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recurso DE MULTA DE TRANSITO

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Ilmo. Sr. Diretor do Departamento de Operação do Sistema Viário – DSV
_____(nome completo)_____, brasileiro(a), __(estado civil)__, __(profissão)__, residente e domiciliado na Rua ______________, nº__, __(cidade)__, condutor do veículo placa ______, marca/modelo ________, cor ________, espécie _______, categoria _________, ano ____, __(Município)__, tendo recebido a notificação, nº _____, correspondente ao auto de infração acusando infração no dia __/__/____, às __ horas, na Rua _______________, n.º _____, correspondente ao enquadramento, do Código Nacional do Trânsito, ou seja, infração, VEM INTERPOR RECURSO, ALEGANDO EM SUA DEFESA, O SEGUINTE:
1-(O Art. 280 do CTB em seu § 2º, diz que a infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
A ÚNICA maneira do órgão de trânsito autuar um motorista por excesso de velocidade é através de um aparelho eletrônico.
Não existe outra forma!
Sendo assim, os medidores de velocidade se tornam indispensáveis na fiscalização de trânsito.
Por esta razão, estes equipamentos medidores devem ser previamente regulamentados pelo CONTRAN, o que ocorre através desta Resolução 396/11.
Todavia, para que estes equipamentos possam autuar, é necessário que sejam aprovados e inspecionados pelo INMETRO.
Vamos ver o que diz a norma:
Art. 3º O medidor de velocidade de veículos deve observar os seguintes requisitos:
I - ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, atendendo à legislação metrológica em vigor e aos requisitos estabelecidos nesta Resolução;
II - ser aprovado na verificação metrológica pelo INMETRO ou entidade por ele delegada;
III - ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele delegada obrigatoriamente com periodicidade máxima de 12 (doze) meses e, eventualmente, conforme determina a legislação metrológica em vigência.
Nesse sentido, o primeiro argumento que você deve utilizar é questionando o órgão de trânsito sobre a aferição do INMETRO no aparelho que realizou a autuação, se o mesmo foi verificado nos últimos 12 meses como manda o CONTRAN.
Se você já foi autuado numa infração por excesso de velocidade, provavelmente já tenha observado que na notificação geralmente consta a data em que o aparelho medidor de velocidade foi aferido ou inspecionado pelo INMETRO pela última vez.
E como você já pode adivinhar a data é sempre inferior a 12 meses.
Todavia, tal informação pode estar incorreta.
Mesmo que na notificação da multa consta que a data da última verificação do INMETRO seja inferior a 12 meses, é necessário requerer mediante defesa ou recurso, que o órgão de trânsito junte aos autos do processo administrativo o laudo que aferiu o aparelho medidor de velocidade usado pra lhe autuar.
Apesar de que o órgão de trânsito como parte da administração pública goza da presunção de legitimidade de seus atos, a chamada “fé pública”, ainda assim podem ocorrer erros (propositais?) referente a data de aferição.
Portanto, na sua defesa você deve questionar se o aparelho foi ou não aferido pelo INMETRO nos últimos 12 meses, e caso não tenha sido, peça a anulação da multa.
2-A sinalização nas vias por meio de placas é essencial e necessária para que os motoristas possam ser informados a respeito da velocidade permitida para aquele determinado trecho de rodovia.
Se não existir a sinalização ou ela for insuficiente ou incorreta, é possível anular uma multa por excesso de velocidade.
O Art. 90 do CTB ensina que não serão aplicadas as sanções previstas no Código de Trânsito por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.
Sendo assim, o órgão de trânsito com circunscrição sobre a via é o responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação (§ 1º).
Nesse sentido, diante destas normas legais, se na rodovia, estrada, rua ou avenida em que você tenha sido autuado por infração de excesso de velocidade, não houver sinalização informando o limite de velocidade para aquele trecho, ou se esta não for suficiente para informar o motorista, deve a multa ser anulada.
No entanto, é necessário produzir provas desta alegação.
Se for, por exemplo, numa rodovia em que você tenha sido autuado e por onde você não retornará por um bom tempo, dificilmente se conseguirá provar que não há sinalização naquela rodovia.
Salvo se o Google lhe ajudar é claro!
Mas o ideal seria tirar fotos e juntar na defesa.
Já nos casos de avenidas do seu município onde geralmente é instalado um medidor de velocidade tipo fixos, ficaria até mais fácil comprovar a falta ou a insuficiência da sinalização, e assim poder anular a multa.
Este, portanto é o 2º argumento que você pode usar na sua defesa.
3-O Art. 4º da Resolução 396/11 prevê que à autoridade ou órgão de trânsito autuador com circunscrição sobre a via, é o responsável por determinar a localização, a sinalização, a instalação e a operação dos medidores de velocidade do tipo fixo.
Para que estes medidores de velocidade sejam instalados nas rodovias e passem a funcionar e a autuar motoristas, é necessário que seja realizado um estudo técnico que venha a comprovar a necessidade de controle ou redução do limite de velocidade no local, garantindo a visibilidade do equipamento (§ 2º).
Portanto, quando você for autuado numa infração por excesso de velocidade sendo o aparelho um tipo fixo, como lombada eletrônica ou pardal, é necessário que tenha sido realizado estudo técnico que determine a necessidade da instalação deste aparelho naquele trecho de rodovia.
Desta maneira, quando você apresentar a sua defesa contra a autuação ou o recurso, faça o pedido para que o órgão autuador junte o estudo técnico no processo administrativo.
Os estudos técnicos devem estar disponíveis ao público na sede do órgão ou entidade de trânsito, devendo ser encaminhados às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI dos respectivos órgãos, e ainda ser encaminhados ao órgão máximo executivo de trânsito da União e aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN ou ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRADIFE, quando por eles solicitados (§ 6º, inc. I, II e III).
Se este estudo não foi realizado pelo órgão autuador, então a multa é nula de pleno direito, uma vez que deixou de obedecer as normas do CONTRAN, o que torna inviável a aplicação da multa.
4-O Art. 4 § 7º da Res. 396/11, diz que quando em determinado trecho da via houver instalado medidor de velocidade do tipo fixo, os equipamentos dos tipos estático, portátil e móvel, somente poderão ser utilizados a uma distância mínima daquele equipamento de quinhentos metros em vias urbanas e trechos de vias rurais com características de via urbana, e dois quilômetros em vias rurais e vias de trânsito rápido (I e II).
Portanto, quando houver um medidor tipo fixo instalado, a fiscalização com outros tipos de aparelhos somente poderão ser utilizados a determinadas distâncias como vemos acima.
O não cumprimento deste dispositivo poderá gerar a nulidade da infração.
5-O Art. 5º da Res. 396/11 e seus 3 incisos, determinam que a notificação da autuação ou a de penalidade, devem conter além do previsto no CTB e na legislação complementar, expressas em km/h, a velocidade medida pelo instrumento ou equipamento medidor de velocidade; a velocidade considerada para efeito da aplicação da penalidade; e a velocidade regulamentada para a via.
Quando a norma diz que “além do disposto no CTB”, está se referindo também ao Art. 280 e seus incisos que preveem que quando ocorrer qualquer infração prevista no CTB, deverá ser lavrado o auto de infração que constará a tipificação da infração, o local, data e hora do cometimento da infração, os caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie,e outros elementos julgados necessários à sua identificação, além do prontuário do condutor sempre que possível (este não possui qualquer validade), a identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração e a assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração.
Desta maneira, se a notificação de autuação não conter algum destes itens acima previsto, trata-se de um erro de formalidade do órgão de trânsito o que gera a anulação e arquivamento da multa por excesso de velocidade.
6-Outro erro cometido pelos órgãos de trânsito que pode ser usado como argumento para requerer a anulação das multas por excesso de velocidade, diz respeito a porcentagem de tolerância entre o limite de velocidade para aquela via, a medição de velocidade e a velocidade considerada.
No Art. 5º e § 1º da Res. 396/11 do CONTRAN, objeto do nosso estudo, diz que para configurar aas infrações previstas no art. 218 do CTB, a velocidade considerada para efeito da aplicação da penalidade será o resultado da subtração da velocidade medida pelo instrumento ou equipamento pelo erro máximo admitido previsto na legislação metrológica em vigor, conforme tabela de valores referenciais de velocidade e tabela para enquadramento infracional constantes do Anexo II.
Observações:
1. VM – VELOCIDADE MEDIDA (Km/h) VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (Km/h)
Para velocidades medidas superiores aos indicados na tabela, considerar o erro máximo admissível de 7%, com arredondamento matemático para se calcular a velocidade considerada.
Já no que diz respeito ao enquadramento, segue a tabela:
12 Argumentos que voc poder usar na sua Defesa ou Recurso de Multa de Trnsito.
7-Já vimos acima no argumento 2º, que a sinalização é obrigatória nas vias de trânsito para que o motorista seja informado a respeito da velocidade máxima permitida.
Logicamente, que por sinalização entende-se todo o tipo de sinalização, e não apenas as placas que informam o limite de velocidade.
Contudo, no caso do nosso estudo, a sinalização que nos referimos é a placa que informa a velocidade permitida para determinado local.
No Art. 6º da Res. 396/11, diz que a fiscalização de velocidade deve ocorrer em vias com sinalização de regulamentação de velocidade máxima permitida (placa R-19), de forma a garantir a segurança viária e informar aos condutores dos veículos a velocidade permitida para aquele trecho de rodovia.
Portanto, é obrigatório que a autoridade de trânsito que possui competência para autuar em determinado local, instalar a sinalização (placa) informando o limite máximo de velocidade.
Se não houver esta placa R-19 informando os motoristas, então o que vale é a velocidade prevista no Art. 61 do CTB, como veremos logo abaixo no próximo argumento.
Destacamos ainda 2 pontos referente á sinalização:
No § 1º do Art. 6º da Res. 396/11 do CONTRAN que estamos estudando, prevê que a fiscalização de velocidade com medidor do tipo móvel só pode ocorrer em vias rurais e vias urbanas de trânsito rápido sinalizadas com a placa R-19 conforme legislação em vigor e onde não ocorra variação de velocidade em trechos menores que 5 (cinco) km.
Porém, como já vimos na introdução este tipo de medidor de velocidade que é instalado em veículo em movimento, é pouco utilizado pelos agentes de trânsito.
A justificativa para o pouco ou nenhum uso deste aparelho, talvez seja que a própria Res. 396/11 no art. 7º e § 2º, prevê que o aparelho medidor móvel deve estar visível aos condutores, o que neste caso seria bem difícil, uma vez que ambos os veículos tanto o do policial e dos motoristas, estariam em movimento, o que dificultaria a visibilidade do aparelho (ainda mais se estiver dentro da viatura policial).
Mas caso você for autuado por este aparelho tipo móvel, o mesmo só poderá ser utilizado em vias rurais e vias urbanas de trânsito rápido sinalizadas com a placa R-19, e onde não ocorra variação de velocidade em trechos menores que 5 (cinco) km.
Outro ponto importante a destacar, é o que está previsto no § 3º do art , 6º, que prevê que para a fiscalização de velocidade com medidor dos tipos fixo, estático ou portátil, deve ser observada entre a placa R-19 e o medidor de velocidade, uma distância compreendida no intervalo estabelecido na tabela constante do Anexo IV, facultada a repetição da placa em distâncias menores, conforme ilustração abaixo:
Portanto, se entre a placa de sinalização informando os motoristas sobre o limite de velocidade para aquele local, não houver esta distância, tal multa deve ser anulada.
8-Em trechos de estradas e rodovias onde não houver placa R-19, poderá ser realizada a fiscalização com medidores de velocidade dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB (Art. 7º da Res. 396/11).
Vimos no argumento 4º sobre a instalação do medidor de velocidade tipo FIXO nas rodovias e estradas, onde além do estúdio técnico, o órgão de trânsito precisa obrigatoriamente sinalizar a rodovia através de placas informando os motoristas sobre o limite de velocidade.
Perceba que no Art. 7 que lemos acima, prevê que a fiscalização onde não houver sinalização por meio de placa, os medidores de velocidade serão os do tipo móvel, estático ou portátil, não mencionando o tipo fixo, justamente por este quando instalado em rodovia ou estradas, presume-se pelo Art. 4º que a placa deve estar instalada.
Assim sendo, quando não houver sinalização naquele trecho de rodovia, e a fiscalização for por meio de medidor não fixo, os limites de velocidade serão os previstos no CTB.
O Art. 61 § 1º do Código de Trânsito ensina que a velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito, e onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
Portanto, se você for autuado uma infração por excesso de velocidade sendo o medidor de velocidade um dos tipos móvel, estático ou portátil e não houver sinalização na via por meio da placa R-19, o que vale são os limites de velocidade informados no CTB.
9-Em trechos de estradas e rodovias onde não houver placa R-19 poderá ser realizada a fiscalização com medidores de velocidade dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do Código de Trânsito Brasileiro (Art. 7º).
Além disso, quando ocorrer a fiscalização na forma prevista no art. 7º, e sendo utilizado o medidor do tipo portátil ou móvel, a ausência da sinalização deverá ser informada no campo “observações” do auto de infração (§ 1º).
Portanto, não havendo placa informando os motoristas sobre o limite de velocidade, o Policial deverá descrever no próprio auto de infração lavrado, que não há sinalização naquele trecho de rodovia.
Já no caso de fiscalização de velocidade com medidor dos tipos portátil e móvel sem registrador de imagens, o agente de trânsito deverá descrever no campo “observações” do auto de infração qual o local de instalação da placa R-19, exceto na situação prevista no art. 7º que vimos acima (§ 2º do Art. 6º).
Estas são as situações que deverão ser informadas pelo policial ou agente de trânsito sob pena de nulidade do Auto de Infração.
10-Este assunto da visibilidade ou não dos aparelhos ainda gera muita polêmica na sociedade.
Enquanto uns entendem que os aparelhos devem estar escondidosdos motoristas como ocorre muito hoje em dia, outros entendem que devem estar visíveis aos motoristas.
E estes últimos estão com a razão!
O § 2º do Art. 7º da Res. 396/11 do CONTRAN diz o seguinte:
Para cumprimento do disposto no caput (do art. 7º), a operação do equipamento deverá estar visível aos condutores.
Vamos ver o que diz o art. 7º para entendermos melhor:
Art. 7º Em trechos de estradas e rodovias onde não houver placa R-19 poderá ser realizada a fiscalização com medidores de velocidade dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB.
Veja que os aparelhos que são operados pelos policiais DEVEM estar visíveis aos condutores de veículos.
Claro que a norma diz nos casos onde não houver placa R-19. Contudo, frente ao princípio da publicidade dos atos públicos, este preceito vale em qualquer situação, tendo ou não placa de sinalização informando o limite de velocidade.
Então, quando você perceber que policiais ou agentes de trânsito estão operando estes tipos de aparelhos escondidos atrás de uma árvore ou de postes, por exemplo, tais autuações são nulas frente a esta norma do CONTRAN e do princípio da publicidade.
Posto aqui dois vídeos interessantes que demostram as irregularidades cometidas pelos agentes de trânsito, que flagram motoristas sem a devida visibilidade dos aparelhos.
Como disse na introdução deste estudo, não sou contra multar mesmo porque muitos motoristas abusam da velocidade e podem causar graves acidentes. No entanto, isso não significa que os órgãos de trânsito através de seus agentes, possam descumprir as normas legais como é nos casos dos vídeos acima.
Desta maneira, se você for autuado por um aparelho medidor de velocidade que esteja escondido (e se você conseguir provar é claro), a multa deve ser anulada.
11-Quando o local ou trecho da via possuir velocidade máxima permitida por tipo de veículo, a sinalização por meio da placa R-19 deverá estar acompanhada da informação complementar, na forma do Anexo V (Art. 8º).
Vejamos o que diz este anexo V:
Nesse sentido, para cumprimento do estabelecido no art. 8, os tipos de veículos devem estar classificados conforme as duas denominações descritas abaixo (§ 1º):
I - “VEÍCULOS LEVES” correspondendo a ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta, com peso bruto total - PBT inferior ou igual a 3.500 kg.
II - “VEÍCULOS PESADOS” correspondendo a ônibus, micro-ônibus, caminhão, caminhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou semirreboque e suas combinações.
§ 2º “VEÍCULO LEVE” tracionando outro veículo equipara-se a “VEÍCULO PESADO” para fins de fiscalização.
Note prezado leitor, que existe diferença entre a velocidade máxima permitida para um veículo leve, e outra para veículo pesado.
Por exemplo, se você possui um veículo leve e o limite de velocidade é de 60Km naquela rodovia, e você passou a 80 Km, mas existe placa R-19 informando que para o seu tipo de veículo o limite de velocidade é 80 Km, tal multa será nula.
12- ART. 218 CTB:Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento): (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
Apelo defensivo: absolvição por atipicidade da conduta, pois o agente não agiu com inobservância do dever de cuidado, tendo ocorrido caso fortuito, já que teve a perda de um ente querido e estavca indo para o enterro do mesmo, o que causou o descuido na velocidade do veiculo. A discussão cinge-se, tão somente, acerca da alegação do acusado de ter de uma repentina e transitória imprudência, causado por abatimento sentimental pela perda. Os laud(...)
certidão de obito: ...
Portanto, se a velocidade considerada não estiver de acordo com estas tabelas, a multa deve ser anulada.
Pelo exposto, requer o encaminhamento ao órgão julgador, para que aprecie os argumentos invocados como for de direito.
____________________
Data
_________________________
Assinatura do requerente

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