Buscar

Apostila Anatomia Vegetal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Apostila Anatomia Vegetal 
Geórgia Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
1. CÉLULA VEGETAL: 
Constituição: 
✓ Plastídios 
✓ Vacúolo 
✓ Tonoplasto (membrana lipoproteica do vacúolo) 
✓ Parede Celular 
✓ Plasmodesmos (interrupções na parede celular; são canais 
responsáveis pela conexão citoplasmática entre células vizinhas). 
✓ Núcleo 
✓ Carioteca (membrana nuclear) 
✓ Cromatina (complexo de DNA, RNA e proteínas que se encontra 
dentro do núcleo celular nas células eucarióticas). 
✓ Mitocôndria 
✓ Dictiossomos (complexo de Golgi) 
✓ Reticulo Endoplasmático Liso 
✓ Reticulo Endoplasmático Rugoso 
 
 
 
2. PLASTÍDIOS: 
Origem: Derivado de cianobactérias (algas azuis) 
Estrutura: Apresentam um envoltório constituído por duas membranas 
lipoproteicas (interna e externa), contém uma matriz denominada de estroma, onde 
encontramos os ribossomos (responsáveis pela síntese de proteínas) e os tilacóides 
(responsáveis pela captação da energia luminosa utilizada no processo de fotossíntese, 
onde se encontram as clorofilas). 
 
CLOROPLASTO: 
 
 
 
• Conteúdos Citoplasmáticos: 
 
✓ Plastídios 
✓ Substâncias fenólicas e lipídicas 
 
Formação: O proplastídio é o precursor de todos os plastídios. São organelas muito 
pequenas, sem cor, apresentando na matriz poucas membranas internas. Tal formação 
requer presença de luz, caso contrário o proplastídio desenvolve-se em estioplastos, 
porém quando expostos à luz, rapidamente se convertem a cloroplastos. 
 
 
Classificação: 
• Pigmentados: Cloroplastos 
 Cromoplastos 
 
• Não pigmentados (Leucoplastos): Amiloplastos 
 Elaioplastos 
 Proteinoplastos 
 
 
- Cloroplastos: 
 
• Pigmento: Clorofila 
• Função: Fotossíntese 
• São encontrados em todas as partes verdes da planta, sendo mais numerosos e 
mais diferenciados em folhas. 
- Cromoplastos: 
 
• Pigmento: Carotenoides 
• Funções: Atração de polinizadores e dispersores de sementes. 
 Pigmento acessório na fotossíntese. 
 Proteção contra a fotoxidação. 
- Amiloplastos: 
• Substância: Amido 
• Função: Reserva energética. 
- Elaioplastos: 
• Substância: Lipídeos (óleos) 
• Função: Atração de polinizadores e dispersores de sementes. 
 Defesa contra herbívoria. 
- Proteinoplastos: 
• Substância: Proteínas 
• Função: Armazenamento 
3. VACÚOLO: 
Os vacúolos são organelas envolvidas por uma membrana única lipoproteica, 
chamada de tonoplasto. Apresenta-se cheio de um líquido que recebeu o nome de 
suco celular. 
 
Origem: Os vacúolos das células vegetais são interpretados com regiões expandidas 
do retículo endoplasmático. Em células vegetais jovens observam-se algumas dessas 
regiões, formando pequenos vacúolos isolados um do outro. Mas, à medida que a 
célula atinge a fase adulta, esses pequenos vacúolos se fundem, formando-se um único, 
grande e central, com ramificações que lembram sua origem reticular, podendo chegar 
a ocupar até 90% do citoplasma. A expansão do vacúolo leva o restante do citoplasma 
a ficar comprimido e restrito à porção periférica da célula. 
 
 
 
Funções: 
- Controle osmótico: Osmorregulação regula a entrada e saída de água. Atua no 
processo de turgescência e plasmólise, evitando que a célula se rompa. 
 
 Potencial hídrico mais alto Potencial hídrico mais baixo 
 Concentração de soluto mais baixa Concentração de soluto mais alta 
 Potencial osmótico mais alto Potencial osmótico mais baixo 
 
 
A pressão de turgor (☼) contribui para a rigidez das células vegetais, especialmente 
nas plantas não lenhosas, dando sustentação. 
 
- Autofagia: Digestão de substâncias da própria célula; esse processo promove 
renovação de estruturas (como organelas), através da destruição de estruturas velhas, 
ou seja, reciclagem de materiais. 
- Reserva de substâncias: Funcionam como compartimentos para estocagem. Na 
maioria dos casos, os vacúolos não sintetizam as moléculas que acumulam, mas as 
recebem de outras partes do citoplasma. 
• Componentes do suco celular: 
O principal componente do suco vacuolar é a água e outros componentes que 
variam de acordo com o tipo de planta, órgão e célula e estágio fisiológico e de 
desenvolvimento. Além dos íons orgânicos (Ca2+, K+, Cl-, Na+ , HPO42-), os 
vacúolos comumente contêm açúcares, ácidos orgânicos e aminoácidos. O suco 
vacuolar é ligeiramente ácido. Alguns sucos como os dos vacúolos de frutas cítricas 
são muito ácidos, sendo responsáveis pelo sabor. 
• Substâncias Ergásticas: São substâncias provenientes do metabolismo celular 
especial ou substâncias de reserva. 
 
✓ Amido: São partículas sólidas com formas variadas, pode ser encontrado no 
cloroplasto ou no leucoplasto. Formam grãos com muitas camadas centradas em 
um ponto chamado hilo. 
 
✓ Proteína: As proteínas ergástricas são materiais de reserva e se apresentam no 
endosperma de muitas sementes em forma de grãos de aleurona. 
 
 
✓ Lipídios: Pode ocorrer em forma de óleo ou gordura se for para armazenamento 
ou em forma de terpenos que são produtos finais como óleos essenciais e 
resinas. 
 
✓ Taninos: Um grupo de compostos fenólicos que podem ficar em vários órgãos 
vegetais (se acumulam no vacúolo) e podem impregnar a parede celular. Eles 
inibem o ataque às plantas por herbívoros vertebrados ou invertebrados, 
diminuindo a palatabilidade, gerando dificuldade na digestão e produção de 
compostos tóxicos a partir da hidrólise mesmos. 
 
 
• Idioblastos (cistólitos): Célula, em um tecido qualquer, que difere das demais, 
pela forma, tamanho, conteúdo, espessura da parede ou função. Podem estar 
isolados ou agrupados 
• Conteúdos Vacuolares: 
 
✓ Antocianina 
✓ Grãos de aleurona 
✓ Substâncias fenólicas e lipídicas (também podem estar no citoplasma) 
✓ Cristais 
 
- ANTOCIANINA: Pigmento de coloração que varia do azul ao vermelho, 
dependendo do pH e de outros fatores, confere proteção contra os raios ultravioletas e 
atrai polinizadores. Quimicamente, esses pigmentos são compostos fenólicos 
pertencentes ao grupo dos flavonóides. 
 
 
 
- GRÃOES DE ALEURONA: Reserva de proteínas. 
 
 
- SUBSTÂNCIAS FENÓLICAS: Possuem a função de defesa química (contra 
herbívoria e patógenos) e são antioxidantes. 
 
- SUBSTÂNCIAS LIPÍDICAS: Reserva energética. 
 
- CRISTAIS DE OXALATO DE CÁLCIO: Possuem a função de defesa 
química (contra herbívoria) além de fornecer sais para a síntese de proteínas de 
reserva. 
• Drusas: 
 
 
• Areia cristalina: 
 
 
• Cristais prismáticos: 
 
 
• Ráfides: 
 
 
 
 
 
 
• Estilóides: 
 
 
4. PAREDE CELULAR: 
 
Funções: Definir a forma da célula; 
 Evitar a perda de água; 
 Resistência mecânica; 
 Barreira protetora contra lesões e infecções, etc; 
 Participação ativa em eventos fisiológicos 
 
- Membrana Plasmática: Coordenar a síntese da parede celular transmitindo sinais 
hormonais e/ou ambientais regulando o crescimento e a diferenciação celular. Seu 
modelo estrutural é de mosaico fluído. 
 
- Lamela Média: Camada de material intercelular de natureza péctica, cimentando 
paredes primárias de células adjacentes. É composta por substâncias pécticas, proteínas 
(pouca quantidade) e íons de cálcio e magnésio. 
 
- Plasmodesmos:Filamento citoplasmático delgado que, através de poros das paredes 
celulares, fazem a comunicação entre protoplastos (genericamente, toda região interna 
da célula, constituída pelo citoplasma e pelo núcleo) de células adjacentes. 
 
 
Composição Química: 
- Parede primária: 
✓ 65% água 
✓ 35% matéria seca 
✓ 30% celulose 
✓ 30% hemicelulose 
✓ 30% pectina 
✓ 10% proteína 
- Parede secundária: 
✓ 15 a 35% lignina 
✓ 65 a 85% polissacarídeos 
✓ 50 a 80% celulose 
✓ 5 a 30% hemicelulose 
Constituição Básica: Microfibrilas de Celulose + Polissacarídeos não celulósicos. 
 
 
- Parede Primária: 
 
 
- Parede Secundária: 
 
A deposição da lignina começa pela região lamelar e marca o início da formação 
parede secundária. 
A parede secundária pode ser descontínua, como verificada nos elementos 
traqueias. 
- Corante Safrablau (Safranina + Azul de Astra): 
✓ Paredes primárias e celulósicas - Azul 
✓ Paredes secundárias e lignificadas – Vermelho 
 
- Pontoações da Parede celular: Regiões da parede primária onde ocorre menor 
deposição de Microfibrilas de celulose. Geralmente, onde está presente o campo 
primário de pontoação, nenhum material de parede é depositado, dando origem à 
pontoação na parede secundária. 
 
- Efeitos benéficos– ações mecânicas e fisiológicas: 
✓ CELULOSE E HEMICELULOSE: movimentos peristálticos 
✓ LIGNINA: desdobramento do colesterol no fígado 
✓ PECTINAS: diminuição do colesterol no sangue 
 
 
- Processos de impregnação da Parede Celular: 
✓ MINERALIZAÇÃO - Subst. Minerais 
 
 
 
✓ CUTINIZAÇÃO - Cutina 
 
 
 
✓ SUBERIFICAÇÃO – Suberina 
 
 
 
 
✓ LIGNIFICAÇÃO - Lignina 
 
5. SISTEMA DE TECIDOS MERISTEMÁTICOS: 
São tecidos vivos não diferenciados ainda, que tenham a capacidade de se 
multiplicar por divisões mitóticas formando outros tecidos. 
 
Os tecidos meristemáticos (do grego merismos, ou divisão) são encontrados 
tanto no embrião quanto na planta adulta e são constituídos por células precursoras de 
todos os tipos de tecidos adultos (maduros ou diferenciados). Os meristemas têm como 
característica principal a alta e constante capacidade de produzir novas células. 
Os meristemas são constituídos geralmente por dois conjuntos de células: as 
células iniciais meristemáticas, que se mantêm como iniciais ao longo de toda a vida 
do vegetal, e as células derivadas das iniciais, que se diferenciam em tipos celulares 
especializados após um determinado número de divisões mitóticas. O conjunto 
formado pelas células iniciais e pelas células imediatamente derivadas é geralmente 
denominado promeristema, enquanto as células parcialmente diferenciadas são 
denominadas de acordo com o sistema de tecido diferenciado que originam, em 
protoderme (origina o sistema dérmico), meristema fundamental (origina o sistema 
fundamental) e o procâmbio (origina o sistema vascular primário, ou sistema 
condutor). 
 
- Diferenciação: Processo de crescimento e especialização morfofisiológica das 
células produzidas pelo meristema. 
 
- Desdiferenciação: Processo que ocorre quando células já diferenciadas reassumem 
atividade meristemática. 
 
Meristema Primário ou Apical: Estão localizados nos ápices do caule e da raiz; 
são aqueles cujas células desenvolvem-se diretamente das células embrionárias, 
originando o corpo primário. Dão origem à: 
Protoderme: Epiderme. 
 
Meristema fundamental: Parênquima, colênquima e esclerênquima. 
Procâmbio: Floema primário e xilema primário. 
 
Meristema Secundário ou Lateral: Localizados nas porções periféricas 
principalmente de caules e raízes, são aqueles que se originam total ou parcialmente de 
tecidos já diferenciados. Estão envolvidos no crescimento secundário. Dão origem à: 
Câmbio: Xilema secundário e floema secundário. 
 
 
Felogênio: Periderme (Súber, felogênio, feloderme). 
 
Meristema Cicatricial (Surge no local de uma lesão): Periderme de cicatrização 
(Súber de cicatrização, meristema cicatricial, feloderme de cicatrização). 
✓ Tecidos simples ou homogêneos: Células são semelhantes na estrutura e 
função. Ex: parênquima, colênquima e esclerênquima. 
✓ Tecidos complexos ou heterogêneos: constituídos por diversos tipos celulares 
que desempenham funções diferentes. Ex: epiderme, floema e xilema. 
 
 
6. SISTEMA DE TECIDOS DÉRMICOS: 
A colonização do ambiente terrestre pelas plantas foi associada ao 
desenvolvimento de estruturas para obter e minimizar a perda de água. 
Conquista do ambiente terrestre: 
 
 
- EPIDERME: É o tecido de revestimento do corpo primário da planta, originário da 
protoderme. Geralmente apresenta uma única camada de células, mas também pode ser 
múltipla. É composta por vários tipos celulares (tecido complexo) além de células 
fundamentais e especializadas (estômatos e tricomas). 
 
 
Funções da epiderme: 
✓ Controle do movimento da água na planta (restrição à transpiração) 
✓ Proteção mecânica 
✓ Trocas gasosas (através dos estômatos) 
✓ Defesa contra o ataque de animais 
✓ Dispersão 
✓ Armazenamento de substâncias 
✓ Absorção de água e sais minerais (através dos pelos radiculares) 
Epiderme Múltipla: É aquela formada a partir de divisões periclinais das células da 
protoderme, originando uma epiderme com mais de uma camada de células 
(pluriestratificada). Geralmente está associada com o armazenamento de água e pode 
ser encontrada em espécies de diversas famílias. 
 
 Tem sido atribuída à epiderme pluriestratificada a função de reserva de água. 
Nas raízes aéreas das orquídeas a epiderme pluriestratificada, denominada velame, 
funciona como um tecido de proteção contra a perda de água pela transpiração. 
 
Células epidérmicas fundamentais: 
Características: 
✓ Células vivas 
✓ Forma tabular em vista transversal e variada em vista frontal 
✓ Conteúdo variado (geralmente desprovidas de cloroplastos) 
✓ Ausência de espaços intercelulares (exceto nos estômatos) 
✓ Paredes primárias e celulósicas 
✓ Deposição de cutícula sobre a parede periclinal externa 
 
 
 
Cutícula: Camada de material de natureza lipídica (cutina) que reveste a parede 
periclinal externa das células epidérmicas. Externamente à ela pode haver a deposição 
de cera 
Funções da cutícula: 
✓ Proteção contra perda de água, 
✓ Proteção contra o excesso de radiação solar 
✓ Proteção mecânica 
✓ Barreira contra microrganismos e insetos 
 
 
Células epidérmicas especializadas: 
- Estômatos: São aberturas na epiderme ladeadas por duas células denominadas de 
células guardas, oclusivas ou fechadoras, são responsáveis pelas trocas gasosas. 
 
 
Células guardas: Células vivas, com parede primária e celulósica, formato reniforme 
com presença de cloroplastos. 
 
 
✓ Pode ou não ocorrer presença de células anexas (subsidiárias). 
✓ Presença do poro estomático e câmara subestomática. 
 
 Tipos de estômatos: 
 
 
Classificação das folhas em relação à distribuição dos estômatos: 
Hipoestomáticas: Estômatos localizados somente na face dorsal. Ex: várias 
famílias de eudicotiledôneas. 
Epiestomáticas: Estômatos localizados somente na face ventral. Ex: folhas 
flutuantes. 
Anfiestomáticas: Estômatos localizados em ambas as faces. Ex: várias famílias 
de monocotiledôneas. 
 
 
- Tricomas: São apêndices ou projeções epidérmicas de diversas formas e funções, 
tais como pelos, papilas e escamas. 
Classificação: 
Tectores (simples): Apresentam, de modo geral, a célula terminal afilada. 
Podem ser ramificados ou não.Funções: 
✓ Proteção contra a perda de água 
✓ Defesa contra animais (herbívoria) 
✓ Absorção 
✓ Dispersão de frutos e sementes (anemocoria, zoocoria). 
 
Secretores (glandulares): Apresentam um pedúnculo (ou pedicelo) e uma cabeça 
formada por uma ou mais células secretoras de diferentes substâncias, como por 
exemplo: óleos essenciais, substâncias urticantes, enzimas digestivas, mucilagens, etc. 
 
 
Funções: 
✓ Defesa química contra animais 
✓ Atração de polinizadores 
✓ Dispersão de frutos e sementes (zoocoria) 
✓ Proteção contra perda de água 
- PERIDERME: É um revestimento de origem secundária, que substitui a epiderme 
em caules e raízes que apresentam crescimento secundário em espessura. É formada 
pelo felogênio, pelo súber e pela feloderme. 
 
O felogênio é o meristema lateral que dá origem a periderme. Através de 
divisões periclinais de suas iniciais, forma o súber para fora e a feloderme para dentro. 
A primeira periderme, geralmente, se forma no primeiro ano de crescimento da planta, 
nas regiões dos caules e raízes que não estão sofrendo mais alongamento. As 
peridermes subsequentes, de origem cada vez mais profunda, podem aparecer ainda no 
primeiro ano, vários anos mais tarde, ou mesmo, nunca aparecerem. À medida que 
uma árvore envelhece novas peridermes vão se formando em profundidades cada vez 
maiores, o que ocasiona um acúmulo de tecidos mortos na superfície do caule e raiz. 
Esta parte morta é denominada ritidoma. A periderme também se forma em superfícies 
expostas após a abscisão de ramos ou folhas, ou após um ferimento, e a este 
revestimento dá-se o nome de periderme de cicatrização. A formação bem sucedida 
desse tipo de epiderme é importante, pois evita a invasão de parasitas através das áreas 
lesadas. A periderme também é caracterizada pela presença de lenticelas que são partes 
limitadas, onde o felogênio é mais ativo do que nas demais regiões, e produz um tecido 
que apresenta numerosos espaços intercelulares. As lenticelas são importantes já que o 
súber é um tecido altamente impermeável à água e aos gases. Como os tecidos 
localizados abaixo dele, são tecidos vivos e metabolicamente ativos, faz-se necessário 
o intercâmbio de gases entre ambiente externo e interno, o que é realizado através das 
lenticelas. 
 
7. SISTEMA DE TECIDOS FUNDAMENTAIS: 
Largamente distribuído pelo corpo da planta, ocorrem como massas celulares 
contínuas ou em pequenos grupos isolados. 
 
 
- PARÊNQUIMA: 
Origem: Meristemas primários e secundários. 
Localização: Largamente distribuído pelo corpo da planta; pode ocorrer como 
massas celulares contínuas (córtex e medula de caules e raízes, mesofilo de folhas, 
polpas de frutos, etc.). 
Características das células parenquimáticas: 
✓ Células vivas com forma variada 
✓ Paredes delgadas 
✓ Paredes primárias e celulósicas 
✓ Retêm a potencialidade meristemática 
✓ Presença de espaços intercelulares 
Classificação e funções: 
- Parênquima de reserva: Armazena substâncias de forma intra ou extracelular. 
Amiláceo ou Amilífero: Armazena amido, possuem células isodiamétricas e 
presença de meatos. Ex.: Ocorrem em órgãos de reserva, frutos e sementes. 
 
Aquífero: Armazenam água, possuem células isodiamétricas ou alongadas 
hipertrofiadas, presença de pequenos meatos e pouco conteúdo. Ex.: Ocorrem em 
xerófitas. 
 
Aerífero ou Aerênquima: Armazenam ar nas lacunas, possuem células 
isodiamétricas, presença de lacunas desenvolvidas e meatos. Ex.: Ocorrem em plantas 
aquáticas flutuantes, folhas e pecíolos grandes. 
 
 
- Parênquima Fundamental: Tecido com a função de preenchimento de células 
isodiamétricas com paredes primárias delgadas e presença de meatos. 
 
- Clorênquima ou Parênquima Clorofilado: Caracterizado pela presença de 
cloroplastos, tem a função de auxiliar na fotossíntese. 
 Regular ou homogêneo: Possuem células isodiamétricas e há presença de 
meatos. Ex.: Ocorrem em caules, raízes e folhas. 
 
 Paliçádico: Suas células são alongadas e há presença de meatos. Ex.: Ocorrem 
em folhas (principalmente em eudicotiledôneas). 
 
 Lacunoso: Tem células em formas variadas (isodiamétricas, braciformes, 
lobadas, etc.), havendo presença de lacunas e meatos. Ex.: Ocorrem em caules e 
folhas. 
 
- COLÊNQUIMA: 
Origem: Meristemas primários (partes aéreas). 
Localização: Ocorre nas camadas subepidérmicas ou próximas à epiderme, em 
camadas contínuas ou com interrupções em caules e pecíolos e abaixo das duas 
epidermes da nervura principal de folhas e ao longo dos bordos. 
Função: Sustentação de órgãos aéreos, dando flexibilidade à eles. 
 
Características das células colenquimáticas: 
✓ Células vivas com paredes espessas 
✓ Paredes primárias e celulósicas 
✓ Retêm a potencialidade meristemática 
✓ Contorno poligonal (ST) e longas (SL). 
Classificação: 
 
- ESCLERÊNQUIMA: 
Características Gerais: 
✓ Células desprovidas de protoplastos na maturidade. 
✓ Células de paredes espessas 
✓ Paredes secundárias e Lignificadas 
✓ Formas variadas 
FIBRAS: 
 
 Origem: Meristemas primários e secundários. 
 Localização: Podem ocorrer em feixes isolados, camadas contínuas ou em 
associação com feixes condutores de seiva (floema e xilema). 
 Função: Sustentação conferindo maior rigidez. 
 Características Gerais: Células longas; afiladas nas extremidades e com 
crescimento intrusivo. 
ESCLEREÍDES: 
 Origem: Meristemas primários e secundários ou esclerose tardia de células de 
parênquima. 
 Localização: Largamente distribuídos, podendo ocorrer isolados (idioblastos), 
em grupos ou em camadas contínuas (p. ex. junto ao floema e xilema, polpas de frutos, 
mesofilo de folhas, tegumentos de sementes). 
 Características Gerais: 
✓ Células com formas variadas e relativamente mais curtas que as fibras. 
✓ Formas isodiamétricas, pouco alongadas e ramificadas. 
✓ Presença de pontoações simples, às vezes ramificadas. 
✓ Células isoladas ou em grupos esparsos; 
✓ Normalmente compõem sementes e frutos; 
 
Classificação: 
 
✓ Braquiesclereides 
✓ Macroesclereídes 
✓ Osteoesclereídes 
✓ Astroesclereídes 
✓ Tricoesclereídes. 
 
 
 
 
Resumo Sistema de Tecido Fundamental: 
 
 
O parênquima possui células isodiamétricas vivas, sendo considerado 
potencialmente meristemático por ser capaz de retomar sua atividade meristemática em 
resposta a determinados estímulos. As células parenquimáticas possuem parede celular 
delgada composta de celulose, hemicelulose e substâncias pécticas. Possuem núcleo 
geralmente pequeno e de posição parietal devido à presença de um grande vacúolo. 
Adicionalmente, células parenquimáticas podem ser originadas a partir de 
diferenciação de células do procâmbio e do câmbio. O sistema de sustentação é 
constituído pelos tecidos colênquima e esclerênquima. Esses dois tecidos 
especializados distinguem-se pelas características da parede e do protoplasto das suas 
células. O colênquima possui células com parede primária relativamente flexível, com 
espessamentos irregulares e protoplasto vivo; dessa forma, mantêm a capacidade de se 
dividirem e voltarem a ser meristemáticas. O esclerênquima possui células com parede 
secundária rígida e lignificada; o protoplasto geralmente se degenera durante a sua 
diferenciação, sendo este tecido caracterizado pela presença de células maduras 
mortas. O esclerênquima é constituído geralmente por dois tipos de células, a fibra e a 
esclereíde. As fibras são, em geral, longas e afiladas nas extremidades enquanto as 
esclereídes são curtas e possuem formatos variados. 
 
8. SISTEMADE TECIDOS CONDUTORES: 
 
XILEMA: É o tecido condutor de água e sais minerais. 
Características Gerais: 
✓ Células alongadas a curtas 
✓ Células mortas na maturidade 
✓ Paredes espessas, secundárias e lignificadas. 
✓ Presença de espessamentos parietais. 
Funções: Transporte à longa distância, suporte mecânico e armazenamento de 
nutrientes. 
Composição: Água e sais minerais. 
XILEMA PRIMÁRIO: Se origina do procâmbio e é constituído de elementos 
traqueais (traqueídes e elementos de vaso), fibras e células parenquimáticas. 
XILEMA SECUNDÁRIO: Se origina do câmbio e é constituído de elementos 
traqueais (traqueídes e elementos de vaso), fibras e células parenquimáticas. 
 
Tipo Celular: Função: 
 
Traqueídes 
Elementos de Vaso 
 
 
Condução de água e solutos 
 
Fibras libriformes 
Fibrotraqueídes 
 
 
Sustentação e eventual armazenamento 
 
 
Parênquima axial 
 
 
Armazenamento 
Translocação de água e solutos a curta 
distância 
 
O xilema primário também pode ser diferenciado do secundário por meio da 
organização de seus componentes. Enquanto o xilema primário organiza-se no sistema 
axial (na vertical), o secundário é organizado axial e radial (horizontal). 
 
O xilema primário consiste de protoxilema e metaxilema. O protoxilema é o primeiro a 
se formar em regiões de intenso crescimento e, a seguir diferencia-se o metaxilema. O 
protoxilema é mais simples, formado apenas por elementos traqueais delicados e 
parênquima, ele amadurece em regiões da planta que ainda não completaram seu 
crescimento e diferenciação. 
 
O metaxilema forma-se a seguir, no corpo primário, ainda em crescimento. No entanto, 
sua completa diferenciação só acontece mais tarde, depois que esta distensão já se 
completou, por isso, ele é menos afetado pelo crescimento dos tecidos ao seu redor. 
FLOEMA: É o tecido que transporta os produtos da fotossíntese das folhas maduras 
para as outras partes da planta. 
Características Gerais: 
✓ Células vivas 
✓ Células alongadas, sem núcleo na maturidade. 
✓ Presença de placas crivadas 
✓ Paredes primárias e celulósicas 
✓ Presença de calose e proteína 
Funções: Transporte de substâncias orgânicas para as várias partes da planta, suporte 
mecânico e armazenamento de nutrientes. 
Composição: Água, sacarose, ácidos aminados e amidas, lipídios, ácidos orgânicos, 
hormônios, vitaminas, etc. 
FLOEMA PRIMÁRIO: Origina-se a partir do procâmbio. 
Tipo celular: Função: 
 
Elementos crivados: 
- Células crivadas (com células 
albuminosas) 
- Elementos de tubo crivado (com 
células companheiras) 
 
 
 
Transporte de fotoassimiladosa longa 
distância 
 
Esclerênquima: 
- Fibras 
- Esclereídes 
 
 
 
Sustentação 
 
Parênquima: 
- Idioblastos 
 
 
 
Armazenamento 
 
 
 
 
FLOEMA SECUNDÁRIO: O floema secundário surge apenas em plantas que 
possuem crescimento secundário, ou seja, crescimento em diâmetro; e origina-se a 
partir do câmbio. 
Tipo celular: Função: 
 
Elementos de tubo crivado 
 
Células crivadas 
 
Condução de fotoassimilado 
 
Fibras libriformes 
 
Fibrotraqueídes 
 
Sustentação 
 
Parênquima 
Armazenamento; 
Translocação de água e solutos a curta 
distância 
 
A diferença entre o floema primário e secundário, além de sua origem, está 
relacionada com sua organização. O floema primário organiza-se apenas no sistema 
axial (vertical), enquanto o floema secundário possui um sistema radial (horizontal) e 
um sistema axial. 
 
 
TIPOS DE FEIXES CONDUTORES: 
✓ Colateral: Gimnosperma, Monocotiledônea e Eudicotiledônea. 
 
✓ Bicolateral: Solanaceae, Cucurbitaceae, Convolvulaceae, Apocynaceae, 
Asclepiadaceaee, Myrtaceae. 
 
 
✓ Anfivasal: Monocotiledônea. 
 
 
 
✓ Anficrival: Pteridófita; Eudicotiledônea. 
 
 
 
O xilema e floema primários recebem também o nome de feixes vasculares. São 
chamados de feixe colateral quando o floema está voltado para fora e o xilema para 
dentro (feixe do tipo colateral) e de feixe bicolateral quando o feixe vascular apresenta 
floema em ambos os lados do xilema. 
Os feixes concêntricos são aqueles em que um tipo de tecido vascular circunda o 
outro; os feixes do tipo anficrival ocorrem se o floema circundar o xilema, feixe do 
tipo anfivasal se o xilema circundar o floema. 
 
 
 
9. ANATOMIA DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS: 
9.1 RAIZ: Parte do eixo do vegetal presente nas plantas vasculares, desprovida de 
folha e suas modificações, geralmente aclorofilada e subterrânea. 
Funções: Fixação, absorção, condução e armazenamento. 
Origem: Radícula do embrião. 
Tipos fundamentais do sistema radicular: 
 
Constituição da Raiz: 
 
Zona de transição: Colo 
Zona de ramificação: Região suberosa 
Zona de diferenciação: Região pilífera 
Zona de crescimento (meristemática): Região Lisa 
Zona Terminal: Coifa 
Classificação: 
- Aéreas: - Aquáticas 
✓ Estranguladora 
✓ Grampiformes 
✓ Respiratória 
✓ Sugadora ou haustórios 
✓ Suporte 
✓ Tabular 
- Subterrâneas: 
✓ Axial 
✓ Pivotante 
✓ Ramificada 
✓ Fasciculada 
✓ Tuberosa 
Origem e formação dos tecidos da raiz: 
 
Coifa: 
✓ Estrutura protetora do meristema apical em crescimento 
✓ Recoberta por uma bainha mucilaginosa 
✓ Células vivas e contêm amido 
✓ Resposta da raiz à gravidade 
Meristema subapical radicular: Centro Quiescente: Porção de células responsável 
por repovoar regiões meristemáticas vizinhas, porventura danificadas. 
 
ESTRUTURA PRIMÁRIA DA RAIZ: 
 
Epiderme: Unisseriada com pêlos absorventes (Rizoderme). 
Córtex: 
✓ Exoderme*: Camada (uni ou pluriestratificada) mais externa do córtex da raiz, 
formada por células suberificadas que podem sofrer impregnação por lignina. 
Função de sustentação e proteção mecânica. 
 
✓ Parênquima fundamental 
 
✓ Endoderme: Última camada do córtex, caracterizada por apresentar em suas 
paredes celulares um espessamento de suberina denominado estria de Caspary. 
Função de selecionar os nutrientes e direcionar a água absorvida. 
Cilindro vascular: 
✓ Periciclo 
✓ Floema 
✓ Xilema 
✓ Medula* 
*Pode estar presente ou não. 
A endoderme e a exoderme (quando presente) diminuem o refluxo de íons 
acumulados no cilindro vascular e no córtex, dificultando sua perda para a solução do 
solo. 
O córtex da raiz pode ser homogêneo ou conter diversos tipos de células. O grau 
de diferenciação aparentemente está relacionado com a longevidade do córtex. Em 
plantas com crescimento em espessura e que o córtex é composto apenas por células 
parenquimáticas e é logo perdido. 
 
TRANSPORTE NA RAIZ: 
Transporte a curtas distâncias: A deslocação de água e sais minerais, da epiderme da 
raiz ao xilema, faz-se por meio de duas vias: 
Via simplasto ou intracelular: Movimento através dos citoplasmas das células, 
segundo um contínuo estabelecido ao longo dos Plasmodesmos. 
Via apoplasto ou extracelular: Movimento através da matriz formada pelas paredes 
celulares e pelos espaços intercelulares. Esta via coloca menor resistência à deslocação 
das soluções. 
 
Em quase todas as raízes está presente uma endoderme caracterizada por uma 
estria de Caspary nas suas células. Estas estrias são formadas durante a ontogênese da 
célula e fazem parte da parede primaria: são de natureza química muito discutida. Tem 
sido descrita com espessamento de lignina, suberina ou ambos. Essas estrias, 
usualmente, aparecem nas paredes anticlinais(radiais transversais) das células 
endodérmicas e a membrana plasmática encontra-se ligada a essa estria. 
 
A deposição das estrias, entre as paredes celulares da endoderme, seleciona a 
passagem da água para o interior do cilindro centra. O tipo de espessamento pode 
diferenciar as monocotiledôneas (espessamento em U) das eudicotiledôneas 
(espessamento em faixa). 
As células da endoderme possuem, em suas paredes radiais, incrustações de 
suberina e lignina, que formam a chamada estria de Caspary. Esta envolve radialmente 
todo o perímetro celular e caracteriza-se pela ausência de plasmodesmos. A 
consequente diminuição de permeabilidade das paredes celulares radiais suprime o 
transporte apoplástico de substâncias entre córtex e cilindro central. As substâncias 
têm então de passar, necessariamente, através das células endodérmicas. 
Quando as células da endoderme em frente aos elementos do protoxilema, não 
desenvolvem esses espessamentos secundários, continuando apenas com as estrias de 
Caspary, são denominadas "células de passagem". Estas células continuam a permitir a 
passagem de água e sais através da membrana plasmática, mesmo nestas regiões mais 
velhas das raízes, o que já não acontece mais, nas células endodérmicas que sofreram 
os espessamentos adicionais de parede. 
 
CILINDRO VASCULAR: Diferencia-se a partir do procâmbio e é formado por uma 
ou mais camadas de tecido não vascular, o periciclo mais os tecidos vasculares. 
O periciclo, camada(s) externa(s) do cilindro vascular, localiza-se logo abaixo 
da endoderme geralmente é unisseriado. Nas angiospermas e gimnospermas, o 
periciclo está relacionado com atividades meristemáticas. As raízes laterais são 
formadas a partir do periciclo. 
 
 
EUDICOTILEDONÊA X MONOCOTILEDONÊA 
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as 
dicotiledôneas. 
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada 
cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células 
embrionárias que poderão gerar uma nova planta. 
As monocotiledôneas possuem raiz fasciculada e nesse tipo de semente, como a 
do milho, existe um único cotilédone. As substâncias que nutrem o embrião ficam 
armazenadas numa região denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes 
para as células embrionárias em desenvolvimento. 
 
Xilema exarco 
 
As eudicotiledôneas possuem raiz Pivotante (ou axial), nesse tipo de semente, 
como o feijão, existem dois cotilédones. O endosperma geralmente não se desenvolve 
nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então armazenam as substâncias 
necessárias para o desenvolvimento do embrião. 
 
 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS RAIZES PRIMÁRIAS: 
Raiz subterrânea primária: Raiz aérea primária: 
 
Epiderme uniestratificada com pêlos 
absorventes, denominada rizoderme. 
 
 
Epiderme múltipla (velame). 
 
Parênquima cortical sem cloroplastos. 
 
 
Parênquima cortical com cloroplastos. 
 
Raiz de monocotiledônea primária: Raiz de eudicotiledônea primária: 
 
Muitos pólos de xilema e floema 
(Poliarca) apresenta medula. 
 
 
Poucos polos de xilema e floema 
(diarca, triarca, tetrarca). 
 
ESTRUTURA SECUNDÁRIA DA RAIZ: 
 
 
✓ Câmbio: Xilema e Floema Secundários 
✓ Felogênio: Periderme 
✓ Meristema cicatricial: Periderme de cicatrização 
O crescimento secundário da raiz consiste na formação de tecidos vasculares a 
partir do câmbio vascular e da periderme, a partir do felogênio. As raízes da maioria 
das monocotiledôneas, geralmente, não apresentam crescimento secundário. 
 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS: 
- Raiz Primária (Monocotiledônea e Eudicotiledônea): 
Três regiões anatômicas: Epiderme, córtex e cilindro central. 
Floema alternado com o xilema. 
- Raiz Secundária (Eudicotiledônea): 
Duas regiões anatômicas: Periderme e cilindro central. 
Floema mais externo que o xilema. 
Câmbio entre o floema e o xilema secundários. 
 
VARIAÇÕES NO CRESCIMENTO SECUNDÁRIO: 
As raízes que armazenam reserva apresentam variações na atividade do câmbio, 
formando estruturas denominadas: não usuais. 
As raízes tuberosas desenvolvem-se por meio de: 
✓ Proliferação de parênquima nos tecidos vasculares secundários. Ex.: Cenoura 
✓ Câmbios acessórios. Ex.: Beterraba 
✓ Câmbios adicionais. Ex.: Batata doce 
 
TIPOS DE ASSOCIAÇÕES NAS RAÍZES: 
- Micorrizas: 
✓ Associação entre raízes e fungos; 
✓ Os fungos disponibilizam minerais do solo ao hospedeiro; 
✓ O hospedeiro produz açúcares, aminoácidos e outros materiais orgânicos 
acessíveis ao fungo. 
 
- Nódulos radiculares: 
✓ Associação entre raízes de Leguminosas e bactérias; 
✓ Formam nódulos radiculares fixadores de nitrogênio. 
 
 
9.2 CAULE: Órgão vegetativo, geralmente aéreo, que serve para produzir e sustentar 
folhas, gemas, flores e frutos, transportar nutrientes e reservar alimentos. 
Função: Sustentação, condução e reserva alimentar. 
Origem: Meristema apical caulinar do embrião. 
Características Gerais: 
✓ Corpo dividido em nós e entrenós 
✓ Presença de folhas e gemas 
✓ Geralmente aclorofilados 
✓ Geralmente aéreos 
✓ Com geotropismo negativo (crescimento orientado em resposta à gravidade) 
✓ Com fototropismo positivo (movimento de inclinação das plantas em direção à 
luz unilateral, devido ao crescimento mais intenso da face do vegetal que não 
está voltada para a fonte de luz). 
Classificação: 
- Com relação ao habitat: 
✓ Aéreo: Tronco, colmo, estipe. 
✓ Subterrâneo: Bulbo, tubérculo, rizoma. 
✓ Aquático 
- Com relação à consistência: 
✓ Lenhoso 
✓ Herbáceo 
✓ Carnoso ou suculento 
Assim como a raiz, o caule apresenta os três sistemas de tecidos: o dérmico, o 
fundamental e o vascular, bem como o crescimento primário e secundário. Porém, 
esses dois órgãos diferenciam-se pelo fato do caule apresentar uma organização mais 
complexa, uma vez que dele partem vários apêndices laterais, como: ramos, folhas, 
flores, frutos, espinhos. 
 
ESTRUTURA PRIMÁRIA DE DESENVOLVIMENTO: 
 
 
EUDICOTILEDONÊAS: Vasos condutores de seiva dispostos ordenadamente na 
periferia do caule ao redor do cilindro central. 
 
Origem: Meristemas Primários: Protoderme, procâmbio e meristema fundamental. 
Regiões anatômicas: 
✓ Epiderme 
✓ Córtex: Colênquima, esclerênquima, parênquima e bainha amilácea. 
✓ Cilindro central: Periciclo, tecidos condutores e medula. 
 
MONOCOTILEDONÊAS: Vasos condutores de seiva irregularmente espalhados 
pelo caule (difusos). 
 
ESTRUTURA SECUNDÁRIA DE DESENVOLVIMENTO: 
 
Na região cortical do caule em crescimento secundário observa-se a presença de 
parênquima, colênquima e esclerênquima. O parênquima ocorre também na medula. 
Essa região medular não é observada em raízes, salvo algumas exceções. Esse tecido 
apresenta, geralmente, tanto no córtex como na medula, a função de armazenamento, 
além de poder apresentar cloroplastos (caule jovem) e realizar fotossíntese. No caso 
dos outros dois tecidos, colênquima e esclerênquima, a função é de sustentação. No 
caule não se evidencia facilmente a endoderme, o que ocorre é uma bainha amilífera 
formada pelas células mais externas do córtex. O periciclo, por sua vez, é 
frequentemente observado. 
 
EUDICOTILEDÔNEA: 
Origem dos tecidos secundários: Meristemas Secundários 
✓ Câmbio: Origina xilema e floema secundários 
✓ Felogênio: Origina a periderme 
Regiões anatômicas: Periderme, córtex, cilindro central. 
 
Células Cambiais: O câmbio vascular ou, simplesmente, câmbio se instala entre o 
xilema e floema primário e produz os tecidos vascularessecundários. As células 
cambiais, ao contrário células dos meristemas apicais são intensamente vacuoladas, 
possuem paredes levemente espessadas e o núcleo da célula não é tão grande, como o 
visto nas células dos meristemas apicais. Além dessas diferenças, existem ainda, dois 
tipos de iniciais cambiais quanto ao seu formato: as iniciais fusiformes, geralmente 
alongadas, cujas derivadas darão origem o sistema axial de células dos tecidos 
vasculares secundários, e as iniciais radiais, aproximadamente, isodiamétricas, cujas 
derivadas originarão as células do sistema radial (raios parenquimáticos) dos tecidos 
vasculares secundários. 
 
EFEITO DO CRESCIMENTO SECUNDÁRIO NO CORPO PRIMÁRIO DA 
PLANTA: 
✓ A interpolação dos tecidos vasculares secundários entre o floema e xilema 
primários cria considerável tensão no interior do caule; 
✓ A medula e o xilema primário acabam sendo revestidos pelo xilema secundário; 
✓ Muitas vezes a medula é deformada por uma pressão para dentro, exercida pelo 
corpo secundário em crescimento; 
✓ O floema primário é deslocado para fora e torna-se não condutor; 
✓ Ocorre formação da periderme 
 
PERIDERME: É o tecido protetor de origem secundária que substitui a epiderme em 
caules e raízes com crescimento secundário contínuo. Ela é constituída pelo felogênio 
(meristema lateral) e os seus produtos: 
✓ Feloderme: Tecido formado pelo felogênio internamente 
✓ Súber: Tecido protetor formado pelo felogênio externamente 
LENTICELAS: Estrutura comum em periderme e que é formada também a partir do 
felogênio. Em determinadas regiões o felogênio deixa de produzir o súber e produz um 
tecido com grandes espaços intercelulares que recebem o nome de lenticelas. Elas 
permitem a entrada de ar. 
 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS DO CAULE: 
Caule Primário: Caule Secundário: 
 
Revestimento: Epiderme 
Sistema Condutor: Xilema e Floema 
Primários 
 
 
Revestimento: Periderme 
Sistema Condutor: Surgimento do 
Xilema e Floema secundário 
 
Caule de Monocotiledônea: Caule de Eudicotiledônea: 
 
Sem regiões anatômicas definidas 
 
 
Feixes condutores dispersos 
 
 
Tipo de feixe condutor: Colateral 
fechado 
 
 
Com regiões anatômicas definidas: 
Epiderme, Córtex e Cilindro central. 
 
Feixes condutores dispostos numa 
região definida (Cilindro central). 
 
Tipo de feixe condutor: Colateral ou 
Bicolateral abertos. 
 
ANATOMIA COMPARADA DA RAIZ E CAULE PRIMÁRIOS: 
Regiões: Raiz Caule 
 
 
Epiderme 
Rizoderme com pêlos 
absorventes, geralmente 
desprovida de cutícula. 
Função: absorção de água e 
sais 
 
Epiderme com cutícula, estômatos, 
tricomas tectores e/ou secretores. 
Função: proteção e trocas gasosas 
 
 
Córtex 
 
Exoderme 
Parênquima cortical sem 
cloroplastos, nas raízes 
subterrâneas. 
Endoderme 
 
Colênquima 
Esclerênquima 
Parênquima cortical geralmente 
com cloroplastos. 
Bainha amilácea 
 
 
Cilindro 
Central 
Periciclo geralmente 
uniestratificado 
Floema alternado com 
xilema (não forma feixe) 
Protoxilema externo e 
metaxilema interno. 
Medula ausente ou pouco 
desenvolvida 
Periciclo geralmente 
pluriestratificado. 
Floema externo ao xilema (feixes 
colaterais ou bicolaterais) 
Protoxilema interno e metaxilema 
externo. 
Medula bem desenvolvida 
*Periciclo: Camada mais externa do cilindro central constituído por fibras e/ou 
parênquima. Função de originar raízes laterais, câmbio e felogênio. 
9.3 FOLHA: Órgão da planta altamente especializado, tanto estrutural quanto 
fisiologicamente, para a realização da fotossíntese, além de outras funções. 
 
Origem: Meristema apical do caule. 
 
Estrutura Anatômica da Folha: 
A folha apresenta duas faces, a face adaxial (parte superior) e a face 
abaxial (parte inferior). Ambas as faces são recobertas pela epiderme. Além 
desse tecido, podemos perceber claramente a presença de tecidos vasculares 
percorrendo toda a folha, formando as chamadas nervuras. 
 
 
- Sistemas de Tecidos: 
✓ Dérmico (protoderme): Epiderme 
 
 
 
✓ Fundamental (meristema fundamental): Mesofilo da lâmina foliar, córtex da 
nervura mediana, do pecíolo e da bainha. 
 
✓ Vascular (procâmbio): Tecidos vasculares das nervuras, do pecíolo e da bainha. 
 
Classificação das Plantas quanto à disponibilidade de água: 
Xerófitas: São aquelas adaptadas a ambientes com carência de água por longos 
períodos. 
✓ Cutícula espessa com deposição de cera 
✓ Paredes celulares espessadas e lignificadas 
✓ Estômatos muitas vezes em sulcos 
✓ Grande quantidade de tricomas 
✓ Hipoderme presente 
✓ Parênquima aquífero presente 
✓ Grande quantidade de esclerênquima 
✓ Sistema vascular desenvolvido 
Mesófitas: São aquelas que requerem grande quantidade de umidade no solo e 
atmosfera relativamente úmida. 
✓ Folha geralmente dorsiventral ou homogênea 
✓ Estômatos em geral na face abaxial 
Hidrófitas: São aquelas que dependem de uma abundante quantidade de água e 
crescem completamente, ou parcialmente, na água. 
✓ Cutícula delgada 
✓ Estômatos na face adaxial (flutuantes) às vezes ausentes (submersas) 
✓ Redução dos tecidos de sustentação e vasculares 
✓ Grande quantidade de aerênquima 
Aquáticas submersas: 
✓ Folhas pequenas, finamente divididas e flexíveis 
✓ Estômatos e tricomas podem estar ausentes 
✓ Células epidérmicas biconvexas, com cloroplastos 
✓ Presença de cutícula, mesofilo e sistema vascular 
 
Posições dos estômatos na epiderme das folhas: 
Epiestomáticas: São caracterizadas, por possuírem os estômatos localizados na 
epiderme superior/ adaxial da folha. (em folhas flutuantes de espécies aquáticas) 
Hipoestomáticas: São caracterizadas, por possuírem os estômatos localizados 
na epiderme inferior da folha. (em espécies de regiões úmidas) 
Anfiestomáticas: São caracterizas, por possuírem os estômatos localizados nas 
duas extremidades da epiderme da folha. (em espécies de regiões mais áridas) 
ESTRUTURA FOLIAR: 
 
- DORSIVENTRAL: Frequente encontrada em Eudicotiledôneas. 
Regiões Anatômicas: 
✓ Epiderme 
✓ Mesofilo 
✓ Nervura principal 
 
✓ Parênquima clorofilado paliçádico junto a face ventral e parênquima clorofilado 
lacunoso junto a face dorsal 
 
 
 
✓ Epiderme na face ventral em geral com células maiores e cutícula mais espessa. 
✓ Folhas geralmente Hipoestomáticas. 
✓ Tecido de sustentação-colênquima subepidérmico na nervura principal e fibras 
junto aos feixes 
✓ Feixes condutores: colateral ou bicolateral fechado 
- ISOBILATERAL: Presente em algumas Eudicotiledôneas. 
Regiões anatômicas: 
✓ Epiderme 
✓ Mesofilo 
✓ Nervura principal 
 
 
✓ Folhas geralmente Hipoestomáticas. 
✓ Presença de epiderme múltipla 
✓ Parênquima paliçádico junto à face ventral e dorsal 
✓ Parênquima lacunoso localizado no centro do mesofilo 
 
 
- HOMOGÊNEA: O mesofilo apresenta apenas um tipo de clorênquima. Presente em 
algumas monocotiledôneas 
Regiões anatômicas: 
✓ Epiderme 
✓ Mesofilo 
 
 
 
✓ Características anatômicas semelhantes nas duas faces da folha 
✓ Folhas Anfiestomáticas 
✓ Clorênquima regular junto às duas faces da folha 
✓ Presença de parênquima fundamental no centro do mesofilo 
✓ Feixe condutor colateral fechado 
✓ Tecido de sustentação grupos de fibras subepidérmicas isoladas e junto aos 
feixes 
 
 
Tricoma escamoso: Responsáveis pela absorção de água e sais da atmosfera. 
Células buliformes: Células com função motora, responsáveis pelo enrolamento da 
folha. 
A epidermedas folhas geralmente é formada por apenas uma camada, com 
exceções de algumas espécies, como as dos gêneros Piper. Nessa região encontramos, 
além das células epidérmicas fundamentais, células que formam os estômatos e 
tricomas, duas estruturas que podem ocorrer em ambas as faces da folha ou em apenas 
uma delas. Recobrindo a epiderme, é possível verificar a presença de uma substância 
lipídica, a cutícula. 
O mesofilo, tecido da folha responsável pelo processo de fotossíntese, é formado 
principalmente por parênquima clorofiliano, porém também podemos encontrar 
colênquima e esclerênquima. O parênquima clorofiliano apresenta grande quantidade 
de cloroplastos. Ao realizar um corte transversal da lâmina foliar, podemos observá-lo 
entre a epiderme da face abaxial e adaxial. 
Nas eudicotiledôneas, podemos observar a presença de dois tipos principais de 
parênquima clorofiliano: o paliçádico e o lacunoso. O parênquima paliçádico pode 
estar localizado abaixo da epiderme da face adaxial ou então nas duas faces. Eles 
apresenta células cilíndricas alongadas, dispostas lado a lado e separadas por pequenos 
espaços intercelulares. Já o parênquima lacunoso possui grande quantidade de espaço 
entre as células, que, por sua vez, possuem formatos variados. Localiza-se logo acima 
da epiderme da face abaxial ou entre as camadas de parênquima paliçádico. 
Uma folha recebe a denominação de dorsiventral quando o parênquima 
paliçádico apresenta-se próximo à epiderme adaxial, e o lacunoso próximo à face 
abaxial. Quando o parênquima paliçádico está localizado tanto na face abaxial quanto 
na adaxial, dizemos que a folha é isolateral. Existem ainda as folhas chamadas de 
homogêneas, em que não é possível diferenciar esses dois tipos de parênquima. 
O sistema vascular das folhas pode ser chamado de nervuras. Na grande maioria 
das folhas, podemos observar os feixes com o xilema voltado para a face adaxial e o 
floema voltado para a face abaxial, sendo, portanto, do tipo colateral. Os feixes podem 
estar circundados por células parenquimáticas ou esclerenquimáticas, que formam a 
chamada bainha do feixe. 
As nervuras dispõem-se de maneira diferente em cada tipo de folha. Nas 
eudicotiledôneas, por exemplo, predomina o padrão de venação reticulado, onde 
surgem nervuras de menor calibre a partir de uma maior. Na maioria das 
monocotiledôneas as nervuras são paralelas e apresentam calibre semelhante. 
 
- Estrutura foliar Gramineae (Poaceae): Monocotiledônea 
Regiões anatômicas: 
✓ Epiderme 
✓ Mesofilo 
✓ Nervura ou região mediana 
 
 
 
✓ Epiderme da face ventral geralmente com células maiores, cutícula mais espessa 
e presença de células buliformes 
✓ Fibras subepidérmicas e junto aos feixes condutores. 
✓ Feixe colateral fechado 
 
Comparações anatômicas entre plantas C3 X C4 
C3 C4 
Presença de clorênquima plicado e 
bainha parenquimática aclorofilada 
Presença de clorênquima radiado e 
bainha parenquimática clorofilada 
 
 
O Co2 é fixado nas células do mesofilo 
pela enzima RUBP ou RUBISCO 
(cloroplasto) 
 
 
O Co2 é fixado no citoplasma das 
células do mesofilo pela enzima PEP 
carboxilase (eficiência) 
 
O primeiro produto é um ácido com 3 
carbonos, o ácido 3fosfoglicérico 
O primeiro produto é um ácido com 4 
carbonos, o ácido oxaloacético. Este 
ácido é convertido em malato ou 
aspartato no cloroplasto das células do 
mesofilo. Estes últimos deslocam-se 
para as células da bainha formando 
CO2 e piruvato (cloroplasto). O 
Co2entra no Ciclo de Calvin e o 
piruvato retorna ao mesofilo 
 
Síntese de amido e açúcares Síntese de amido e açúcares 
 
As plantas podem ser divididas em 3 grandes grupos, conforme o seu metabolismo 
fotossintético: plantas C3, plantas C4 e plantas CAM. As plantas C3 são aquelas que têm 
como primeiro produto da fixação de CO2 um composto com 3 carbonos, abrangendo 
aquelas plantas que possuem somente a enzima Rubisco, pertencente ao Ciclo de Calvin, 
como alternativa para a fixação do carbono. A reação de carboxilação da Rubisco resulta 
na produção de duas moléculas idênticas, do mesmo compostos de três carbonos (o ácido 
3- fosfo-glicérico). Este grupo é composto pela maior parte das plantas conhecidas 
atualmente. 
As plantas C4 e CAM diferem-se basicamente das plantas C3 por possuírem duas 
reações de carboxilação: a já citada carboxilação promovida pela Rubisco, e a 
carboxilação promovida pela enzima fosfoenolpiruvato carboxilase (PEPcase). Plantas 
C4 são assim chamadas por possuírem um ciclo C4 de fixação de carbono, apresentando 
uma primeira reação de carboxilação que resulta em um composto de 4 carbonos (o ácido 
oxaloacético), produto da reação da PEPcase. As plantas CAM possuem um ciclo de 
fixação muito semelhante ao das plantas C4, sendo assim designadas (CAM: 
Crassulacean Acid Metabolism), devido a este ciclo metabólico ter sido descoberto 
primeiramente na família das Crassuláceas. 
Ao longo da evolução dos vegetais terrestres, surgiram 3 comportamentos 
diferentes que os mesmos apresentaram em relação ao modo de fixação de carbono e à 
perda de água, um recurso importantíssimo. Esses 3 tipos de vegetais são chamados de 
C3, C4 e CAM. 
As plantas C3 recebem este nome por conta do ácido 3-fosfoglicérico formado 
após a fixação das moléculas de CO2. Estes vegetais compreendem a maioria das 
espécies terrestres, ocorrendo principalmente em regiões tropicais úmidas. 
As taxas de fotossíntese das plantas C3 são elevadas à todo o momento, tendo em 
vista que a planta atinge as taxas máximas de fotossíntese (TMF) em intensidades de 
radiação solar relativamente baixas. É por isso que são consideradas espécies 
esbanjadoras de água. Ainda assim, este grupo vegetal é altamente produtivo, 
contribuindo significativamente para o equilíbrio da biodiversidade terrestre. 
As plantas C4 possuem grande afinidade com o CO2. Elas recebem este nome 
devido ao fato do ácido oxalacético possuir 4 moléculas de carbono, formado após o 
processo de fixação de carbono. Devido à alta afinidade com o CO2, as plantas C4 
apresentam uma grande vantagem em relação às plantas C3: elas podem sobreviver em 
ambientes áridos. Isto se dá porque as plantas C4 só atingem as taxas máximas de 
fotossíntese sob elevadas intensidades de radiação solar, fazendo com que fixem mais 
CO2 por unidade de água perdida. Ou seja, elas são mais econômicas quanto ao uso da 
água, elas perdem menos água que as C3 durante a fixação e a fotossíntese. 
 
As plantas C4 são também conhecidas como “plantas de sol” por ocorrerem em 
áreas muitas vezes sem sombra alguma. Elas também ocorrem em áreas áridas com 
menores quantidades de água disponível nos solos. 
Estrutura foliar Gramineae C3 
 
 
Estrutura foliar Gramineae C4 
 
 
 
 
 
 
Plantas C4: 
 
✓ A anatomia das folhas das plantas C4permite uma separação espacial 
entre a Via C4 e o Ciclo de Calvin. 
✓ As plantas C4utilizam o CO2 disponível com maior eficiência, mesmo 
com baixas concentrações, devido a presença da enzima PEP carboxilase, 
que tem maior afinidade pelo CO2. 
✓ A bainha do feixe é rica em organelas, especialmente mitocôndrias e 
micro corpos e seus cloroplastos são maiores que os do mesofilo. 
✓ O ciclo C4 é característico de plantas que requerem altas temperaturas 
para o seu desenvolvimento e ocorrem geralmente em regiões tropicais 
quentes e áridas. 
Anatomia ecológica da folha: 
Algumas plantas apresentam grande plasticidade quanto à adaptação a 
ambientes com sol ou sombra. Já outras plantas são adaptadas ao ambientes 
ensolarados ou a ambientes bastante sombrios, sendo incapazes de sobreviver emoutro 
tipo de habitat. As plantas adaptadas ao sol em geral possuem menor número de 
complexos-antena por unidade de superfície foliar, mas possuem maior quantidade de 
proteínas na membrana do cloroplasto para suportar o maior fluxo de elétrons advindo 
do maio fluxo fotônico, possuem Rubisco e devem possuir maior teor de pigmentos 
xantofilas, se comparado à planta de sombra, pois essa substância protege o sistema 
fotossintético do excesso de radiação. 
Folhas de plantas de sol apresentam uma menor área foliar, são mais espessas 
que folhas de sombra e possuem maior espessura do parênquima paliçádico, além de 
uma maior capacidade bioquímica e anatômica que lhes permite maiores taxas 
fotossintéticas para compensar as maiores taxas respiratórias que possuem e manter 
seu metabolismo. O ponto de compensação luminoso é o ponto em que a fotossíntese 
líquida é igual a zero, ou seja, tudo o que a planta produz, ela consome na respiração. 
Assim plantas de sol possuem maior ponto de compensação luminoso. Já as 
plantas de sombra precisam maximizar a sua área foliar, sendo que suas folhas são 
geralmente mais finas do que as folhas das plantas de sol. Têm de aumentar a 
quantidade de complexos-antena para poder captar o máximo de energia luminosa 
possível, no entanto, possuem uma menor quantidade de proteínas da cadeia de 
transporte de elétrons, pois estão habituadas a um baixo fluxo fotônico. 
 
 
Folhas de sombra possuem mais clorofila do que as folhas de sol por unidade de 
massa e a razão clorofila b/a é alta, aumentando a absorção de luz e a transferência da 
energia em ambientes sombreados. Possuem taxas fotossintéticas muito baixas, quando 
expostas ao sol, sua resposta fotossintética satura em baixos níveis de irradiância, 
quando os níveis de irradiância são muito baixos elas fotossintetizam em maiores taxas 
do que as plantas de sol, têm menos proteínas, incluindo a Rubisco, nos cloroplastos 
do que as folhas de sol, folhas de sombra tem uma maior quantidade de complexos 
coletores de luz, o que permite absorver e utilizar praticamente toda a luz que atinge a 
folha. Possuem menor ponto de compensação de luz porque possuem menores taxas 
respiratórias. Os níveis de saturação de luz para plantas de sombra são bem mais 
baixos do que para plantas de sol.

Outros materiais