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Documento defesa de autuação

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DEFESA DE AUTUAÇÃO JUNTO À POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
 Rio de janeiro, 10 de janeiro de 2018.
Prezados Senhores Avaliadores
 Eu, Danilo Mantoano de Souza, portador da Carteira de Identidade nº 06696056-8 e do CPF nº 73762350787, servidor público da área de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, mais precisamente do Serviço de Operações Especiais (SOE-GSE), Id. Funcional 1979693-5, venho respeitosamente à presença de V.Sª, com fundamento na Lei 9503/97, interpor DEFESA DE AUTUAÇÃO contra a aplicação de penalidade interposta por Agente de Autuação de Trânsito, em 20 de novembro de 2017, na BR 101, KM-274 UF/RJ-crecente, da Rodovia Governador Mário Covas, no bairro Lagoa Verde, no município de Tanguá/RJ, sendo o Auto de Infração de nº T132472414, conforme anexo.
 Inicialmente venho me colocar na condição de legítimo infrator da autuação verificada e de forma alguma tenho o desidero de me eximir da responsabilidade como condutor de veículo automotor. Insta esclarecer que o motivo que me levou a Ultrapassar pelo Acostamento é que eu estava viajando com a minha família na referida rodovia quando um veículo em atitude suspeita com 04 elementos em seu interior emparelhou ao lado do meu veículo e para evitar uma reação tanto da minha parte quanto da parte oposta (miliantes), eu Inspetor Penitenciário, lotado no SOE-GSE-Bangu, no Grupamento de Operações Especiais vi a necessidade de esticar mais ou menos uns 200 metros saindo pelo acostamento e aguardando a oportunidade de entrar novamente na via de circulação, dispersando assim a atenção dos miliantes. Cabe esclarecer também que não houve a intenção de burlar as normas de trânsito, nem houve tempo hábil de identificar o veículo supra-citado, bem como observar se havia ou não alguma autoridade de trânsito ou alguma viatura policial para pedir auxílio.
 Sabemos que o inciso I, do artigo 29, da Lei 9503/97 admite algumas exceçoes, nas vias devidamente sinalizadas, bem como preceitua o inciso V, do mesmo artigo e da mesma lei, ''Quando se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais'', reforçando ainda mais o inciso XI, letra C do referido artigo e da mesma lei: ''Todo condutor deverá, antes de efetuar a ultrapassagem, certificar-se de que: C) Retornar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito de veículos que as ultrapassou (Cópia em Anexo).
 Sabemos que o Estado do Rio de Janeiro viveu e vive nos últimos anos uma verdadeira guerra civil com violência por todos os lados onde o inocente paga com a vida, bem como os policiais são vitimados e, por exercer uma profissão de alta periculosidade e estar com a família no carro houve a necessidade de se evitar tal risco, tendo em vista que nós temos o direito de proteger a nossa integridade física e de outrem.
 Cabe destacar que não tenho o ânimo de depreciar o trabalho do Agente de Trânsito responsável pela autuação correspondente, mas entendo que a mesma foi feita de ''Forma Equivocada'', e não razoável, haja vista, o fato desse signatário ter ultrapassado pelo acostamento a uma distância não mais de 200 metros e sim ter evitado um transtorno maior, sabendo que o artigo 5º da Constituição Brasileira defende ''A vida" como um bem maior que o ser humano pode ter, sendo esse, reconhecido como Direito Fundamental do cidadão, e no meu caso especificamente, por exercer atividade de risco.
 Outra exemplo de exceçao, que assim pode ser considerada, conforme letra C, inciso XI, do artigo 29, da Lei 9503/97 é quando o condutor de veículo estar no acostamento na área pontilhada, com seta ligada ou fazendo gesto convencional de braço indicando a intenção de entrar na faixa de trânsito de origem não havendo espaço suficiente para adentrá-lo, seja por despercepção dos motoristas que já se encontram na pista de rolamento ou não observou a intenção do condutor de entrar na via e ultrapassar a área da linha pontilhada e começar a linha branca que divide o acostamento da pista de rolamento. O condutor que nele estiver (acostamento) deve aguardar a oportunidade de entrar na fila, ou seja, na faixa de trânsito de origem com a seta ligada ou fazendo gesto convencional de braço, este condutor não deverá ou não deveria ser punido por estar transitando na faixa branca por aquele tempo ou distância.
 Insta esclarecer, como profissional da área de Segurança Pública, que devemos respeitar as Leis, as Normas de Trânsito, as Autoridades constituídas por este Estado Democrático de Direito bem como devemos Defender a nossa Integridade Física e a de Terceiros contra as investidas de marginais que estão caçando policiais, haja vista, por se tratar de uma área basicamente rural onde os miliantes se usurfrui dessa vantagem bem como as ultilizam como instrumento de fuga.
 Mormente a esse lamentável episódio, esse servidor deixa claro que tem plena ciência que as normas de trânsito foram feitas para serem cumpridas de forma genéricas, isto é, indistintamente, mas é de se reconhecer também que a burocracia institucionalizada pelo Estado não pode sobrepor-se aos Direitos Individuais e a observância dos Princípios Constitucionais, tais como: O Princípio da Transparência, da Moralidade, da Razoabilidade, da Dignidade da Pessoa Humana, princípios estes observados pelo atual Estado Democrático de Direito.
 Acredito e desejo piamente que esta Ilustre Junta Administrativa de Defesa de Autuação da Polícia Rodoviária Federal, aproveitará de toda sensibilidade e experiência que possuem no julgamento dessa Defesa Prévia, pois tudo o que fora apresentado nesta ocasião por este signatário, reflete a mais pura verdade. E com vistas aos fatos alegados até aqui é que solicito a V.Sª o cancelamento da penalidade imposta por essa ''suposta'' infração de trânsito que de forma equivocada está sendo aplicada de forma indiscriminada, visto que não houve qualquer manifestação de intenção ou dolo desse requerente, em fazer a ultrapassagem pelo acostamento, assim como, não sejam computados a perda de pontos no prontuário desse requerente ou que seja anulado caso já tenha sido registrados.
 Demando, novamente para citar dois brocados ditos por um dos homens mais importante deste país, o intelectual Ex-Ministro da Fazenda o Ilustríssimo Sr. Rui Barbosa: ''O homem que não luta pelos seus direitos não merece viver''; ''O princípio da igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam''.
 De fato, esses princípios são existênciais e merecem ser analisados de forma individualizados, pois o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que trata da igualdade formal, serve de parâmetro para informar e assegurar que tais dispositivos trazem total proteção por serem detentores de relevantes valores.
 
 Aproveito a oportunidade paraq reiterar votos de estima e consideração.
 Atenciosamente
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Danilo Mantoano de Souza
Id: 1979693-5
CPF: 73762350787

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