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MATERIAL Anatomia Humana aplicada a EF_UFRN

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Livro não finalizado. Versão provisória para uso exclusivo dos alunos do curso de Educação Física a distância da UFRN – 
semestre 2014.1. Uso provisório das imagens. Figuras e ilustrações de resposabilidade das editoras: ©Primal Pictures e 
©Server Medical Arts. 
 
 
 
Aula 1: Introdução à Anatomia Humana 
 
Apresentação 
 
Hoje iniciamos o estudo de uma das mais antigas ciências do mundo, a 
anatomia. Essa ciência, de forma geral, representa o estudo do corpo humano. 
E, apesar de ser relegado por muitos, esse capítulo de Introdução à Anatomia 
pode ser considerado como um dos mais importantes do curso, pois dá um 
panorama dessa disciplina, sistematizando toda a nomenclatura utilizada nessa 
área que será utilizada no decorrer do curso. 
É bom destacar que a anatomia é mais que uma simples memorização 
de listas de nomes. A nomenclatura que utilizamos na disciplina de anatomia é 
de extrema importância, uma vez que a evocação de um termo direcionará o 
tipo da estrutura que estamos lidando, sua localização bem como sua função. 
Por exemplo, o “nervo fibular superficial” é uma estrutura nervosa localizada na 
região superficial e lateral da perna, onde se encontra o osso chamado de 
fíbula. Veja que o nome do exemplo acima nos dá não somente uma 
informação acerca do tipo de estrutura, mas também de sua localização. Isso é 
de extrema importância, porque os termos descrevem e direcionam essa 
máquina complexa que é o corpo humano, além de direcionar para a prática 
clínica dos profissionais da saúde. 
Portanto, na aula de hoje, discutiremos sobre os tópicos que nortearão o 
estudo da anatomia assim como sua nomenclatura peculiar para depois 
estudarmos os ossos, os músculos e outras estruturas de fundamental 
interesse para sua formação profissional! 
 
Objetivos 
 
 Conceituar Anatomia e identificar sua importância para o curso de 
Educação Física. 
 Descrever a posição anatômica padrão do corpo humano. 
 Reconhecer os termos de delimitação, posição e direção anatômicos. 
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 Observar que a formação do corpo humano é baseada em princípios 
gerais de construção dos vertebrados. 
 
O que é a Anatomia? 
O objeto de estudo da Anatomia é a estrutura do corpo humano. Essa 
ciência analisa a estrutura biológica e estuda a constituição, o desenvolvimento 
e a função do corpo de seres organizados, como o homem. De acordo com 
Moore, Aristóteles (384-322 a.C.) foi a primeira pessoa a utilizar o termo 
anatome (palavra grega que quer dizer “cortar em pedaços”, “separar”), mas 
papiros antigos já indicavam essa prática no Egito por volta de 500 a.C. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Aula de Anatomia do Dr. Tulp, pintada por Rembrandt 
Fonte: <http://www.ligadeanatomia.com.br/2012/03/licao-de-anatomia-do-dr-tulp-
rembrandt.html>. Acesso em: 16 jan. 2013. 
 
A Anatomia abrange o conhecimento de estruturas que podem ser vistas 
a olho nu, ou seja, macroscopicamente, ou das estruturas que são visualizadas 
por meio de microscópios. Mas de forma geral, o termo anatomia refere-se hoje 
ao estudo de estruturas visíveis, enquanto o estudo das células e dos tecidos 
se dá por meio de outras disciplinas como Citologia e Histologia. 
Quando se fala em Anatomia, você deve perceber que essa ciência 
possui ramos e divisões. Por exemplo, a Anatomia Sistêmica estuda os 
órgãos do corpo e sua organização a fim de destacar funções semelhantes. 
Temos, como exemplos, os sistemas cardiovascular, o digestório, o urinário, os 
genitais feminino e o masculino, entre outros. 
Quando vários sistemas agrupam-se para propiciar uma mesma função, 
são formados os aparelhos. Como exemplo, o aparelho locomotor representa 
a união de vários sistemas que visam produzir, determinada função na 
movimentação do esqueleto humano (ver Figura 2). 
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Figura 2 – O aparelho locomotor humano. 
Fonte: <http://www.elitetrack.com/images/blog/skeleton-running.jpg>. Acesso 
em: 16 jan. 2012. 
 
Veja como vários sistemas organizam-se para produzir essa função: o 
sistema cardiovascular deve levar sangue e nutrientes para os músculos 
(sistema muscular) para que possam movimentar os ossos (sistema ósseo). 
Estes últimos estão unidos entre si pelas articulações (sistema articular). Já o 
sistema nervoso integra e controla todos os sinais, por meio de células 
nervosas e nervos, possibilitando movimento correto e voluntário de um 
membro, desde um salto complexo na ginástica olímpica, até um simples gesto 
como levar a mão à boca. 
Por outro lado, o corpo humano pode ser dividido em várias partes: 
cabeça, pescoço, tronco (este dividido em tórax, acima, e abdome, mais abaixo 
e dorso, posteriormente), membros superiores (ombro, braço, antebraço e 
mão) e membros inferiores (quadril, coxa, perna e pé). O estudo dessas partes 
do corpo é feito pela Anatomia topográfica. Observe a Figura 3 a seguir. 
 
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Cabeça
PescoçoOmbro
Braço
Antebraço
Mão
Tronco 
(tórax + abdome)
Quadril
Coxa
Perna
Pé
Cabeça
PescoçoOmbro
Braço
Antebraço
Mão
Tronco 
(tórax + abdome)
Quadril
Coxa
Perna
Pé
 
 
Figura 3 – Regiões do corpo humano em vista anterior 
Fonte: Adaptado de Primal Pictures 2009. 
 
Em nosso curso, observaremos a anatomia macroscópica aplicada à 
Educação Física. Dessa maneira, nosso enfoque principal é o aparelho 
locomotor bem como os sistemas nervoso, circulatório, respiratório, digestório e 
endócrino. 
Todo o conhecimento estudado em Anatomia servirá como base para 
outras disciplinas do curso. Para explicar melhor essa relação, costumamos 
fazer uma simples analogia: a Anatomia é o “manual de instruções” dos cursos 
biológicos e da saúde, assim como o direito constitucional e o cálculo 
representam o alicerce básico para o curso de direito e profissões da área de 
exatas, respectivamente. O que caracteriza um professor de Educação Física 
são os termos e os nomes aprendidos aqui. Serão os termos e os nomes 
aprendidos aqui que o definirão como um professor de Educação Física e não 
como outro profissional qualquer. 
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Normalidade e variações anatômicas 
Um indivíduo normal, segundo Dangelo & Fattini, é um ser saudável, 
hígido, que não apresenta estado patológico,mas que também é o mais 
comum numa determinada população. Por exemplo, imagine que numa sala de 
aula com 50 alunos saudáveis, 45 tenham cabelos escuros enquanto os 
demais apresentam cabelos claros. Assim, o normal e mais frequente para 
essa amostra de pessoas seria a cor escura de cabelos (conferir Figura 4). 
 
 
 
Figura 4 – Curva de Gauss 
Fonte: <http://www.files.chem.vt.edu/chem-ed/data/graphics/gaussian-
curve.gif>. Acessado em: 16 jan. 2013. 
 
Vamos fazer uma analogia simples considerando os alunos de 
determinada disciplina, como a Biologia, por exemplo: há sempre alguns alunos 
que se destacam positivamente e obtêm notas altas enquanto outros, poucos, 
têm grande dificuldade para entender a matéria. Isto pode ser visualizado 
graficamente por meio de uma curva gaussiana (ver Figura 4). Nesse gráfico, 
alunos com notas muito altas ou baixas representam as “pontas”, os extremos 
da curva. Já a maioria da turma tende a ficar com notas “intermédiárias”. Isso 
pode ser visualizado como a parte do meio do gráfico, que demonstra que o 
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maior número de alunos tende a ficar com notas médias (Figura 4). Este sim é 
o padrão mais comum e que é considerado normal na Anatomia para uma 
dada amostra, nesse caso, os alunos de Biologia. 
Variações anatômicas representam diferenças anatômicas entre um 
grupo aleatório de indivíduos sem que haja prejuízo funcional. “Cicrano” pode 
apresentar, por exemplo, cabelos crespos, olhos pretos e nariz achatado 
enquanto “Beltrano” pode possuir cabelos lisos, olhos claros e nariz fino, mas 
sem que essas diferenças prejudiquem ou interfiram com as funções normais 
dessas estruturas para ambos os indivíduos! Assim, mesmo com essas 
diferenças entre os indivíduos, ambos são saudáveis. 
Essas variações são uma constante na Anatomia e não ocorrem 
somente externamente. Você pode apresentar uma distribuição de veias 
diferente no antebraço; seu nervo isquiático pode perfurar o músculo piriforme 
ou simplesmente passar por debaixo dele na região do quadril; seu estômago 
pode apresentar-se em forma de “J” ou pode-se apresentar mais arredondado; 
entre inúmeras outras variações internas. 
Você deve ter em mente que vários fatores gerais representam, por si 
só, fatores de variações anatômicas entre indivíduos. Entre eles, destacam-se 
a idade (ver Figura 5), sexo e raça (ver Figura 6), biótipo ou compleição 
morfológica (ver Figura 7) e evolução. 
 
Figura 5 – Exemplo de variações anatômicas do indivíduo em relação à idade 
Fonte: Adaptado de Servier medical art. 
 
 
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Figura 6 – Exemplo de variações anatômicas do indivíduo em relação ao sexo e à 
raça 
Fonte: Adaptado de Servier medical art. 
 
 
 
Figura 7 – Exemplo de variações anatômicas do indivíduo em relação ao biótipo 
Fonte: Adaptado de Servier medical art. 
Quando uma alteração compromete a função da estrutura, dizemos que 
essa é uma anomalia e não uma variação. Se a anomalia for tão grave e 
acentuada a ponto de até comprometer a vida do indivíduo, temos a 
monstruosidade. Um indivíduo que nasceu com má-formação nos dedos do 
pé e outro que nasceu sem o encéfalo (indivíduo anencéfalo) são exemplos de 
anomalia e monstruosidade, respectivamente. O segundo exemplo, 
obviamente, é incompatível com a vida. 
 
 
 
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Atividade 1 
1) De acordo com o que você aprendeu anteriormente sobre variações 
anatômicas, classifique as figuras a seguir em anomalia ou monstruosidade e 
explique sua resposta. 
 
Fonte: <http://veja.abril.com.br/saladeaula/200906/imagens/chapeus4.jpg>. Acesso 
em: 16 jan. 2013. 
 
 
 
Fonte: <http://www.brasilescola.com/upload/e/250px-
Polydactyly_01_Lhand_AP.jpg>. Acesso em: 16 jan. 2013. 
 
 
 
 
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Fonte: <fabiomizote.wordpress.com/gravidez-multipla/>. Acesso em: 16 jan. 
2013. 
 
Posição anatômica 
Convencionou-se utilizar uma posição padrão a fim de facilitar a 
descrição anatômica entre os vários anatomistas e a partir da qual os estudos 
anatômicos são realizados e comparados entre si. Esse posicionamento é 
chamado de posição anatômica, nesse caso, o indivíduo deve ser imaginado 
em pé; com a face voltada para frente; o olhar dirigido para o horizonte; 
membros superiores estendidos ao longo do tronco e com as palmas das mãos 
voltadas para frente; os membros inferiores unidos, com as pontas dos pés 
dirigidas para frente. Todas as descrições em Anatomia são realizadas a partir 
de um indivíduo em posição anatômica. Essa posição é válida, inclusive, para o 
estudo de peças dissecadas isoladas como braços, pernas entre outras. 
 
Atividade 2 
1) Com base na informação dada anteriormente, desenhe um indivíduo na 
posição anatômica. 
 
Planos anatômicos 
É possível traçar linhas imaginárias interligadas que passam tangentes à 
superfície do corpo humano como se fossem "lâminas" verticais e horizontais, 
de maneira a obtermos um paralelepípedo tridimensional. Cada uma dessas 
lâminas é um plano de delimitação do corpo humano ou simplesmente, 
plano anatômico, os quais formam ângulos retos entre si. Podemos ver os 
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principais planos anatômicos na Figura 8. Em seguida, veja a descrição desses 
planos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 – Vistas lateral, anterior e posterior dos planos anatômicos 
Fonte: Adaptado de Primal Pictures 2009. 
 
a) Plano anterior ou ventral: Imagine cortes verticais que dividam o corpo em 
uma parte anterior e outra posterior. O plano anterior corresponde aos cortes 
verticais que passam bem próximo à região anterior (ventral) de nosso corpo. 
 
b) Plano posterior ou dorsal: O plano posterior corresponde aos cortes 
verticais que passam tangentes à região posterior (dorsal) de nosso corpo. 
 
Note que os planos anterior e posterior são paralelos entre si e, como passam de 
acordo com a “fronte” (testa) do indivíduo, são denominados planosfrontais ou 
coronais, como você pode observar na Figura 9c no final desta seção. 
 
c) Planos laterais direito e esquerdo: Correspondem aos cortes verticais que 
passam tangentes às superfícies do lado direito e esquerdo de nosso corpo. 
Esses planos também podem ser chamados de planos sagitais. Caso esse 
plano divida igualmente o lado direito do esquerdo, então esse plano é 
denominado sagital mediano ou simplesmente mediano (Figura 9a). 
 
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d) Plano cranial ou superior: Esse já é um exemplo de um corte horizontal 
(transversal) que passa próximo à região superiora da cabeça. 
 
e) Plano caudal ou inferior: Esse é outro exemplo de um corte horizontal 
(transversal), mas que passa próximo aos pés. 
 
Os planos cranial e caudal são também paralelos entre si e ocorrem 
transversalmente (ou horizontalmente), sendo também denominados planos 
transversais ou horizontais (Figura 9b). 
 
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Figura 9 – Planos de delimitação do corpo: a) plano sagital mediano; b) plano 
transversal ou horizontal; c) plano frontal ou coronal 
Fonte: Adaptado de <www.facstaff.gpc.edu/~jaliff/anabone.htm>. Acesso em: 
16 jan. 2013. 
 
Eixos do corpo humano 
As linhas imaginárias que visam unir e interligar os planos anatômicos 
no espaço são chamadas de eixos do corpo humano. Temos três eixos 
principais: 
a 
b 
c 
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Eixo longitudinal (ou crânio-caudal): Como o próprio nome diz, 
interliga os planos cranial e caudal, os quais são exemplos de planos 
transversais. Esse eixo refere-se, portanto, a uma linha vertical que vai de 
superior a inferior, da cabeça aos pés. 
Eixo ântero-posterior (ou sagital): Corresponde a uma linha imaginária 
que une o plano anterior ao plano posterior, exemplos de planos frontais. É, 
portanto, uma linha horizontal que se estende, por exemplo, do umbigo à 
coluna vertebral. 
Eixo látero-lateral (ou transversal): Corresponde a uma linha 
imaginária horizontal que vai de um lado ao outro, por exemplo, do ombro 
direito ao ombro esquerdo. Desse modo, esse eixo interliga planos sagitais. 
Observe esses eixos na Figura 10 a seguir. 
 
Longitudinal
z
x
Ântero-posterior
(sagital)
y
Látero-lateral
Longitudinal
z
x
Ântero-posterior
(sagital)
y
Látero-lateral
 
Figura 10 – Eixos do corpo humano e respectivos planos anatômicos: z) eixo 
longitudinal; y) eixo látero-lateral; x) eixo anteroposterior. 
Fonte: Adaptado de <www.facstaff.gpc.edu/~jaliff/anabone.htm>. Acesso em: 
16 jan. 2013. 
 
 
 
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Movimentos do corpo humano 
Os movimentos do corpo ocorrem nos planos anatômicos e são 
normalmente descritos na posição anatômica. Além de movimentos simples 
que ocorrem nas articulações, nosso corpo é capaz de realizar movimentos 
mais complexos como os descritos a seguir: 
 
1- Flexão: movimento que diminui o ângulo entre duas partes. 
2- Extensão: movimento que aumenta o ângulo entre duas partes. 
3- Abdução: ação de afastar uma estrutura do plano mediano. 
4- Adução: ação de aproximar uma estrutura do plano mediano. 
5- Elevação: movimento numa direção superior. 
6- Depressão: movimento numa direção inferior. 
7- Rotação interna (medial): ação de rotação que move determinada 
estrutura em direção ao plano mediano do corpo. 
8- Rotação externa (lateral): ação de rotação que move determinada 
estrutura para longe do plano mediano do corpo. 
9- Pronação: movimento de rotação do antebraço que move a palma 
da mão de uma posição anterior para uma posição posterior. 
10- Supinação: movimento de rotação do antebraço que move a palma 
da mão de uma posição posterior para uma posição anterior. 
11- Dorsiflexão: um tipo de extensão de todo o pé superiormente que 
causa uma aproximação entre o pé e a parte anterior da perna. 
12- Flexão plantar: um tipo de flexão de todo o pé inferiormente que 
causa um distanciamento entre o pé e a parte anterior da perna. 
13- Inversão: movimento que aproxima a planta do pé ao plano 
mediano. 
14- Eversão: movimento que distancia a planta do pé ao plano mediano. 
 
Atividade 3 
1) Aprendemos que os movimentos ocorrem em determinados planos 
anatômicos e que eles são perpendiculares aos eixos anatômicos. Por 
exemplo, quando rodamos a cabeça para um lado realizamos um movimento 
de rotação que acontece no plano transversal e cujo eixo é o longitudinal. 
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Com base nesse exemplo, observe o exercício de polichinelo na figura a seguir 
e cite o nome do movimento que ocorre nos ombros, bem como o plano e o 
eixo anatômicos. 
 
Fonte: <http://pixuu.files.wordpress.com/2010/05/polichinelo.gif>. Acesso em: 
16 jan. 2013. 
 
Termos de Posição e Direção 
Temos inúmeras estruturas no corpo humano, algumas próximas ou 
bem distantes umas das outras. É muito importante que o profissional da saúde 
saiba localizá-las e descrevê-las, a fim de diagnosticar ou mesmo tratar 
determinada condição clínica. Para descrever tais estruturas, utilizamos termos 
que facilitam sua localização, posição e direção. Os termos mais utilizados 
estão listados a seguir: 
 
Mediano: é a estrutura ou órgão cuja localização coincide com o plano 
mediano, ou seja, está exatamente na linha mediana que divide o corpo em 
metades direita e esquerda. Por exemplo, o nariz encontra-se na região 
mediana do corpo. 
Lateral: é a estrutura ou órgão que tem localização próxima aos planos 
laterais, ou seja, que está afastada do plano mediano.Exemplo: Nossos olhos 
estão localizados lateralmente ao nariz. 
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Medial: é a estrutura que está próxima ao plano mediano, mas não se 
encontra neste. Dessa maneira, refere-se a algo afastado dos planos laterais. 
Por exemplo, meu olho direito localiza-se medialmente à minha orelha direita. 
Intermédio: é a estrutura ou órgão que se encontra entre duas outras 
estruturas, uma medial e outra lateral. Nesse caso, comparando-se o nariz, o 
olho direito e a orelha direita; o olho direito é a estrutura intermédia entre as 
demais. 
Ventral ou anterior: é a estrutura ou órgão que se encontra mais 
próxima ao plano ventral ou anterior. O termo ventral é mais usado para os 
membros e o termo anterior para o tronco. O nosso umbigo localiza-se 
anteriormente à nossa coluna vertebral, por exemplo. 
Dorsal ou posterior: é a estrutura ou órgão que se encontra mais 
próxima ao plano dorsal ou posterior. O termo dorsal é mais usado para o 
tronco e o termo posterior para os membros. Como no caso anterior, a nossa 
coluna vertebral encontra-se posteriormente ao umbigo. 
Cranial ou superior: é a estrutura ou órgão que se encontra mais 
próxima ao plano cranial ou superior. Um exemplo clássico é a cabeça. 
Podálico, caudal ou inferior: é a estrutura ou órgão que se encontra 
mais próxima ao plano podálico, caudal ou inferior. Por exemplo, a região do 
quadril está inferior à cabeça. 
Média (o): é a estrutura ou órgão que se encontra entre estruturas 
ventral (anterior) e dorsal (posterior) ou entre estruturas superior (cranial) ou 
inferior (caudal). Exemplo: O umbigo situa-se na região média se comparado à 
cabeça e à região do quadril. 
Proximal e distal: termos geralmente utilizados para os membros 
superiores e inferiores, quando uma estrutura está mais próxima à raiz do 
membro (proximal) ou distante a ele (distal). Por exemplo, o cotovelo é uma 
estrutura proximal se comparada à mão, mas distal se comparado ao ombro. 
Interno (a) e externo (a): localização de uma região ou de uma parte de 
uma estrutura ou de um órgão voltada para o interior de uma cavidade (interna) 
ou para o exterior desta (externa). Este termo como os demais depende da 
posição anatômica do indivíduo. 
 
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Atividade 4 
1) Baseando-se no que você acabou de estudar em relação aos termos de 
posicionamento e direção, classifique os símbolos a seguir de acordo com sua 
localização: 
 
a) Lua em relação ao sol: 
b) Coração em relação à bola: 
c) Bola em relação ao coração e ao triângulo invertido: 
d) Triângulo invertido em relação à bola: 
e) Triângulo em relação à estrela: 
 
2) Baseando-se no que você acabou de estudar em relação aos termos de 
posicionamento e direção, classifique os símbolos a seguir de acordo com sua 
localização: 
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a) Bola em relação ao sol: 
b) Triângulo invertido em relação à bola: 
c) Lua em relação à bola e ao sol: 
 
Princípios gerais de construção do corpo humano 
Como qualquer ser vertebrado, há alguns princípios fundamentais de 
formação do corpo humano e sua organização. Observe alguns desses 
princípios a seguir: 
a) Antimeria: O corpo humano é construído segundo o princípio da simetria 
bilateral. Imagine que um corte sagital mediano divida o corpo humano em 
duas metades: direita e esquerda, semelhantes. Cada metade é um antímero. 
Os antímeros são semelhantes entre si no que diz respeito à forma, função e 
localização. Contudo, a antimeria no ser humano é mais notável no período 
embrionário. Com o desenvolvimento e crescimento do indivíduo, a antimeria 
resultante não é perfeita, prevalecendo uma pequena quantidade de 
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assimetria, pois em algumas regiões do corpo não existe correspondência 
exata entre a forma e a localização de órgãos. Um exemplo dessa assimetria é 
o coração, ele possui sua maior parte localizada no lado esquerdo do tórax 
enquanto o fígado situa-se no lado direito do abdome. Podem existir também 
diferenças na altura dos ombros, no comprimento dos membros, etc. Observe a 
Figura 11. 
 
Figura 11 – Antimeria 
Fonte: Adaptado de Servier medical art. 
 
b) Metameria: é um princípio de construção do corpo onde se observa a 
superposição longitudinal de segmentos semelhantes como se fossem 
cortados pelo plano transversal. Cada segmento é um metâmero e essas 
estruturas superpõem-se entre si tal qual panquecas que se achatam umas 
sobre as outras (ver Figura 12). No adulto, a metameria pode ser observada, 
por exemplo, na coluna vertebral e na caixa torácica. 
 
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Figura 12 – Metameria 
Fonte: Adaptado de 
<http://www.3bscientific.com.br/imagelibrary/A73/A73_01_Coluna-vertebral-
toracica.jpg>. Acesso em: 17 jan. 2013. 
 
c) Paquimeria: é o princípio de construção onde se observa a formação de 
dois tubos ou cavidades no segmento longitudinal (ou axial) do corpo. Cada 
cavidade é um paquímero. No adulto, os paquímeros encontram-se paralelos 
ao plano frontal e, portanto, são divididos em ventral e dorsal. No paquímero 
ventral, encontramos a maioria das vísceras e, por isso, esse paquímero é 
também denominado paquímero visceral, e corresponde às cavidades torácica, 
abdominal e pélvica. No dorsal, encontramos o sistema nervoso central, por 
esse motivo, ele também é denominado paquímero neural e corresponde ao 
canal vertebral e a cavidade craniana. 
 
d) Estratificação: esse princípio de construção pode ser observado pela 
superposição de camadas (estratos) concêntricas de tecidos diferentes na 
estruturação do corpo humano. No braço, por exemplo, temos superficialmente 
a pele(ver Figura 13). Esta possui vários estratos como a epiderme e derme, 
de forma geral. Abaixo da pele, uma camada de tecido chamada de tela 
subcutânea está presente. Depois, temos fáscias musculares (as quais 
envolvem os músculos e serão explicadas com mais detalhes posteriormente), 
os músculos propriamente ditos, ossos etc. Você, a essa altura, já deve 
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perceber que os órgãos de nosso corpo, como o estômago, por exemplo, 
também possuem um arranjo em camadas de tecidos e células. 
 
 
 
Figura 13 – Estratificação 
Fonte: <http://www.afh.bio.br/sentidos/img/sentidos%20pele.jpg>. Acesso em: 17 jan. 
2013. 
 
Atividade 5 
Usando suas próprias palavras, diferencie metameria de antimeria. E qual a 
diferença entre paquimeria e estratificação? 
 
Resumo 
Nesta aula, conhecemos os princípios básicos da Anatomia Humana. 
Identificamos a posição anatômica padrão, os termos de delimitação, posição e 
direção anatômicos, assim como os princípios de construção do corpo humano. 
A partir de agora, os conceitos e termos aqui introduzidos serão observados no 
decorrer do curso e o aluno deve, sempre que necessário, revisar esta aula 
com bastante atenção. 
 
Autoavaliação 
 
1) Por que você acha que a Anatomia é importante para seu curso? 
2) Em frente ao espelho, fique na posição anatômica e a descreva em voz alta! 
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3) Imagine que, a partir da posição anatômica, você flexiona (dobra) a 
articulação do cotovelo. Como já vimos, os movimentos ocorrem nos planos 
anatômicos. Em qual plano e eixo anatômicos ocorre tal movimento? 
 
Referências 
 
 
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana: Sistêmica e 
Segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 
 
 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia Orientada para a Clínica. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 
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Disciplina: Anatomia Humana para Educação Física 
Aula 2: Anatomia do sistema esquelético e articular 
 
Apresentação 
 
Nesta segunda aula, você vai estudar as generalidades e particularidades 
referentes ao sistema esquelético e articular. Você poderá observar as funções 
desses sistemas, os vários componentes ósseos e articulares, bem como as 
diversas classificações dos ossos e articulações. No decorrer da aula, você 
verá que o osso não é uma estrutura “morta” e imutável, mas sim uma peça 
dinâmica que pode adaptar-se frente a várias situações, como numa 
determinada atividade física ou na imobilização. Além disso, você observará 
que as uniões entre os ossos formam as articulações e, de acordo com seu 
formato, teremos determinado movimento. Esses conceitos básicos serão 
essenciais para o curso de Educação Física e para observarmos 
individualmente os ossos do esqueleto humano. 
 
Objetivos 
 
 Definir as funções do sistema esquelético e articular. 
 Identificar a estrutura do tecido ósseo e seus componentes. 
 Definir a divisão do esqueleto humano. 
 Reconhecer os critérios de classificação dos ossos. 
 Identificar as articulações sinoviais. 
 Reconhecer os critérios de classificação das articulações sinoviais quanto à 
sua forma. 
Conceito e funções do sistema esquelético 
 
Segundo Dangelo e Fattini (2007), o esqueleto humano é formado por um 
conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço 
corporal e desempenhar várias funções. Estas envolvem ações diversas, não 
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incluindo somente as atividades de movimento como a maioria pensa. 
Observe, a seguir, as diversas funções do sistema esquelético: 
 
 Proteção para certos órgãos: a caixa torácica, por exemplo, protege 
vários órgãos como o coração, os pulmões, o esôfago. Do mesmo modo, os 
ossos que formam o crânio protegem o encéfalo, do qual o cérebro faz 
parte. 
 Sustentação de partes moles do corpo: músculos, tendões ou ligamentos 
prendem-se ao esqueleto por meio de distintas saliências ósseas. 
 Armazenamento de sais minerais: o esqueleto armazena, principalmente, 
sais de cálcio e de fósforo e alguns íons. O corpo humano possui algo em 
torno de 2 kg de cálcio, dos quais 98% encontram-se depositados no 
esqueleto (MARTINI, 2009). 
 Movimentação: o esqueleto funciona como um sistema de alavancas que, 
ao ser movimentada pela musculatura, permite a mobilidade dos 
seguimentos corporais. 
 Produção de células do sangue: produz, entre outras células, as 
hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue. 
 
 
Figura 1 – Esqueleto humano 
Fonte: <www.lionden.com/ap1out-bone.htm>. Acesso em 27/11/2012: 
 
 
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Note que, para realizar funções tão importantes para o organismo, os ossos 
devem apresentar células e tecidos altamente especializados. Por isso, a 
seguir, estudaremos com mais detalhes a estrutura do tecido ósseo. 
 
O que é um osso? Do que é formado? 
 
Os ossos são órgãos esbranquiçados, rígidos, os quais se ligam entre si por 
meio de articulações e cartilagens, constituindo assim o esqueleto. 
Embora o estudo das células e do tecido ósseo seja de competência da 
Citologia e Histologia1, a compreensão das características básicas do tecido 
ósseo é de extrema relevância para o estudo anatômico do sistema 
esquelético. 
De forma geral, podemos dizer que o tecido ósseo representa uma forma 
especializada de tecido conjuntivo, cuja principal característica é a 
mineralização (calcificação) de sua matriz óssea. Como já foi brevemente 
mencionado na apresentação da aula, o osso é uma estrutura viva e dinâmica, 
que continuadamente tem seu tecido ósseo renovado, mediante processos de 
deposição de um novo tecido ou de reabsorção deste. 
Para tal fim, o tecido ósseo é composto por células especializadas que podem 
promover a formação e deposição do tecido ósseo (os osteoblastos) ou a 
reabsorçãode tecido ósseo (os osteoclastos). Pela atividade dessas células e 
de determinados hormônios2, os ossos renovam seu tecido num processo 
dinâmico e contínuo. Os osteócitos, por sua vez, são osteoblastos 
amadurecidos e são consideradas células responsáveis pela manutenção do 
tecido ósseo (Figura 2). 
 
 
 
 
1
 A Citologia é a ciência que estuda as células e suas organelas. As células podem agrupar-se e formar 
distintos tecidos biológicos. O estudo dos tecidos, seus tipos celulares e funcionamento é chamado de 
Histologia. 
2
 Hormônios são substâncias químicas que transferem informações e instruções entre as 
células, participando de processos distintos como a regulação do crescimento, 
desenvolvimento, controle das funções de muitos tecidos, auxílio em funções reprodutivas e 
regulação do metabolismo. O paratormônio e a calcitonina são hormônios relacionados ao 
remodelamento ósseo. 
Osteoclastos Osteoblastos Osteócitos 
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Figura 2 – Principais células do tecido ósseo 
Fonte: Adaptado de Servier Medical Art 
 
Por outro lado, todas essas células estão “mergulhadas” numa matriz óssea, 
que é um tipo de substância presente entre as células e pode ser dividida em 
partes orgânica e inorgânica. A parte orgânica é rica em fibras colágenas e 
proteínas. A parte orgânica da matriz confere elasticidade ao osso e resistência 
à tração. A parte inorgânica é rica em sais minerais, principalmente em sais 
de cálcio e de fósforo. Confere ao osso rigidez (dureza) e resistência à 
compressão. Para melhor observação da parte orgânica e inorgânica dos 
ossos, realize o experimento descrito na atividade a seguir. 
 
Atividade 1 
1. Vamos fazer uma experiência com ossos. Vale à pena repetir uma 
experiência bastante comum em escolas, para que você possa observar as 
propriedades mecânicas do osso. Siga os passos a seguir: 
 
a) Separe dois ossos da coxa de frango e retire músculos e pele. Lave-os e 
deixe-os ao sol por um dia. 
b) Coloque um osso completamente imerso num frasco com vinagre e deixe-o 
por quatro dias. 
c) Pegue o outro osso e, segurando pelas extremidades, deixe-o diretamente 
na chama de uma vela por alguns minutos. 
d) Manipule os ossos após os experimentos e verifique o que aconteceu. 
 
Com base no que você já aprendeu sobre a matriz óssea, qual seria a 
explicação para os resultados observados? 
 
Externamente e internamente, os ossos são revestidos por membranas 
denominadas periósteo e endósteo, respectivamente. O periósteo é uma 
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membrana dupla de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa dos 
ossos, exceto as superfícies articulares. Seu folheto externo é bastante 
inervado e vascularizado. Nesse local, vasos sanguíneos perfuram o periósteo 
e se aprofundam no osso para levar nutrientes e oxigênio. O folheto interno 
do periósteo possui células que, quando estimuladas por pressão mecânica 
ou por lesão, assumem aparência de osteoblastos com capacidade de formar 
novo tecido ósseo, atividade esta denominada osteogênica, ou seja, 
“formadora de osso”. Participa, portanto, do crescimento em espessura de um 
osso e de reparo de fraturas. 
Mas considerando uma visão macroscópica, você tem ideia de como o osso é 
organizado internamente? A seguir, veremos a organização óssea em 
substâncias compacta e esponjosa, além de estruturas que preenchem as 
cavidades no interior de um osso. 
 
Substância óssea compacta e esponjosa 
 
Se pegarmos um osso como o fêmur, por exemplo, e o seccionarmos 
frontalmente (ou coronalmente), poderemos observar dois tipos distintos de 
“substâncias”. A parte mais externa e superficial é chamada de substância 
óssea compacta. Nesta, os elementos do tecido ósseo arranjam-se de 
maneira bastante densa, formando camadas (ou lamelas) ósseas concêntricas 
que não deixam espaços entre si, conferindo ao osso um aspecto compacto e 
maciço. Na parte mais interna e profunda, chamada de substância óssea 
esponjosa, os elementos do tecido ósseo arranjam-se de maneira a formar 
septos ósseos (lamínulas ósseas) que delimitam pequenos espaços (poros), os 
quais conferem ao osso um aspecto poroso semelhante a uma esponja. 
A Figura 3 evidencia os dois tipos de substâncias ósseas presentes em cortes 
frontal e transversal do fêmur, um osso do tipo longo. 
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Figura 3 – Disposição da substância óssea compacta e esponjosa em osso longo 
Fonte: Adaptado de servier medical art 
 
Nas extremidades desse osso, a substância óssea compacta é bastante 
delgada se comparada à grande massa de substância esponjosa. Porém, entre 
essas extremidades, temos um padrão diferente de disposição das substâncias 
ósseas, sendo a compacta bastante abundante. 
Os ossos do esqueleto são constituídos externamente (na parte superficial) por 
camadas de substância óssea compacta e, internamente, por substância óssea 
esponjosa. A substância óssea esponjosa que se encontra entre as lâminas 
compactas de substância compacta de alguns ossos do crânio recebe a 
denominação de díploe (Figura 4). 
 
 
Substância óssea 
compacta 
Substância óssea 
esponjosa 
Esponjoso 
Compacto 
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Figura 4 – Díploe em ossos planos no crânio 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
Preenchimento das cavidades do interior de um osso 
 
Todos os espaços presentes no interior de um osso são preenchidos por um 
tecido mieloide, que recebe o nome de medula óssea (Figura 5). Esta pode 
ser de dois tipos: vermelha ou amarela. 
 
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Figura 5 – Corte transversal de osso evidencia preenchimento de medula óssea 
amarela em seu interior 
Fonte: Adaptado de primal pictures 2009. 
 
a) Medula óssea vermelha: é ricaem vasos sanguíneos e por isso leva esse 
nome. É responsável pela produção de células do sangue, principalmente 
hemácias (glóbulos vermelhos). Ao nascimento, a medula óssea vermelha 
está presente preenchendo os espaços internos da maioria dos ossos, mas, 
no adulto, sua localização restringe-se aos espaços presentes no interior de 
ossos como as vértebras, extremidades dos ossos longos, ossos do crânio, 
osso esterno e osso ílio. 
 
b) Medula óssea amarela: representa a medula óssea vermelha, que, com o 
desenvolvimento do esqueleto, tornou-se inativa e rica em gordura. Possui 
um aspecto mais amarelado, como o próprio nome diz. Normalmente, não 
participa na produção de células do sangue, mas pode, quando requisitada, 
transformar-se em vermelha. No adulto, está presente preenchendo os 
espaços internos da maioria dos ossos, o chamado canal medular (reveja 
Figura 5). 
 
 
Periósteo 
Substância compacta 
Substância esponjosa 
Vasos sanguíneos 
Medula óssea amarela 
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Divisão do esqueleto humano 
 
O esqueleto humano é um só (Figura 6), mas didaticamente, o dividimos em 
dois grandes conjuntos de ossos. 
 
Figura 6 – Visão geral dos ossos do esqueleto, vistas anterior e posterior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
O primeiro, chamado de esqueleto axial, forma o eixo do corpo e é formado 
pelos ossos da cabeça, osso hioide, coluna vertebral, costelas e esterno (veja 
Figura 7). 
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Figura 7 – Visão geral dos ossos do esqueleto axial, vistas anterior e posterior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
 
A outra parte, denominada esqueleto apendicular, representa o conjunto de 
ossos presentes nos membros superior e inferior (Figura 8). São os 
“apêndices” ósseos que se ligam ao esqueleto axial. 
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Figura 8 – Visão geral dos ossos do esqueleto apendicular, vistas anterior e posterior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
A união entre os esqueletos axial e apendicular se dá por meio de cíngulos. 
Temos os cíngulos dos membros superiores, composto pelas escápulas e 
clavículas; e os cíngulos dos membros inferiores, composto pelos ossos do 
quadril. 
 
Para facilitar a visualização dos ossos, não foi discriminado os cíngulos dos 
membros superior e inferior nas Figuras 6, 7 e 8. 
 
Veja, a seguir, a lista de ossos presentes nas diferentes regiões do corpo como 
uma forma de exemplificação. Confira-os de acordo com as figuras 
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subsequentes. Não se preocupe com a quantidade de estruturas, pois 
abordaremos esses ossos com mais detalhes na próxima aula. 
 
1. Cabeça 
a) Ossos do crânio: 
Ossos ímpares: frontal, occipital, esfenoide e etmoide. 
Ossos pares: parietais e temporais. 
b) Ossos da face: 
Ossos ímpares: mandíbula e vômer. 
Ossos pares: nasais, lacrimais, maxilas, palatinos, zigomáticos e conchas 
nasais inferiores. 
 
 
 
 
Figura 9 – Alguns ossos do crânio, vista lateral 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
 
Frontal 
Esfenoide 
Parietal 
Occipital 
Temporal 
Nasal 
Maxilar 
Mandíbula 
Zigomático 
Thiago Cesar
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Thiago Cesar
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Thiago Cesar
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Figura 10 – Alguns ossos do crânio, vista anterior 
Fonte: adaptado de primal pictures (2009). 
 
Repare que o olho fica alojado numa cavidade, a órbita, que é formada pela 
união de vários ossos. 
 
Frontal 
Nasal 
Esfenoide 
Zigomático 
Maxila
r 
Mandíbula 
Vômer 
Etmoide 
Tempora
l 
Parietal 
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Figura 11 – Alguns ossos do crânio, vista inferior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
2. Tronco 
 Ossos da coluna vertebral: 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 
vértebras lombares, osso sacro e osso cóccix. 
 Ossos da caixa torácica: Esterno e 12 pares de costelas. 
 Osso hioide. 
 
3. Membro superior 
 Ossos do ombro: A escápula e a clavícula são denominadas em conjunto 
como ossos da cintura escapular, ou cíngulo do membro superior. 
 Osso do braço: Úmero. 
 Ossos do antebraço: Rádio e ulna. 
 Ossos da mão: Ossos que formam o carpo, ossos do metacarpo e as 
falanges. 
 
Maxilar 
Occipital 
Temporal 
Esfenoide 
Zigomático 
Palatino 
Vômer 
Thiago Cesar
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Thiago Cesar
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Thiago Cesar
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Thiago Cesar
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Figura 12 – Ossos do membro superior, vista anterior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
A escápula e a clavícula são ossos do cíngulo do membro superior, ou seja, 
fazem a ligação entre o esqueleto axial e o esqueleto apendicular do membro 
superior. 
Clavícula 
Escápula 
Úmero 
Rádio 
Ulna 
Ossos do carpo 
Metacarpo
s 
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Figura 13 – Ossos apendiculares do membro superior, vista anterior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
4. Membro inferior 
 Osso do quadril: Forma a cintura pélvica com o osso correspondente do 
outro lado (em outras palavras, do antímerooposto). 
 Osso da coxa: Fêmur. 
 Osso do joelho: Patela. 
 Ossos da perna: Tíbia e fíbula. 
 Ossos do pé: ossos do tarso, do metatarso e falanges. 
Úmero 
Rádio 
Ulna 
Ossos do carpo 
Metacarpos 
Falanges 
 
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Figura 14 – Alguns ossos do esqueleto humano, vista posterior 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
Note como as costelas formam uma caixa de proteção para vários órgãos no 
tórax 
 
 
 
 
 
 
 
Coluna vertebral 
Sacro 
Osso do quadril 
Costela 
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Figura 15 – Ossos apendiculares do membro inferior, vista lateral 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
O osso do quadril, assim como o sacro, é considerado osso do cíngulo do 
membro inferior, ou seja, faz a ligação entre esqueleto axial e esqueleto 
apendicular do membro inferior. 
 
 
 
 
Osso do quadril 
Fêmur 
Tíbia 
Patela 
Fíbula 
Ossos do tarso 
Metatarsos 
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Figura 16 – Ossos apendiculares distais do membro inferior, vista superior 
Fonte: adaptado de primal pictures (2009). 
 
Veja como o pé é formado por vários ossos que se articulam entre si. 
 
O osso sacro representa a parte distal da coluna vertebral, entre a coluna 
lombar e o cóccix, e é considerado um osso do esqueleto axial ou do cíngulo 
do membro inferior. 
 
 
 
 
Fíbula Tíbia 
Ossos do tarso 
Metatarsos 
Falanges 
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Classificação dos ossos 
 
O que deve ter-lhe chamado atenção nas figuras anteriores é a grande 
variedade de formas ósseas. Você já aprendeu que os ossos do esqueleto 
podem ser classificados em ossos do esqueleto axial e ossos do esqueleto 
apendicular. No entanto, existem vários outros critérios de classificação de um 
osso, como quanto à forma, quanto à presença de cavidades cheias de ar e 
quanto ao número total de ossos. Vejamos cada um deles. 
 
Classificação dos ossos quanto à forma 
 
a) Osso curto 
 
É o osso no qual comprimento, largura e espessura são equivalentes, como se 
fossem cubos geométricos. Os ossos do carpo e do tarso, presentes na mão e 
no pé, respectivamente, são os exemplos mais comuns desses ossos (reveja a 
Figura 13 e a Figura 16). 
 
b) Osso plano 
 
O osso no qual tanto largura e comprimento predominam sobre a espessura. 
São ossos com aspecto mais achatado. Por exemplo, o osso parietal, no crânio 
(reveja Figura 9). 
 
c) Osso longo 
 
Como o nome diz, é o osso no qual o comprimento predomina sobre a largura 
e a espessura. Dessa forma, assemelham-se a retângulos. Como exemplos 
clássicos, temos os ossos fêmur, tíbia e fíbula no membro inferior e úmero, 
ulna e rádio no membro superior. Esses ossos possuem características 
marcantes e devemos estudar esse tipo ósseo de forma mais aprofundada 
antes de passarmos para outros tipos de “classificações quanto à forma”. 
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Todos os ossos longos possuem duas extremidades alargadas denominadas 
epífises, e uma região intermediária denominada diáfise, que forma a haste 
longa do osso. Como a maioria dos ossos longos localiza-se nos membros, 
uma das epífises é chamada de epífise proximal (a mais próxima do cíngulo 
do respectivo membro) e a outra, distal (a mais distante do cíngulo do referido 
membro). Além disso, a diáfise do osso longo apresenta no seu interior, e por 
toda sua extensão, um canal – o canal ou cavidade medular. Essa é a 
estrutura que aloja a medula óssea (Figura 17). 
Nos ossos longos de indivíduos que não completaram o crescimento (exemplo: 
crianças e adolescentes), existe entre cada epífise e a diáfise um disco de 
cartilagem hialina denominado cartilagem epifisária (também conhecido como 
cartilagem epifisial, disco epifisial ou cartilagem de crescimento). A referida 
cartilagem permite o crescimento do osso longo em comprimento. O osso 
longo cessa seu crescimento quando a cartilagem epifisária for totalmente 
substituída por tecido ósseo (calcificação). A região do osso longo onde está 
localizada a cartilagem epifisária denomina-se metáfise, que pode ser 
considerada a parte dilatada da diáfise mais próxima à epífise. Veja as 
características do osso longo na Figura 17. 
 
 
Figura 17 – Características gerais do osso longo 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
Epífise 
proximal 
Epífise 
distal 
Diáfise 
Cartilagem 
epifisária 
calcificada 
Cavidade 
medular 
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d) Osso alongado 
 
Tal qual o osso longo, é aquele osso em que o comprimento predomina sobre a 
largura e sobre a espessura. Porém, esse tipo ósseo não apresenta cavidade 
medular. Por exemplo: as costelas (reveja a Figura 14). 
 
e) Osso irregular 
 
Representa todos os ossos que possuem uma forma tão complexa e diferente 
que não se enquadram em nenhum dos tipos anteriormente citados. Por 
exemplo: as vértebras da coluna vertebral e os ossos vômer e esfenoide, no 
crânio (compare os referidos tipos ósseos na Figura 18). 
 
 
Figura 18 – Classificação dos ossos quanto à forma 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
 
1 
2 
4 
3 
5 
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Atividade 2 
 
1. Baseado no que você estudou até aqui sobre a forma óssea, classifique os 
ossos da Figura 18 quanto à forma: 
1- 
2- 
3- 
4- 
5- 
 
Classificação dos ossos quanto à presença de cavidades cheias de ar 
 
Mas não classificamos os ossos apenas pela sua forma. Outro critério de 
classificação envolve a presença de cavidades ocas em seu interior. Então, 
veja, a seguir, que os ossos podem ser pneumáticos e não pneumáticos. 
 
a) Osso pneumático 
 
É todo o osso que apresenta uma ou mais cavidades no seu interior, revestidas 
por tecido mucoso e preenchidas por ar. Esses ossos estão localizados na 
cabeça e suas cavidades constituem os chamados seios paranasais. São 
pneumáticos os ossos maxilas, frontal, etmoide e esfenoide. 
 
b) Osso não pneumático 
 
É o osso que não possui cavidades cheias de ar. Compreende todos os ossos 
que não foram citados como pneumáticos. 
 
 
 
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Outras formas de classificação dos ossos 
 
Podemos também classificar os ossos de acordo com a contagem geral dos 
ossos que um dado indivíduo “normal” apresenta. 
 
 
a) Osso extranumerário 
 
É o osso que pode estar presente no esqueleto de um ou de outro indivíduo e 
que não entra na contagem geral dos ossos. Não é encontrado em todos os 
indivíduos, apenas em alguns, e constituem variações anatômicas. 
 
b) Osso sesamoide 
 
É o osso extranumerário localizado em outras regiões do esqueleto que não a 
cabeça, geralmente, “embutidos” em tendões musculares ou em cápsulas 
articulares (Figura 19). Esses ossos aumentam a eficiência muscular, pois 
funcionam como verdadeiras polias anatômicas. Todos nós possuímos a patela 
no joelho, a qual representa o maior osso sesamoide do corpo humano. 
Contudo, a patela representa uma exceção, pois a mesma entra na contagem 
geral dos ossos. Por outro lado, outros ossos sesamoides podem ou não ser 
encontrados em determinado indivíduo, representando um fator de variação 
anatômica. 
 
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Figura 19 – Ossos sesamoide na região do hálux, o primeiro dedo do pé 
Fonte: <http://www.coreconcepts.com.sg/mcr/sesamoiditis-pain-in-the-foot/>. Acesso 
em: 27 nov. 2012. 
 
Quantos ossos o corpo humano possui? 
Você deve perceber que alguns ossos podem ser classificados em mais de um 
grupo. Veja só: o osso frontal é um osso plano (quanto à forma), mas também 
possui cavidades com ar, o que o caracteriza como pneumático também. 
De forma geral, o indivíduo adulto apresenta 206 ossos. Esse número pode 
variar por causa de critérios de contagem dos ossos, fatores de variações 
individuais (como ossos extranumerários, por exemplo) e por fatores etários. 
Estes são particularmente interessantes, porque o número de ossos tende a 
diminuir à medida que envelhecemos. Isso ocorre pela fusão de vários ossos a 
partir do desenvolvimento. O osso do quadril no feto, por exemplo, é formado 
pela união de três partes (ílio, ísquio e púbis) que se soldam para formar um 
único osso no indivíduo adulto (DANGELO; FATTINI, 2007). 
 
 
 
 
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O que são acidentes ósseos? 
 
Os ossos variam muito em forma e tamanho. Além disso, a superfície de um 
osso pode apresentar projeções, saliências, reentrâncias, sulcos, orifícios, 
depressões etc., que constituem as saliências ou acidentes ósseos. 
Os acidentes ósseos auxiliam a articulação de um osso com outro, permitem a 
passagem de vasos sanguíneos e nervos, servem para a fixação dos 
músculos, dos ligamentos, de membranas etc. Podemos dizer de uma forma 
bastante simplificada que cada acidente ósseo possui uma função. 
Todo acidente ósseo destinado a uma articulação possui a superfície 
desprovida de periósteo, isso porque essa estrutura possui vasos sanguíneos e 
nervos e causaria bastante dor se houvesse contato. Cada acidente também 
apresenta um aspecto mais liso e homogêneo do que as demais superfícies do 
osso em questão. 
Cada tipo de saliência óssea recebe um nome específico. Orifícios e canais 
são denominados forames, óstios, fissuras, canais etc. Depressões nas 
superfícies ósseas são denominadas fossas, fovéolas, fóveas, sulco etc. 
Saliências são protuberâncias, cristas, linhas, processo, túber, espinha, 
tubérculo, trocânter, maléolo, cabeça, capítulo, tróclea, dente etc. Reentrâncias 
ao longo de uma margem são incisuras. Superfícies de acidentes utilizados em 
articulações são as faces articulares e as circunferências articulares. Alguns 
exemplos de acidentes ósseos estão representados na Figura 20. 
 
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Figura 20 – Alguns acidentes ósseos do úmero e fêmur 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
Repare a enorme variedade de nomes que muitas vezes denominam a mesma 
estrutura! No decorrer do nosso curso, abordaremos os acidentes ósseos mais 
significativos e relevantes para o curso de Educação Física, de acordo com os 
objetivos propostos para o curso. Antes, vamos ver como os ossos se unem 
para formar as articulações e propiciar movimentos nas alavancas ósseas. 
 
Os ossos são ligados por meio de articulações 
 
Vimos anteriormente que uma das funções do sistema esquelético é permitir a 
movimentação dos segmentos corporais. Porém, essa movimentação 
produzida pela musculatura só é possível por causa da união entre os ossos. 
Articulações ou junturas representam a união entre ossos ou entre ossos e 
demais tecidos nos diferentes segmentos do corpo, permitindo mobilidade e 
conferindo funcionalidade a um determinado indivíduo. Obviamente, existem 
Superfície articular 
Linha 
Côndilos 
Trocânteres 
Epicôndilo 
Fossa 
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diferenças entre a mobilidade de articulações. Para isso, devemos observar o 
tipo de tecido que está presente entre os ossos. 
 
Tipos de articulação quanto ao tipo de tecido 
 
As articulações são classificadas em três grupos de acordo com o tecido que 
se encontra interposto às peças ósseas: fibrosas, cartilagíneas ou sinoviais. 
 
a) Articulações fibrosas 
 
O tipo de tecido entre os ossos é o tecido conjuntivo fibroso. Assim, a 
mobilidade dessas articulações é extremamente baixa. Existem dois subtipos 
de articulações fibrosas: as sindesmoses e suturas. Nas sindesmoses existe 
grande quantidade de tecido fibroso que, inclusive, forma uma membrana 
interóssea, que limita o movimento desses ossos. Veja a articulação entre o 
rádio e a ulna no antebraço, exemplo de sindesmose, na Figura 21. 
 
 
 
Figura 21 – Articulação rádio-ulnar com a membrana interóssea evidente entre rádio e 
ulna 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
 
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Por outro lado, a quantidade de tecido fibroso é bem baixa nas suturas, 
articulações encontradas entre os ossos do crânio (reveja a Figura 9 e repare 
as junturas entre os ossos do crânio). 
 
O que são fontículos? 
As suturas dos recém-nascidos possuem extensas áreas de tecido fibroso, 
estruturadas conhecidas como fontículos (ou “moleiras”, no linguajar popular). 
Visam principalmente permitir o crescimento do encéfalo, facilitação do parto e 
oferecer proteção contra traumas na cabeça. À medida que o indivíduo cresce, 
os fontículos são ossificados. 
 
b) Articulações cartilaginosas 
 
Existe uma camada de tecido cartilaginoso entre as peças ósseas nas 
articulações cartilaginosas. Também existem dois subtipos. Quando essa 
cartilagem é do tipo hialina, denominamos sincondrose. Um exemplo clássico 
de sincondrose está entre as costelas e o esterno, as chamadas articulações 
esterno-costais (Figura 22). 
 
 
 
 
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Figura 22 – Articulações esterno-costais. As setas apontam para as cartilagens 
costais entre o esterno e as costelas 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
Já nas sínfises, os ossos são separados por um disco de fibrocartilagem. Além 
dos discos intervertebrais na coluna vertebral, a sínfise púbica, localizada entre 
os dois púbicos, são exemplos de sínfises (Figura 23). 
 
 
Figura 23 – Sínfise púbica. A seta aponta para o disco entre os ossos púbicos 
Fonte: <www.oncourse.iu.edu>. Acesso em: 27 nov. 2012. 
 
 
c) Articulações sinoviais 
 
O tecido interposto entre os ossos na articulação sinovial é o líquido sinovial. 
Tal fluido é importante na lubrificação da articulação e é produzido pela sinóvia 
da cápsula articular (Figura 24), estrutura que envolve e encapsula a 
articulação, formando uma cavidade articular preenchida por líquido sinovial. 
Geralmente, não há contato entre os ossos, já que eles são revestidos por uma 
cartilagem articular. Devido à grande mobilidade dessas articulações, discos, 
ligamentos, meniscos e bursas são elementos frequentemente associados 
às articulações sinoviais, pois visam aumentar a congruência e estabilidade 
articular. 
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Figura 24 – Cápsula articular do joelho, apresentada em destaque 
Fonte: Adaptado de primal pictures (2009). 
 
Artrite X artrose 
Embora sejam usadas como sinônimos, artrite e artrose são doenças distintas, 
mas que podem possuir sintomas parecidos como dor e disfunção. Enquanto a 
artrite representa um processo inflamatório da articulação, a artrose envolve 
um desgaste crônico da cartilagem articular. Assim, um correto diagnóstico 
facilita o efetivo tratamento da doença. 
 
 
A mobilidade conferida pelas dezenas de articulações sinoviais que possuímos 
depende da forma das superfícies articulares. Assim, o tipo de “encaixe ósseo” 
pode nos dizer qual movimento ocorre em determinada articulação. Vamos ver 
as formas de articulações sinoviais a seguir e entender isso detalhadamente. 
 
Classificação da forma das articulações sinoviais 
 
As diversas formas de articulações sinoviais possibilitam o tipo de movimento e 
sua amplitude de movimento. É necessário que o leitor tenha entendido o 
conceito de planos e eixos anatômicos estudado na Aula 1 – Introdução à 
Anatomia Humana para compreender melhor os movimentos articulares. 
 
 
 
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a) Articulações planas 
 
A região de contato entre os ossos é plana ou ligeiramente curva. Exemplos 
estão entre os ossos do tarso e carpo e, assim, possibilitam movimentos de 
deslizamento com pequena amplitude de movimento. 
 
b) Articulações em gínglimo 
 
As articulações em gínglimo ou dobradiça permitem movimentos angulares de 
flexão e extensão no plano sagital, tal qual quando fechamos ou abrimos uma 
porta. Como exemplo, temos a articulação do cotovelo (Figura 25d). 
 
c) Articulações trocoideas 
 
Também chamadas de articulações em pivô, sua forma cilindroide possibilita 
movimentos de rotação em torno de seu eixo longitudinal (Figura 25e). Como 
exemplo, a articulação rádio-ulnar proximal auxilia nos movimentos de 
pronação e supinação do antebraço. 
 
d) Articulações elipsoides 
 
Essas articulações também são denominadas “condilares”, pois envolvem a 
união de superfícies articulares côncava e convexa (Figura 25b). Permite 
movimentação em dois planos anatômicos, sagital e frontal, com movimentos 
de flexão-extensão e adução-abdução. 
 
e) Articulações selares 
 
Tem a forma de uma sela, uma montaria mesmo (Figura 25c). Tal forma 
complexa está presente na base da articulação do polegar, permitindo 
movimentos de flexão-extensão e adução-abdução. 
 
f) Articulações esferoides

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