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Direito Penal 1 O Brasil só aplica 3 tipos de penas: Privativa de liberdade; Privativa de direito; Multa. "A proibição no Direito Penal é uma proibição indireta." Ler: Lei 11.343/06, Art. 28 O código penal que é vigente até hoje é o Código Penal Brasileiro de 1940 com a reforma de 1984. Dividido em parte geral (Art. 1º ao 120) e parte especial (Art. 121 ao 361). Direito Penal Objetivo É um conjunto de normas editadas pelo Estado, definindo os crimes e contravenções, cominando1 as respectivas sanções, bem como outras que cuidem de matéria de natureza penal, seja destruindo crimes, isentando de pena ou explicando tipos penais. (Regras) Direito Penal Subjetivo É a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas normas, executando as decisões proferidas pelo poder judiciário. (Direito de punir/ jus puniendi) Normas Penais Características: 1. Imperatividade: Vem de cima para baixo. Aplicada quando da prática de um infração penal por ela prevista, independentemente da vontade do agente. 2. Exclusividade: Só a ela compete definir as infrações penais e cominar penas. 3. Generalidade: Seus efeitos serão sempre erga omnis 2. 4. Impessoalidade: Não pode ser editada uma norma com a finalidade de ser aplicada a determinada pessoa, devendo portanto ser abstrata e de aplicação futura. Classificação da Norma Penal Incriminadora: Tem a função de definir a infração penal proibindo-a ou impondo condutas sob pena de uma sanção penal. Não incriminadora: Permissivas: Justificante: São as que determinam a licitude ou a impunidade de certas condutas. Ex.: Art. 23, 24 e 25. Exculpante: Destina-se a eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena. Ex.: Art. 26, 28 inciso I. Explicativa: São as que esclarecem o conteúdo das outras, ou delimitam o âmbito de sua aplicação. Complementares: São as que fornecem princípios gerais, esclarecendo o conteúdo de outra norma para a aplicação da lei penal. "Se houver dúvida e necessidade de analogia, a resolução sempre tem que ser em favor do réu." Em branco: São aquelas em que há necessidade de complementação para que se possa entender o âmbito da aplicação de seu preceito primário. Ex.: Lei das drogas; Armas. As leis em branco podem ser classificadas em: o Homogênea: Normas que se complementam com a mesma fonte legislativa. Sendo subdivididas em: Homovitelina: Normas com a mesma fonte legislativa e o mesmo documento. Ex.: Cong. Nacio. Cong. Nacio. C.P C.P Heterovitelina: Normas com a mesma fonte porem em documentos diferentes. Ex.: Cong. Nacio. Cong. Nacio. C.P C.C C.P Lei 9.605 Ex. 2: Art. 237 C.P com a Lei 1.521 C.C. o Heterogênea: Quando o complemento é oriundo de fonte diversa da norma a ser complementada. Ex.: Art. 14 da Lei 10.826/03 complementada pela R105. "A lei tem que existir antes do fato." Conflito Aparente de Normas Princípios utilizados para resolução do conflito aparente de normas. 1. Especialidade: Lex specialis derrogat generali. A norma especial afasta a aplicação da norma geral. Ex.: Art. 123 do C.P afasta a aplicação do art. 121. 2. Consunção: É aplicada nas seguintes hipóteses: a. Quando um crime é meio necessário ou fase de preparação ou de execução de outro crime. Ex.: O homicídio (Art. 121, C.P) afasta a aplicação da lesão corporal (Art. 129, C.P). b. Nos casos de antefato ou pós-fato impuníveis. Ex. 1 antefato: Preenchimento de cheque e a falsa assinatura são considerados impuníveis quando o delito fim é o estelionato. Ex. 2 pós-fato: A falsificação e a colocação em circulação de moeda falsa. Nesse caso, o agente responde pela falsificação sendo a colocação da situação impunível. 1. Subsidiariedade: A norma dita subsidiária é considerada na expressão de Hungria um soldado de reserva, isto é, na ausência ou impossibilidade de aplicação da norma mais grave aplica- se a menos grave. Ex.: Art. 132, 147 e 249. 2. Alternatividade: Terá aplicação quando estivermos diante de crimes de ação múltipla, ou seja, plurinuclear nos quais a lei prevê uma conduta em seus vários núcleos. Ex.: Art. 33 da lei 11.343/06. Princípios do Direito Penal Intervenção mínima: É utilizado como princípio de política criminal, tanto na escolha dos bens a serem protegidos pelo direito penal, bem como para revogação dos tipos penais que já não interessam mais ao direito penal. Lesividade: Proíbe a incriminação de atitudes internas, proíbe a incriminação de conduta que não exceda o âmbito do agente. Adequação social: Somente podem ser tipificados os comportamentos que não estejam adequados socialmente e devem ser revogados aqueles que embora tipificados, não são mais considerados inaceitáveis pela sociedade. Insignificância/ Bagatela: A insignificância leva a tipicidade material. Conforme o STF, para ser considerada bagatela a conduta de ter mínima ofensividade, nenhuma periculosidade social da ação, reduzidíssimo grau de reprovabilidade social da conduta e inexpressividade jurídica da lesão. Obs.: Não podemos confundir a bagatela com o pequeno valor em razão de que para o direito penal é de pequeno valor todo bem de valor inferior a um salário mínimo. Responsabilidade pessoal: Também conhecido como princípio da intrancedência, determinando que somente o condenado terá que se submeter a sanção que lhe foi aplicada. A obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens podem ser estendidos aos sucessores até o limite do patrimônio transferido. " Mesmo que não haja pena, cada um responde pelos seus atos penalmente." Fases da individualização da pena: 1. Cominação: Fase da individualização (prever) da pena que ocorre em um mundo abstrato e é de competência do legislador. 2. Aplicação: É a fase da individualização da pena que ocorre no mundo concreto sendo de competência do julgador. 3. Execução:
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