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Resenha Crítica Homem e Meio Ambiente

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��MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI UFVJM 
 www.ufvjm.edu.br����
Disciplina: PLANEJAMENTO AMBIENTAL
Atividade: Resenha Crítica
Resenha crítica do artigo intitulado “Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate”. Escrito por PLATIAU, A. F. B.; VARELLA, M. D.; SCHLEICHER, R. T. Publicado . Rev. Bras. Polít. Int. 47 (2): 100-130, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v47n2/v47n2a04.pdf acessado em 2016. 
O artigo retrata sobre alternativas e conveniências que surgem para a governança ambiental a partir da definição de crise ambiental global, questiona o que é o espaço “físico” e o “espaço humano” a que referimos diariamente. Dessa forma, realizou-se uma análise minuciosa dos três grupos em torno dos quais a teoria das relações internacionais tem analisado o processo de gestão coletiva da referida crise, bem como a eficácia das respostas institucionais já existentes. O artigo também realiza uma releitura das questões de comércio e meio ambiente e segurança ambiental. 
Nesse sentido, os autores do estudo procurou-se analisar a relação entre dois regimes internacionais considerando esses como sistemas de governança global, cujo conceito remete a entendimentos prevalecentes aos princípios e procedimentos, às regras e normas e são aplicados quando dois ou mais regimes entram em conflito ou se sobrepõem. Assim, dependendo da forma como esses regimes se relacionam, pode haver impedimentos para a operacionalização da governança global. A análise sobre o relacionamento entre os regimes é baseada no marco conceitual e teórico de cooperação internacional. 
A crise ambiental foi exposta no texto como a incongruência entre Terra e Mundo, ou seja, entre um espaço físico e outro socialmente construído. As pessoas desde princípio dos tempos foi se moldando em um estilo de pensamento antropocêntrico que considera a “Terra como um conjunto de recursos à disposição da sociedade. Portanto, acreditava-se que os recursos eram infinitos, porém com o passar do tempo, percebeu-se que os recursos poderiam acabar e surgiram os primeiros movimentos de proteção ambiental. Entretanto, esses grupos de preservacionismo era radical defendido por muitos ambientalistas, nas décadas de 1970 e 1980, não era solução, porque impunha restrições ao bem estar humano.
Nesse contexto, três perspectivas emergem, então, da gestão coletiva da crise ambiental: governança global, regimes internacionais e as abordagens organizacionais. O desenvolvimento destas abordagens surgiria a partir da discussão de “governo mundial” e da suposta necessidade de legalização das relações interestatais.
A controversa sobre a questão, e merece estudos apropriados, a relação entre a ordem internacional e o meio ambiente, estabelece um paradigma, embora o sistema internacional carece de autoridades centrais, modelos de repreensão são cada vez mais difíceis posto que os recursos naturais disponíveis em cada nação ou a degradação ambiental estão proporcionalmente ligados a proposta desenvolvimentista liberal onde o desenvolvimento econômico e sua hegemonia frente aos outros estados são máximas políticas dentro do plano estatal. Atualmente não há uma conectividade por parte dos atores internacionais em cumprir ou participar das rodas de diálogo sobre meio ambiente, se vê que a própria comunidade mundial implicitamente ou de maneira clara está modificando o comportamento dos estados frente ao desmantelamento do equilíbrio ambiental visto em todo o mundo.
No mundo global há perspectivas teóricas que afirmam a necessidade de uma governança efetiva, e não somente um ideal. O efeito da globalização econômica-financeira como conhecemos hoje pode ser atual, entretanto os efeitos da interdependência para manutenção do equilíbrio ambiental sempre existiu. Diante disso, toda tentativa de reeducar o homem a respeitar o meio ambiente esbarra no culturalismo dominante, que pode ser de valorização da natureza em algumas culturas ou o totalmente inverso como a predominância do desrespeito ao ambiente, há uma grande parcela de responsabilidade dos governos locais frente a devastação da nossa casa, a política adotada está cada vez mais interessada no pleno desenvolvimento sem respeito ao ambiente natural.
Dessa forma, entende-se que, é imperativa a reformulação do papel da segurança no contexto da crise ambiental global. O meio ambiente não deve ser entendido apenas como um conjunto de recursos que devem ser protegidos para assegurar o bem estar do homem. Ao contrário, uma nova abordagem para a segurança deve garantir a vida, a participação e a legitimidade, não exclusivamente a satisfação pessoal por intermédio do consumo descontrolado.
Uma das melhores soluções apontadas em fóruns internacionais tem sido a abordagem regional, ou em blocos, para evitar os entraves e impedimentos encontrados na cooperação internacional para a governança ambiental. Esta ideia faz sentido, uma vez que a dinâmica regional tem sido privilegiada em outros campos da política, com um sucesso relativamente muito maior do que em outros níveis de análise.
Em suma, as ramificações da Governança Global, ou seja, o Regime Internacional de Meio Ambiente, ganhou maior status de importância na agenda mundial, após a mudança na política econômica internacional (fim da bipolaridade). São duas as consequências desta mudança. A primeira é o aumento da preocupação ambiental global, em especial a relação consumo e produção, que estimulou a criação do conceito de desenvolvimento sustentável. A segunda pode ser compreendida pela necessidade de criação de um regime internacional de meio ambiente, posto que o meio ambiente seja um grande desafio para a política internacional contemporânea, isto porque, há uma submissão da natureza para com a vontade do homem.
O artigo aborda vários conflitos enfrentados entre as organizações frente às discursões de desenvolvimento econômico sustentável. O que remete a dificuldade de se programar medidas internacionais com ações locais eficientes. O grande entrave para as questões ambientais é os interesses das grandes potências mundiais frente ao mercado financeiro mundial. Uma das deficiências do atual sistema encontra-se na aplicação prática dos tratados entre as organizações. A solução se dá com a maior eficácia no conjunto normativo mais forte, ou seja, aquele que aplica sanções econômicas: a OMC. Dessa forma, os tratados transversais ambientais, não terão êxodo quando em conflito com o direito da OMC. Entretanto, a OMC pode fazer valer o cumprimento de acordos ambientais internacionais realizados nas conferências.
Por fim, qualquer acordo internacional firmado sobre desenvolvimento sustentável só terá eficácia se haver respeito as singularidades de cada país, e mudar a cultura de crescer a qualquer custo.

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