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APS 5ª Período - Alvenaria Estrutural

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ENGENHARIA CIVIL
AMANDA CRISTINA DE SOUSA COSTA
MARCO AURELIO VIEIRA DE SOUZA
PEDRO HENRIQUE VIEIRA DE PAULA 
RENNAN VIANA DAS CHAGAS 
WESLEY CARNEIRO DE SOUSA
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
VISITA A UM EDIFICIO DE ALVENARIA ESTRUTURAL
PROFESSORA: REGINA
GOIANIA
2016
AMANDA CRISTINA DE SOUSA COSTA 
MARCO AURELIO VIEIRA DE SOUZA
PEDRO HENRIQUE VIEIRA DE PAULA
RENNAN VIANA DAS CHAGAS
WESLEY CARNEIRO DE SOUSA
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
VISITA A UM EDIFICIO DE ALVENARIA ESTRUTURAL
Trabalho de APS apresentado ao curso de Engenharia Civil da UNIP - Universidade Paulista para obtenção de nota.
Prof°: Regina
GOIANIA
2016
Lista de figuras
Figura 1 - Pirâmides de Gizé	5
Figura 2 - Edifício Monadnock	5
Figura 3 - Exemplo de alvenaria armada ou parcialmente armada	7
Figura 4 - Exemplo de alvenaria não armada	8
Figura 5 - Exemplo de alvenaria protendida	9
Figura 6 - Tipos de unidades cerâmicas utilizadas	10
Figura 7 - Tipos de unidades de concreto utilizadas	11
Figura 8 - Unidades de sílico-calcários	12
Figura 9 - Armaduras em alvenaria	16
Figura 10 - Fundações em radier e sapata contínua	17
Figura 11 - Quadrícula modular 1M/2M/3M	18
Figura 12 - Exemplos de aplicação da modulação	19
Figura 13 - Locação dos blocos estratégicos	22
Figura 14 - Conclusão da primeira fiada e escantilhão	22
Figura 15 - Aplicação da argamassa nos blocos	23
Figura 16 - Verga e Contraverga com bloco canaleta	23
Figura 17 - Processo de Grauteamento	24
Figura 18 - Localização da Obra	25
Figura 19 - Projeto arquitetônico dos apartamentos	25
Figura 20 - Local de construção da última torre	26
Figura 21 - Blocos de concreto	27
Figura 22 - Espaço destinado as instalações	27
Figura 23 - Alvenaria levantada	28
Figura 24 - Canaletas “J” grauteadas com as armaduras	29
Figura 25 - Escada pré-moldada de concreto “jacaré”	29
Figura 26 - Visão interna de um dos apartamentos já montado	30
Figura 27 - Componentes do grupo	30
Lista de tabelas
Tabela 1 - Categorização dos tijolos maciços mais comuns, em função da resistência à compressão	10
Tabela 2 - Requisitos para resistência característica à compressão, absorção e retração	12
Tabela 3 - Resistência à compressão - Classes de blocos sílico-calcários	13
Tabela 4 - Blocos CCA - Requisitos	13
Tabela 5 - Classe de resistência à compressão e densidade de massa aparente seca	14
Tabela 6 - Traços: ASTM – C270	14
Tabela 7 - Traços: ASTM – C476	15
Tabela 8 - Múltiplos e submúltiplos da medida modular em cm	18
Tabela 9 - Fator de eficiência para diversos tipos de unidades	20
Tabela 10 - Fatores da mão-de-obra que afetam a resistência da alvenaria	20
1. INTRODUÇÃO
A alvenaria estrutural é um dos métodos mais empregado na construção desde a antiguidade, muitos exemplos podem ser citados, como as pirâmides de Gizé, o farol de Alexandria e as grandes catedrais e basílicas (Basílica de Maxentius e Constantino, Basílica de Santa Sofia e as Catedrais de Milão e Notre Dame).Figura 1 - Pirâmides de Gizé
Fonte: Google Imagens, 2016.
Apesar de sua intensa aplicação, somente no início do século XX, a execução deixou de ser baseada em processos empíricos e passou a estuda-la baseando-se em princípios científicos e por experimentações. A partir daí edifícios cujas paredes tinham espessuras exorbitantes (~1,80 m), como o Monadnock Building, construído em Chicago no final do século XIX, cederam lugar a edifícios com paredes mais esbeltas (ACCETTI, 1998).Figura 2 - Edifício Monadnock
Fonte: Google Imagens, 2016.
O surgimento do concreto armado e do aço estrutural, abriram novas possibilidades na projeção de edifícios, reduzindo as dimensões de peças, porém seu uso se dava mais a obras de pequeno porte.
Por volta dos anos 50, com o surgimento das primeiras normas técnicas, tornou-se possível calcular a espessura necessária para paredes e a resistências das alvenarias, com base em cálculos mais racionais, principalmente na Suíça. Bem-sucedida, ajudou no ressurgimento do sistema na Europa.
Nas décadas de 60 e 70, houveram fortes pesquisas para aperfeiçoar esse sistema, objetivando não apenas projetos resistentes a cargas estáticas e dinâmicas, mas considerando também ações de cunho excepcional, como explosões e retiradas de paredes estruturais. Com isso, interesse pela alvenaria estrutural se expandiu para outros locais da Europa, como a Inglaterra, como o usou principalmente em obras de caráter público (RICHTER, 2007). 
Hoje, esse sistema é muito usado nos Estados Unidades e países da Europa, atingindo níveis de cálculo, execução e controle, bem próximos das estruturas de concreto e aço. É uma forma econômica, versátil e de fácil industrialização, tendo dimensões reduzidas do componente modular básico.
No Brasil, apesar de sua chegada tardia, por volta dos anos 70, esse processo construtivo acabou se firmando como uma alternativa eficiente e econômica para a elaboração de edificações residenciais e industriais (RAMALHO; CÔRREA, 2003).
Entretanto, o setor da construção civil no Brasil, sobretudo o segmento de edificações, ainda aparece rotulado como atrasado quando comparado a outros setores industriais devido à sua baixa produtividade, em função, principalmente, de seu baixo nível de industrialização, elevado desperdício de materiais e reduzida qualificação de sua mão-de-obra, o que resulta, também, a baixa qualidade de seu produto final (FONTENELLE, 2002). E, mesmo com todas as vantagens e do atual uso extensivo do sistema, é escassa a bibliografia sobre conceitos de projeto, o que contribui para o pouco conhecimento sobre o assunto. Infelizmente, ainda hoje se encontra engenheiros civis que realizam projeto ou execução de obras sem saberem ao menos o significado de um prisma de alvenaria (FILHO, 2005).
Com tudo, esse trabalho tem como objetivo, descreve os procedimentos e etapas de execução de um edifício em alvenaria estrutural, através de uma visita em obra supervisionada, bem como detalhar suas técnicas e materiais empregados.
2. CLASSIFICAÇÕES DA ALVENARIA ESTRUTURAL
	Em alvenaria estrutural, não se utilizam vigas e pilares, pois as paredes, chamadas de portantes, compõem a estrutura da edificação e fazem a distribuição das cargas de forma uniforme ao longo das fundações, tendo uma maior atenção nas armações e grautes dos blocos.
	A alvenaria pode ser classificada quanto ao processo construtivo, os tipos de unidades ou material utilizado. Dentre os quais, têm-se as alvenarias estruturais armadas, não armadas, parcialmente armadas e protendida.
2.1 ALVENARIA ESTRUTURAL ARMADA OU PARCIALMENTE ARMADA
	A processo é dito armado, quando, a alvenaria, é reforçada devido a exigências estruturais. Nesse caso, a alvenaria possui armaduras colocadas em alguns vazados dos blocos, devidamente preenchidos com grautes, para absorção dos esforços calculados, além das armaduras construtivas e de amarração.
	Já a parcialmente armada, segundo CAMACHO (2006), é um processo construtivo no qual, alguns elementos resistentes, são projetados parte armada e parte não armada. De uma forma geral, essa definição é empregada somente no Brasil.Figura 3 - Exemplo de alvenaria armada ou parcialmente armada
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESSE, 2010)
2.2 ALVENARIA ESTRUTURAL NÃO ARMADA
	Segundo a ABNT (NBR-10837), alvenaria estrutural não armada é aquela constituída de blocos vazados, assentados com argamassa, e que contém armaduras com finalidade construtiva ou de amarração, esta não sendo considerada na absorção dos esforços calculados.
	Para ACCETTI (1998), recomenda-se, no Brasil, a preferência pela não armada sempre que possível, devido à ausência de sismos no país. Além de que, a sua execução não é tão complexa, uma vez que não é exigido o grauteamento. Figura 4 - Exemplo de alvenaria não armada
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESSE, 2010)
2.3 ALVENARIA ESTRUTURALPROTENDIDA
	Esta é uma forma de alvenaria reforçada por uma armadura ativa (pré-tensionada), que submete a alvearia a esforços de compressão. É um sistema bem difundido na Inglaterra, porém ainda não adotada no Brasil, pois seus materiais, dispositivos e mão-de-obra para a protensão têm custo muito alto para o nosso padrão de construção.
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESSE, 2010)Figura 5 - Exemplo de alvenaria protendida
3. MATERIAIS E COMPONENTES DA ALVENARIA ESTRUTURAL
3.1 TIJOLOS E BLOCOS
A primeira consideração a ser feita, quando se pensar na alvenaria estrutural, é o tipo de tijolo/bloco a ser utilizado. Para isso, devem ser levados em consideração alguns fatores, como a resistência à compressão, estabilidade dimensional, capacidade de vedação e absorção, trabalhabilidade e a modulação. Estas características interferem na escolha, por exemplo, quanto a forma podem se maciços ou vazados: os blocos vazados são melhores que os perfurados para a passagem das instalações, já as paredes maciças são mais fáceis de serem assentadas que as vazadas ou perfuradas.
Conforme ACCETTI (1998), a escolha pelo tipo de bloco deve ser do construtor, apoiado pelo projetista. Isto vai depender do conforto que se deseja aos usuários, dos aspectos mercadológicos (oferta nos aspectos dimensão, resistência e tipos), comerciais e culturais.
Dentre os tipos mais comuns podemos citar os cerâmicos, de concreto, sílico-calcários e celulares autoclavados.
3.1.1 CERÂMICOS
	Os blocos cerâmicos, assim como os tijolos, têm como matéria-prima a argila e passam por um processo de queima em forno, possuindo furos perpendiculares em uma de suas faces.Figura 6 - Tipos de unidades cerâmicas utilizadas
Fonte: Diário do Arquiteto (UFMS, s.d.)
	Sua utilização em alvenaria estrutural deve feita de forma que os blocos sejam assentados com os furos na vertical. Como também, o tipo e a sua resistência devem estar especificados no projeto, e realizados por empresas ou profissionais especializados.
Tabela 1 - Categorização dos tijolos maciços mais comuns, em função da resistência à compressão
	Tipo de Bloco
	Resistência à Compressão (MPa)
	Blocos de vedação utilizados com furos na horizontal
	≥ 1,5
	Blocos de vedação utilizados com furos na vertical
	≥ 3,0
	Blocos estruturais
	≥ 3,0
Fonte: NBR 7170 (ABNT, 1983)
Além disso, tem como vantagem o aspecto estético da construção, permitindo, em alguns casos, reduzir ou dispensar revestimentos. São mais leves que os blocos de concreto, facilitando seu manuseio na obra, uma vez que os pedreiros normalmente seguram-nos com apenas uma das mãos e necessitam de agilidade para assentá-los, não prejudicando o ritmo da produção. O fato de serem mais leves implica também em menor ação sobre a fundação, o que é vantajoso, do ponto de vista econômico (ACCETTI, 1998).
3.1.2 DE CONCRETO
	São blocos feitos de concreto, normalmente sobre fôrmas metálicas, passando por adensamento e cura adequados, para garantir suas propriedades. Esse usa britas menores que o concreto das estruturas de edifícios. No Brasil, esse é o mais usado.Figura 7 - Tipos de unidades de concreto utilizadas
Fonte: Soluções em alvenaria e pavimentação (Glasser, s.d.)
Para ACCETTI (1998), a vantagem desta opção é que as normas brasileiras de cálculo e execução em alvenaria estrutural são apropriadas para esses blocos, talvez por influência da tecnologia americana. No caso de se utilizarem blocos cerâmicos é necessário fazer certas adaptações nos coeficientes das normas ou mesmo consultar normas internacionais, como, por exemplo, a BS 5628/78.
Tabela 2 - Requisitos para resistência característica à compressão, absorção e retração
	Classe
	Resistência característica ƒьκ (MPa)
	Absorção Média (%)
	Retração (%)
	
	
	Agregado normal
	Agregado leve
	
	A
	≥6,0
	≤10,0 %
	≤13,0% (média)
	≤0,065%
	B
	≥4,0
	
	
	
	C
	≥3,0
	
	≤16,0% (individual)
	
	D
	≥2,0
	
	
	
Fonte: NBR 6136 (ABNT, 2008)
Por outro lado, como existem muitos fornecedores, sofre um problema de falta de qualidade, além de que a alta resistência não é disponibilizada por todas as fábricas e torna o material mais pesado.
3.1.3 SÍLICO-CALCÁRIOS
	Os blocos sílico-calcários são fabricados a partir da união da areia quartzosa e cal virgem. O processo de fabricação, prensagem e autoclavagem lhe proporcionam uma maior qualidade. Por ser bem econômico em si, os gastos com revestimento podem ser reduzidos, já que se dispensa a aplicação do chapisco e emboço. Além disso, é pouco poroso e bem nivelado, gerando economia na mão-de-obra.Figura 8 - Unidades de sílico-calcários
Fonte: Alvenaria estrutural: Blocos e tijolos de sílico-calcáreo (UFRGS, s.d.)
Sua estabilidade dimensional, que tem tolerância de + ou - 2 mm, é maior que as dos blocos de concreto e cerâmicos. As isolações acústicas, térmicas e resistência ao fogo pelo próprio material, são melhores que os tradicionais de cimento.
Tabela 3 - Resistência à compressão - Classes de blocos sílico-calcários
	Classe
	A
	B
	C
	D
	E
	F
	G
	H
	I
	J
	Resistência à Compressão (MPa)
	4,5
	6,0
	7,5
	8,0
	10
	12
	15
	20
	25
	35
Fonte: NBR 14974 (ABNT, 2003)
Entretanto, necessita de uma tecnologia construtiva mais complexas e específica, além do que, há escassez de fornecedores desse material no país. E, como não se utiliza graute ou armaduras nos blocos, seu uso em prédios muito altos não é recomendável devido a ação do vento.
3.1.4 CELULARES AUTOCLAVADOS
	É constituído por areia, cal e cimento, misturados com adição de água e uma pequena parte de pó de alumínio, cuja função é levantar a mistura. Uma de suas principais vantagens, é o fato de consumir metade a um terço menos de material que os produtos tradicionais.
	O concreto celular é um excelente isolante térmico, o que proporciona um ambiente mais agradável no verão e em regiões mais quentes. Sua flexibilidade, aumenta o leque de opções para o arquiteto, gerando uma economia sem afetar a qualidade. Porém, dentre os blocos utilizados no Brasil, o celular é o menos empregado.
Tabela 4 - Blocos CCA - Requisitos
	Classificação
	Observação
	Tolerâncias Dimensionais
	Espessura
	± 3 mm
	
	Altura
	± 3 mm
	
	Comprimento
	± 3 mm
	Características visuais
	Não apresentar defeitos como trincas, quebras e superfícies irregulares
Fonte: NBR 13438 (ABNT, 2013)
	
Tabela 5 - Classe de resistência à compressão e densidade de massa aparente seca
	Classe
	Resistência à compressão no estado seco (MPa)
	Densidade aparente seca (kg/m³)
	
	Valor médio mínimo
	Valor mínimo por bloco
	Valor médio
	C 45
	4,5
	3,6
	≤650
Fonte: NBR 13438 (ABNT, 2013)
3.2 ARGAMASSAS
	A argamassa é geralmente formada pela mistura de cimento, agregado miúdo, cal e água. É um componente de ligação entre as unidades, que as solidarizam transferindo as tensões, distribuindo as cargas uniformemente, compensando irregularidades e selando as juntas, evitando a entrada de água e vento. Seu traço, para alvenaria estrutural, deve ser especificado no projeto.
Tabela 6 - Traços: ASTM – C270
	Tipo argamassa
	Resistência à compressão mínima (28 dias) MPa
	Cimento Portland
	Cal hidratada
	Areia
	
	
	
	Mínimo
	Máximo
	Mínimo
	Máximo
	M
	175
	1,00
	-
	0,25
	2,81
	3,75
	S
	126
	1,00
	0,25
	-
	2,81
	3,75
	
	
	
	-
	0,50
	3,37
	4,50
	N
	53
	1,00
	0,50
	-
	3,37
	4,50
	
	
	
	-
	1,25
	5,06
	6,75
	O
	25
	1,00
	1,25
	-
	5,06
	6,75
	
	
	
	-
	2,50
	7,87
	10,50
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESE, 2010)
	Para a escolha da argamassa, CAMACHO (2006) retifica que a argamassa deve ter capacidade de retenção de água suficiente para que quando em contato com unidades de elevada absorção inicial, não tenha suas funções primárias prejudicadas pela excessiva perda de água para a unidade. É importante também que seja capaz de desenvolver resistência suficiente para absorver os esforços que possam atuar na paredelogo após o assentamento.
	Sobre os tipos de argamassa, CAMACHO (2006) detalha suas recomendações:
Tipo M: recomendada para alvenaria em contato com o solo, tais como fundações, muros de arrimo, etc. Possui alta resistência à compressão e excelente durabilidade.
Argamassa tipo S: recomendada para alvenaria sujeita aos esforços de flexão. É de boa resistência à compressão e à tração quando confinada entre as unidades.
Argamassa tipo N: recomendada para uso geral em alvenarias expostas, sem contato com o solo. É de média resistência à compressão e boa durabilidade. Essa argamassa é a mais comumente utilizada nas obras de pequeno porte no Brasil.
Argamassa tipo O: pode ser usada em alvenaria de unidades maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 0.70 MPa e não esteja exposta em meio agressivo. É de baixa resistência à compressão e conveniente para o uso em paredes de interiores em geral.
3.3 GRAUTE
	É um tipo de concreto fino, formado por cimento, água, agregados miúdos e agregados graúdos de pequena dimensão. É indicado para preencher espaços vazios em blocos e canaletas, solidificando a armadura e aumentando a capacidade portante. Por isso, deve apresentar alta trabalhabilidade e boa resistência à compressão.
Tabela 7 - Traços: ASTM – C476
	Tipo
	Cimento Portland
	Cal Hidratada
	Agregados
	
	
	Mínimo
	Máximo
	Mínimo
	Máximo
	Graute Fino
	1,00
	0
	-
	2,25 - 3,00
	-
	
	
	-
	0,1
	2,47 - 3,30
	-
	Graute Grosso
	1,00
	0
	-
	2,25 - 3,00
	1,00-2,00
	
	
	-
	0,1
	2,47 - 3,30
	1,00-2,20
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESE, 2010)
3.4 ARMADURAS
	Armaduras são elementos geralmente usados em construções convencionais e de concreto armado. Em alvenaria, são colocadas ou nos septos dos blocos ou nos blocos canaleta e em seguida preenchidos com graute, bem como reforço nas juntas de argamassa.Figura 9 - Armaduras em alvenaria
Fonte: Alvenaria estrutural: Armaduras (UFRGS, s.d.)
	Sua regulamentação tem base na NBR 10837, entretanto, como admite baixas tensões, sua capacidade é pouco aproveitada. Por isso, não é economicamente viável a aplicação de armaduras para auxiliar a resistência à compressão de paredes.
4. PROJETO
4.1 COORDENAÇÃO DE PROJETOS
Os projetos que fazem parte de uma obra de alvenaria estrutural, possuem uma grande independência entre si. Por isso, se deve pensar nele racionalizado como um todo.
Com isso, na fase de coordenação de projetos é possível identificar as inconsistências presentes, facilitando a resolução de conflitos e a presença de improvisações. Além disso, como o auxílio do cronograma, têm-se uma maior noção das atividades desenvolvidas no decorrer do tempo e quando elas iram interagir entre si, e o mais importante é que haja uma clareza e compreensão de cada atividade, bem como, que sejam estabelecidos pontos de controle em cada uma delas. Logo, será possível verificar o andamento das atividades envolvidas em relação ao todo do prazo.
4.2 FUNDAÇÃO
A opção pela escolha da fundação, superficial ou profunda, fica a cargo do projetista estrutural. Na sua escolha, leva-se em conta o tipo de solo onde será executada a obra e a distribuição e valores das cargas, assim como critérios técnicos e econômicos.
Na alvenaria estrutural, por apresentar elementos portantes, suas cargas serão transportadas para as fundações de forma distribuída. Em virtude disto, geralmente são utilizadas fundações contínuas, como sapatas contínuas e radier.Figura 10 - Fundações em radier e sapata contínua
Fonte: Fundações do edifício (BRITO, 1987)
4.3 MODULAÇÃO
	A modulação é uma etapa indispensável na elaboração de projetos de alvenaria estrutural, consiste no ajuste de todas as dimensões, horizontais e verticais, para evitar cortes, desperdícios e quebras de blocos.
	Segundo ZECHMEISTER (2005), no Brasil, a coordenação modular é muitas vezes simplificada pela coordenação dimensional, que tem como base as dimensões das unidades da alvenaria (comprimento, largura e altura). RICHTER (2007), diz que o comprimento e a largura definem o módulo horizontal e a altura o módulo vertical. Para que se racionalize o projeto, é importante que as medidas do módulo horizontal sejam iguais ou múltiplas, de maneira que efetivamente se possa ter um módulo em planta, simplificando as amarrações das paredes.
	Ainda segundo RICHTER (2007), diversos parâmetros construtivos nos obrigam a acomodar algumas dimensões. As lajes, por exemplo, têm sua espessura determinada pelo seu dimensionamento econômico que raramente coincide com o módulo. Nessas condições, a preocupação de modelação vertical se restringirá a medida de piso à teto, tomando-se o cuidado de utilizar uma espessura constante de laje em todo o pavimento a fim de se obter um único nível de respaldo na última fiada e um único nível de saída para a primeira fiada do andar superior.
De acordo com TAUIL e NESE (2010), o módulo adotado na maioria das literaturas sobre alvenaria estrutural é o M=100 mm, ou seja, M é a menor unidade de medida modular inteira da quadrícula de referência igual a 100 x 100 mm. Usa-se também submódulos de M, possibilitando ainda mais a flexibilidade no desenvolvimento do projeto de arquitetura. Essa medida é a base de todo o desenvolvimento do projeto.Figura 11 - Quadrícula modular 1M/2M/3M
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESE, 2010)
Apesar de ser adotado o M= 100mm, não há restrições para o uso de múltiplos e submúltiplos da medida modular, o importante é sempre ter uma referência com base em um padrão de medida.
Tabela 8 - Múltiplos e submúltiplos da medida modular em cm
	1/2 Módulo
	11/2 Módulos
	2 Módulo
	3 Módulo
	5 cm
	15 cm
	20 cm
	30 cm
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESE, 2010)
Fonte: Alvenaria Estrutural (TAUIL e NESE, 2010)Figura 12 - Exemplos de aplicação da modulação
5. FATORES QUE AFETAM A ALVENARIA
	A alvenaria durante sua execução pode sofre influência de alguns fatores que afetam diretamente a sua resistência, dentre eles os que mais se destacam são a resistência das unidades (blocos ou tijolos), resistência da argamassa, qualidade da mão-de-obra e a esbeltez do elemento.
5.1 RESISTÊNCIA DAS UNIDADES
	A resistência à compressão do bloco é dada em função da sua matéria-prima, processo de fabricação, forma e tamanho, tendo influência direta na resistência final da alvenaria. Tem ligação direta com o fator de eficiência, que, segundo CAMACHO (2006), através de experimentação, definiu que esse fator é maior para alvenaria em blocos em relação as de tijolos, bem como, a resistência das unidades é inversamente proporcional ao fator de eficiência.
Tabela 9 - Fator de eficiência para diversos tipos de unidades
	Unidades
	Fator de Eficiência
	Tijolo cerâmico
	18 a 30 %
	Tijolo de concreto
	60 a 90 %
	Bloco de concreto
	50 a 100 %
	Bloco cerâmico
	15 a 40 %
	Sílico-calcáreo
	30 a 50 %
Fonte: Projetos de Edifícios de Alvenaria Estrutural (CAMACHO, 2006)
5.2 RESISTÊNCIA DA ARGAMASSA
	Sua resistência à compressão está diretamente ligada a qualidade do bloco, que como consequência, tem-se o aumento das tensões admissíveis. As propriedades do material são muito importantes para capacidade mecânica da alvenaria, tendo em vista que ele atua na interação entre as juntas e as unidades. Apesar de não ter muita influência na resistência à compressão, a argamassa interfere na resistência ao cisalhamento e a tração.
5.3 QUALIDADE DA MÃO-DE-OBRA
	A qualidade da mão-de-obra, sem sobras de dúvidas, é um elemento que está atrelado ao resultado final da edificação executada. A falta de treinamento e de motivação por parte dos funcionários geram prejuízos no decorrer dos serviços. Dentre os problemas mais comuns, ocasionados por essa falta de qualidade, temos: o preenchimento inadequado das juntas, exposições a condições climáticas adversas após o assentamento, ferramentas impróprias, ritmo acelerado de construção, variação na espessura das juntas, desvio do prumo, dentre outros.
Tabela 10 - Fatores damão-de-obra que afetam a resistência da alvenaria
	Fator
	Redução da resistência
	Reentrância nas juntas
	25 %
	Desvio do prumo (12 mm)
	15 %
	Preenchimento das juntas inadequado
	33 %
	Ferramentas inadequadas
	13 a 15 %
Fonte: Projetos de Edifícios de Alvenaria Estrutural (CAMACHO, 2006), Alvenaria Estrutural – Processo Construtivo Racionalizado (RICHTER, 2007)
	De acordo com CAMACHO (2006), para se controlar o impacto desses fatores na alvenaria, algumas medidas devem ser adotadas. A argamassa deve ter seu traço mantido durante todo o decorrer da obra ou como especificar o projeto. As juntas devem ser completamente preenchidas, mantendo a espessura o mais uniforme possível, evitando assim o aparecimento de reentrâncias. Deve-se evitar o movimento das unidades após o assentamento, para que suas condições de aderência não sejam alteradas. Por fim, as paredes construídas devem ter auxílio do prumo e alinhadas em pavimentos consecutivos, para que não ocorra o aparecimento de carregamentos adicionais.
6. MÉTODO DE EXECUÇÃO
A execução sem erros e o controle da alvenaria são fatores que garantem um maior rendimento para o sistema construtivo, bem como os materiais e equipamentos empregados em sua elaboração.
No projeto de alvenaria estrutural, os equipamentos já devem estar quantificados por pavimentos, para facilitar a montagem dos “kits” necessários, ganhando tempo e espaço de armazenamento na obra.
Quando a alvenaria começar pelo térreo, o contrapiso já deve estar concretado. Além disso, segundo FILHO (2011), as instalações que caminharão pela alvenaria e os arranques das armaduras verticais, também deverão estar posicionadas nas posições corretas, para a liberação dos pavimentos.
A planta de primeira fiada, primeiramente, será utilizada na verificação das medidas e do esquadro do pavimento. Este, se a planta for regular, pode ser feito comparando as diagonais, que deverão ser iguais.
Os blocos estratégicos, localizados nos cantos de encontro com as paredes, são os primeiros a serem assentados, e servirão de referência para o assentamento dos demais. 
Fonte: EquipaObra, s.d.Figura 13 - Locação dos blocos estratégicos
Após achados, faz-se o assentamento dos demais e posteriormente dos escantilhões, coincidindo a primeira marca com o nível da fiada.Figura 14 - Conclusão da primeira fiada e escantilhão
Fonte: EquipaObra, s.d.
Como isso, a elevação da alvenaria poderá ser iniciada com o fim da segunda fiada, FILHO (2011), lembra que é ainda nesta etapa que são assentados os blocos com caixas elétricas, para aplicação de tomadas e interruptores.
Os blocos devem ser ajustados com a argamassa ainda trabalhável, evitando ao máximo modificações, mas caso haja a necessidade, a argamassa deve ser removida e o procedimento refeito.
As juntas verticais e horizontais devem ter uma espessura de 10 mm, com uma variação de 3 mm, tanto para mais quanto para menos. E, a aplicação da argamassa nos blocos, pode ser feita como mostra a figura abaixo. Sua aplicação pode ser feita com bisnaga de confeiteiro, paleta ou colher de meia cana; a que oferecer melhor controle para o operário.Figura 15 - Aplicação da argamassa nos blocos
Fonte: EquipaObra, s.d.
Em seguida, na elevação da alvenaria, vem o assentamento dos blocos até a altura do peitoril das janelas, retirando o excesso de argamassa. Ainda, como lembra FILHO (2011), o cuidado com a tolerância do prumo, nível, planicidade, alinhamento e espessura deve ser constante durante o processo.
Em vãos de janelas e portas, as vergas e contravergas, devem ser feitas com canaletas preenchidas de graute e armadura, conforme projeto, apresentando um apoio lateral mínimo de 30 cm em cada lado da abertura. Figura 16 - Verga e Contraverga com bloco canaleta
Fonte: EquipaObra, s.d.
O grauteamento deve ser executado após a alocação correta das armaduras. Após a limpeza dos blocos e passadas 24h do seu assentamento, pode-se iniciar o lançamento do graute. É recomendável que o lançamento seja realizado duas vezes, com altura, igual ou inferior, a 1,60 m e que paralelo ao processo, se faça o adensamento.Figura 17 - Processo de Grauteamento
Fonte: EquipaObra, s.d.
	Para a finalização da parede ou até meia altura, deve ser executada uma cinta de amarração, unindo todas as paredes. Ela pode ser feita com blocos canaletas ou tipo “J”, e deve conter armadura horizontal, além de ser grauteada. 
	Por fim, para a prevenir o aparecimento de fissuras na laje de cobertura do último pavimento, por movimentação térmica da laje, segundo FILHO (2011) pode-se fazer um isolamento da última laje da parede de apoio com manta asfáltica/neopreme, uma proteção térmica ou até mesmo a ventilação do telhado.
7. RESGISTRO DA OBRA
	A obra visitada foi o Recanto das Flores (Condomínio das Orquídeas) – Etapa 1, localizada na Av. Alumínio – Vila Oliveira, em Aparecida de Goiânia. A edificação conta com a construção de 5 torres residenciais, onde cada torre apresenta 4 pavimentos, cada um com 8 apartamentos, chegando ao total de 160 unidades habitacionais, além das áreas de lazer.Figura 18 - Localização da Obra
Fonte: Google Maps, 2016.
Essa é uma obra de padrão popular, e têm uma área construída de 55 m2 por apartamento.Figura 19 - Projeto arquitetônico dos apartamentos
 Fonte: Veja Construtora, 2016.
	 As obras foram iniciadas em 05 de junho de 2014, com a previsão de término para 31 de maio de 2016. Durante a visita, na segunda metade do mês maio do corrente ano, sua execução já estava bem avançada, restando o término da última torre, que já havia sido iniciada, e parte da área de lazer.
	A empresa envolvida na execução é a Vega Construtora, em parceria com o Recanto das flores empreendimentos. A responsável por mostrar a obra e nos fornecer os detalhes técnicos, foi a eng. Ana Cristina. Porém, devido a uma auditoria que estava sendo realizada, a entrada nas torres prontas estava restrita e ficamos limitados a última torre, ainda em execução.Figura 20 - Local de construção da última torre
Fonte: Pedro Hemrique, 2016.
	Nos foi informado que o componente escolhido para a alvenaria é o bloco de concreto, o mais usado para esse tipo de obra no Brasil. Ainda, segundo Ana Cristina, por se tratar de uma obra de alvenaria estrutural, eles vinham todos prontos com o laudo de laboratório, devendo atender a resistência esperada aos 28 dias, bem como não apresentar patologias. Todavia, caso o bloco chegasse sem atender essas especificações, deveria ser realizado um reforço nos cantos dos blocos.
Fonte: Wesley Carneiro, 2016.Figura 21 - Blocos de concreto
	A fundação empregada, pela quantidade de apartamentos por pavimento e pelo tipo de solo, foi a em hélice contínua, devido a sua alta capacidade de receber cargas e pela ausência de vibrações no processo executivo.
	As instalações elétricas e hidráulicas já veem definidas em projeto, seu posicionamento é feito paralelo a execução da alvenaria, com aberturas e com auxílio de materiais poliméricos. Esses locais devem ser protegidos do contato com outros materiais que possam obstruí-los ou danificá-los.Figura 22 - Espaço destinado as instalações
Fonte: Amanda Cristina, 2016.
	Na elevação da alvenaria, foram posicionados os blocos estratégicos e executadas as fiadas, com ajuda de um escantilhão com medição, além do sempre haver uma preocupação quanto ao nivelamento dos blocos assentados. Ainda, adotou-se haveria grauteamento a cada 5 fiadas realizadas.Figura 23 - Alvenaria levantada
Fonte: Amanda Cristina, 2016.
Posteriormente, nas janelas e portas, foram elaboradas as vergas e contravergas, com a presença de armaduras e passando por uma grauteagem. Ao fim da elevação da parede, confeccionou-se as cintas de amarração. Para essa obra, foram adotadas canaletas do tipo “J” com armaduras horizontais, devidamente grauteadas.
Figura 24 - Canaletas “J” grauteadas com as armaduras
Fonte: Pedro Henrique, 2016.
	Outro detalhe com relação a edificação, são as escadas, por se tratar deuma obra popular, o custo-benefício é um fator muito importante. Em virtude disto, o modelo escolhido foi a escada pré-moldada de concreto “jacaré”, pela sua facilidade de execução em comparação com as in loco, e por dispensar o uso de equipamentos de carga, podendo ser carregada manualmente.Figura 25 - Escada pré-moldada de concreto “jacaré”
Fonte: Amanda Cristina, 2016.
	Por fim, vem a alocação da laje, para que seja feito o assentamento do próximo pavimento. A laje também é pré-moldada, diminuindo as etapas de produção, a dependência da mão-de-obra e melhora a precisão, o que é uma grande vantagem se tratando de uma obra popular. Contudo, essa etapa ainda não tinha sido inicializada e, pelos motivos já mencionados, as tarefas durante a visita estavam limitadas.
Em contrapartida, a empresa no disponibilizou consecutivamente, algumas imagens de um dos apartamentos das torres já prontas, que podem ser observadas abaixo.Figura 26 - Visão interna de um dos apartamentos já montado
Fonte: Veja Construtora, 2016.
Figura 27 - Componentes do grupo
Fonte: Wesley Carneiro/Pedro Henrique, 2016.
8. CONCLUSÃO
	Construções de alvenaria estrutural não são recentes, já vêm sendo empregadas a milhares de anos, em contrapartida, sua aprimoração e desenvolvimento ainda é bem recente.
	A alvenaria estrutura em relação as convencionais, gera bastante economia a obra, tanto com custos de materiais, como com redução dos resíduos deixado pelo processo, acelerando sua elaboração. Isso acaba gerando, também, menos impacto na natureza. Entretanto, é um mecanismo que exige um planejamento mais aprofundado e detalhado, devido as suas particularidades. Todas as especificações, devem ser levadas para a obra e executadas de forma precisa, para que a alvenaria possa cumprir sua função estabelecida em projeto.
	Portanto, num mercado que busca cada vez redução de custos, qualidade e sustentabilidade, a alvenaria estrutural tem lugar de destaque por apresentar muitos benefícios em relação as concorrentes. E em vista disto, pode-se esperar uma tendência que nos próximos anos ocorra uma maior expansão, inclusive para imóveis de padrões mais altos.
REFERÊNCIAS
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