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ARTIGO CIENTIìFICO Sistema digestório(1)

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SISTEMA DIGESTÓRIO
Autores
GREYCIMAR BRAGA DE LIMA
RAQUEL THAIS DE SOUZA MORAIS
RENATA GOMES DA SILVA ANDRADE
ROSE GRACE DE JESUS COUTO
TUTOR EXTERNO: JANICE MACHADO DE QUADROS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BID0456) - Seminário da prática III
29/11/2017
RESUMO
Este artigo faz uma abordagem sobre O Sistema Digestório, mostrando como ele é constituído, mostra também as diferentes formas de digestão que existe, podendo ser mecânica, que é composta pela mastigação (fragmentação incompleta dos alimentos), a deglutição (condução da comida da faringe para o esôfago), e os movimentos peristáltica (peristaltismo), ou química, que consiste na ruptura dos nutrientes em estruturas menores tornando-as capazes de ser absorvida pelo organismo com a colaboração de enzimas químicas. Mostraremos também algumas patologias referentes ao aparelho digestório como a Gastrite, Pancreatite e Esteatose Hepática. O método adotado para a realização desse estudo foi à pesquisa documental, em livros e sites. Diante do que foi pesquisado e apresentado, esse estudo pretende, através de diferentes autores, mostrar a importância e formação do sistema digestório, a forma como ocorre à absorção dos nutrientes e suas enfermidades.
PALAVRAS - CHAVE: Digestão Mecânica. Digestão Química. Patologias do Sistema Digestório. 
1 INTRODUÇÃO
O Sistema digestório é o sistema responsável por obter elementos nutritivos presentes nos alimentos, esses nutrientes são responsáveis pela: evolução, assistência, sobrevivência e funcionamento das numerosas células que compõem o nosso organismo. A conversão dos alimentos em compostos mais simples, que serão utilizados e absorvidos pelo nosso organismo é chamado de Digestão. A digestão é o processo onde ocorre a divisão e assimilação dos alimentos e seus constituintes para dentro do corpo. (Pinel 2005, p. 317).
O aparelho digestório é constituído por órgãos e glândulas anexas, cada um deles possui uma função específica. Os órgãos que compõe o sistema digestório são: boca, cavidade bucal, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Segundo Douglas (2006, p. 795) o sistema trato gastrointestinal é constituído por órgãos especializados e é responsável pela incorporação de substancias alimentar que fornecem uma grande quantidade de energia para o crescimento e desenvolvimento do corpo.
As glândulas que complementam a formação do sistema digestório são; glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar, dentes e língua. Cada glândula dessas produz enzimas químicas que iram atuar diretamente na digestão química dos alimentos. As glândulas digestivas são órgãos do corpo humano que sintetizam e liberam algumas substâncias para atuar no processo de digestão de alimentos. (Sônia Lopes e Sérgio Rosso,2005).
Para que haja a digestão, o alimento passa por processos físicos e químicos, para isso existem dois processos de digestão: Digestão Mecânica e Química. Cada modificação seja ele mecânico ou químico é realizado em uma parte específica do sistema trato gasto intestinal. As técnicas químicas e mecânicas fragmentam os alimentos ingeridos em moléculas menores. (Tortora e Derrickson, 2017, p. 477). 
A digestão mecânica é realizada na cavidade bucal onde tem a colaboração dos dentes, da língua e da saliva onde realiza-se a técnica de mastigação, na faringe e no esôfago ocorre a deglutição. 
Na digestão mecânica, os dentes cortam e moem o alimento antes de ser deglutido e, em seguida, os músculos lisos do estômago e do intestino delgado misturam vigorosamente o alimento para auxiliar ainda mais o processo. Por consequência, as moléculas de alimento são dissolvidas e misturadas completamente com as enzimas digestivas. (TORTORA E DERRICKSON p. 478, 2017).
A digestão química acontece na parte inferior do sistema digestório e como o próprio nome já diz tem a colaboração de algumas enzimas químicas que irão auxiliar no processo de quebra dos alimentos para a obtenção de nutrientes, esse processo de digestão química começa pela cavidade bucal, após tem sua continuidade no estômago, intestino delgado e por fim no intestino grosso onde o que não foi absorvido é excretado pelas fezes. Na digestão química, as macromoléculas de carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos dos alimentos são decompostos em micromoléculas pelas enzimas digestivas. (Tortora e Derrickson, p. 477, 2017) 
È importante sempre está atento ao funcionamento do sistema digestório, pois quando essas enzimas são produzidas em uma grande quantidade e não são excretadas elas podem causar danos, ou seja, elas podem desencadear alguma patologia aos órgãos e as glândulas que integram o sistema digestório. Como é o caso do estômago que começa a produzir muito ácido clorídrico, esse ácido termina causando feridas em seu tecido epitelial intrínseco originando a Gastrite. O pâncreas devido ao consumo excessivo de álcool ou devido à obstrução do ducto pancreático pela Litíase biliar pode desencadear uma pancreatite, assim como o fígado devido ao consumo de álcool ou aos altos níveis de colesterol, triglicerídeos, diabetes, obesidade pode desenvolver a esteatose hepática que em suas evoluções pode chegar a desenvolver um Carcinoma Hepatocelular. 
O sistema digestório passa por um envelhecimento e essas alterações causam a redução dos mecanismos secretores, diminuição da motilidade e perda do tônus, além de ocorrer a perda do paladar, hérnias, úlceras péptica, constipação, hemorroida e doença diverticular. (TORTORA E DERRICKSON, p. 506, 2017)
Diante disso, busca-se compreender a importância e o funcionamento do Aparelho Digestório, seus processos de digestão e as disfunções que podem desencadear devido a um desequilíbrio na produção de enzimas pertencentes ao processo de digestão. O presente artigo é fruto de pesquisa documental que forneceram a sustentação teórica necessária para a formulação do presente artigo. 
O artigo tem caráter acadêmico e social e visa deixar evidente a importância e funcionamento do sistema trato gastrointestinal.
DIGESTÃO MECÂNICA
É integrada pela mastigação (fragmentação incompleta dos alimentos), a deglutição (deslocamento dos alimentos por intermédio da faringe para o esôfago), e os movimentos peristálticos (peristaltismo). Segundo Esem Cerqueira (2014, pag. 23) esta “é a transformação de grandes porções de alimentos em moléculas menores...”
2.1 MASTIGAÇÃO
É o primeiro processo, ocorre a partir do acesso do alimento na boca. Caracterizada pela quebra do alimento em partículas menores por intermédio dos dentes e com o auxílio da língua. Segundo Tatiana Montanari (2010, pag. 127) “Os dentes incisivos e caninos são pontiagudos e cortam o alimento em pedaços de tamanho médio, enquanto os pré-molares e molares possui a face exterior mais larga e achatada, triturando os pedaços de dimensão mediana médio em partículas menores.”. 
 Montanari (2010, 127) descreve de maneira detalhada como ocorre a fase inicial da digestão: “...os dentes trituram o alimento, transformando-o em pedaços menores; a saliva o umedece, lubrifica e inicia a digestão, e a língua mistura os fragmentos com a saliva, formando o bolo alimentar”. Estas fases são essências para o ato de deglutição, pois se um alimento for engolido sem ser mastigado e umedecido acaba por ferir as paredes da faringe e do esôfago, além disso, o processo de digestão deste alimento não triturado será mais lento. 
2.2 DEGLUTIÇÃO 
Esse processo abrange a cavidade bucal, a faringe e o esôfago, começando de forma voluntária na cavidade bucal, isto é, executamos racionalmente o ato de deglutir. Neste estágio, o bolo é impelido da boca para a faringe onde dar-se a fase mecânica da deglutição. Conforme Maíra R. Carnevalle (2014, pag. 55), durante a passagem, a epiglote se abaixa, bloqueando a passagem pela laringe, impedindo que o alimento entre nas vias respiratórias.
2.3 PERISTALTISMO
O bolo alimentar presente na porção interna do esôfago incita a atividade peristálticae promove seu movimento para o estômago. De acordo com Carnevalle (2014, pag. 55) esses movimentos involuntários “...são contrações dos músculos situados no esôfago, no estômago e nos intestinos...”. Além de impulsionar o alimento estes estimulam a sua mistura. 
Os deslocamentos são reproduzidos em ondas que impelem o alimento em curso ao estômago. O percurso do alimento consistente, ou semissólido, da boca para o estômago leva cerca de oito segundos; alimentos muito moles e líquidos levam cerca de um segundo. 
No estômago, estas contrações misturam o bolo alimentar ao suco gástrico. Ainda conforme Carnevalle (2014, pag. 52) este órgão é revestido por tecido epitelial com grande quantidade de glândulas produtoras deste suco. 
Do estômago a massa alimentar é impelida para o intestino delgado, onde a digestão continuará por processos químicos, no entanto os movimentos peristálticos continuam até a proximidade do anus. Que segundo Cerqueira (2014, pag. 24) estes movimentos auxiliaram na excreção dos resíduos não digeridos.
DIGESTÃO QUÍMICA
Esse processo consiste na fragmentação das micromoléculas tornando-as absorvíveis pelo organismo com assistência de enzimas químicas. Este processo ocorre em inúmeras partes do sistema digestório. 
Diversos órgãos do sistema digestório secretam sucos digestivos especiais que executam os complexos processos químicos da digestão. Esses sucos contém enzimas que fragmentam os nutrientes nas suas partes componentes. Os órgãos digestivos que liberam sucos são as glândulas salivares, o estômago, o pâncreas, o fígado e o intestino delgado. (FRANCES SIENKIEWICZ SIZER,ELEANOR WHITNEY, 2003, p.78).
NA BOCA
A boca é considerada a principal porta de entrada do alimento e a fase inicial da digestão, juntamente com o auxílio dos dentes e língua. O processo de digestão química inicia na boca, no ato da mastigação com a enzima Ptialina, que é secretado nas glândulas salivares anexas na boca. Esta enzima age sobre os alimentos de forma química, decompondo os amidos em maltoses. Segundo Tortora e Derrickson, (p. 505, 2017), a digestão do amido inicia-se na boca através da amilase salivar.
NO ESTÔMAGO
O estômago é um órgão que exerce diversas funções, entre elas podemos citar a digestão dos alimentos e a produção de hormônios. O Suco gástrico é o primeiro componente químico a dá início a esse processo, ele é produzido pelas glândulas da mucosa estomacal, este suco tem em sua natureza, Ácido Clorídrico, o qual é responsável por manter a acidez estomacal, tornando o mesmo um ambiente propício para o processo das enzimas.
A digestão da proteína começa no estômago. Células do estômago secretam suco gástrico, uma mistura de água, enzimas e ácido clorídrico. Um ácido forte é necessário para ativar uma enzima que digere a proteína e para iniciar sua digestão. Como você pode imaginar a partir da presença de ácidos e enzimas, a digestão da proteína é a principal função do estômago. (FRANCES SIENKIEWICZ SIZER,ELEANOR WHITNEY, 2003, p.78).
INTESTINO DELGADO
É no duodeno (poção inicial do intestino) que se intensifica o processo de digestão química. Existem enzimas específicas para cada nutriente, a enzima Sacarase age decompondo a sacarose em frutose e glicose, a Lactase transforma a lactose em glicose e galactose, a Maltase decompõe a maltose em glicoses livres, e a Peptidase decompõe os fragmentos proteicos em aminoácido. Segundo Tortora e Derrickson, (p. 494, 2017), as enzimas presente na parede do intestino delgado completam a digestão decompondo os alimentos em pequenos pedaços para a absorção.
SECREÇÕES QUE CONSTITUEM A DIGESTÃO QUÍMICA
O sistema digestório possui a função de digestão dos alimentos, mas ele por si só não é capaz de realizar com perfeição essa missão, contudo o aparelho digestório conta com o auxílio de glândulas secretoras, entre elas podemos citar o estômago, o fígado, o pâncreas. Essas glândulas possui uma importante função que é secretar secreções que vão atuar na quebra dos alimentos e consequentemente na absorção de nutrientes que irá fornecer energia para o corpo humano. Desse modo, para cada tipo de secreção é importante compreender sua composição e sua função no organismo, além de sua formação e seu controle (Fry, 2009).
A seguir veremos algumas secreções que contribuem para o processo de digestão química.
Bile - A Bile é uma secreção do fígado localizada na vesícula biliar, ela não possui enzimas digestivas, no entanto a mesma é constituída de sais biliares os quais tem a função de separar as gorduras em micropartículas.
Suco pancreático - Este agente químico contem várias enzimas, com funções específicas para cada nutriente que atuam na digestão das proteínas, dos carboidratos, e lipídios. 
Suco entérico – Sua função é atuar na transformação das substâncias como proteínas, e carboidratos, e é produzido pela mucosa intestinal.
Após os processos químicos sucedido no intestino delgado abrangendo as enzimas e os sucos, tais substancias resultam em um líquido viscoso de cor branca designado Quilo, que é constituído pelos nutrientes transformados em moléculas pequenas, vitaminas e sais minerais, propicias para absorção dos nutrientes pelo organismo. Segundo Tortora e Derrickson, (p. 494, 2017), a conclusão da digestão no intestino delgado é um esforço coletivo do suco pancreático, bile e suco intestinal. Assim que a digestão termina, os produtos finais estão prontos para absorção.
PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO
4.1 GASTRITE
A gastrite é um ferimento no tecido epitelial intrínseco do estômago, ocasionando alterações histológicas em sua mucosa, originando uma inflamação. Essa inflamação costumeiramente é ocasionada por péssimos hábitos alimentares, como também essa inflamação é decorrente da infecção pela bactéria Helicobacter pylori.
 Existem dois tipos de gastrite: aguada e crônica.
A gastrite aguda possui uma manifestação rápida e súbita, muitas vezes ocasionada por estresse físico, psíquico, a uso impróprio de fármacos, como também a má alimentação. Os principais sintomas são: dor e queimação no abdômen, perda de apetite, sangramento digestivo, náuseas e vômitos (Blumenfield e Tiansom-Kassab, 2010). 
A gastrite crônica tem como principal agente etiológico o aparecimento da bactéria Helicobacter pylori, mas outras causas como costumes alimentares, alcoolismo, tabagismo, diminuição da fabricação do suco gástrico, interagem entre si e pode desencadear um quadro clínico de gastrite crônica.
Helicobacter pylori é uma espécie de bactéria anaeróbia, gram-negativa, espiralada, com formato de bastonete é uma bactéria bastante resistente e possui uma grande capacidade de se adaptar a ambientes ácidos do nosso organismo. Mede aproximadamente 0,5µm a 0,1µm de largura e 3µm de comprimento, possuindo de quatro a seis flagelos unipolares embainhados e bulbos terminais nas extremidades lisas (Ladeira; Salvadori; Rodrigues, 2003). 
 A acidez do nosso estomago é uma forma de defesa para outros organismos patogênicos, mas devido a sua alta resistência o Helicobacter pylori conquista uma alta adaptação ao meio, pois ele fabrica substâncias que neutralizam a acidez do estômago. O bacilo adere à mucosa permitindo uma série de ações, que facilitam sua colonização e início do processo inflamatório. A inflamação mencionada desenvolve-se como uma resposta natural ao organismo que sofre uma agressão ao seu processo integral, mas, esse retorno natural pode ocasionar nos aparecimentos de sinais e sintomas típicos desta doença (Moreno e Araujo, 2005).
Após a adesão à mucosa, inicia-se um processo inflamatório local e elaboração de toxinas os quais são os principais responsáveis pela redução da integridade da mucosa. A gastrite crônica bacteriana é uma patologia do trato gastrointestinal que vem elevando as taxas de mortalidade e morbidade, principalmente pela evolução do processo inflamatório o que pode evoluir para uma úlcera peptídica ou um carcinoma gástrico. 
Existem várias formas de diagnóstico da gastrite, umas das formas mais utilizadas é a análisehistopatológica do tecido gástrico obtido endoscopicamente através da Endoscopia digestiva. O exame histológico tem a vantagem de oferecer a possibilidade de visualização microscópica concomitante da mucosa, com melhor definição da gravidade da inflamação (Caetano et al., 2008).
O recurso terapêutico que será utilizado irá depender diretamente do agente etiológico. Na gastrite aguda será utilizados fármacos que neutralizem, inibam ou bloqueiem a secreção acida do estomago, como também o paciente deverá fazer uma reeducação alimentar, como também o acompanhamento de psicólogos para tratar o emocional e o psíquico. Pois, segundo Moreno e Araujo (2005) a gastrite e consequência da emoção de raiva quando não canalizada em que afeta o estomago.
Já no caso da gastrite crônica o uso de fármacos anti-inflamatório, protetores para impedir que o ácido gástrico atinja as feridas que surgiram mediante a irritação do tecido gástrico, ocasionando a diminuição da inflamação. 
O objetivo do tratamento do H. Pylori é a erradicação da bactéria, no entanto a reincidência da infeção é comum. Várias causas influenciam a falha do tratamento, sendo um dos exemplos os hábitos tabágicos . A monoterapia não é eficaz na erradicação do H. Pylori e pode levar ao aparecimento de resistência aos antibióticos, assim diferentes associações de antibióticos, administrados juntamente com um inibidor da secreção ácida, são o tratamento de eleição. (COELHO, 2013)
4.2 ESTEATOSE HEPÁTICA
Vulgarmente chamado de fígado gorduroso ou fígado gordo, é uma condição em que acontece a concentração de gordura no fígado. Geralmente ocasionada pela ingestão exorbitante de álcool, a esteatose também pode se revelar em várias circunstâncias, como em pessoas com colesterol alto, sobrepeso ou alto índice glicêmico no sangue. A esteatose hepática é definida como acúmulo de gordura, que supera 5% do peso do fígado, e é estimada, do ponto de vista prático, como porcentagem de hepatócitos com gordura observados na microscopia. (Padoin el al. 2008)
Nosso fígado possui normalmente em sua estrutura uma percentual de gordura que equivale a 10% de seu peso, quando a porcentagem dessa gordura excede esse valor, estamos diante de um fígado que está acumulando gordura. Anos atrás admitíamos que esse aglomerado de gordura no fígado era motivado pelo consumo de bebida alcóolica e que a presença da esteatose hepática era necessariamente pernicioso à saúde, na atualidade assimilamos que a Esteatose hepática é mais comum do que suspeitávamos e pode ser motivada por diversas outras condições. 
A esteatose pode estar associada ao abuso de álcool, obesidade, suporte nutricional excessivo, nutrição parenteral total, hepatite induzida por drogas ou toxinas, diabete tipo 2, caquexia e pós-operatório de pacientes submetidos à derivação jejuno-ileal. A prevalência de DHGNA na população em geral é paralela à prevalência de obesidade e de resistência à insulina, que são os dois fatores de risco mais comuns para este tipo de doença hepática. A prevalência de esteatose aumenta de 16,4% na população com peso normal para 75,8% em pacientes obesos que não utilizam álcool. (PADOIN EL AL. 2008)
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma patologia clínica do sistema digestório na qual verifica-se a grande concentração de triglicerídeos nas células do fígado. Quanto maior e mais prolongado for o aglomerado de gordura no fígado, maiores serão as lesões. Normalmente a esteatose hepática de grau 1 e 2 não causam sintomas ou complicações, pois a concentração de gordura no fígado é pequena e não leva a inflamação. Quando há gordura em excesso nos hepatócitos estas podem sofrer danos, ou seja, as células do fígado ficam inflamados, e aí a Esteatose hepática evolui para a Esteato hepatite. Essa inflamação em longo prazo leva ao desenvolvimento de fibrose, e pode converter-se em cirrose e consequentemente para um carcinoma hepatocelular. Essa evolução da doença ainda pode ocasionar uma insuficiência hepática em que em alguns casos é realizado transplante, mas nas maiorias dos casos o paciente vai a óbito. O que diferencia a Esteatose hepática da esteato hepatite é principalmente a inflamação do fígado. 
A esteato hepatite não-alcoólica (EHNA) é uma entidade contextualizada na DHGNA[...].A Esteato hepatite se caracteriza histologicamente por esteatose (acúmulo de triglicerídios nos hepatócitos), hepatite (inflamação do parênquima com ou sem necrose focal) e estágios variados de fibrose. (PADOIN EL AL. 2008)
A Esteatose hepática é assintomática, geralmente seu diagnóstico é feito por ultrassonografia, tomografia computadorizada solicitada por outros motivos. Alguns pacientes relatam a sensação de peso na porção superior direita do abdômen e fraqueza. Vale ressaltar, que através dos exames de imagem e de sangue (TGO / TGP) é possível diferenciar a Esteatose hepática principalmente em fase avançada. A ultrassonografia consegue definir a gordura, mas não possui a sensibilidade suficiente para destacar ou confirmar a presença da Esteato hepatite. O único modo de diagnosticar a Esteato hepatite é realizando a biópsia do fígado, esta técnica normalmente é prescrita apenas para pacientes que já foi constatado a presença de lesões hepáticas. A única forma de tratar essa patologia é reduzindo os fatores de riscos, que são: obesidade, diabetes, controlar o colesterol. Aumentar o nível de atividade física através das atividades da vida diária e pelo envolvimento em programas de exercícios são comportamentos desejáveis na prevenção de doenças crônicas. (Padoin el.al, 2008)
4.3 PANCREATITE AGUDA
A Pancreatite Aguda é uma doença inflamatória, que se resolve com medidas clínicas. É a patologia mais comum que acomete esse órgão, ela possui diversos graus podendo ou não causar danos ao organismo, em alguns casos pode ocasionar o óbito do paciente, caso o mesmo não seja tratado imediatamente. A pancreatite aguda tem início repentino e curta duração, enquanto a pancreatite crônica se desenvolve gradualmente e piora ao longo do tempo, resultando em danos permanentes nos órgãos. (Banks, Conwell, Toskes, 2010).
Na maioria dos casos as etiologias da pancreatite são: o alcoolismo (pancreatite alcoólica) ocorre quando há um consumo excessivo de álcool, então ocorre a inflamação do pâncreas; o deslocamento de cálculos biliares para o canal da bile causando um bloqueio (pancreatite biliar), esse bloqueio ocasiona um refluxo da bile e do suco pancreático acarretando na inflamação do pâncreas. Outra causa da pancreatite se dá devido a traumas abdominais, uso de medicamentos, alterações metabólicas.
O sintoma inicial é a dor, embora, eventualmente, possa estar ausente. O aparecimento é repentino, a localização é epigástrica, onde há junção de costelas. A dor é incessante, que pode ter sua intensidade aumentada caso ocorra ingestão de bebidas e comidas inadequadas. Na maioria das vezes, apresenta-se como recorrente intensa e de longa duração, sendo determinante para a redução da qualidade de vida dos indivíduos acometidos. (Skipworth; Shankar; Pereira, 2010).
Se o pâncreas está inflamado então ele não trabalhará direito o que irá ocasionar diarreia e perda de peso. As fezes apresentam-se acólicas e odor fétido devido á gordura não digerida. A melhora da dor pode ser obtida com decúbito lateral e as coxas arqueadas sobre o abdômen.
O seu diagnóstico obedece a parâmetros clínicos, laboratoriais ou de imagem. Segundo LEW, AFGhani e Pandol (2017) os marcadores de amilase e lipase para a pancreatite aguda os exames de sangue irão apresentar os marcadores estarão elevados, enquanto na pancreatite crônica estarão normais ou levemente elevados devido à perda de tecido pancreático. Na maioria das vezes, esta doença exclusiva do pâncreas. Na maioria dos casos, a identificação dessa patologia é baseada na presença de dor abdominal e dosagens bioquímicas de lesões pancreáticas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo teve como objetivo principal apresentar a importância e o funcionamento do sistemadigestório, incluindo as formas de digestão que ocorre para a obtenção de nutrientes que são utilizados na manutenção e funcionamento do organismo, como também as patologias que podem ser desenvolvidas devido ao desequilíbrio biológico do sistema.
Como apresentado durante toda a pesquisa fica imperiosa a necessidade abundante do conhecimento das técnicas empregadas para a realização da digestão, foi demonstrada em cada tópico como ocorre cada etapa da digestão mecânica e química e também foram apresentadas algumas patologias suas formas de desenvolvimento, diagnóstico e tratamento.
Concluindo, o sistema digestório é amplo e complexo e que para um bom funcionamento os órgãos, glândulas e enzimas devem está trabalhando em conjunto para que não ocorra nenhuma falha no processo da digestão, pois isso irá influenciar diretamente no funcionamento do nosso organismo.
Referências
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