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Prof. Severino Rodrigues de Farias Neto Unidade Acadêmica de Engenharia Química Operações Unitárias I Filtração 01/03/2018 FILTRAÇÃO Filtro prensa: FILTRAÇÃO Filtro prensa: FILTRAÇÃO Filtro prensa: FILTRAÇÃO Filtro Tambor Rotativo FILTRAÇÃO FILTRAÇÃO FILTRAÇÃO FILTRAÇÃO Filtro de Disco Rotativo FILTRAÇÃO Filtro de Disco Rotativo TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Henry Darcy em 1856 demonstrou que a velocidade média (u) de um fluido newtoniano quando escoa em regime laminar dentro de um leito poroso é proporcional ao gradiente de pressão e inversamente proporcional à distância percorrida. v = velocidade média do fluido (fora do leito), K = constante que depende das propriedades físicas do leito e do fluído. (-P) = queda de pressão através do leito; L = percurso realizado no leito poroso ( )P v K L TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Lei de Darcy h2 h1 q L dV Q v Adt A L p Kq TEÓRIA DA FILTRAÇÃO k K Ao chegar nesta equação, Darcy concluiu igualmente que as dimensões do leito poroso afetavam os resultados obtidos. A experiência de Darcy foi entendida a outros fluidos e, então, chegou-se a conclusão de que a constante de proporcionalidade K era também dependente da viscosidade, , e do peso específico, do fluido. TEÓRIA DA FILTRAÇÃO • k – constante de proporcionalidade que independe do tipo de fluido, desde que o meio poroso esteja completamente saturado com esse fluido. • k – representará exclusivamente do meio poroso denominado de permeabilidade absoluta. TEÓRIA DA FILTRAÇÃO 1 2h hkq A L Logo, a forma geral da lei de Darcy torna-se: A permeabilidade pode ser expressa analiticamente em função da porosidade do meio poroso e a formula mais difundida é a de Kozeny-Carman, pois satisfaz razoavelmente os dados experimentais, dado por: 3 2 2 1 1 1 p k S TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Substituindo Na equação de Darcy e assumido b = 5 (para leito fixo ou leito com movimentos suaves) e b = 3,36 (leito movendo rapidamente ou sedimentando) 3 2 2 1 1 1 p k S Δ𝑃 L = 𝜇 5 1 − 𝜀 2𝑆𝑝 2 𝜀3 𝑑𝑉 𝑑𝑡 1 𝐴 TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Durante a filtração a espessura da torta aumenta com o depósito de sólidos sobre a superfície no meio filtrante. A alteração da espessura da torta é acompanhada pela variação da vazão de fluido de diferencial de pressão e, consequentemente, um aumento no tempo de filtração. TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Se a torta apresenta uma permeabilidade constante, normalmente é consequência de uma concentração constante de sólidos na torta. O que é consistente com as equações de permeabilidade TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Observa-se na Figura a seção de um filtro em um tempo t (s). A espessura da torta é L (m). A área da seção transversal é A (m2), e a velocidade linear do filtrado na direção L é v (m/s) Suspensão Alimentação Filtrado Meio Filtrante dl L 2 32P v L D Onde: ∆p é a pressão (N/m2) v é a velocidade no tubo (m/s) D é o diâmetro (m) L é o comprimento (m) µ é a viscosidade (Pa.s) Equação de Poiseuille TEÓRIA DA FILTRAÇÃO No caso de fluxo laminar em um leito empacotado de partículas se usa a equação de Carman-Kozeny Onde: k1 - é uma constante para partículas de tamanho e forma definida µ - viscosidade do filtrado em Pa.s v - velocidade linear em m/s ε - porosidade da torta L - espessura da torta em m S0 - área superficial específica expressa em m 2 / m3 ∆Pc - diferença de pressão na torta N/m 2 2 2 1 0 3 (1 )cp k v S L TEÓRIA DA FILTRAÇÃO A velocidade linear é obtida por: Onde: Q - vazão de filtrado, m3/s V - volume de filtrado, m3 A - área transversal do filtro, m2 t - tempo de filtração, s /Q dV dt v A A A massa de partículas sólidas depositada na torta será: p s totalm c V Onde: c s - massa de sólidos, kg, por unidade de volume de filtrado, m 3 TEÓRIA DA FILTRAÇÃO )()1( LAVcLA sp p s A LAVc L )1( )( Onde: L - espessura da torta, m p - densidade das partículas, kg/m 3 TEÓRIA DA FILTRAÇÃO ( ) (1 ) s p c V LA L A /Q dV dt v A A Substituindo e em 2 2 1 0 3 (1 )cp k v S L Mostra-se que: 2 1 0 3 (1 ) c s p pdV k S c VAdt A TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Definindo-se a resistência especifica da torta, a, como sendo: Pode-se reescrever a equação Como sendo: 2 1 0 3 (1 ) c s p pdV k S c VAdt A 2 1 0 3 (1 ) p k S a c sV pdV cAdt A a TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Para se determinar a resistência do meio filtrante, Rm (m-1), emprega-se a lei de Darcy, logo: ou, 2 f pk q l f f m m dVp pQ dtq R A A R logo, f m pdV Adt R TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Como o escoamento ocorre em dois meios porosos, a torta e o meio filtrante, existem duas resistências ao escoamento: • a primeira, resistência devido a torta; • a segunda, referente ao meio filtrante. E estão dispostas em série, logo pode-se afirmar que: c fp p p Assim, Torta Filtro ou meio filtrante fc sV m ppdV cAdt R A a TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Logo, Inverte-se esta equação, s m dV p c VA dt R A a 2 ( ) ( ) s m cdt V R dV A p A p a a b TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Logo, dt aV b dV onde, 62 ,( ) sc sa mA p a 3, ( ) mR sb mA p TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Determinação do tempo de filtração dt aV b dV 0 0 t V dt aV b dV 2 2 V t a bV 62 ,( ) sc sa mA p a 3, ( ) mR sb mA p ? ? TEÓRIA DA FILTRAÇÃO Divide-se a equação para o tempo por V: 2 t a V b V t V V 2 a b 621 ,2 ( ) sc s mA p a 3, ( ) mR sb mA p 1 1, .(1 ) s m Kgka Os dados de uma filtração com uma suspensão de CaCO3 em água a 298,2 K (25°C), a uma pressão constante (-∆p) de 338 kN/m2, a concentração de alimentação é de 23,43 kg/m3 e um um filtro com área igual a 0,0439 m2. Calcule as constantes α e Rm a partir dos dados experimentais de volume de filtrado (m3) versus tempo de filtração (s). Estime o tempo necessário para filtrar 1m3 da mesma suspensão em um filtro industrial com 1m2 de área. Se o tempo limite para essa filtração fosse de 1h, qual deveria ser a área do filtro? Exemplo Tempo (s) Volume (m3) 4,4 0,498 x 10-3 9,5 1,000 x 10-3 16,3 1,501 x 10-3 24,6 2,000 x 10-3 34,7 2,498 x 10-3 46,1 3,002 x 10-3 59,0 3,506 x 10-3 73,6 4,004 x 10-3 89,4 4,502 x 10-3 107,3 5,009 x 10-3 Solução t(s) V (m3) t/V (s/m3) 4,4 0,498 x 10-3 8835,34 9,5 1,000 x 10-3 9500,00 16,3 1,501 x 10-3 10859,43 24,6 2,000 x 10-3 12300,00 34,7 2,498 x 10-3 13891,11 46,1 3,002 x 10-3 15356,43 59,0 3,506 x 10-3 16828,29 73,6 4,004 x 10-3 18381,62 89,4 4,502 x 10-3 19857,84 107,3 5,009 x 10-3 21421,44 Solução 0 5000 10000 15000 20000 25000 0,00E+00 2,00E-03 4,00E-03 6,00E-03 V x 10 t/V x 1 0 3 -3 Solução 6 63,0 10 2 a s m 36783,8 sb m y = 3E+06x + 6783,8 R2 = 0,9965 0 5000 10000 15000 20000 25000 0,00E+00 2,00E-03 4,00E-03 6,00E-03 V x 10 t/V x 1 0 3 -3 Solução 6 63,0 10 2 a s m 30,0068, sb m x 4 6 2 2 3 11 (8,937 10 ) ( ) (23,47) 2 6,00 10 ( ) (0,0439) (338 10 ) 1,863 10 1/ . sc x A p x x m kg a a a 4 m m 3 9 1 m μR (8,937 x10 )(R ) 6783,9 A( Δp) 0,0439 (338x10 ) R 1,13x10 m Solução V pA R V pA c t m s )(2 )( 2 2 a -4 11 4 92 3 2 3 (8,937 x 10 )(1,863 x 10 )(23,47) (8,937 10 )(1,13x10 )1 (338 10 ) 1 1 2 1(338 10 ) xx t x 5783,56 1,61 t segundos horas V = 1 m3 e A = 1 m2 UFCG-CCT-UAEQ
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