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Contaminação de HIV com os Profissionais de enfermagem

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Contaminação de HIV com os Profissionais de enfermagem 
O que é HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. 
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
 O trabalhador de enfermagem e o acidente por material contaminado.
Os riscos nos serviços de saúde existem em virtude das inúmeras áreas de insalubridade com graduação variável, na dependência da hierarquização, sendo influenciada a partir da complexidade do tipo de atendimento prestado, assim como, da função do trabalhador de enfermagem. Neste estudo, enfatizamos, os riscos biológicos pela exposição ao HIV/aids, pois é crescente o número de acidentes de trabalho por material pérfurocortante contaminado pelo HIV, entre os trabalhadores de enfermagem(9-10).
Os acidentes ocupacionais ocasionados por materiais pérfurocortante entre os trabalhadores de enfermagem são freqüentes, devido ao número elevado da manipulação com agulhas e tais riscos representam prejuízos tanto para os trabalhadores, como para a instituição(11). Neste sentido acreditamos que tal fato leva a considerar que os trabalhadores e as instituições de trabalho necessitam voltar maior atenção ao problema, direcionar medidas para a notificação dos acidentes, melhorar o encaminhamento dos trabalhadores acidentados e principalmente adotar medidas preventivas para redução dos números destes tipos de acidentes ocupacionais.
Trabalhador de enfermagem após exposição ao HIV
O interesse pela questão dos acidentes de trabalho e principalmente ao acompanhamento do trabalhador após acidente com objetos pérfurocortante potencialmente contaminado por material biológico, aumentou no início dos anos 80, com o surgimento do HIV/aids. Em virtude do elevado número de ocorrência dos acidentes de trabalho por material pérfurocortante, e a possível aquisição de doenças infecto-contagiosas, foi implementada pelo Center Disease Control (CDC), esquemas profiláticos aos trabalhadores da saúde, após exposição ao material biológico. O CDC é um serviço nos Estados Unidos que é responsável pelo Controle, assim como, a prevenção de doenças, tal serviço no Brasil, equivale aos serviços de vigilância epidemiológica.
Anteriormente ao início do esquema quimioprofilático, quando indicado em caso de acidente com material perfurocortante potencialmente contaminado pelo HIV, é preciso realizar algumas medidas, tais como: - lavagem da lesão com água corrente e no caso de exposição de mucosas, lavar com soro fisiológico; - notificar imediatamente à chefia e esta à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) ou setor que avaliará o acidente o mais precoce possível; - realizar imediata coleta de sangue para sorologia pela CCIH, onde tal amostra deverá ser codificada, preservando, porém, o sigilo do trabalhador acidentado; - notificação do acidente ao médico do trabalho que procederá ao registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), a fim de documentar o acidente do ponto de vista legal; e então a realização de procedimentos quimioprofiláticos se necessário, bem como, seguimento clínico-laboratorial do trabalhador acidentado(9). Tal seguimento deve dar ênfase também ao restabelecimento do equilíbrio psicológico do trabalhador, visto que a exposição assim como a possível contaminação pelo HIV acarreta ao mesmo abalo psicológico.
É de suma importância conhecer o estado sorológico do paciente por meio de dados do prontuário, e quando estes não estiverem disponíveis é preciso solicitar o teste rápido do HIV, a partir do consentimento por escrito do paciente e/ou responsável(17). Há que se salientar, que tais testes rápidos são indicados nas situações em que se necessita de decisões terapêuticas rápidas, como na prevenção materno-infantil, no caso das parturientes que não realizaram o teste anti-HIV, no pré-natal; assim como, nos casos de acidentes ocupacionais.
Os principais fatores predisponentes à ocorrência de acidentes com perfurocortantes, 
segundo estudo realizado por Vieira & Padilha (2008) são: • Relacionados às condições de Trabalho: dentre as condições de trabalho cita-se, os acidentes que ocorrem por comportamento agressivo dos pacientes, falta de programas de capacitação e educação profissional, sobrecarga de trabalho (poucos funcionários para número elevado de pacientes), inexistência de recipiente adequado para descarte de material perfurocortante e disposição dos mesmos nas unidades, não oferta pela instituição dos equipamentos de proteção individual (EPI); • Relacionados ao comportamento individual dos trabalhadores: não consideração da importância das precauções padrão, desconhecimento dos riscos de infecção, falta de atenção e descuido dos profissionais, tensão e estresse, cansaço/fadiga, longo período de serviço e habilidade técnica faz com que os profissionais se considerem invulneráveis aos acidentes, e a própria condição cultural do trabalhador.
conhecidamente portadores do vírus HIV.
 A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) somente em pacientes com diagnóstico de HIV não têm justificativa, uma vez que existe um elevado número de pessoas infectadas pelo HIV que desconhecem seu estado. (VIEIRA & PADILHA, 2008). A exposição do trabalhador de enfermagem frente ao paciente HIV positivo está relacionada à maior sobrevida destes pacientes. Após a inserção da terapia antirretroviral a mortalidade do paciente portador do HIV diminuiu consideravelmente, o que acarreta maior sobrevida do paciente e consequentemente maior probabilidade de encontro entre estes pacientes e os profissionais da enfermagem na prestação do cuidado. A maior expectativa de vida do portador do HIV, aliada ao maior contato destes pacientes com os profissionais de saúde, consequentemente o expõe a um risco maior de acidentes com perfurocortantes contaminados ou exposição a fluídos corporais com o vírus. Desta forma, o uso continuado das precauções é indispensável em qualquer área de atuação da enfermagem. A relação dos profissionais de enfermagem e o risco em contrair o vírus HIV em acidente ocupacional (de trabalho) deve ser reduzida ao máximo, principalmente por meio do uso de medidas de segurança, prevenção e conscientização. É necessário que os estabelecimentos de saúde estejam engajados nesta causa e os próprios profissionais de saúde, na exigência de meios adequados e seguros no desenvolvimento da assistência, como também no cumprimento das normas e rotinas que envolvem a prevenção de acidentes de trabalho. Para tanto, o conceito de biossegurança relaciona-se ao incremento de ações conjuntas na busca pela prevenção de acidentes ocupacionais, especificamente em instituições hospitalares. Biossegurança é descrita como um conjugado de ações voltadas para a prevenção, minimização ou supressão de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, sendo riscos que podem implicar na saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou na qualidade do trabalho desenvolvido (Portaria nº 228, de 28 deabril de 1998, do Ministério do Exército).
Além da contaminação pelo Vírus HIV, existe a probabilidade de contaminação dos trabalhadores pelos vírus da Hepatite B (HBV) e Hepatite C (HCV). Neste curso está sendo enfatizado o vírus HIV devido à especificidade do estudo, mas é importante que o aluno tenha em mente que outros vírus podem ser adquiridos diante da exposição ocupacional.
Segundo o Ministério da Saúde (2006), o risco de infecção por HIV após a exposição ocupacional é: • Percutânea com sangue contaminado: 0,3% • Pós-exposição por mucosas: 0,09% Já o risco de infecção pelo vírus da Hepatite B por exposição ocupacional pode variar entre 6 a 30%, podendo chegar até mesmo a 60%. O risco de transmissão da Hepatite C após exposição ocupacional por acidente percutâneo com paciente fonte HCV positivo é de aproximadamente 1,8%. Entende-se, diante desta citação, que o risco de contaminação pelo vírus HIV após exposição ocupacional é maior em casos de acidentes que envolvem o sangue contaminado do paciente, principalmente em acidentes perfurocortantes, e se comparado aos riscos de transmissão de HBV e HCV a probabilidade de transmissão pós-exposição ocupacional é maior para as Hepatites do que para o HIV. Pelo risco embutido na função do trabalhador de enfermagem e demais profissionais da saúde existem as chamadas Precauções Padrão (PP) formuladas pelo CDC que são meios de profilaxia diante da contaminação pelo vírus HIV. Estas precauções primeiramente eram denominadas de Precauções Universais e após uma revisão no ano de 1997 foi adotado o termo de Precauções Padrão e/ou Precauções Básicas. As medidas descritas nas precauções padrão são incentivadas a todos os profissionais ou não que estejam em contato com pacientes contaminados ou não. Vale lembrar que todas as ações preconizadas pelas precauções padrão são no sentido de evitar contaminação de vírus pelo sangue e/ou fluidos corpóreos não somente do vírus HIV.
Enfermeira contaminada com seringa com vírus HIV será indenizada em R$ 500 mil
Brasília – A OPS Planos de Saúde S.A. e a Unidade de Serviços Especializados (USE) foram condenadas pela 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho após acidente de trabalho que resultou na contaminação, pelo vírus HIV, de uma técnica de enfermagem. Os ministros restabeleceram a decisão do juízo de primeiro grau, que arbitrou a indenização no valor de R$ 500 mil, sendo R$ 200 mil por danos morais e R$ 300 mil por danos materiais.
Em 8 de fevereiro de 2008, a enfermeira tentava desobstruir a veia de uma paciente quando, por acidente, furou o dedo com uma seringa, resultando em sangramento. No mesmo dia foi realizado exame para o vírus, dando negativo. Porém, ao repetir o exame em 22 de setembro do mesmo ano, o mesmo deu positivo para HIV.
Como se não bastasse, o coordenador de enfermagem violou o documento contendo o resultado e revelou o resultado não só para a vítima, mas para todos os colegas do quadro de empregados. No dia 31 de julho de 2009, o mesmo coordenador telefonou para a enfermeira e comunicou sua dispensa. Alegou que a nova empresa, que substituiu a então empregadora, não tinha interesse em manter empregados doentes.
Confira também: 3a1 – Aids Seminário em São Paulo discute Aids e trabalho OIT edita norma para garantir direitos de trabalhadores com HIV e aids Empresas são premiadas por projetos de prevenção de aids no ambiente de trabalho
Ação
Inconformada, a enfermeira ajuizou ação trabalhista contra as duas pessoas jurídicas. O juízo de primeiro grau, considerando a gravidade da doença, a dificuldade na obtenção de nova colocação no mercado de trabalho, o sofrimento decorrente do preconceito e a necessidade de tratamento com medicamentos diversos além do ‘coquetel' fornecido pelo SUS, deferiu indenização de R$ 500 mil em substituição à pensão vitalícia e obrigatoriedade de custear assistência médica.
TRT-6
Não satisfeitas, as empresas recorreram sob a argumentação de que não ficou provado que a autora contraiu o vírus HIV em
decorrência do acidente em suas dependências e, muito menos, que as empresas teriam concorrido com culpa para o evento.
O Regional afastou a condenação por dano moral e material por entender que não houve nexo e nem efetivo dano e que "o simples fato de o acidente ter ocorrido nas dependências do hospital não é suficiente para concluir que tenha ocorrido com culpa, sobretudo em se tratando de profissional habilitada na área de enfermagem, que, logicamente, é treinada para evitar esse tipo de incidente", destacou o acórdão Regional.
TST
No entanto, para o ministro relator, Hugo Carlos Scheuermann, a decisão se baseia no parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, que atribui a "obrigação de reparação quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem".
Na decisão, o ministro Scheuermann entendeu que, como a empregada era técnica em enfermagem, o fato dela ter perfurado o dedo e o dano da contaminação são incontestáveis. O relator reformou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE), que julgou não haver nexo causal para a condenação. A decisão foi unânime.
Estatísticas
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O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com AIDS – em 1996 pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas.
O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de baixa e média renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebendo TARV – segundo os dados mais atuais do Ministério da Saúde – , enquanto a média global em 2015 foi de 46% – segundo dados compilados pelo UNAIDS.
Veja abaixo as principais informações sobre o HIV no Brasil contidas no relatório mais recente do UNAIDS –  Lacunas na Prevenção – lançado em julho de 2016.
Estimativas sobre HIV e AIDS para o Brasil (2015)
Em 2015, havia 830.000 [610.000 – 1.100.000] pessoas vivendo com HIV;
Em 2015, estima-se que tenham ocorrerido 44.000 [32.000 – 59.000] novas infecções pelo HIV;
O número de mortes relacionadas à AIDS no Brasil foi estimada pelo UNAIDS em 15.000 [11.000 – 21.000] em 2015.
O dado mais recente sobre prevalência de HIV estimada para o Brasil em relatórios do UNAIDS é de 0,4% a 0,7% em pessoas de 15 a 49 anos – em 2014.
Sobre a epidemia de AIDS no Brasil:
Algumas populações são mais afetadas que outras. Enquanto as estimativas mostram que  0,39% da população geral esteja vivendo com HIV no Brasil – dado referente ao Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2015 -, entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), essa prevalência  cresce para 10,5% – segundo os últimos dados reportados pelo Brasil e como mostra o gráfico abaixo.
Ainda segundo dados do Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2016, existe uma tendência de aumento na proporção de casos de AIDS em homens que fazem sexo com homens (HSH) nos últimos dez anos, a qual passou de 35,3% em 2006 para 45,4% em 2015. Outras populações afetadas no Brasil são as pessoas que usam drogas e profissionais do sexo.
Taxas de prevalência de AIDS em populações-chave. Brasil, 2009 – 2013
O Brasil adotou em 2013 novas estratégias para frear a epidemia de AIDS, oferecendo tratamento a todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente de seu estado imunológico (contagem de CD4). Além disso, o país vem simplificando e descentralizando o tratamento antirretroviral; aumentando a cobertura de testagem para  HIV em populações-chave, entre outras iniciativas.
Por ser o país mais populoso da América Latina, o Brasil é também o que mais concentra casos de novas infecções por HIV na região. O país responde por 40% das novas infecções – segundo estimativas mais recentes do UNAIDS -, enquanto Argentina, Venezuela, Colômbia, Cuba, Guatemala, México e Peru respondem por outros 41% desses casos.O gráfico abaixo mostra a cascata de cuidado contínuo no Brasil. Ela estabelece a linha de base e permite avaliar o progresso brasileiro rumo às metas de tratamento 90-90-90, estabelecidas pelo UNAIDS – que até 2020: 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; destas, que 90% estejam em tratamento; e que, das pessoas em tratamento, 90% apresentem carga viral indetectável).
Essas metas fazem parte da estratégia de Aceleração da Resposta para o fim da epidemia de AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.
Na cascata brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde, observa-se que do total de pessoas vivendo com HIV, 87% já foram diagnosticadas. Deste número, 64% estão em tratamento para o HIV. Das pessoas em tratamento, cerca de 90% apresentam carga viral indetectável.
Em relação ao total de pessoas estimadas vivendo com HIV, também segundo o Ministério da Saúde, 87% estão diagnosticadas, 55% do total estão em tratamento e 50% de todas as pessoas estimadas vivendo com HIV estão com carga viral suprimida – os dados são de 2015.
 
De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o crescimento de AIDS na juventude (15 a 24 anos) continua sendo uma preocupação importante e as ações nesse segmento tem de ser intensificadas.
De 2006 a 2015 a taxa de detecção de casos de AIDS entre aqueles com 15 a 19 anos quase que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes) e entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa mais do que dobrou (de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes).

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