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06/03/2018 1 Professor: Afonso Andreozzi Neto Direito Civil 06/03/2018 2 NEGÓCIO JURÍDICO Conceito: é todo ato jurídico praticado pela pessoa natural ou jurídica, que tenha por intenção, adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Portanto, o conceito de negócio jurídico possui palavras importantes “ato praticado com base na intenção, pela pessoa natural ou jurídica. NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA Negócio jurídico (art. 104 ao 184, CC): manifestação de vontade humana, de acordo com o ordenamento jurídico, e que produz os efeitos desejados pelas partes "ex voluntate", ou seja, que estão de acordo com a vontade das partes. O ponto que diferencia o NEGÓCIO JURÍDICO do ATO JURÍDICO STRICTO SENSU (art. 185, CC) reside na EFICÁCIA Tanto o negócio jurídico quanto o ato jurídico stricto sensu são manifestação da vontade humana que estão de acordo com o ordenamento jurídico. 06/03/2018 3 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA A DIFERENÇA É: QUE NO NEGÓCIO JURÍDICO TEMOS UMA EFICÁCIA “EX VONTUNTATE”, PORQUE NO NEGÓCIO JURÍDICO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE IRÁ PRODUZIR OS EFEITOS DESEJADOS PELAS PARTES CONTRATANTES. JÁ NO ATO JURÍDICO “STRICTO SENSU”, TEMOS TAMBÉM UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE QUE É LICITA, CONTUDO OS EFEITOS PRODUZIDOS SÃO AQUELES IMPOSTOS PELA LEI, INDEPENDE DA INTENÇÃO DO AGENTE, A EFICÁCIA É “EX LEGE”. NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA EXEMPLO DE NEGÓCIO JURÍDICO: CELEBRAÇÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA E UM IMÓVEL EXEMPLO DE ATO JURÍDICO “STRICTO SENSU”: RECONHECIMENTO DE FILHO. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 26, permite que este filho seja reconhecido de vários modos: no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura, etc. Nesse caso, o agente não possui a autonomia de modificar os efeitos do reconhecimento da paternidade, excluindo o filho reconhecido da herança legal, por exemplo. 06/03/2018 4 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA O NEGÓCIO JURÍDICO, art. 104 ao art. 184, ATO JURÍDICO “STRICTO SENSU” - tratado em um único artigo (art. 185, CC), que remete ao operador do direito aplicar a este as regras relativas ao negócio jurídico, no que couber. NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA Pontes de Miranda entendeu que o NEGÓCIO JURÍDICO deve ser estudado pelo operador do direito sob 03 planos com base na teoria desenvolvida por ele, denominada de ESCADA PONTEANA. 1º Plano da Existência; 2º Plano da Validade; 3º Plano da Eficácia. 06/03/2018 5 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA A EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA dos negócios jurídicos. O art. 104 do CC diz que a VALIDADE do negócio jurídico requer: a) agente (ou parte); b) objeto; c) forma. * e a manifestação da vontade (intenção) que não está presente no artigo, mas também é um dos requisitos de validade. NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA,VALIDADE E EFICÁCIA Quando estudado o negócio jurídico, deve-se verificar: No plano da existência = verifica-se sua existência; No plano da validade = verifica-se sua validade de acordo com a norma; No plano da Eficácia = produziu efeitos. 06/03/2018 6 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA EXISTÊNCIA Para que exista o negócio jurídico devem estar presentes 04 elementos, três deles constam do art. 104, e o quarto a manifestação da vontade ou intenção: a) agente (ou parte); b) objeto; c) forma. * e a manifestação da vontade (intenção) livre e consciente. Estando presentes estes quatro elementos o negócio jurídico existe. 06/03/2018 7 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE Para que seja válido deve-se adjetivar esses elementos. COMO AS PARTES DEVEM SER? COMO O OBJETO DEVE SER? COMO DEVE SER SUA FORMA? COMO DEVE SER FORMALIZADO? NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE COM RELAÇÃO AO AGENTE OU PARTE: O agente deve ser capaz e legitimado + pessoa jurídica Pergunta-se: SÓ AS PESSOAS QUE POSSUEM CAPACIDADE PLENA (CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO) PODEM REALIZAR UM NEGÓCIO JURÍDICO? Não, os incapazes também podem realizar negócios jurídicos desde que estejam devidamente representadas ou assistidas. 06/03/2018 8 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE COM RELAÇÃO AO OBJETO: objeto lícito, possível, determinado ou determinável; lícito – contrato de compra e venda de imóvel, locação de veículos, prestação de serviços. Ilícito – contrato de compra e venda de maconha, contrato de matador de aluguel. NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE COM RELAÇÃO AO OBJETO: objeto lícito, possível, determinado ou determinável; Possível – compra de um apartamento na planta e o apartamento é devidamente entregue. Impossível – compra de um apartamento na planta, porém a construtora não consegue obter o alvará para construção por impossibilidade ambiental. 06/03/2018 9 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE COM RELAÇÃO AO OBJETO: objeto lícito, possível, determinado ou determinável; determinado – é o objeto certo, que é descrito pela: QUANTIDADE, GÊNERO E QUALIDADE. Determinável – é o objeto incerto, que é descrito pela: QUANTIDADE, GÊNERO E QUALIDADE (INCERTA). NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE COM RELAÇÃO A FORMA: PRESCRITA EM LEI: é aquela escrita, prevista em lei, ou seja quando o negócio jurídico requer uma forma especial, prescrita descrita na lei, o negócio jurídico terá que observar essa forma. Exemplo de forma prescrita em lei: L. 7.357/85 - cheque ou; NÃO DEFESA EM LEI – não proibida, não vedada, pela lei. Exemplo de forma vedada em lei: art. 29, §4º CLT. 06/03/2018 10 NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA PLANO DA VALIDADE COM RELAÇÃO A FORMA: NÃO DEFESA EM LEI – não proibida, não vedada, pela lei. Exemplo de forma vedada em lei: art. 29, §4º CLT. § 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. Pergunta-se: TODO NEGÓCIO JURÍDICO TEM UMA FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM LEI ( art. 107, CC)? NÃO, a regra do Código Civil é de que os negócios jurídicos tenham forma livre. NEGÓCIO JURÍDICO - EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA Preenchidos os planos da existência e da validade, podemos dizer que o negócio jurídico existe e é válido. Em regra, o negócio jurídico que existe e é válido, terá como uma consequência natural a eficácia imediata. Por exemplo: se uma pessoa vai e realiza um negócio jurídico com outra pessoa, com por exemplo a compra e venda de um veículo; Preenchidos todos os requisitos do plano existência e validade, a consequência natural é de que esse negócio jurídico produza efeitos de imediato. 06/03/2018 11 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo Exceção – Elemento Acidental Excepcionalmente as partes podem inserir uma CONDIÇÃO, um TERMO, ou um ENCARGO (MODO), com o objetivo específico de alterar ou determinar alguma consequência com relação aos efeitos do negócio jurídico. 06/03/2018 12 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO – subordinação evento futuro e incerto (art. 121, CC) Pergunta-se: E se o evento já ocorreu, contudo, as partes apenas não conhecem o resultado, neste caso se faz presente acondição? Neste caso não há CONDIÇÃO, somente irá existir condição se o evento for futuro e incerto. O efeito deve ocorrer ou não, após a manifestação de vontade das partes, devendo ser futuro. 06/03/2018 13 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO – subordinação evento futuro e incerto. (art. 121, CC) Pergunta-se: E se o evento já ocorreu, contudo, as partes apenas não conhecem o resultado, neste caso se faz presente a condição? Neste caso não há CONDIÇÃO, somente irá existir condição se o evento for futuro e incerto. O efeito deve ocorrer ou não, após a manifestação de vontade das partes, devendo ser futuro. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO – subordinação evento futuro e incerto. Exemplo de negócio jurídico sem cláusula condicionada: contrato de compra e venda de veículo em que o adimplemento seja realizado pelo adquirente, no ato da celebração do contrato (negócio jurídico gera efeitos de imediato). Exemplo de negócio jurídico com cláusula condicionada: Promessa de compra e venda de imóvel que somente será adquirido se for aprovado financiamento pela instituição bancária (não gera efeitos de imediato/eficácia contida). 06/03/2018 14 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Elementos da condição: Vontade das partes; Evento futuro; e, Evento incerto. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo 1º elemento vontade das partes: as partes voluntariamente inserem no negócio jurídico uma condição = condição voluntária Por esse motivo a condição é considerada um elemento acidental do negócio jurídico, pois ela não é essencial a sua validade. 06/03/2018 15 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo 2º elemento A condição tem que estar relacionada a um evento futuro. Exemplos: Possível aprovação de um financiamento em instituições bancárias; Possível Colação de Grau em Ensino Superior; Possível promoção de emprego. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo 2º elemento A condição tem que estar relacionada a um evento incerto. Exemplos: Ser aprovado no exame da OAB; Ser sorteado na mega-sena; Ser escolhido para uma vaga de emprego. 06/03/2018 16 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo A CONDIÇÃO é classificada em: Suspensiva (art. 125, CC); e, Resolutiva (arts. 127 e 128) NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO SUSPENSIVA (art. 125, CC) condição suspende a eficácia de negócio jurídico. subordina o início dos efeitos (eficácia) - evento futuro e incerto. 06/03/2018 17 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO SUSPENSIVA (art. 125, CC) Exemplo 1: Um contrato de trabalho que foi imposta uma condição suspensiva – O empregado terá direito de ser promovido à assessor jurídico da empresa, caso seja aprovado no Exame da OAB. Exemplo 2: Acordo numa ação de divórcio – o casal determina que dividirá o valor da venda do imóvel assim que for vendido. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO RESOLUTIVA (arts. 127 e 128) Resolver (terminar) Condição resolutiva, o negócio jurídico continuará produzindo efeitos, até que se verifique realizada essa condição, sendo possível o exercício dos direitos provenientes do negócio. Verificada a ocorrência da condição o negócio jurídico deixará de surtir efeitos e cessarão os direitos provenientes do negócio. 06/03/2018 18 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo CONDIÇÃO RESOLUTIVA (arts. 127 e 128) Exemplo 1: O aluno bolsista que perde o direito ao benefício, caso fique em dependência em mais de 03 matérias, ou tire nota inferior a média no bimestre. Exemplo 2: No caso de ação de divórcio em que fique acordado que o varão pagará a varoa pensão alimentícia até que ela contraia nova núpcias. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo TERMO Termo é o dia em que se inicia ou extingue a eficácia do negócio jurídico, neste sentido temos: TERMO INICIAL (art. 131, CC) = INÍCIO DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO TERMO FINAL (art. 135, CC) = EXTINÇÃO DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO 06/03/2018 19 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo TERMO Exemplo de termo inicial: Paulo alugou uma casa de veraneio para o dia 10 de dezembro. Apenas poderá exercer o direito a partir de 10 dezembro. Carlos começara a trabalhar na empresa em 30 dias. Apenas poderá prestar os serviços em 30 dias. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo TERMO Termo inicial O art. 131 do código civil estabelece que o termo suspende o exercício, mas não aquisição do direito. No caso do aluguel da casa de veraneio, a partir da assinatura do contrato de locação, esse contrato já gerou direitos; O direito já existe porém não pode ser exercido. 06/03/2018 20 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo TERMO Termo final = termo resolutivo Termo final é a data em que o negócio jurídico deixará de surtir efeitos. TERMO É DIFERENTE DE PRAZO = PRAZO É O LAPSO TEMPORAL. Prazo = a período – exemplo = período de 30 dias. O espaço de tempo entre o termo inicial e o termo final que é chamado de prazo. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo TERMO Termo final = termo resolutivo O art. 135 estabelece que: Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva. 06/03/2018 21 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO O que vem a ser encargo? Restrição – negócios jurídicos benéficos ou gratuitos. Exemplo: doação, empréstimo gratuito (comodato), testamento, promessa de recompensa, usufrutos. Não há que se falar em encargos em negócios onerosos, somente gratuitos. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO Impõe obrigação, ônus ao beneficiário. Exemplo: Uma pessoa de muitas posses, doa um terreno a um determinado município, mas com o encargo de que nesse terreno seja construído um grande Hospital. Como os demais elementos acidentais o encargo não é obrigatório em um negócio jurídico (acessório), somente vai existir pela vontade das partes. 06/03/2018 22 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO Impõe obrigação, ônus ao beneficiário. O beneficiário é obrigado a aceitar a liberalidade (negócio jurídico – ex. doação) e o encargo? Não, mas se aceitar a liberalidade que a ela esteja imposta um encargo, será obrigada a cumprir com a obrigação imposta. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO ATENÇÃO: ENCARGO É DIFERENTE DE CONTRAPRESTAÇÃO Encargo = relaciona-se com uma liberalidade (negócios jurídicos benéficos ou gratuitos); Contraprestação = prestação onerosa. O encargo não pode se confundir com uma contraprestação típica do negócio jurídico. 06/03/2018 23 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO De acordocom a redação do art. 136, CC, devemos estudá-lo em duas partes: Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito,[...] Como o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito o beneficiário do negócio jurídico, adquire o direito podendo exercê-lo desde o termo inicial da liberalidade, ainda que não cumprido o encargo. Exemplo: No caso hipotético que em que o disponente doou um terreno ao seu município com o encargo de que seja construído um hospital no imóvel. 06/03/2018 24 NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO Art. 136. [...] salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. Caso o disponente determine expressamente a imposição do encargo como condição suspensiva, o beneficiário apenas irá adquirir o direito de exercê-lo após a implementação da condição. Como previsto no art. 125, Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa. NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ACIDENTAIS: Condição, termo e encargo ENCARGO ou MODO Exemplo: se como no caso anterior o disponente tivesse condicionado a propriedade a construção do hospital, o munícipio apenas poderia exercer o direito de propriedade (receberia a doação) após o cumprimento da condição suspensiva a qual o negócio jurídico está subordinada. 06/03/2018 25 NEGÓCIO JURÍDICO – RESERVA MENTAL Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. RESERVA MENTAL Divergência entre a vontade declarada e a vontade intima da pessoa. Vontade é um dos pressupostos de validade do negócio jurídico, que deve se levar em conta a vontade declarada pela pessoa e não sua vontade íntima. Há reserva mental quando um dos contratantes reserva-se, secretamente, a intenção de não cumprir o contrato. NEGÓCIO JURÍDICO – RESERVA MENTAL Possibilidades previstas no art. 110, C.C.: Destinatário que tinha conhecimento da reserva mental; Destinatário que não tinha conhecimento da reserva mental. Por exemplo, no caso do destinatário não ter conhecimento da reserva mental do agente: Pedro celebra contrato de empréstimo com banco para quitar suas dívidas, no entanto faz reserva mental de receber o dinheiro e não pagar o empréstimo. Neste caso pouco importa o que pretende, terá que pagar as parcelas devidas. 06/03/2018 26 NEGÓCIO JURÍDICO – RESERVA MENTAL Possibilidades previstas no art. 110, C.C.: Destinatário que tinha conhecimento da reserva mental; Destinatário que não tinha conhecimento da reserva mental. Por exemplo, no caso do destinatário ter conhecimento da reserva mental do agente: QUANDO O DESTINATÁRIO DA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE TIVER CONHECIMENTO DA RESERVA MENTAL DO AGENTE, A MANIFESTAÇÃO DA VONTADE SERÁ INEXISTENTE. NEGÓCIO JURÍDICO – RESERVA MENTAL Possibilidades previstas no art. 110, C.C.: Destinatário que tinha conhecimento da reserva mental; Destinatário que não tinha conhecimento da reserva mental. Por exemplo, no caso do destinatário ter conhecimento da reserva mental do agente: QUANDO O DESTINATÁRIO DA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE TIVER CONHECIMENTO DA RESERVA MENTAL DO AGENTE, A MANIFESTAÇÃO DA VONTADE SERÁ INEXISTENTE. (NEGÓCIO JURÍDICO SERÁ CONSIDERADO INEXISTENTE). 06/03/2018 27 NEGÓCIO JURÍDICO – RESERVA MENTAL Por exemplo, no caso do destinatário ter conhecimento da reserva mental do agente: Paulo se casa com Ana tão somente, para que no futuro, se vier a óbito deixe em favor de Ana pensão por morte. Contudo, com o passar dos anos Paulo adquire bens na constância do suposto matrimônio, oportunidade quem que Ana toma conhecimento de seus bens e decide requerer o divórcio. Neste caso, como Ana tinha conhecimento da reserva mental de Paulo de não querer casar, e apenas deixar o benefício em seu favor, caso viesse a óbito. Ana não teria direito aos bens por ter conhecimento da reserva mental de Paulo. 06/03/2018 28 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO Dispostos no Código Civil do art. 138 ao 165. Estudando os negócios jurídicos vimos que: tanto no plano da existência como no plano da validade um dos elementos essenciais é a vontade, que por sua vez deve ser: livre, consciente, espontânea e de boa-fé. O QUE SÃO OS VÍCIOS OU DEFEITOS NO NEGÓCIO JURÍDICO? DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO Entre os vícios do Negócio Jurídico há uma separação: VÍCIO QUE INCIDE SOBRE A VONTADE = VÍCIO DO CONSENTIMENTO ou DA VONTADE REALIZADO NA INTENÇÃO DE PREJUDICAR TERCEIROS = VÍCIOS SOCIAIS 06/03/2018 29 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO ou DA VONTADE Incidem sobre o consentimento (vontade) da pessoa. O negócio jurídico decorre da vontade da pessoa, que deve realizar o negócio de livre e espontânea vontade e de forma consciente. Exemplo: ao assinar um contrato de compra e venda, a pessoa manifesta a vontade de comprar ou vender um bem. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO ou DA VONTADE Defeito/vício no negócio jurídico no que tange a vontade. Exemplo: assinar um cheque com uma arma apontada para a cabeça. São cinco os vícios do consentimento previstos no Código Civil. 06/03/2018 30 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro (art. 138 ao 144, CC) Dolo (art. 145 ao 150, CC) Coação (art. 151 ao 155, CC) Estado de Perigo (art. 156, CC) Lesão (157, CC) DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS SOCIAIS Negócio jurídico praticado com intenção de prejudicar terceiros; ferindo a lei ou a boa-fé. Vícios sociais – não existe a divergência entre a vontade real e a vontade declarada no negócio, considerando que foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros. Vícios sociais – Fraude contra Credores e Simulação (art. 158 ao 165, CC) 06/03/2018 31 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro Falsa percepção da realidade; Quando uma pessoa realiza um negócio jurídico viciado por erro; realizou o negócio jurídico porque teve uma falsa percepção sobre uma coisa, um objeto, ou sobre a pessoa, sobre o motivo, sobre o direito, sobre a natureza do negócio jurídico. Sobre algum aspecto determinante do negócio jurídico. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro Atenção: no Código Civil não existe diferença de tratamento entre o erro e a ignorância (capítulo IV, Secção I); São tidos por sinônimos; Erro é a falsa percepção da realidade; Ignorância tem-se um erro acentuado (pessoa acredita estar comprando um objeto, mas na realidade é outro totalmente diferente), completo desconhecimento da realidade. 06/03/2018 32 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro O que pode ocorrer quando um negócio jurídico for realizado com erro? Pode ser anulado (art. 138); Pode ser mantido, por ser um erro acidental (art. 142); Pode ser mantido, e o Erro pode ser corrigido para atender a vontade real do manifestante (art. 144). DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro Qual a consequência do erro ou ignorância no Código Civil? De acordo com o art. 178, CC, o negóciojurídico será taxado de anulável. Quando o negócio jurídico é anulável, qual a ação adequada? AÇÃO ANULATÓRIA. Prazo: 04 anos (contados a partir da celebração do negócio jurídico). 06/03/2018 33 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro (art. 138 ao 144, CC) Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro (art. 138 ao 144, CC) A anulabilidade do Negócio Jurídico pode se dar quando realizados com ERRO SUBSTANCIAL ou ESSENCIAL (art. 139, CC) Incide sobre um aspecto relevante, essencial, do negócio jurídico. Este contrapõe ao erro acidental. 06/03/2018 34 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro (art. 138 ao 144, CC) Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. O art. 138 do CC, trata também do ERRO ESCUSÁVEL. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO – VÍCIOS DO CONSENTIMENTO – Erro (art. 138 ao 144, CC) saber Escusabilidade ou cognoscibilidade? Os tribunais, hoje, têm substituído a escusabilidade pela cognoscibilidade. Atualmente a escusabilidade do erro tem sido substituída pelo princípio da cognoscibilidade (ou erro cognoscível). Ocorre quando o vício de vontade é suscetível de ser detectado pelo destinatário da declaração; quando o receptor da mensagem sabia ou devia saber do erro. Não se aplica ao contratante,mas ao contratado, o receptor. 06/03/2018 35 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro (art. 138 ao 144, CC) Segundo a doutrina tradicional, o erro, para que possa invalidar o negócio jurídico, deve ser: - substancial ou essencial; - escusável; - real (deve ser capaz de causar efetivo prejuízo concreto para o interessado). DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO Erro (art. 138 ao 144, CC) Enunciado 12 da I Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal Enunciado 12 – na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança. 06/03/2018 36 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - Exemplo de ERRO "AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO - COMPRA E VENDA DE OBRAS DE ARTE ? LAUDO PERICIAL QUE ATESTA A FALTA DE AUTENTICIDADE DOS QUADROS - ERRO SUBSTANCIAL CARACTERIZADO - NEGÓCIO JURÍDICO ANULADO - INTELIGÊNCIA DO ART. 138 DO CÓDIGO CIVIL - DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS - SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA ? RECURSO IMPROVIDO". (TJ-SP - APL: 01964806420088260100 SP 0196480-64.2008.8.26.0100, Relator: Renato Sartorelli, Data de Julgamento: 30/01/2013,26ª Câmara de Direito Privado,Data de Publicação: 01/02/2013) DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 1) ERRO QUANTO A NATUREZA DO ATO NEGOCIAL (art. 139, I): quando o agente se engana quanto ao tipo de negócio que estava celebrando. 06/03/2018 37 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - Exemplo de ERRO QUANTO A NATUREZA APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO - ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL - ERRO SUBSTANCIAL QUANTO À NATUREZA DO NEGÓCIO QUE DEVERIA SER UMA DOAÇÃO - DOLO COMPROVADO- ANULAÇÃO - POSSIBILIDADE. Considerando que as provas produzidas nos autos demonstram que houve erro substancial sobre a natureza do negócio que se leva a efeito, tendo em vista que a autora pretendia realizar uma doação à ré, com reserva de usufruto do imóvel para si, e não vender o bem, e verificando que a requerida tinha ciência do real interesse da autora, mas a induziu a celebrar negócio jurídico diverso do almejado, cabível a sua anulação, nos termos dos arts. 138, 139, I, 145 e 171, II, todos do Código Civil. (TJ-MG - AC: 10720120012060002 MG, Relator: João Cancio, Data de Julgamento: 07/07/2015,Câmaras Cíveis / 18ª CÂMARACÍVEL,Data de Publicação:13/07/2015) DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 2) ERRO QUANTO AO OBJETO PRINCIPAL DA DECLARAÇÃO, OU A ALGUMA DAS QUALIDADES A ELE ESSENCIAIS (art. 139, I). ERRO QUANTO AO OBJETO PRINCIPAL DO ATO NEGOCIAL - Neste caso o agente se equivoca quanto ao objeto propriamente dito. 06/03/2018 38 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO – EXEMPLO DE ERRO QUANTO AO OBJETO Responsabilidade civil - Dano moral - Contratação de título de capitalização - Erro substancial sobre o objeto, que era a aquisição de automóvel a prestações * Pretensão fundada na repercussão vexatória que a contratação causou perante parentes e amigos - Dano moral caracterizado ante o engodo ou a prática comercial condenável utilizada para cooptar o interesse do consumidor - Erro que levou à frustração de justas e legitimas expectativas - Indenização ao prudente arbítrio do juiz, com razoabilidade e proporcionalidade — Recurso do autor provido, com inversão dos ônus da sucumbência . (TJ-SP - APL: 91759055120098260000 SP 9175905- 51.2009.8.26.0000, Relator: Cerqueira Leite, Data de Julgamento: 11/12/2013, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:18/12/2013) DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 3) ERRO QUANTO AO OBJETO PRINCIPAL DA DECLARAÇÃO, OU A ALGUMA DAS QUALIDADES A ELE ESSENCIAIS (art. 139, I). ERRO QUANTO À QUALIDADE ESSENCIAL DO OBJETO - Neste caso o agente NÃO se equivoca quanto ao objeto propriamente dito, mas quanto a característica/qualidade. 06/03/2018 39 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO – EXEMPLO DE ERRO QUANTO A QUALIDADE RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSUMIDOR HIPERVULNERÁVEL. COMPRA E VENDA, A DOMICÍLIO, DE COLCHÃO COM PROMESSA DE EFEITO TERAPÊUTICO QUE RESOLVERIA OS PROBLEMAS DE DORES NO CORPO E MELHORA NA SAÚDE DA CONSUMIDORA, PESSOA IDOSA E DE PARCOS RENDIMENTOS. VÍCIO DE CONSENTIMENTO NA CONTRATAÇÃO CONSISTENTE EM ERRO SUBSTANCIAL QUANTO AO OBJETO DA COMPRA E AS QUALIDADES A ELE ESSENCIAIS. NULIDADE DO CONTRATO. RETORNO DAS PARTES AO STATUS QUO ANTE. DIREITO À DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004488573, Terceira Turma Recursal Cível,Turmas Recursais,Relator: FabioVieira Heerdt, Julgado em 13/03/2014) DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 4) ERRO QUANTO A IDENTIDADE OU À QUALIDADE ESSENCIAL DA PESSOA (art. 139, II). Art. 139.O erro é substancial quando: [...] II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; 06/03/2018 40 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 4) ERRO QUANTO A IDENTIDADE OU À QUALIDADE ESSENCIAL DA PESSOA (art. 139, II). Quando o erro recair sobre as qualidades essenciais da pessoa, atingindo sua qualidade física ou moral. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 5) ERRO DE DIREITO Art. 139.O erro é substancial quando: [...] II - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. 06/03/2018 41 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - ERRO ESPÉCIES DE ERRO SUBSTANCIAL 5) ERRO DE DIREITO O erro de direitopara viciar o negócio, não pode ser uma recusa à aplicação da norma, mas sim o motivo determinante do ato negocial, em razão do desconhecimento de sua existência ou de seu real sentido, ou ainda das consequências jurídicas que ela acarretaria, como por exemplo, uma pessoa efetiva uma compra e venda internacional de uma mercadoria“x” sem saber que sua exportação foi proibida legalmente. MELO, Nehemias Domingos de. Lições de Direito Civil - Teoria Geral. V.1. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2014. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: parte geral. 25ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 1. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. v. 1.
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