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Prova 2 – FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL TROMBROSE VENOSA PROFUNDA Processo trombótico agudo que ocorre no sistema venoso profundo de forma oclusiva ou não. Trombogênese: a TVP é caracterizada pela tríade de Virchow, que é a lesão endotelial, estase circulatória (diminuição do fluxo) e alteração da coagulação. Isso ocorre quando o paciente está acamado, pós operado. Avalia-se pelo sinal da bandeira, teste de thomas, temperatura. Há a diminuição do fluxo, com isso, uma agregação plaquetária principalmente na interface com as válvulas, formando um trombo que se agrega na parede ou na válvula, gera uma reação local com agregação de proteína de adesão que tornam o trombo maior. Fatores de risco: Idade (quanto maior, maior o risco), imobilização, obesidade, tromboembolismo prévio, varicosidades, infecções, neoplasias, gravidez e puerpério, anticoncepcionais (diminui a ação da antitrombina III e plasminogênio), traumatismo, causas genéticas. Causas genéticas conhecidas podem explicar 50% dos fenômenos tromboembólicos. Sinal importante: paciente com simples imobilização e dispneia, pode suspeitar-se de embolia pulmonar (EP)! Trombose arterial é muito grave, leva a amputação ou óbito. Quadro clínico: Dor (sintoma mais frequente), edema (empastamento), taquicardia, aumento da temperatura, aumento da circulação colateral, palidez e cianose. TVP+ embolia pulmonar = trombroembolismo venoso Complicações: liberação do trombo na corrente sanguínea: embolia pulmonar, insuficiência venosa crônica, hipertensão pulmonar (EP recorrente). Características da EP: dispneia, taquipineia, dor pleurítica, hemoptise (escarro com sangue), ICD (insuficiência cardíaca direita), síncope (desmaios), colapso cardiovascular Diagnóstico clínico TVP: dor/edema/aumento da consistência; dor a palpação muscular; dor no trajeto venoso; sinal de homans positivo(palpa-se entre a cabeça dos gastrocnêmios e faz uma dorsiflexão forçada. Positivo para dor que acompanha o fluxo); dilatação de veias superficiais; cianose; aumento de 2 a 3ºC no membro acometido. Na EP exige muita atenção por parte do médico, o exame para diagnóstico é cintilografia pulmonar. Prevenção: Medicamentos anti-coagulantes / fisioterapia motora no leito/ deambulação/ meias/ compressão pneumática intermitente/ exercícios respiratórios. Deve-se começar a fisioterapia após 24h pós diagnóstico de TVP. Cuidado: Esperar liberação para a realização de exercícios após a TVP. Uso de meias após TVP: 1 ano após a TVP. Quando o trombo se adere ao vaso, inicia-se um processo inflamatório no vaso que vai culminar no processo de cicatrização. Por mais que há o tratamento com os medicamentos, a cicatrização ficará comprometida, tornando o vaso mais rígido, podendo evoluir para insuficiência venosa pós TVP. A pressão no sistema profundo aumenta, com isso a perfurante não consegue e permite que há refluxo de sangue pro sistema superficial. ÚLCERAS Causas de ulcerações de MMII: Arterial: arteriosclerose, tromboangite aguda, úlcera hipertensiva, doença auto imune. Características: grave! Pode evoluir para amputação. Tecido necrótico, com escara Venosa: Sequela de TVP, varizes primárias, reações pós injeção esclerosante Características: dermatite ocre, ressecativa, borda levemente regular Infecciosa: bacterioses (piodermite, osteomelite, tuberculose), micoses profundas (blasteomicose, esporotricose), protozooses (leishmaniose) Hemopática: policitemia vera, anemia falciforme Neoplásica: carcinoma espino e basocelular, melanoma Traumática: traumatismo físico, radiação queimadura, picada de insetos e animais e decúbito Neuropática: lesão medular e neuropatia periférica. Características: geralmente se dá em locais de pressão Úlceras por pressão: presentes em pacientes com neuropatia. Classificação: Grau I – eritema não branqueável – ruborização da pele que não branqueia sob pressão. Em indivíduos de raça negra pode notar-se a presença de descoloração, calor, edema ou dureza da epiderme. Úlcera fechada. A hiperemia do grau 1 é o mesmo mecanismo que ocorre no gelo: ?? – confirmar – prova!! O O2 não se dissocia tão livremente da hemoglobina a baixas temperaturas, portanto, o sangue, passando através do sistema venoso, está altamente oxigenado, dando uma cor mais vermelha à pele. Grau II – flictema ou abrasão – perda parcial de pele que envolve a epiderme e/ou a derme. Grau III – perda da espessura total da pele até a fáscia subjacente, mas sem atingir totalmente. Por outras palavras a destruição estende-se até a película que envolve os músculos Grau IV – destruição extensa, necrose dos tecidos ou lesão muscular, óssea ou das estruturas de apoio. A destruição atinge tecidos profundos como sejam os músculos e ossos. Tratamento: analgesia, diagnóstico etiológico (se a úlcera for aterial a perna tem que ficar para baixo, se for venosa a perna tem que ficar para cima), limpeza, proteção, elevação (exceto na isquêmica - arterial), tratar as varizes senão as úlceras não melhoram, estimular a proliferação (fase proliferativa do reparo), pomadas/fármacos, curativos biológicos, recursos terapêuticos: U.S/ Laser/ U.V./DLM/ Pressoterapia/ microcorrentes/ correntes de alta voltagem Simpatectomia dos ramos lobares: relaxa o tônus vascular por aproximadamente três meses (cuidado com o fenômeno de hemocinesia, que desvia o fluxo para as áreas sadias diminuindo o fluxo nas áreas afetadas) – para as úlceras isquêmicas LASER: técnicas de aplicação> Pontual nas bordas e varredura no centro Para fazer a varredura utiliza-se essa fórmula: T (tempo) (s) = d (dose) x a (área) P (Potência) (W) Dose: dosa-se de acordo com o efeito desejado. 1 a 3 – efeito circulatório e anti inflamatório 2 a 4 – efeito analgésico 3 a 6 – efeito regenerativo Área: mede-se base x altura da ferida Potência: o fabricante dá esse valor. Nessa fórmula está em watts e os aparelhos da fisio estão em mW, então deve-se dividir por mil para colocar na fórmula. Ex: 30 miliWatts, coloca-se no aparelho 0,03 W. Tempo: na fórmula está em segundos. Para aplicação divide-se por 60 para ver quantos minutos terá a aplicação. Modo: free (varredura) OBS: se o valor do tempo for muito alto (máximo 20 minutos), não faz-se varredura, utiliza-se a técnica pontual. Cobre a ferida com papel filme e faz pontual de 1 em 1 cm cada ponto. MICROCORRENTES: aplicação diretamente sobre a úlcera. I=50uA; f=0,5Hz ALTA VOLTAGEM (CPAV/EVA/ HVPS): possui polaridade, sendo dois eletrodos com a mesma polaridade e um dispersivo. Impulsos unidirecionais em pares que se elevam instantaneamente e decaem exponencialmente (duração par – 50 – 100us). Onda monofásica com voltagem superior a 100V e intensidade de corrente aproximadamente 1,5mA. Insuficiente para estimular o músculo desnervado e realizar iontoforese. Vantagem: voltagens mais altas ignoram a impedância da pele, permitindo utilização de baixas amplitudes. Aplicação: aplicador de mão, eletrodos de coxim (2 ou 4) e técnica bipolar. Indicações da CPAV: analgesia (teoria das comportas), relaxamento muscular (contração intermitente e aumento do fluxo sanguíneo), quebrando o ciclo dor- espasmo, diminuição do edema (cátodo repele as proteínas da área edemaciada, acelera a cicatrização (cátodo (negativo) – bactericida/ ânodo (positivo) – atrai fibroblastos). Técnica de aplicação: feridas – no leito com gaze estéril embebida em soro fisiológico com o eletrodo em cima da gaze. O eletrodo dispersivo fica a mais ou menos 20cm do eletrodo ativo. (MAIS USADO EM FERIDAS) Contra indicações: idem aos das outras formas de correntes.
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