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Recuperação pós-anestesia

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RECUPERAÇÃO 
PÓS-ANESTÉSICA 
Prof. Cristiano Saldanha 
Rio/2011 
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 local de cuidados intensivos 
 função : garantir a recuperação segura dos pacientes 
submetidos a procedimentos cirúrgicos sob anestesia 
geral ou bloqueio loco- regional 
 regressão : tranqüila ou complicações 
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Área física 
• localização 
• a SOBECC preconiza que o número de leitos na SRPA 
seja igual ao número de salas de cirurgias mais um 
leito 
• ventilação, iluminação, circulação 
• isolamento 
• pontos O2, ar comprimido, vácuo, tomadas 
• monitores 
• unidade de emergência 
 
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Admissão e permanência 
• avaliação dos sinais vitais 
• nível de consciência 
• força muscular e dor 
• controle dos curativos 
• drenos, sondas, vias venosas 
• mensuração da diurese e secreção gástrica 
• parâmetros reavaliados a cada 15 minutos 
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Complicações 
• associadas às condições clínicas pré-
operatórias 
• extensão e tipo de cirurgia 
• intercorrências cirúrgicas e 
anestésicas 
• eficácia das medidas terapêuticas 
adotadas 
 
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Agitação 
• dor 
• hipoxemia 
• hipercapnia - excesso de CO2 
• retenção urinária 
• distensão gástrica - aumento do resíduo 
gástrico 
• efeito residual de drogas - anestésicos 
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Dor 
• causa : 
– agitação 
– limita a deambulação e a ventilação 
favorecendo a TEP e atelectasia 
 
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Respiratórias 
• hipoxemia 
• hipercarbia 
• broncoespasmo / laringoespasmo 
• embolia pulmonar 
• síndrome da aspiração do conteúdo 
gástrico 
 
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Hipoxemia 
• é a diminuição da pressão parcial de 
oxigênio no sangue arterial 
 
 
 
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Cianose 
• sinal tardio no reconhecimento da 
hipoxemia 
• Sat O2 menor que 85% 
• PaO2 entre 45 e 50 mmHg 
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Conduta na hipoxemia 
• aumentar a FiO2 
• revisão da ventilação ( aparelho e 
entubação) 
• aspiração de secreção pulmonar 
• PEEP 
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Hipercapnia 
• PaCO2 > 45 mmHg 
• PaCO2 = CO2 produzido nos tecidos/ ventilação 
alveolar 
• Causas : 
1. aumento da produção endógena de CO2 por 
febre, sepse, hipertermia maligna, tempestade 
tireotóxica, crise convulsiva, produção 
excessiva de catecolaminas 
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Hipercapnia 
• tolera-se aumento moderado 
• perigoso - acidose respiratóra, arritmia, 
alteração do nível de consciência 
• gasometria e capnografia 
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Complicações cardiovasculares 
• isquemia miocárdica 
• arritmias 
• hipotensão 
• hipertensão 
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Hipotensão 
• complicação mais comum bem tolerada em 
pacientes hígidos 
• queda de 20 % do seu valor inicial ou PAS< 90 
ou PAM < 60 mmHg 
• causas : redução da pré carga, menor 
contratilidade miocárdica, diminuição da RVS 
• hipovolemia : sangramento, reposição 
inadequada; 
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Alterações térmicas 
• hipotermia 
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Alterações térmicas 
• hipertermia 
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Náusea e vômitos 
• tipo de cirurgia 
• pacientes 
• medicações 
• tratamento 
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Alta da sala de recuperação 
• escala de Aldrete e Kroulik 
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Aldrete e Kroulik 
• ATIVIDADE 
2 : movimento voluntário de todas as 
extremidades 
1 : movimento voluntário de duas extremidades 
apenas 
0 : incapacidade de se mover 
 
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Aldrete e Kroulik 
• RESPIRAÇÃO 
2 : respiração profunda e tosse 
1 : dispnéia , hipoventilação 
0 : apnéia 
 
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Aldrete e Kroulik 
• CIRCULAÇÃO 
2 : PA normal ou até 20% menor que no pré-
anestésico 
1 : PA em 20 a 50 % menor que no pré-
anestésico 
0 : PA igual ou inferior a 50 % dos valores pré-
anestésicos 
 
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Aldrete e Kroulik 
• CONSCIÊNCIA 
2 : totalmente desperto 
1 : desperta quando chamado 
0 : não responde 
 
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Aldrete e Kroulik 
• SATURAÇÃO 
2 : capaz de manter em ar ambiente Sat O2> 92 
% 
1 : necessidade de suplementação de oxigênio 
para manter Sat O2 > 92 % 
0 : Sat O2 < 90 % apesar da suplementação de 
oxigênio 
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7 PONTOS 
ALTA 
Aldrete e Kroulik 
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RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 50 anos, 60 
kg, estado físico ASA I, submetida à tireoidectomia sob 
anestesia geral induzida com propofol (140 mg), fentanil (350 
µg), atracúrio (30 mg) e mantida com isoflurano, duas doses 
subseqüentes em bolus de atracúrio (10 mg cada) e 
ventilação controlada mecânica. No final da cirurgia, após 
antagonização do bloqueio neuromuscular, a paciente foi 
extubada, obedeceu aos comandos para respirar e colaborou 
na passagem à maca, sendo transportada para a SRPA, 
aonde chegou consciente. Minutos após, apresentou apnéia, 
cianose e inconsciência. Foi realizada ventilação manual com 
oxigênio a 100% seguida de injeção de naloxona (0,2 mg) 
por via venosa, havendo retorno da ventilação espontânea e 
da consciência. 
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CONCLUSÕES: Os cuidados ventilatórios no pós-
operatório, durante o transporte, admissão à SRPA e 
permanência nessa unidade, devem ser contínuos em 
pacientes que receberam opióides, mesmo demonstrando 
estar conscientes ao deixarem a sala cirúrgica. 
Apesar de o caso ser simples, entendemos que sua 
apresentação servirá mais uma vez de alerta para o fato 
de que os cuidados ventilatórios durante o transporte, 
especialmente em longas distâncias, e na SRPA, devem 
ser contínuos em pacientes que receberam opióides, 
mesmo estando conscientes. 
 
 
 
 
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