Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DESIGN AURILEIDE ALVES COMPACTO EDITORIAL Dicas para resolver problemas de diagramação e edição www.cliqueapostilas.com.br apresentação Este pequeno guia foi criado como resultado prática da pesquisa feita para o trabalho de conclusão de curso de minha pós-graduação em design gráfi- co, em novembro de 2011 na Faculdade Sete de Setembro, sob a orientação da professora e mestre Juliana Lotif. Participaram da banca examinadora a professora especialista Andrea Araújo e o professor e mestre Humberto Araújo. O objetivo deste livreto é fornecer soluções rápidas aos principais proble- mas detectados nas diagramações de pequenos jornais. Sem a pretensão de ser um manual completo, jamais pode ser usado para substituir livros especializa- dos de diagramação e design editorial. sumário apresentação 2 glossário visual 3 antes de começar 4 estruturando a página 5 organizando a informação 8 cuidando da aparência 12 glossário 18 É, como o nome diz, um guia de bolso. Pra ter à mão quando surgir uma dú- vida cruel. As dicas aqui apresentadas foram selecionadas de livros e reescritas numa linguagem simples. A maioria são regras já testadas exaustivamente, mas, como toda regra, é bom ter em mente que elas são válidas apenas enquanto forem razoáveis. Portanto, sempre devem estar adequadas ao caso em questão. Pode ser que, ao buscar ajuda, o lei- tor sinta-se estimulado a aprofundar o conhecimento. Aí é hora de procu- rar outros materiais já publicados, ou mesmo cursos que preparam para o exercício da profissão de desig- ner, o que é mais recomendado. Para meu amado Vital. Fonte de inspiração, força e dedicação constante para fazer da vida uma viagem agradável. Seu apoio emocional foi fundamental para que este trabalho se materializasse. Para os filhos queridos Nina Bianca e Iago, minhas desculpas pelas longas horas de ausência. Para Juliana Lotif pela paciência e profissionalismo e por compartilhar comigo sua paixão pelo ensinar e aprender.Para Cláudia Vidal por sua energia contagiante e paixão motivadora pelo design. Texto, ilustrações e fotografias AURILEIDE ALVES http://about.me/aurileide Revisão JULIANA LOTIF E JOSÉ VITAL Fortaleza, 10 de Novembro de 2011. www.cliqueapostilas.com.br glossário visual subtítulo ou olho fio fios intertítulo margem texto créditos foto título legenda fio número da página nome do caderno data e local antetítulo www.cliqueapostilas.com.br 4 Aurileide Alves 2011 PAPEL A primeira decisão a se tomar é a do tamanho da página ou a medida do papel. Ela vai interferir na maneira como as pessoas irão ler e também nos gastos para imprimir. Escolher um tamanho dentro da escala DIN vai reduzir custos e desperdícios. As principais medidas são, em milí- metros: A0 (841 x 1189), A1 (594 x 841), A2 (420 x 594), A3 (297 x 420), A4 (210 x 297), A5 (148 x 210), A6 (105 x 148), A7 (74 x 105), A8 (52 x 74), A9 (37 x 52), A10 (26 x 37). Para informativos, os tamanhos mais comuns são A4 e A3. TIPOS DE PAPEL Existem inúme- ros papéis diferentes disponíveis no mercado e cada um serve para um uso específico. Impressos com grandes quantidades de texto, não se recomen- da o uso de papel grosso e brilhante. Em ambientes muito iluminados, um pa- pel com brilho dificulta a leitura porque vai refletir a luz e incomodar o olho. Já o muito grosso, além de caro, vai fazer peso para se carregar, sendo difícil de dobrar. É indicado para situações em que o produto precise de resistência ou dobra, como as caixas e envelopes. Para garantir, recomenda-se usar um papel fosco de gramatura média (entre 75 e 90g/m2), deixando os mais grossos e brilhantes para cartazes ou folders. antes de começar Divisão do papel a partir de um A3. Muito grande Um tamanho muito grande vai exigir que o leitor faça vários passeios com a cabeça e com os olhos. Página dupla A4 Com uma página dupla feita em tamanho A4, por exemplo, é possível ver tudo de uma vez, sendo mais fácil de manusear e ler. www.cliqueapostilas.com.br 5 Design Editorial de Bolso GRID OU GRADE é uma divisão em partes que permitam a melhor orga- nização e disposição do conteúdo. É possível fragmentar a página retangular em inúmeras combinações. Para cada tipo de conteúdo, existe uma solução. A maioria dos jornais usa uma gra- de modular, que divide a página em pequenos espaços regulares e iguais. Isto permite posicionar o conteúdo com facilidade e fazer mudanças e ajustes com rapidez. estruturando a página Uma só página Lado a lado, as páginas serão lidas como se fossem uma só e repetir a mesma divisão na direita e na esquerda, pode ser pouco interessante. Diferença Ao criar diferentes grids em páginas duplas, torna o conjunto menos chato, menos repetitivo e mais atraente. Acima, dois exemplos de grid modular com diferentes proporções. Quanto maior o número de módulos, mais preciso o layout. Variar no número e na medida do módulo permite arranjar com diversidade tantos os textos quanto as imagens da página, criando dinamismo. www.cliqueapostilas.com.br 6 Aurileide Alves 2011 MARGENS São os espaços vazios existentes entre o limite do papel e o conteúdo. Servem para orientar o foco da leitura, repousar os olhos, inserir informações repetitivas e secundárias como números de página e, principal- mente para oferecer apoio às mãos para segurar e manusear a peça. Cuidado com a dobra. Evite co- locar as fotos nos espaços próxi- mos da dobra ou elas não serão vistas numa folheada rápida. estruturando a página Quanto maior o espaço vazio da margem, maior a elegância da composição. Sem margem Quando os textos estão muito próximos do limite do papel, a margem fica prejudicada e o resultado vai interferir principalmente na maneira como os leitores irão segurar a página. Sem espaço vazio para repousar os dedos, é possível dificultar o acesso ao contéudo. Conforto Com espaço nas extremidades, o layout da página fica mais confortável. www.cliqueapostilas.com.br 7 Design Editorial de Bolso COLUNAS São alinhamentos ver- ticais que criam divisões horizontais entre as margens. Servem para abri- gar o conteúdo organizadamente. A quantidade de colunas pode variar de acordo com o mate- rial a ser utilizado e o tipo de in- formação a ser impressa. Podem ter as mesmas medidas ou não. O objetivo é definir uma largura capaz de conter uma quantidade de caracte- res, sem muitas quebras nas palavras. Larga x estreita A largura das colunas vai depender da quantidade de texto em cada linha e do tamanho do caractere utilizado. Quanto maior a letra, mais larga deve ser a coluna. Quanto menor o caractere, menor pode vir a ser a largura da coluna. Diversidade Organizar o conteúdo em diferentes estruturas de colunas, vai criar semelhança e também contraste no ritmo geral do layout. O mais importante: ainda vai manter a unidade das páginas. www.cliqueapostilas.com.br 8 Aurileide Alves 2011 SUBTÍTULOS São títulos escritos em corpo menor que o título, posicio- nados logo abaixo deste. Servem para destacar o significado da ideia básica do título. Ao construí-lo, deve-se evitar repetir as palavras do título. A tipografia pode combinar tanto com a do título, em corpo menor ou combinar com o texto, em corpo maior. Importante é que o subtítulo seja padronizado em toda a publicação, como um recurso para criar a personalidade da peça. POSICIONAMENTO Convém evitar a tentação de centralizar os títulos, principalmente se o texto que vem a seguir estiver alinhadoà esquerda. Quando isto acontece, e o texto não está bem delimitado à direita e à esquerda, é difícil perceber o posicionamento de um título que fica no meio da página. VÁRIOS TÍTULOS Quando uma página possuir várias matérias sobre o mesmo assunto, o ideal é criar níveis ou uma hierarquia de importância para cada uma. A de maior destaque deve vir primeiro, com o título sendo o de maior corpo tipográfico. A seguir, seguem- -se as outras matérias que formam a sequência, com títulos bem menores. SINAIS DE PONTUAÇÃO Ponto final não deve ser usado no fim dos títulos. Ele funciona como parada que não é desejável neste caso. Pontos de exclamação também devem ser evitados, já que são um recurso barato para chamar a atenção. Para isto, capriche na redação. MAIÚSCULAS Devem ficar no início das palavras apenas quando precisar escrever nomes de pessoas, lugares ou empresas e instituições públicas. organizando a informação TÍTULO Deve ser longo o suficiente para dizer tudo, mas sem exageros. Para ser visível, a tipografia do tí- tulo precisa dar ao leitor a pista clara de sua importância, pelo ta- manho. Por isto, títulos são sem- pre escritos em fonte bem maiores do que o corpo dos textos. O título principal deve estar claramente identificado e diferenciado dos outros textos. Seu tamanho deve ser sempre o maior da página ocupando lugar de destaque. www.cliqueapostilas.com.br 9 Design Editorial de Bolso Ritmo Subidas e descidas são necessárias para a fluidez da leitura. Por isto melhor evitar escrever todas as palavras do título com letras maiúsculas. Capitular A primeira letra do primeiro parágrafo da página pode ser usada para indicar visualmente onde o texto começa. Faça com que ela fique bem maior que o texto do título. Aqui ela tema a altura do parágrafo. Caixa alta Melhor utilizar este recurso somente quando for necessário, como em siglas ou abreviações ou para criar contraste em áreas com poucas palavras, como no intertítulo. ESPACEJAMENTO Condensar ou expandir demais as letras vai proporcio- nar uma sensação muito desagradável de que algo foi deformado, forçada- mente para caber num determinado espaço. Além disto, vai comprome- ter a legibilidade dos caracteres. HÍFEN Títulos não de- vem ser hifenizados. www.cliqueapostilas.com.br 10 Aurileide Alves 2011 TEXTOS A mensagem a ser trans- mitida para o leitor é o principal objetivo de se fazer uma publicação. Dependendo de sua natureza, o escri- tor pode escolher diferentes maneiras de contar uma história e o texto é sua principal ferramenta de transmissão e convencimento. Outros elementos para compor a página são escolhidos de acordo com a natureza da história a ser contada. A ilustração, a tipografia e a linguagem estilística do impresso são definidos para conquistar o leitor e devem ser agradáveis e confiáveis. Escrever é cortar palavras. É preciso ser objetivo, claro, direto. Se quer chamar a atenção, melhor permitir que as ilustrações façam este pa- pel. O texto deve atuar como um complemento para detalhes que uma imagem não pode transmitir. As partes podem ser claramente separadas com intertítulos, lista com marcadores ou números para transmitir a informação mais de- pressa ajudando o leitor com pouco tempo a folhear muitas páginas. organizando a informação Somente texto Quando precisar escrever muito texto, utilize margens largas, capitulares, intertítulos e janelas para criar diversidade visual. www.cliqueapostilas.com.br 11 Design Editorial de Bolso TAMANHOS Os textos devem ter um corpo grande o suficiente para permitir leitura. Para grandes massas de texto, corpo 10pt para o parágrafo e 12pt para a entrelinha são valores muito utilizados. Outra boa ideia é definir o tamanho do tipo do texto de acordo com a largura da coluna. Se uma coluna tem até 70mm, por exemplo, os tipos podem variar de 8 a 9pt e de 10 a 11pt. Se ao invés disto a largura for até 140mm, a variação dos tipos passa a ser de 12 a 13pt e de 14 a 16pt. No caso das colunas mais largas que 140mm, os tipos podem ser de 16 a 18pt e de 18 a 20pt. Mas esta é apenas uma das várias técnicas exis- tentes. Outras, por exemplo, baseiam- -se na quantidade de palavras por linha para determinar a largura da coluna. ESTILOS A escolha de uma lista de fontes é a maneira mais fácil de criar uma coerência visual. Se a sua página foi projetada para ter título, subtítulo, janela, legenda, créditos ou mais itens, convém utilizar uma fonte que ofereça várias opções: regular, bold, itálico, condensado. Para criar diferença nas janelas, pode-se usar a mesma fonte do texto em itálico, colorido, com corpo bem maior. Recomenda-se utilizar uma fonte regular, com serifa para a massa de texto. Para escrever os marcadores da página, legendas, créditos de ilustrações utilize uma fonte sem serifa que ofereça além do regular, o bold e o itálico para permitir a variação em diferentes lugares. HIFENIZAÇÃO Use hífens nas palavras, mas evite abusar. Uma boa medida é manter um número de hífens de 3 a 5, por parágrafo. 6 12 18 24 Legenda Fonte 6/Entrelinha 6 Texto Fonte 10/Entrelinha 12 Olho Fonte 15/Entrelinha 18 Título Fonte 20/Entrelinha 24 As entrelinhas do corpo do texto, legenda, olho e título podem estar relacionadas, como nestes exemplos. O valor usado para estabelecer uma relação numérica com as medidas foi de 6pt. Observe que, em alguns momentos as linhas de texto estão na mesma altura da legenda, olho e título, mas isto não é necessário, por conta das diferentes alturas e entrelinhas utilizadas. www.cliqueapostilas.com.br 12 Aurileide Alves 2011 TIPOGRAFIA Existem basicamente dois tipos de fontes: com serifa e sem serifa. As mais completas oferecem variações para compor uma publica- ção inteira. Estas variações podem ser: regular, bold, light, condensadas, itálicas, itálicas bold, itálicas con- densadas etc. Recomenda-se utilizar de duas a três fontes, no máximo. Serifas são acabamentos delicados. Observe as áreas circuladas. Sem serifa Não possuem muitos detalhes. As linhas são retas e as extremidades sem curvas delicadas. Última linha Cuidado especial deve ser dado às últimas linhas de cada parágrafo. Quando formadas por apenas uma palavra (viúvas) devem ser reescritas para reduzir texto ou ter o espaço entre as letras (tracking) aumentado ou diminuído suavemente nas duas últimas linhas. Primeira linha do primeiro parágrafo Deixe a tabulação com a largura máxima de 3 carateres se sua coluna for muito estreita (até 70mm). Para larguras maiores, utilize até 5 caracteres como medida. Entretanto, o primeiro parágrafo não deve ter tabulação. Ele é o ponto de entrada do texto e não deve ter distrações. Se precisar destacá-lo, use uma letra capitular. Parágrafos com intertítulos também não devem ter recuo. Com serifa Georgia, Times New Roman, Times, Courrier New, Garamond, Caslon. Sem serifa Arial, Vernada, Sans, Tahoma, Trebuchet, Futura, Helvetica. cuidando da aparência www.cliqueapostilas.com.br 13 Design Editorial de Bolso MARCADORES A partir de duas páginas, é útil a presença de marca- dores, ou fólios, ou sinais gráficos. Um marcador é qualquer informação que sirva para identificar e hierar- quizar a página. Os mais comuns são o nome da publicação, núme- ro da página, nomes de cadernos, seções ou editorias. Escolha sempre uma das margens externas e evite as internas. Se ficarem muito longe do texto, é provável que desapareçam. Justificado à esquerda Use para as colunas comgrandes massas de texto. Esquerda ou direita Sem justificar, use para janelas, legendas, citações e olhos. Nome de seção Localizados geralmente no topo das páginas. O ideal é que seja escrito em fonte menor que o texto, sobre fundo colorido, ou com algum destaque tipográfico como negrito ou itálico. Números de página e datas A fonte usada para escrevê-los deve ser bem menor que a do texto, para não confundir sua importância. www.cliqueapostilas.com.br 14 Aurileide Alves 2011 RESOLUÇÃO A maioria das câmeras fotográficas de hoje oferece opções de configuração para gerar arquivos que ultrapassam os 2 Megapixels. Verificar antecipadamente esta opção antes de sair clicando, vai gerar fotos melho- res para serem impressas. Pra evitar erros graves, convém nunca usar fo- tografias pequenas, retiradas de web sites, em arquivos muito pequenos, de modo que sejam impossíveis de se fazer uma ampliação de qualidade. JPEG OU TIFF? Atenção também para o tipo de arquivo. Os mais comuns pos- suem compactações adequadas para uma impressão razoável. A maioria das câme- ras digitais amadoras e semi profissionais já vem configurada de fábrica para que as fotos sejam compactadas em .JPEG, mas é sempre bom conferir antes de usar as imagens, pois alterações podem ser feitas. O ideal é que, após selecionar a foto e fazer os ajustes no seu programa de edição favorito, o arquivo seja salvo com a mínima compactação possível e com o perfil de cores adequado para a impres- são offset. Recomenda-se usar arquivos .TIFF em CMYK e com resolução míni- ma de 300 dpi, para resultados satisfató- rios. Se isto não for possível, use .JPEG com compactação de 100%, CMYK. CLIPARTS Se não há fotografias disponíveis, resista à tentação de inse- rir um daqueles inúmeros cliparts que costumam vir em CDs da banca de revistas, ou daquele site especializado em figurinhas. Na maioria das vezes, os desenhos são grotescos, de má qualidade e indicam apenas que não foi possível encontrar uma solução melhor, passando uma ideia de amadorismo seu trabalho. cuidando da aparência FOTOGRAFIA As imagens devem es- tar sempre relacionadas com os textos. Organizar uma lista de fotos para cada assunto ajuda na hora da escolha. O melhor resultado será obtido dos maio- res arquivos, com as cores mais nítidas. Regra dos terços Um truque muito utilizado por fotógrafos. Divide a foto em uma matriz de 3 x 3 quadrados e posiciona o personagem principal longe do centro, criando tensão e dinamismo na cena. www.cliqueapostilas.com.br 15 Design Editorial de Bolso Alinhe o horizonte Atenção para as linhas do horizonte. Nas paisagens com água ou árvores o horizonte precisa ficar corretamente posicionado para não causar a sensação de que tudo vai cair para um dos lados. Cortes É possível retirar somente o necessário de uma imagem. Selecione de detalhes e deixe-os grandes. É boa alternativa para valorizar uma foto. Mas somente arquivos grandes e com boa qualidade podem oferecer recortes bem enquadrados e para uma boa impressão. Redimensionar Na hora de modificar o tamanho de uma fotografia, de um rosto, por exemplo (A), evite achatar (B) ou esticar (C). Para que a imagem mantenha suas proporções originais, mantenha a tecla Shift pressionada, enquanto arrasta um dos cantos para cima ou para baixo (D). Assim, tanto largura quanto altura terão novos valores sem distorcer a imagem. A B C D www.cliqueapostilas.com.br 16 Aurileide Alves 2011 Complementar No disco cromático, é a cor oposta à primária. A complementar do vermelho é o verde; do azul, o laranja e do amarelo, o violeta. PSICOLOGIA DAS CORES As cores transmitem mensagens que podem influenciar o conte- údo. Ela possui um componemte emocional que deve ser cuidado- samente estudado para ser apli- cado. Elas variam de acordo com as culturas (no Ocidente, preto é morte. Já no Oriente, é o branco que representa a morte. Existem livros e web sites especializados em psicologia das cores, que po- dem dar mais informações sobre isto. Mas, por enquanto, basta saber que, a cor escolhida para um determinado material gráfico, deve ser cuidadosamente pensada para comunicar a seu público. cuidando da aparência COR Deve-se fazer uso de cores para destacar, identificar, criar ênfase, asso- ciar, organizar, persuadir e criar beleza intencionalmente, nunca sem propósito. As cores devem ser escolhidas com um objetivo e jamais devem ser retira- das do nada. Crie uma lista de cores coerentes com a identidade visual do seu informativo e trabalhe com elas a cada nova edição, evitando mudar as áreas chaves definidas no projeto. Se a seção Política foi inicialmente configura- da para ser vermelha, mudar para rosa ou verde vai alterar o significado. Os leitores estão acostumados a identifi- car conteúdos também pelas cores. Círculo cromático As cores estão organizadas de acordo com a relação de uma com a outra. Primária É o matiz puro. Vermelho, azul e amarelo. Secundária Obtém- se da mistura de duas primárias. Amarelo + vermelho = laranja. Azul e amarelo = verde. Vermelho + azul = violeta. www.cliqueapostilas.com.br 17 Design Editorial de Bolso A cor da imagem Retirar da fotografia as cores para usar nos títulos, legendas, janelas e boxes vai manter a harmonia do conjunto da página. Lcalizando a cor Dentro do disco cromático, as cores da imagem acima localizam-se na área dos verdes e amarelos. PARA SABER MAIS Além das primárias, secundárias e terciárias, as cores possuem várias outras classificações, que podem ser encontradas em livros especializados. Pesquise! Criar uma lista de cores (paleta) necessárias para um trabalho, a partir de uma imagem ou figura importante, que represente o as- sunto em questão pode ser uma al- ternativa eficaz. Assim, é possível escolher as cores para título, subtí- tulos, textos, legendas, intertítulos e marcadores, a partir de um elemento que está dentro da com- posição, harmonizando o layout e criando continuidade na página. www.cliqueapostilas.com.br 18 Aurileide Alves 2011 Glossário ANTETÍTULO Uma palavra ou frase curta que sempre aparece an- tes do texto, em fonte bem menor. BOXE Texto curto que aparece des- tacado, em associação com outro texto mais longo. Colocado separado do todo, geralmente fornece infor- mação complementar ao leitor. CAIXA ALTA/BAIXA Diz do empre- go de letras maiúsculas para escrever todo um texto. São chamadas assim porque os compositores guardavam-nas na parte superior da gaveta (ou caixa) onde dispunham os tipos de metal. COLUNA Cada uma das subdivi- sões verticais em que a página de um jornal, revista ou livro é divi- dida. Por extensão, coluna também significa o espaço do jornal em que um autor escreve regularmente. CORPO Na fundição tipográfica, o corpo é o próprio bloco de metal a partir do qual se projeta o espelho da imagem esculpida da letra. DIAGRAMAÇÃO Conjunto de opera- ções utilizadas para dispor títulos, textos, gráficos, fotos, mapas e ilustrações na página de uma publicação ou em qual- quer impresso de forma equilibrada, funcional e atraente, buscando estabe- lecer um sentido de leitura que atenda a determinada hierarquia de assuntos. ENTRELINHA Medida vertical do espaço entre a linha de base de uma linha de texto e a linha de base da seguinte. www.cliqueapostilas.com.br Design Editorial de Bolso FONTE Conjunto de caracteres de uma mesma família tipográfi- ca, ou seja, cujo desenho siga um padrão básico de construção. GRAMATURA Registro do peso, em gramas, de 1 metro quadrado de um determinado papel. Sua expressãonão guarda, necessariamente, relação direta com a espessura do papel, pois o peso depende da matéria-prima empregada em sua fabricação. Ex.: 120 g/m². IDENTIDADE VISUAL Conjunto sistematizado de elementos gráficos que identificam visualmente uma empresa, uma instituição, um produto, ou um evento, personalizando-os, tais como um logotipo, um símbolo gráfico, uma tipografia, um conjunto de cores. INTERTÍTULO Uma palavra ou frase curta que aparece em des- taque tipográfico, na primeira li- nha dos parágrafos internos. JANELA Um frase significativa retira- da do texto e posicionada sobre ele em destaque tipográfico para atrair o leitor. LAYOUT Peça produzida artesanal- mente para a visualização e interpre- tação de um projeto. Instrumento de depuração do próprio projeto, quando destinado ao cliente, deve simular, da melhor forma possível, o produto final. MATIZ É o nome que identifica uma cor como sendo única. Amarelo, violeta, rosa, verde, lilás etc. OLHO O mesmo que subtítulo. PROJETO GRÁFICO Planejamento das características gráfico-visuais de uma peça, seja uma publicação, um folder ou um cartaz, envolvendo o detalhamento de especificações para a produção gráfi- ca, como formato, papel, processos de composição, impressão e acabamento. RESOLUÇÃO Grau de nitidez de um caractere ou imagem impressa ou exibida. Na tela, a resolução é ex- pressa por uma matriz de pontos. Na impressão é expressa como pontos por polegada linear. Quanto maior a reso- lução de uma imagem, melhor é sua visualização em tela ou na impressão. SERIFA Pequeno traço que aparece na extremidade das hastes de uma letra. Também chamado de remate, filete. SUBTÍTULO Pequeno texto com poucas palavras que aparece logo abaixo do título, com fonte menor e geralmente de cor diferente. TIPO Desenho de letras e alga- rismos formando um conjunto re- gido por propriedades visuais sistematizadas e consistentes. TIPOGRAFIA Desenho e produ- ção de letras e sua distribuição e es- pacejamento sobre uma superfície (papel,tela), para transmitir informação. www.cliqueapostilas.com.br http://about.me/aurileide www.cliqueapostilas.com.br
Compartilhar