhos verticais. 
 Uso de argamassas ensacadas. Este procedimento, além de facilitar o 
transporte, reduz o desperdício, gera menos resíduo e economiza 
equipamentos. 
 Treinamento do pessoal com a divulgação das linhas de fluxo dentro da obra. 
Reciclagem do treinamento sempre que se iniciar uma etapa nova ou quando 
ocorrer algum incidente. 
Para que as decisões sobre o fluxo de suprimentos não tenham que ser tomadas 
no momento da execução das tarefas, é importante que seja feito um planejamento do 
fluxo e das posições em um projeto. O projeto de logística mostra o movimento, o local e 
a quantidade necessária de armazenamento de cada material. Vejamos, a seguir, o 
exemplo de uma planta de pavimento tipo de um edifício (ANTUNES (2013)). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estando os suprimentos paletizados, sabendo 
qual o consumo de suprimentos para cada ambiente, é 
possível distribuir as quantidades exatas a serem 
aplicadas. No exemplo, cada ponto tem um Palet com a 
quantidade de blocos para a elevação da alvenaria de 
cada ambiente e a argamassa necessária para a 
aplicação dos blocos. 
 Ao lado vemos um diagrama de fluxo 
mostrando o fornecimento de argamassa 
para reboco na fachada de um edifício. 
Observe que já estão marcados os locais de 
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depósito de massa (funil), os locais que serão atendidos e como a massa chegará ao 
local. 
QUESTIONÁRIO 
1) Assinale a alternativa incorreta: 
a) Custos indiretos são aqueles que podem ser alocados diretamente ao produto final. 
b) Os custos fixos tendem a se manter constantes no desenrolar das atividades 
operacionais. 
c) Os custos variáveis alteram-se na proporção direta do nível de atividade de uma 
obra. 
d) No método de custeamento integral as despesas administrativas e com vendas não 
são consideradas como gastos do período. 
e) O método de custeamento direto ou variável adiciona somente os custos que têm 
uma ligação direta com a quantidade dos produtos finais. (Caso este questionário não 
seja de sua autoria, não leve em conta as modificações). 
 
2) Considere as afirmativas a seguir 
I. Lucro maior que o esperado, significa provavelmente perda futura de mercado. 
II. Lucro menor que o esperado significa perda de eficiência. 
III. Uma empresa não consegue manter lucros acima do mercado durante longos períodos. 
Atribuindo “V” para a afirmação verdadeira e “F” para a afirmação falsa, a 
combinação que se associa às afirmações acima é: 
a. F, F, V 
b. V, F, V. 
c. V, F, F. 
d. F, V, V. 
e. V, V, V. 
 
3) O capital de giro de é o dinheiro disponível para cumprir os compromissos e quitar as 
despesas de uma obra. A escassez de capital de giro pode ser provocada por diversos 
fatores, entre eles estão: 
a) Redução dos juros bancários. 
b) Aumento do volume de vendas. 
c) Redução dos custos da obra. 
d) Crescimento da Inadimplência. 
e) Falta de mão deobra qualificada. 
 
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4) Em momentos de crise, a execução de uma obra pode sofrer sérias dificuldades 
decorrentes da escassez de capital de giro. Uma das soluções para reduzir ou eliminar 
essa escassez é reduzir o ciclo econômico da obra. Explique o que significa e dê um 
exemplo de como pode ocorrer essa redução do ciclo econômico. Ficará mais claro: 
Explique o que significa redução do ciclo econômico e dê um exemplo de como essa 
conjuntura pode ocorrer). 
 
5) Os documentos abaixo são exemplos de controles financeiros a serem utilizados em 
uma obra de construção civil, exceto: 
a) Fluxo de caixa. 
b) Controle do caixa. 
c) Controle de bancos. 
d) Controle de contas a receber. 
e) Controle de estoque. 
 
6) Gestão de suprimentos de uma obra civil não significa apenas “organizar as compras 
e o almoxarifado”, como muitos pensam. A cadeia de suprimentos em uma obra civil 
inicia-se com a confecção ou extração da matéria prima a ser utilizada no canteiro e 
termina com a reciclagem do material após o uso. E esse processo não funciona 
automaticamente: é necessário que se tenha uma gestão sobre toda a cadeia para 
que ela funcione corretamente. Apresente as principais dificuldades para um gestor 
de uma cadeia de suprimentos de uma obra civil. 
 
7) Considere as afirmativas abaixo: 
I. Para que a gestão da cadeia de suprimentos de uma obra civil seja eficiente, é 
importante que o gestor se relacione com diversos outros setores desde que não 
interfira nas especificações do projeto em sua fase de elaboração. 
II. Na relação com os fornecedores, o gestor de suprimentos precisa tomar decisões sobre 
o transporte de mercadorias (logística externa), mesmo não sendo uma atribuição da 
obra. 
III. O trabalho do gestor de suprimentos começa ao mesmo tempo que se inicia a execução 
da obra civil, quando o planejamento, orçamento e lay out do canteiro já estão 
elaborados. 
Atribuindo “V” para a afirmação verdadeira e “F” para a afirmação falsa, a 
combinação que se associa às afirmações acima é: 
a. F, F, V 
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b. V, F, V. 
c. V, F, F. 
d. F, V, F. 
e. V, V, V. 
 
 
8) “Estoque não é um bem, mas um custo”. Comente essa afirmação, explicando o que 
significa e em que se baseia o conceito do JIT (Just In Time) aplicado em uma obra 
de construção civil. 
 
9) Para a priorização das decisões relacionadas às negociações de preços em uma obra 
de construção civil uma das sugestões é a organização de uma curva ABC com os 
materiais e equipamentos constantes no orçamento da obra. Qual o princípio e como 
funciona uma curva ABC de materiais/equipamentos? 
 
10) Uma das principais diretrizes relacionadas à gestão de suprimentos está relacionada 
com: 
a) Elaboração de um PERT/CPM do almoxarifado. 
b) Desenvolvimento de parcerias com fornecedores. 
c) Elaboração do orçamento de materiais da obra. 
d) Montagem do cronograma físico-financeiro. 
e) Previsão do volume de vendas para os próximos períodos. 
 
11) Um dos problemas mais graves em uma obra é a falta de materiais. Desperdício de 
tempo e descontentamento do pessoal são algumas das conseqüências desse fato. 
Supondo que você vá introduzir uma metodologia para controle de estoque em uma 
obra, dê uma sugestão de um método que possa ser usado para o estabelecimento 
do valor do estoque mínimo de cimento. 
 
12) Sobre as principais diretrizes para a organização do fluxo de materiais de uma obra 
civil é correto afirmar que: 
a) Na construção de edifícios o meio de transporte mais indicado para o transporte dos 
materiais é o carrinho de mão. 
b) No canteiro de obras, colocar os elementos de produção e de vivência distribuídos em 
um mesmo setor colabora para que haja menos deslocamento dos operários e 
conseqüentemente mais organização na obra. 
Prof. Luciano da Costa Bandeira 
 
 
 11
c) A paletização dos materiais facilita o armazenamento, o transporte e evita 
desperdícios. 
d) O uso de argamassas ensacadas aumenta em grande escala o custo da obra. 
e) As baias de areia e brita devem estar na região central do canteiro para reduzir as 
distâncias ao ponto de utilização. 
 
 
13) Considere a planta do pavimento tipo de um edifício apresentada abaixo: 
 
O edifício está com a alvenaria e as instalações embutidas já concluídas. *Vai ser 
iniciado o serviço de reboco.* Faça um diagrama de fluxo indicando os locais onde serão 
Vidro Vidro 
Vidro 
Vidro 
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colocadas as masseiras e como ocorrerá a distribuição de massa em todos os andares, 
da forma mais econômica e eficiente possível. OBS: Considere que o elevador de carga 
estará instalado em um dos locais onde será instalado o elevador definitivo.(Onde está o 
asterisco, ficará melhor: Será iniciado ....) 
 
GLOSSÁRIO 
Capital de giro – é o dinheiro, em moeda corrente, disponível para o custeamento das 
operações de uma empresa ou empreendimento. 
Masseira – Depósito provisório de madeira ou metal utilizado para colocar um pequeno 
volume de argamassa, normalmente preparada para reboco, que será usada 
rapidamente. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANTUNES, Anivaldo da Costa. Logística no canteiro de obras utilizando os princípios da 
construção enxuta. Disponível em http://www.comunidadedaconstrucao.com.br, acesso 
em 22/02/2013. 
OLIVEIRA, Marcos Berberick de; LONGO, Orlando Celso. Gestão da cadeia se 
suprimentos.In: IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 2008, Niterói. 
OLIVEIRA, Otávio J de; MELHADO, Silvio Burrattino. Como administrar empresas de 
projeto de arquitetura e engenharia civil. São Paulo: Editora PINI, 2006. 
SANTOS, Adriana de Paula Lacerda; JUNGLES, Antonio Edésio. Como gerenciar as 
compras de materiais na construção civil. São Paulo: Editora PINI, 2008.

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