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A supervisao educacional no contexto da gestao da

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A supervisão educacional no contexto da gestão da educação: por uma formação humana
6º semestre 2012.2
A proposta do texto é levantar as perspectivas da gestão democrática no âmbito escolar, compreendendo que a mesma não pode ser pensada de forma descontextualizada dos aspectos sócio-econômico e cultural.
 Ferreira considera que os princípios e fins da educação, fundamentos da supervisão educacional devem ser compreendidos no contexto em que se situam. 
Supervisão educacional foi criada a partir da Resolução de 2 de maio de 1969 e do parecer 252/69.
Inicialmente compreendida como “função”, foi evoluindo para a compreensão de trabalho profissional responsável pela garantia da qualidade da educação.
Supervisão hoje é um elemento da gestão da educação.
Responsável pela garantia da qualidade do processo educacional.
Princípios constitucionais que regem as políticas públicas educacionais, buscando a formação para a cidadania:
 Constituição Brasileira – Constituição Federal Art. 206
  	VI – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
  VII _ Garantia de padrão de qualidade.
 
 Lei 9394/96
 Princípios que deverão embasar o ensino e a construção da autonomia da escola. Art. 3º
 A importância da gestão democrática para a educação, tornando parceiros nesta empreitada:
     ● Estabelecimentos de ensino – Art. 12;
     ● A importância da participação dos docentes – Art. 13;
► A lei é comprometida com a democracia.
 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
A partir destes princípios são fixadas as bases que orientam a organização e a estruturação do sistema educacional brasileiro, pois estando estes expostos na Constituição Federal e posteriormente endossados na LDB 9.394/1996, expressam de modo significativo a nova forma de conceber a educação e suas modalidades de ensino e também de gestão. 
Observa-se que o princípio contido no inciso VIII, do Artigo 3º da LDB, também está explicitado no VI do artigo 206 da C.F exposto anteriormente.
O Art. 12, composto por oito incisos trata das responsabilidades e funções das instituições de ensino, preconizando:
Art. 12º Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I. - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II -administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
[...]
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
 
Os incisos, acima destacados neste artigo, apontam para o exercício da autonomia pelas entidades públicas. É pertinente esclarecer, porém, que estando as escolas públicas inseridas num contexto maior de sistemas educacionais, essa autonomia é uma autonomia relativa, e não absoluta.
Art. 13 - Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino; 
 III -zelar pela aprendizagem do aluno; 
 VI -colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade .  
A democracia é fruto do trabalho coletivo que se efetua na escola, por meio de seus múltiplos espaços participativos. Dessa forma a participação dos profissionais da educação deve ser assegurada e incentivada na elaboração e efetivação do projeto pedagógico da escola, assim como de outros representantes da comunidade escolar e local, pais, alunos e dos órgãos de decisão colegiada.
Gestão Democrática da Educação
“A Gestão Democrática da Educação é hoje, um valor já consagrado no Brasil e no mundo, embora ainda  não totalmente compreendido e incorporado à prática social e na prática educacional.
 É indubitável sua importância como:
A) um recurso de participação humana e de formação para a cidadania.
B) Pela necessidade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
 C)Como fonte de humanização.” (Ferreira, 2011).
Para a autora, Gestão é tomada de decisão, é organização, é direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel.
 Constitui-se de princípios .Estes princípios, entretanto não são intrínsecos à gestão como a concebia a administração clássica, mas são princípios sociais, visto que a gestão da educação se destina à promoção humana. 
A gestão da educação é responsável pela formação humana de cidadãos. 
Quais são os princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridos ? 
 Uma educação comprometida com a "sabedoria" de viver junto respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um mundo mais humano e justo para todos os que nele habitam,independentemente de raça, cor,credo ou opção de vida.
[...] a gestão democrática da educação é hoje, um valor já consagrado no Brasil e no mundo, embora ainda não totalmente compreendido e incorporado à prática social global e à prática educacional brasileira e mundial. É indubitável sua importância como um recurso de participação humana e de formação para a cidadania. É indubitável sua necessidade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É indubitável sua importância como fonte de humanização. 
Na obra Tocqueville (1969, p.49) Democracia na América advertiu sobre os perigos do fenômeno individualista, nome novo para a ideia simples :o egoísmo, especialmente fecundo em solos ditos democráticos.
Aos olhos de Tocqueville (1805 a 1859)
 Democrática é a sociedade em que:
Não subsistem de ordens e de classes;
Em que todos os indivíduos que compõem a coletividade são socialmente iguais.
A igualdade social significa a inexistência de diferenças hereditárias de condições, o que quer dizer que todas as ocupações, todas as profissões são acessíveis a todos. 
Temos a idéia de democracia como igualdade social.
“Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.”
“Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mas não desiste. Boniteza que se esvai de minha prática se, cheio de mim mesmo, arrogante e desdenhoso dos alunos, não canso de me admirar.” 
(Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia, São Paulo, Paz e Terra, 2011)
. Sabemos, também, que queremos um mundo mais justo e humano, onde a equidade, a solidariedade e a felicidade existam em todos os espaços e para todas as pessoas.
A autora defende duas teses de um VERDADEIRO EDUCADOR COMPROMISSADO:
Teses:
1ª A gestão democrática assenta-se na participação efetiva de sujeitos conscientes, fortes de caráter e ajustados emocionalmente.
2ª A formação humana: o indivíduo só se torna um ser humano forte intelectualmente, ajustado emocionalmente, rico de caráter, habilitado tecnicamente se lhe for possibilitada a formação humana.

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